sábado, 30 de abril de 2016

O que ensinar na Educação Física Escolar?


Estamos numa época de incertezas. Diante de mil concepções, idéias e formas milagrosas de ensinar na escola, nos deparamos com um dilema: o que ensinar nas aulas de Educação Física?


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Estamos numa época de incertezas. Diante de mil concepções, idéias e formas milagrosas de ensinar na escola, nos deparamos com um dilema: o que ensinar nas aulas de Educação Física?
Estamos numa época de incertezas. Diante de mil concepções, idéias e formas milagrosas de ensinar na escola, nos deparamos com um dilema: o que ensinar nas aulas de Educação Física?
O primeiro ponto que não devemos nos esquecer é de que a Educação Física é uma área de conhecimento, está inserida no currículo escolar e, portanto, tem um objetivo pedagógico. Assim, entendendo a Educação Física como “disciplina”, ela deverá possuir seus próprios objetivos, conteúdos, expectativas de aprendizagem e seu objetivo deverá ser o de estudar o  universo das manifestações culturais corporais.
Algumas pessoas afirmam  que as aulas de Educação Fisica devem priorizar a diversão e o lazer. Se a disciplina está inserida no currículo da escola, como citado anteriormente, não faz sentido essa afirmativa. Existem outros locais onde as crianças podem freqüentar com  o unico objetivo de diversão e certamente a escola não é este espaço. Lembremos que ao afirmar isso estamos negando o direito da criança a adquirir conhecimento.
Ao escolher uma manifestação corporal presente no cotidiano da comunidade,  para ser estudada nas aulas de Educação Física, estamos garantindo o respeito ao aluno, respeito a sua cultura, aos seus conhecimentos e uma aprendizagem significativa que faça sentido para a criança. 
Educação Física deveria garantir aos alunos o direito de conhecer mais profundamente os esportes, as danças, as lutas, as ginásticas, enfim, as práticas pertencentes ao universo corporal presentes em seu cotidiano. Garantir o direito a esses aprendizados é um dever do professor e da escola, respeitar esses conhecimentos também. 
Mas como funciona isso na prática?  Como exemplo, cito a tematização de um esporte como o vôlei. A partir dos conhecimentos dos alunos a respeito desta manifestação podemos propor algumas atividades onde os alunos experimentem jogar de varias maneiras, adaptando os movimentos, o espaço, os materiais, incluindo as pessoas com deficiência. Outra ação didática seria mediar algumas atividades onde os alunos descubram  como o esporte surgiu, quem são os atletas, onde e por quem  é praticado, enfim, a criança deve entender que essas manifestações são culturalmente construídas e constantemente modificadas de acordo com alguns interesses.
É importante lembrar que respeitar os conhecimentos dos alunos não significa que devemos nos limitar a tematizar somente os que eles conhecem e vivenciam. Ao contrario disso, devemos proporcionar momentos onde esses conhecimentos sejam ampliados, trazendo para a escola tudo o que diz respeito a seu cotidiano e também outras formas de ver e pensar esses saberes que fazem parte do patrimônio cultural da sociedade. 
A partir dessa perspectiva de educação, saem de cena as aulas “treinamento”, que exclui os não habilidosos, a descoberta de novos atletas, excluem os deficientes e outros que não se encaixam nessa pratica e entram em cena todos aqueles alunos que tem o direito de a vivenciar essas manifestações. Isso não significa que a Educação Fisica deva se transformar em aulas “ditas” teóricas, mas sim, a partir das práticas, uma aula onde a satisfação de aprender e participar estejam presentes através de atividades que levante questionamentos, aprofundem o conhecimento, ressignifiquem a pratica e ampliem as formas de ver, pensar e estar no mundo. 
Natalia Gonçalves
Professora de Educação Física da PMSP

fonte :http://www.educacaofisica.com.br/escolas/educacao-fisica-escolar2/educacao-fisica-escolar/

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segunda-feira, 25 de abril de 2016

Resenha do livro: ABDALLA, Maria de Fátima B. O senso prