quarta-feira, 30 de junho de 2010

Psicologia humanista

Psicologia humanista

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Psicologia humanista é um ramo da psicologia surgida como uma reação ao determinismo práticas psicoterapêuticas. Seu enfoque é a humanização da psique, considerando o homem como um processo em construção, detentor de liberdade e poder de escolha. dominante nas
Em sua concepção, o comportamento do ser humano está sempre em busca da autonomia em qualquer que seja a situação imposta pelo ambiente exterior, desde que esteja livre da dominação de necessidades inferiores como as necessidades fisiológicas e de segurança. Os expoentes desta linha psicológica são Carl Rogers, com sua abordagem centrada na pessoa,nessa abordagem quem direciona o rumo da psicoterapia é o paciente e não o psicoterapeuta, e Abraham Maslow com a hierarquia das necessidades, na qual ele considera que as pessoas passam por fases da vida onde buscam determinadas necessidades. As necessidades que estão na base dessa hierarquia são: água, comida, sexo.
Queria substituir o comportamentalismo e a psicanalise. Fundamentou-se nos pressupostos da fenomenologia e da filosofia existencial, é centrada na pessoa não no comportamento, enfatiza a condição de libertade contra a pretensão determinista. Visa a compreensão e o bem estar da pessoa não do controle.
  • Ênfase na experiência consciente;
  • Crença na integridade da natureza e da conduta do ser humano;
  • Concentração no livre arbítrio.

 Ligações externas

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 Glossário Aleatório

Psicologia (do grego Ψυχολογία, transl. psykhologuía, de ψυχή, psykhé, "psique, "alma", "mente" e λόγος, lógos, "palavra", "razão" ou "estudo") "é a ciência que estuda o comportamento (tudo o que um organismo faz) e os processos mentais (experiências subjetivas inferidas através do comportamento)".[1] O principal foco da psicologia se encontra no indivíduo, em geral humano, mas o estudo do comportamento animal para fins de pesquisa e correlação, na área da psicologia comparada, também desempenha um papel importante (veja também etologia).

Personalidade é o conjunto de características psicológicas que determinam os padrões de pensar, sentir e agir, ou seja, a individualidade pessoal e social de alguém[1]. A formação da personalidade é processo gradual, complexo e único a cada indivíduo. O termo é usado em linguagem comum com o sentido de "conjunto das características marcantes de uma pessoa", de forma que se pode dizer que uma pessoa "não tem personalidade"; esse uso no entanto leva em conta um conceito do senso comum e não o conceito científico aqui tratado.
O presente artigo descreve uma série de características que foram tratadas como componentes da personalidade. Para uma introdução às diferentes teorias que procuram explicar o desenvolvimento e a estrutura da personalidade, ver o artigo Teoria da personalidade.
Determinismo (do verbo determinar, do latim determinare: de - prefixo de negação - e terminare - terminar, limitar, finalizar) é a teoria filosófica de que todo acontecimento (inclusive o mental) é explicado pela determinação, ou seja, por relações de causalidade.
Embora em seu sentido mais vulgar determinismo se refira a uma causalidade reducionistamecânica ou à química), causalidade não necessariamente é sinônimo de reducionismo. Há vários tipos de determinismo, cada um definido pelo modo como determinação e causalidade são conceitualizados. (redução de todos os fenômenos do universo, por exemplo, à
 Humanização é o termo utilizado para descrever a aquisição ou assimilação de características humanas positivas por uma pessoa ou grupo de pessoas.
Psique era o conceito grego para o self ("si-mesmo"), abrangendo as idéias modernas de alma, ego e mente.
Do grego psychein ("soprar"), é uma palavra ambígua que significava originalmente "alento" e posteriormente, "sopro". Dado que o alento é uma das características da vida, a expressão "psique" era utilizada como um sinônimo de vida e por fim, como sinônimo de alma, considerada o princípio da vida. A psique seria então a "alma das sombras" por oposição à "alma do corpo". 
Psicoterapia A palavra "psicoterapia" provém do grego antigo psychē, significando respiração, espírito, ou alma e therapeia ou therapeuein, cuidar ou curar. Seu uso foi primeiro mencionado por volta de 1890. É definida como o alívio do estresse ou incapacidade de uma pessoa por outra, usando uma abordagem baseada em uma teoria particular ou paradigma, em que o indivíduo realizador da terapia tem alguma forma de treinamento para sua aplicação. São esses dois pontos que distinguem a psicoterapia de outras formas de aconselhamento e cuidados. O termo psicoterapia refere-se às intervenções psicológicas que buscam melhorar os padrões de funcionamento mental do indivíduo e o funcionamento de seus sistemas interpessoais (família, relacionamentos etc.). Como todas as formas de intervenção clínico-psicológicas, a psicoterapia utiliza meios psicológicos para atigir um fim específico (a cura ou a diminuição do sofrimento do paciente, geralmente causado por um transtorno mental), baseia-se no corpo teórico da psicologia e é praticada por pessoal especializado (o psicoterapêuta ou psicólogo clínico) em um determinado contexto formal (individual, em casal, com a presença de familiares, em grupo - de acordo com a indicação).[1].

Fonte do Glossário WIKIPÉDIA

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segunda-feira, 28 de junho de 2010

REVISTA EDUCAÇÃO - EDIÇÃO 158


Abandono da inovação

Concebidos para aproximar a pesquisa acadêmica e a formação docente, sintonizando-as com novas práticas pedagógicas, os Colégios de Aplicação não têm sido objeto de interesse nem mesmo das universidades
 
 
Gabriel Jareta
Escola de Aplicação em Nazaré da Mata (PE): isolamento em relação às redes

Um ambiente que propiciasse a formação de professores em contato direto com as práticas pedagógicas, que fomentasse a renovação metodológica alicerçada em pesquisas acadêmicas criteriosas e que estimulasse a circulação de bibliografia inovadora e a retroalimentação de conhecimentos em todo esse processo. Ou seja: uma escola ligada à universidade em que a ação de pesquisadores envolvidos com a formação ajudasse a testar, implementar e analisar criticamente novas ações pedagógicas, de forma que elas retornassem ao ambiente formativo e fossem novamente reprocessadas para formar outras gerações de novos docentes, num processo contínuo.
Em linhas gerais, é esse o espírito que pauta a ideia dos Colégios de Aplicação (CAs), introduzidos no Brasil a partir do processo de redemocratização que marcou a sucessão do até então ditador Getúlio Vargas, na segunda metade dos anos 40 do século passado. Passados quase 65 anos da introdução desse processo inovador, os CAs vivem um momento histórico bem diverso daquele, em que havia ebulição de ideias na educação brasileira. Na mesma época, começava a se formular a proposta da primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (que só viria a ser aprovada cerca de 15 anos depois, em 1961) e a educação passara a ser vista como fator-chave para consolidação e desenvolvimento da nação.
Hoje, embora a concepção das escolas de aplicação esteja baseada justamente na relação estreita com as universidades às quais são ligadas, a tônica vigente é a do isolamento e da ausência de projetos consistentes de divulgação científica - que poderiam levar as boas práticas para fora do ambiente experimental e, ao mesmo tempo atrair novas parcerias. Tampouco existem pesquisas acadêmicas sobre o tema ou uma entidade que congregue as experiências existentes no plano estadual. No âmbito das universidades federais, há 17 Colégios de Aplicação em funcionamento no país.
Para o professor Minoru Kimpara, autor de uma das raras pesquisas acadêmicas sobre o tema, realizada em seu mestrado na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), e hoje docente da Universidade Federal do Acre e ligado ao Colégio de Aplicação da instituição (UFAC), o posicionamento das escolas dentro da estrutura universitária carece de uma definição mais clara. "Os Colégios de Aplicação deveriam ser um campo experimental, mas não é isso que acontece. A maioria das universidades não apresenta um plano articulado e os colégios costumam estar vinculados à reitoria, e não às faculdades de educação", afirma.
Kimpara também aponta um outro fator impeditivo para que os CAs cumpram sua função: a resistência do corpo docente em fazer de sua atividade pedagógica objeto de avaliação e pesquisa acadêmica. "O colégio (da UFAC) foi criado com o objetivo da inovação, mas o professor tem resistência à observação, não gosta de ser avaliado. Temos feito um trabalho para tentar conscientizar, tentar aproximar áreas afins", conta. Na Universidade de São Paulo, a sensação de isolamento da Escola de Aplicação é semelhante. Alguns movimentos de aproximação, no entanto, estão tentando mudar esse cenário. Um deles é o projeto de "pré-iniciação científica", em que, a exemplo de iniciativas realizadas em outros colégios, os alunos do ensino médio ganham bolsa para realizar pesquisas. "Essa é uma tentativa de fazer com que nossos alunos circulem pela universidade, fazer uma aproximação com os institutos. Assim a escola passa a ser também mais conhecida", aponta a diretora Daniela Scarpa. Em outra frente, os institutos da USP são convidados a dar cursos e a realizar atividades de extensão dentro da escola. Um exemplo recente é o "Ateliê de Biologia", promovido pelos docentes de metodologia do ensino da licenciatura em conjunto com professores do Instituto de Biociências. Ministrada por alunos estagiários, é uma atividade que visa aprofundar os temas estudados com a utilização dos laboratórios da graduação, dando dimensão prática às aulas teóricas. As turmas são formadas por estudantes do 8º ano do ensino fundamental até o 3º ano do ensino médio. A ideia da escola é realizar atividades semelhantes em outras áreas do conhecimento.
Na Escola de Aplicação da Universidade Federal do Pará, o isolamento e a falta de estímulo prejudicam não só a realização das experiências, para as quais a escola foi pensada, mas também o desempenho dos alunos, que tampouco se veem estimulados a participar das inovações. "Temos muitas pesquisas isoladas, que a universidade não conhece e que precisamos promover. Mesmo em relação aos estágios, alguns professores da graduação trazem seus alunos, mas não têm acompanhamento efetivo", diz a diretora-geral da escola, Lílian Brito. Segundo ela, a aproximação passou a ser facilitada com a criação de uma coordenadoria especial de estágio, responsável por encaminhar, acompanhar e avaliar as atividades.
Vazio que se reflete nas pesquisas
A discussão sobre a importância dos Colégios de Aplicação no sistema educacional brasileiro é um tema esquecido no ambiente acadêmico. São raros os artigos e pesquisas científicas sobre a dimensão e o papel dessas escolas para a melhoria das práticas nas redes públicas - intenção inaugural que levou à criação da maioria dos colégios do gênero no Brasil. De quatro pesquisadores ligados à questão da inovação pedagógica ou das práticas docentes consultados pela reportagem, nenhum soube mencionar trabalhos recentes relacionados ao tema. Nos principais bancos de dados de pesquisas, como o Scielo e o Banco de Teses da Capes, os resultados são esparsos e restritos a experiências isoladas.

O Scielo traz uma resposta para "colégios de aplicação": um trabalho de 2004 sobre representações democráticas nos colégios da UFRJ e Uerj. Na Capes, são 90 ocorrências, nem todas diretamente ligadas a esse universo. Aquelas que estão de fato relacionadas com colégios de aplicação são pesquisas restritas a um grupo de alunos, amostrais, a respeito de um tema específico. A única que aborda a atuação desses colégios é a de Minoru Kimpara. 
A origem
A criação dos primeiros Colégios de Aplicação no Brasil, ligados a instituições federais de ensino superior, foi autorizada em 1946 por um decreto do presidente Eurico Gaspar Dutra. Na época, essas escolas eram denominadas "ginásios de aplicação" e eram voltadas para a prática dos estudantes de didática das faculdades de filosofia. O mais antigo deles, o Colégio de Aplicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (CAp/UFRJ), foi fundado em 1948.

Sua criação foi acelerada a partir da década de 1950, na esteira do pensamento da Escola Nova. Foram pensados para atender a três demandas da formação de professores:
1) a experimentação; 2) a inovação; e 3) a prática pedagógica.

Já os colégios experimentais tiveram sua morte decretada, ao menos no Estado de São Paulo. Isso ocorreu no primeiro governo Mario Covas, nos anos 90, mas vários outros foram fechados antes, durante o período do governo militar (1964-1985), assim como os ginásios vocacionais paulistas. A própria Escola de Aplicação da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo baixou suas portas no final dos anos 60, época inclusive em que a então Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FFCL) passou por um racha, com os integrantes do Departamento de Educação saindo para formar a atual Faculdade de Educação da universidade. O colégio hoje rebatizado de Aplicação na USP é, na verdade, o sucessor da Escola de Demonstração do Centro Regional de Pesquisas Queiroz Filho (CRPE), instituição federal criada na época de Anísio Teixeira que passou ao Estado de São Paulo na virada dos anos 60 para os 70.
Em artigo intitulado "Imprensa e ensino na ditadura", Maria de Lourdes Mônaco Janotti, do departamento de História da atual Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH/USP), qualifica como "decisivo o conhecimento que se processava na FFCL/USP nas diferentes disciplinas", análise feita a partir dos textos elaborados por docentes cuja prática estava ligada ao Colégio de Aplicação fundado em 1957.
"O pensamento analítico-crítico das ciências humanas, a divulgação de bibliografia  estrangeira, os novos métodos de ensino de literatura e línguas e o estudo consequente de posições epistemológicas foram decisivos para criar uma escola de alto padrão como o CA", escreve ela. Emprego de dinâmicas para o trabalho em grupo, adoção de atividades extracurriculares como música e teatro, coordenação de atividades de várias disciplinas em torno de um tema (o hoje propalado ensino interdisciplinar ou, em alguns casos, transdisciplinar) e viagens para estudo do meio estão entre as inovações feitas à época.
Minoru Martins Kimpara, da Universidade Federal do Acre (UFAC), lembra que o objetivo inicial dessas escolas era contribuir para a formação dos professores não só como treinamento, mas em pesquisa e inovação das práticas pedagógicas, como consequência das mudanças propagadas pelo movimento da Escola Nova, que previa incentivo à educação pública e maior autonomia de professores e alunos no processo educacional.
As críticas, porém, não tardaram a aparecer. "Na década de 1970, o argumento era de que os alunos em formação deveriam ser preparados para a escola pública, e os Colégios de Aplicação eram uma ilusão. Eles gozavam de situação melhor, espaço mais adequado, melhor remuneração, ou seja, era um ambiente que os futuros professores não iriam encontrar nas redes em que atuariam ao sair da faculdade", explica o pesquisador.
Práticas reproduzidas
Essa diferença entre o universo existente nas escolas de aplicação e a realidade das redes públicas só se agravou desde então. Para Kimpara, os alunos de graduação que passam por um CA federal são privilegiados. "Os quadros dos Colégios de Aplicação federais são altamente qualificados, os professores têm dedicação exclusiva, diferente da rede pública, em que os professores têm de dar conta de duplo expediente", diz. Na opinião do pesquisador, as instituições de ensino superior que mantêm escolas do tipo precisam promover uma aproximação e tentar repercutir as boas práticas na rede pública.

Atualmente, grande parte dessas escolas ocupa um espaço pouco definido na estrutura universitária, principalmente quando vinculadas à administração superior e não aos departamentos de educação. "Sou a favor de que se estabeleça um elo entre os colégios e a universidade voltados para uma política de formação de professores. Que não seja só laboratório, mas também um espaço propositivo. O ideal seria que a prática dos CAs fosse universalizada", afirma Kimpara.
O presidente do Conselho de Diretores de Colégios de Aplicação Federais (Condicap), Romeu Augusto de Albuquerque Bezerra, ligado à Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), afirma que não é possível apontar o distanciamento entre os colégios e as instituições como uma regra, afinal a diversidade de práticas e mesmo a localização das escolas influenciam nesse aspecto. Sua expectativa é que a ação do conselho leve a uma maior aproximação com os projetos do Ministério da Educação, como o Ensino Médio Inovador, por exemplo. Ele também espera que os colégios possam contribuir com as redes públicas. "Queremos levar à escola pública práticas e experiências que foram exitosas nos Colégios de Aplicação e que possam ser reproduzidas nas redes", diz.
Na opinião de Bernadete Gatti, pesquisadora sênior da Fundação Carlos Chagas e especialista em formação de professores, a diferença entre as
realidades dos Colégios de Aplicação e as redes públicas de ensino é o principal obstáculo para que as práticas bem-sucedidas sejam expandidas. "Alguns CAs têm papel muito importante como modelos curriculares, mas são pouco conhecidos e acabam saindo da realidade. Eles são muito elitistas, muito específicos, não expandem a experiência. Há pouco impacto nas licenciaturas", afirma. Para a pesquisadora, esses colégios deveriam criar uma maneira de divulgar os trabalhos e investir em convênios com as redes, assim como estreitar as relações com a universidade em que estão inseridos.

A pesquisadora também questiona o tipo de pesquisas realizadas nos Colégios de Aplicação. Para ela, os estudos desenvolvidos são, na verdade, projetos aplicados ao ambiente escolar e estão longe de ser experiências de fato rigorosas. "Para um experimento é necessário haver grupos de controle, comparar com outros grupos para dizer se foi bem sucedido. Hoje há muita pesquisa no plano teórico, praticamente não há pesquisa educacional na prática", ressalta Bernadete.

- O que (quase) ninguém vê
- Hora de investir
- Falta de referência
- Objeto de desejo


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domingo, 27 de junho de 2010

ECONOMIA DA EDUCAÇÃO[

ECONOMIA DA EDUCAÇÃO[1]

Disciplina surgida em meados dos anos 1950, nos Estados Unidos, quando um grupo de estudiosos do desenvolvimento econômico, inspirados na teoria econômica neoclássica, estava ocupado em explicar os ganhos de produtividade gerados pelo fator humano na produção, preocupação especialmente forte no período de expansão do capitalismo após a Segunda Guerra Mundial. Basicamente, buscava-se entender e explicar o valor econômico da educação, bem como a possibilidade de mensurá-lo. O pressuposto era o de que acréscimos marginais de instrução, treinamento ou educação do trabalhador, correspondiam a um acréscimo marginal na capacidade de produção. A conclusão necessária dessa premissa era a de que os investimentos em educação seriam muito rentáveis para a produção (para o capital), o que levou à sistematização e disseminação da Teoria do capital humano. Dentre seus formuladores destaca-se Theodore W. Schultz, professor do departamento de economia da Universidade de Chicago. No Brasil, o impacto da economia da educação se fez efetivo durante a Ditadura Militar (1964-1985), especialmente no período do chamado “milagre econômico”. Nesse período, a influência dos pressupostos dessa disciplina foi decisiva para a política educacional brasileira, e levou, dentre outras conseqüências, a uma grande expansão das atividades privadas no ensino. Alguns dos principais representantes desse pensamento no país foram os economistas Mário Henrique Simonsen e Cláudio de Moura Castro.
Para o seu estudo, é fundamental consultar as obras de Theodore Schultz, O valor econômico da educação (1963) e O capital humano – investimentos em educação e pesquisa (1971); Frederick H. Harbison e Charles A. Myers, Educação, mão-de-obra e crescimento econômico (1965); Cláudio de Moura Castro, Investimento em educação no Brasil: comparação de três estudos (1971) e Educação, educabilidade e desenvolvimento econômico (1976); Mário Henrique Simonsen, Brasil 2001 (1969).
Sobre as influências dessa disciplina no pensamento educacional brasileiro, é fundamental consultar as obras de: José Oliveira Arapiraca, A USAID e a educação brasileira (1982); Gaudêncio Frigotto, Educação e crise do capitalismo real (1995); José Willington Germano, Estado militar e educação no Brasil (2000); Wagner Rossi, Capitalismo e educação: contribuição ao estudo crítico da economia da educação capitalista (1978);


 Fonte; http://www.histedbr.fae.unicamp.br/navegando/glossario/verb_c_economia_da_educacao.htm

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Necessidade (psicologia)


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Necessidade designa em psicologia um estado interno de insatisfação causado pela falta de algum bem necessário ao bem-estar[1].
Henry Murray (1938)[2], um dos primeiros a pesquisar sobre o assunto, classificou as necessidades em necessidades primárias ou viscerogênicas, que são as necessidades de natureza biológica (fome, sede, sono), e necessidades secundárias ou psicogênicas, que são necessidades que derivam de uma necessidade primária ou são inerentes à estrutura psíquica humana. Como a pessoa procura diminuir o estado interno de deficit, uma necessidade funciona como um impulso para determinados comportamentos. A intensidade de uma necessidade determina a intensidade do comportamento a que ela está ligada: quanto mais intensa a necessidad, mais intensa a ação. Tal "intensidade" pode se expressar de diferentes formas: pelo vigor, entusiasmo, perseverança - ou mesmo a prioridade que se dá ao comportamento em detrimento de outros. Dessa forma uma necessidade tem um caráter diretivo com relação ao comportamento: por um lado ela determina o objeto ou evento necessários para sua saciação e, por outro, ela determina se essa satisfação se dá através de um movimento para perto desse objeto ou para longe dele - por exemplo "sede" e "medo de nadar" têm ambos por objeto a água, mas a direção é diferente. Toda necessidade é assim direcional[1].
As necessidades variam o tempo todo. No entanto determinadas pessoas têm uma determinada tendência a ter certas necessidades mais frequentemente, ou mais intensamente do que outras. Quando uma necessidade têm para uma pessoa uma certa estabilidade ela torna-se uma parte de sua personalidade. Nesse caso se chamam necessidades disposicionais[1].
Outro conceito muito próximo é o de motivo. Tanto necessidades como motivos estão intimamente ligados à motivação.

 O sistema de necessidades de Murray

Segundo Murray (1938)[2] a principal diferença entre motivo e necessidade é que aquele pode ser influenciado tanto por uma necessidade quanto por uma pressão externa. Assim a solidão (pressão) pode levar ao desejo de fazer novos amigos (motivo). Como as necessidades, também estes podem ser disposicionais.
Murray desenvolveu uma longa lista de necessidades (ou motivos) - sobretudo psicogênicas - que ele supunha serem comuns a todas as pessoas. Para ele as pessoas se diferenciam na proporção em que para elas cada uma dessas necessidades é mais ou menos marcante. Eis alguns deles (em negrito as mais pesquisadas empiricamente)[1]:
  • Necessidades ligadas à ambição:
    • Desempenho
    • Reconhecimento
    • Exibição
  • Necessidades relacionadas a objetos inanimados:
    • Aquisição
    • Ordem
    • Retenção
    • Construção
  • Necessidades ligadas à defesa do próprio status :
    • Evitação de mostrar as próprias fraquezas
    • Defesa
    • Reação a ameaças
  • Nacessidades ligadas ao poder humano:
    • Dominância
    • Deferência
    • Autonimia
    • Contrariação a outras opiniões
    • Agressão
    • Submissão
    • Evitação de vergonha
  • Necessidades ligadas à afeição entre pessoas
    • Afiliação (comunidade)
    • Rejeição
    • Cuidar
    • Ser cuidado
    • Brincar
  • Necessidades ligadas à troca de informações:
    • Conhecimento
    • Explicação
Segundo Murray as necessidades não se manifestam isoladas, mas se relacionam entre si. Muitas vezes duas ou mais necessidades se fundem, refletindo-se em um só e mesmo comportamento - por exemplo conhecer novas pessoas pode estar a serviço tanto da necessidade de afiliação como da de reconhecimento. Outras vezes uma necessidade está a serviço de outra - por exemplo quando a necessidade de ordem está a serviço da necessidade de desempenho. Duas ou mais necessidades podem também estar em conflito umas com as outras - por exemplo a necessidade de intimidade pode estar em conflito com a necessidade de autonomia. Esses três tipo de relações possíveis entre necessidades são também possíveis entre necessidades e pressões externas.
Para medir o "perfil de necessidades" de uma pessoa, Murray desenvolveu com outros colegas o teste de apercepção temática, um teste projetivo composto de uma série de figuras. A pessoa sendo testada tinha atarefa de contar uma história, explicando a cena dos quadros. A ideia por trás do teste é que, ao contar uma história, a pessoa projetaria as suas necessidades na história - e com base nisso o pesquisador poderia medir as necessidades mais marcantes de uma pessoa[1].
O modelo de Murray foi muito influente e foi o início de uma grande tradição científica. Como se viu, a diferença entre necessidade e motivo em Murray nem sempre é muito clara - a sua lista de necessidades também é de motivos. Por isso a pesquisa subsequente será tratada no artigo motivo.

 A teoria de Maslow

A hierarquia de necessidades de Maslow
Abraham Maslow (1970)[3], partindo de outro referencial teórico (psicologia humanista), propôs uma outra teoria das necessidades humanas. Segundo ele as diferentes necessidades formam uma hierarquia, como uma pirâmide.
Algumas necessidades são extremamente primitivas, básicas e exigentes. Por serem assim fundamentais, elas formam a base da pirâmide: são as necessidades fisiológicas. No próximo degrau da pirâmide estão necessidades igualmente vitais, mas menos exigentes: são as necessidades de segurança íntima (física e psíquica). Maslow considerava essa segunda classe de necessidades menos exigente porque elas precisam ser saciadas menos frequentemente e, uma vez saciadas, tais necessidades permanecem satisfeitas por períodos relativamente longos.
No próximo nível da pirâmide as necessidades passam a tornar-se mais sociais: são as necessidades de amor e relacionamentos (participação). É o desejo de companhia, afeição, de ser aceito, que só pode ser satisfeito através de interação com outras pessoas.
Mais acima estão as necessidades de estima (autoconfiança), que incluem o desejo de ser bom em alguma atividade, de ter uma certa forma de poder, e de ser apreciado. Enquanto no nível imediatamente inferior se tratava de a pessoa sentir-se aceita (sem um juízo), aqui trata-se de ela ser apreciada, ou seja, julgada boa.
No ápice da pirâmide se encontram as necessidades de autorrealização - ou seja a necessidade se desenvolver as próprias potencialidades. Autorrealização é assim, para Maslow, o mais alto dos motivos.
A organização piramidal das necessidades tem algumas implicações. Em primeiro lugar, as necessidades mais embaixo são mais primitivas e urgentes do que as mais de cima - as necessidades vão perdendo a "força motivacional", à medida que estão mais em cima da pirâmide. Ao mesmo tempo, à medida que sobem na hierarquia as necessidades tornam-se menos animalescas (mais distantes do instinto) e mais humanas (mais próximas da razão). Assim, ao mesmo tempo em que é desejável atingir os níveis mais altos da pirâmide, as necessidades mais básicas são mais poderosas. Somente quando necessidades mais básicas estão saciadas torna-se possível partir para o próximo nível - ou melhor, o próximo nível se torna perceptível.
Maslow (1955)[4] descreve uma diferença qualitativa entre as necessidades básicas e mais elevadas: as primeiras são necessidades defectivas, ou seja, baseadas na falta e devem, assim, ser saciadas para evitar um estado indesejável, enquanto as necessidades dos níveis mais altos da pirâmide são necessidades de crescimento. Estas necessidades não buscam ser saciadas para se evitar algo indesejável, mas para se alcançar algo mais desejável.

 Bibliografia

  • Asendorpf, Jens B. (2004). Psychologie der Persönlichkeit. Berlin: Springer. ISBN 3 540 66230 8
  • Carver, Charles S. & Scheier, Michael F. (2000). Perspectives on personality. Boston: Allyn and Bacon. ISBN 0 2055 2262 9
  • Friedman, Howard S. & Schustack, Miriam (2003). Teorias da Personalidade. Prentice Hall Brasil. ISBN 8587918508

 Ver também

Referências

  1. a b c d e Carver, Charles S. & Scheier, Michael F. (2000). Perspectives on personality. Boston: Allyn and Bacon.
  2. a b Murray, H. A. (1938). Explorations in personality. New York: Oxford University Press.
  3. Maslow, A. H. (1970). Motivation and personality, (Rev. ed.). New York: Harper & Row.
  4. Maslow, A. H. (1955). Deficiency motivation and growth motivation. Em M. R. Jones (ed.), Nebraska Symposium on Motivation. Lincoln: University of Nebraska


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sexta-feira, 25 de junho de 2010

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Educação e Direito são as áreas de mestrado mais procuradas no Brasil




Educação e Direito são as áreas de mestrado mais procuradas no Brasil

Pesquisa revela quais são os cursos de pós-graduação e mestrado mais solicitados no país nos últimos dois anos

Com cerca de 20 mil visitas diárias e mais de 25 mil pedidos de informação a cada mês, o portal Educaedu (www.educaedu-brasil.com) traçou, na última segunda-feira, um perfil dos cursos brasileiros mais buscados pelos internautas nos últimos dois anos. Os dados refletem a quantidade de usuários que solicitaram dados sobre diploma, certificação do MEC, preços, datas e grades curriculares de pós-graduações e mestrados nos dois últimos anos.


Segundo o levantamento, desde junho de 2008, a área de Educação é a mais requisitada para mestrados, com 14,18% do total de pedidos de informações. A segunda mais buscada é a Direito, com 9,3% dos 61.418 formulários preenchidos. Já o terceiro lugar na lista mudou de um ano para o outro. Entre junho de 2008 e maio de 2009, Administração de Negócios ganhou esta posição, assumida por Psicologia no período que vai de junho do ano passado até maio de 2010.

Quando o assunto é pós-graduação, também pelo segundo ano consecutivo, Enfermagem e Fisioterapia encabeçam a lista das mais populares entre os internautas. As especializações em Enfermagem lideram o ranking, com mais de 10 mil pedidos de informações a cada ano, enquanto Fisioterapia ocupa a vice-liderança entre aquelas com maior número de interessados, com uma média de 8.700 formulários enviados.

O levantamento foi feito com base na quantidade de solicitações de usuários feitas por meio do sistema de formulários da versão brasileira do portal, enviados diretamente ao departamento de serviços acadêmicos das universidades ou instituições de ensino correspondentes. Entre junho de 2008 e maio de 2009, 35.208 internautas utilizaram este mecanismo para esclarecer dúvidas sobre mestrados e um total de 237.866 sobre pós-graduações. No ano seguinte, o número foi de 26.211 e 199.311, respectivamente.


Sobre o portal Educaedu

Educaedu é hoje o maior diretório global de educação online e está presente em 20 países. Sua página brasileira tem uma média de 20 mil visitas diárias e reúne dados de mais de 10 mil cursos, graduações, mestrados, pós-graduações e MBA oferecidos em todos os estados do país. O site é uma ferramenta prática e eficiente: em apenas um endereço virtual, estão disponíveis todas as informações sobre instituições de ensino e cursos oferecidos.


Uma das funcionalidades do Educaedu é o seu sistema de busca avançada, que filtra os cursos por estado e cidade, modalidade de ensino e área de conhecimento. Outra ferramenta é o sistema de formulários, com os quais o internauta solicita informações ao departamento de serviços acadêmicos da instituição de ensino correspondente. Ao compilar e atualizar constantemente seu banco de dados, o site oferece todos os elementos necessários para a escolha do curso mais adequado ao seu perfil, de forma rápida e consciente.


A versão brasileira do portal tem cadastrados 6.700 cursos de pós-graduação, 2.200 de graduação e mais de 1.000 de extensão universitária e de idiomas, ministrados em 580 universidades e centros educacionais. Seu diferencial em relação a outros buscadores do gênero é a grande quantidade de informações disponíveis e o seu conceito globalizado. Fundado em 2001, o Educaedu alcançou a marca de mais de 10 milhões de usuários em todo o mundo, como Canadá, Espanha, França, Estados Unidos, Itália, Portugal, México, Austrália, Chile, Rússia, Argentina, Polônia e Turquia.
Educaedu nas redes sociais: Orkut, Facebook, Twitter, Flickr, Digg, Meme e Linkedin.



Mais informações para imprensa


Luciana Taddeo
Tel.: +(54911) 4861-4172
Fax: +(54911) 5256-6630





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segunda-feira, 21 de junho de 2010

O Preconceito em Relação à Filosofia Oriental

Quando se fala em preconceito, logo imaginamos um caso de racismo ou discriminação contra a mulher, deficientes, homossexuais ou outras minorias. Mas é interessante refletir também em torno de outras formas de preconceitos, de fato mais sutis, mas nem por isso menos discriminatórias. É o caso de algumas idéias preconcebidas, mais assemelhadas a rótulos, que vigem no mundo acadêmico. Especificamente, convoco todos a uma reflexão a respeito do desdém científico-filosófico pelas doutrinas e teorias que advêm do outro lado do meridiano, a ponto de simplesmente taxá-las de místicas ou não-científicas.

Ora, o fato da filosofia oriental aparecer, por não raras vezes, associada a alguma religião, não subtrai sua autonomia enquanto filosofia – afinal, a religião, para fundamentar suas doutrinas, dogmas e crenças (ou crendices) recorre à filosofia.

Sabe-se que tanto a ciência como a filosofia buscam uma explicação da realidade a partir daquilo que ela mesma manifesta, ou seja, das próprias coisas em si consideradas, sem recorrerem a algo divino ou sobrenatural para compreendê-las. É o chamado logos demonstrativo. Analisemos uma concepção oriental da realidade, manifestada pelo Taoísmo filosófico, para verificar se é plausível dizer que estamos diante de uma filosofia – nos termos estritos e acadêmicos do termo – ou de alguma visão mística da realidade.

Os taoístas filosóficos encaram os ensinamentos do Tao apenas como um método de vida, como um guia em que se busca essencialmente achar a harmonia entre o ser e a natureza. Uma de suas principais teorias para explicar a realidade é o princípio unificante ou princípio da polaridade, segundo o qual “todos os fenômenos universais podem ser classificados em categorias polares, com pólos yin e yang; e mesmo categorias diversas se inter-relacionam através de uma ordem comum. Por exemplo, coisas aparentemente diferentes, como peso (leve = yin e pesado = yang) e calor (frio = yin e quente = yang) têm algo em comum. O princípio unificante tem uma função orientadora no estabelecimento de relações entre variáveis de significados nem sempre aparentes à primeira vista”.

O Tei-Gi é representado pelo famoso símbolo chinês


O princípio apregoa que o universo é composto por duas forças complementares, e do equilíbrio dinâmico entre elas surge todo movimento e mutação. Essas forças são: Yang: o princípio ativo, diurno, luminoso, quente, masculino. Yin: o princípio passivo, noturno, escuro, frio, feminino.

Tais qualidades atribuídas a cada uma das dualidades são apenas analogias, que exemplificam a expressão de cada uma delas no mundo fenomênico. Os princípios em si mesmos estão implícitos em toda e qualquer manifestação.
Tais exemplos não incluem qualquer juízo de valor, e não há qualquer hierarquia entre os dois pólos. Assim, referir-se a Yang como negativo apenas indica que ele é negativo quando comparado com Yin, que será positivo. Esta analogia é como a carga elétrica atribuída a prótons e elétrons: os opostos complementam-se, positivo não é bom ou mau, é apenas o oposto complementar de negativo.

O que importa para o debate proposto não é o aprofundamento no estudo do princípio unificante, mas tão-somente constatar que, da mesma forma que Tales de Mileto olhou para o mundo e entendeu, sem recorrer a qualquer explicação mística ou sobrenatural, que ele é feito de água, Lao Tsé também pode perfeitamente ter construído sua tese a partir de uma observação pura e simples da realidade, e dos aspectos dualistas que aparentemente a compõem. Não há, assim, qualquer óbice em se entender que a principal tese filosófica do Taoísmo foi elaborada sem qualquer recurso a fundamentações místicas. Portanto, como desconsiderar que é sim uma “filosofia”, nos termos mais estritos do termo?

O que existe, na verdade, é um preconceito, que, como toda discriminação infundada, encerra uma “violência sutil”. Talvez, indo mais adiante, o desejo de preservar a nossa identidade, cujas raízes estão na colonização européia, nos conduz ao impulso inconsciente de repelir aquilo que não a reforce. Toleramos o idealismo platônico e tantas teorias filosóficas tentando explicar Deus ou algum mundo em que tudo é estável, imutável, perfeito... Mas, mesmo diante de algo tão científico e racional como o princípio unificante – que, como toda teoria, também tem suas falhas –, simplesmente se afirma: isso não é filosofia, é coisa de religião. A busca pelo monopólio da verdade conduz a resultados estapafúrdios.

“Quem conhece a sua ignorância revela a mais profunda sapiência. Quem ignora a sua ignorância vive na mais profunda ilusão.”
Lao Tsé
 
Fonte: http://direitoeviolencia.blogspot.com/2010/05/o-preconceito-em-relacao-filosofia_29.html
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sábado, 19 de junho de 2010

SOLIDÃO

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Solidão é um sentimento no qual uma pessoa sente uma profunda sensação de vazio e isolamento. A solidão é mais do que o sentimento de querer uma companhia ou querer realizar alguma atividade com outra pessoa não por que simplesmente se isola mas por que os seus sentimentos precisam de algo novo que as trasforme.
Um dos primeiros usos a serem gravados da palavra "solitário" está na tragédia Coriolanus, Ato IV Cena 1, de William Shakespeare, escrita em 1608.

 Distinção da solitude

Solidão não é o mesmo que estar desacompanhado. Muitas pessoas passam por momentos em que se encontram sozinhas, seja por força das circunstâncias ou por escolha própria. Estar sozinho pode ser uma experiência positiva, prazerosa e trazer alívio emocional, desde que esteja sob controle do indivíduo. Solitude é o estado de se estar sozinho e afastado das outras pessoas, e geralmente implica numa escolha consciente. A solidão não requer a falta de outras pessoas e geralmente é sentida mesmo em lugares densamente ocupados. Pode ser descrita como a falta de identificação, compreensão ou compaixão.
Em seu crescimento como indivíduo, o ser humano começa um processo de separação ainda no nascimento, a partir do qual continua a ter uma independência crescente até a idade adulta. Desta forma, sentir-se sozinho pode ser uma emoção saudável e, de fato, a escolha de ficar sozinho durante um período de solitude pode ser enriquecedora. Para sentir solidão, entretanto, o indivíduo passa por um estado de profunda separação. Isto pode se manifestar em sentimentos de abandono, rejeição, depressão, insegurança, ansiedade, falta de esperança, inutilidade, insignificância e ressentimento. Se tais sentimentos são prolongados eles podem se tornar debilitantes e bloquear a capacidade do indivíduo de ter um estilo de vida e relacionamentos saudáveis. Se o indivíduo está convencido de que não pode ser amado, isto vai aumentar a experiência de sofrimento e o consequente distanciamento do contato social. A baixa auto-estima pode dar início à desconexão social que pode levar à solidão.
Em algumas pessoas, a solidão temporária ou prolongada pode levar a notáveis expressões artísticas e criativas como, por exemplo, Emily Dickinson. Isto não implica dizer que a solidão desencadeia criatividade, ela simplesmente foi, neste caso, uma influência no trabalho então realizado pelo artista.

 Causas comuns

As pessoas podem sentir solidão por muitas razões e muitos eventos da vida estão associados a ela. A falta de amizades durante a infância e adolescência ou a falta de pessoas interessantes podem desencadear não só a solidão, mas também a depressão e o celibato involuntário. Ao mesmo tempo, a solidão pode ser um sintoma de um outro problema social ou psicológico, que deveria ser tratado.
Muitas pessoas passam pela experiência da solidão pela primeira vez quando são deixadas sozinhas quando crianças. É um pensamento muito comum, embora temporário, em consequência de um divórcio ou a perda de algum relacionamento afetivo de longa duração. Nesses casos, a solidão pode ocorrer tanto por causa da perda do outro indivíduo quanto pelo afastamento do círculo social do qual ambos faziam parte, causado pela tristeza associada ao evento.
A perda de alguém significativo na vida de uma pessoa tipicamente provoca um período de lamentação, onde o indivíduo sente-se sozinho mesmo na presença de outros. A solidão pode ocorrer também após o nascimento de uma criança, um casamento ou outro evento socialmente disruptivo, como a mudança de um estudante para um campus universitário. A solidão pode ocorrer dentro de um casamento ou relacionamentos íntimos similares quando há raiva, ressentimento ou quando o amor dado não é correspondido. Pode também representar uma disfunção de comunicação. Aprender a lidar com mudanças de estilos de vida é essencial para superar a solidão.
O sentimento de solidão é agravado pela impessoalidade das cidades populosas

 Na sociedade moderna

A solidão ocorre com frequência em cidades densamente populosas; nestas cidades muitas pessoas podem se sentir totalmente sozinhas e deslocadas, mesmo quando rodeadas de pessoas. Elas sentem a falta de uma comunidade identificável numa multidão anônima. É incerto se a solidão é uma condição agravada pela alta densidade populacional ou se é uma condição humana trazida à tona por tal estrutura social. De fato a solidão ocorre mesmo em populações menores e menos densas, mas a quantidade de pessoas aleatórias que entram em contato com o indivíduo diariamente numa cidade grande pode levantar barreiras de interação social, uma vez que não há profundidade nos relacionamentos, e isso pode levar à sensação de deslocamento e solidão. A quantidade de contatos não se traduz na qualidade dos contatos.[1]
A solidão parece ter se tornado particularmente prevalente nos tempos modernos. No começo do século XXfamílias, eram tipicamente maiores e mais estáveis, os divórcios eram raros e relativamente poucas pessoas viviam sozinhas. Hoje, há uma tendência de inversão desses valores: cerca de um quarto da população dos Estados Unidos vivia sozinha em 1998. Em 1995, 24 milhões de estadunidenses viviam sozinhos em casa; em 2010, estima-se que este número chegará a cerca de 31 milhões.[2] as
Um estudo de 2006 da revista American Sociological Review descobriu que os estadunidenses tem, em média, dois amigos próximos com quem trocam confidências, abaixo da média de três encontrada numa pesquisa similar em 1985. O percentual de pessoas que declararam não ter amigos confidentes cresceu de 10 para quase 25%, e 19% adicionais disseram ter somente um único amigo confidente (geralmente o cônjuge), aumentando o sério risco de solidão no caso do fim de tal relacionamento.[3]

 Como condição humana

A escola existencialista vê a solidão como essência do ser humano. Cada pessoa vem ao mundo sozinha, atravessa a vida como um ser em separado e, no final, morre sozinho. Aceitar o fato, lidar com isso e aprender como direcionar nossas próprias vidas de forma bela e satisfatória é a condição humana.[4] Alguns filósofos, como Jean-Paul Sartre, acreditaram numa solidão epistêmica, onde a solidão é parte fundamental da condição humana por causa do paradoxo entre o desejo consciente do homem de encontrar um significado dentro do isolamento e do vazio do universo. Entretanto, alguns existencialistas pensam o oposto: os indivíduos precisariam se engajar ativamente uns aos outros e formar o universo na medida em que se comunicam e criam, e a solidão é meramente o sentimento de estar fora desse processo.

 Tratamento

Existem muitas formas diferentes para tratar a solidão, o isolamento social e a depressão. O primeiro passo, e o mais frequentemente recomendado, é a terapia. A terapia é um método comum e efetivo de se tratar a solidão, e geralmente é bem-sucedido. Terapias curtas, o tipo mais comum, geralmente se estendem por 10 a 20 semanas. Durante a terapia, enfatiza-se a compreensão da causa do problema; reverter os pensamentos, sentimentos e atitudes negativas resultantes do problema; e explorar as formas de melhora do paciente. Alguns especialistas recomendam a terapia em grupo como uma forma de se conectar a outras pessoas que passam pelo mesmo sofrimento e estabelecer assim um sistema de apoio.[5] Especialistas frequentemente prescrevem antidepressivos como tratamento ou em conjunto com a terapia. Geralmente ocorrem algumas tentativas de combinações de drogas até que uma combinação mais adequada seja encontrada para o paciente — essa combinação é encontrada pelo método da tentativa-e-erro. Alguns pacientes podem desenvolver uma resistência a certos tipos de medicação e necessitar de uma mudança periodicamente.[6]
Abordagens alternativas são sugeridas por alguns especialistas. Tais tratamentos incluem exercícios físicos, dieta, hipnose, choques elétricos, acupuntura, fitoterapia, entre outros. Muitos pacientes relatam que a participação em tais atividades aliviaram os sintomas relacionados à depressão, total ou parcialmente.[7] Um outro tratamento, tanto para depressão quanto para a solidão, é a terapia de animais de estimação, ou terapia através da presença de animais de companhia, como cachorros, gatos, coelhos e até mesmo porquinhos-da-índia. De acordo com a agência Centers for Disease Control and Prevention, existem vários benefícios associados aos animais de estimação. Além de atenuar a sensação de solidão (mesmo porque isto pode também levar à socialização com outros donos de animais semelhantes), ter um animal de estimação diminui a ansiedade e, consequentemente, os níveis de stress no organismo.[8]

 Ver também

Referências

  1. Lonely Nation: Americans Try to Connect in a Country Where Isolation Is Common. Healthyplace.com, 5-8-2006.
  2. Loneliness and Isolation: Modern Health Risks. The Pfizer Journal IV (4), 2000.
  3. Social Isolation in America: Changes in Core Discussion Networks over Two Decades. American Sociological Review 71 (3), 353-375.
  4. An Existential View of Loneliness. Carter, Michele. Abiding Loneliness: An Existential Perspective. Park Ridge Center, 2000.
  5. Psychoterapy. Depression.com.
  6. The Truth About Antidepressants. WebMD.
  7. Alternative treatments for depression. WebMD.
  8. Health Benefits of Pets. Centers for Disease Control and Prevention.

 Ligações externas



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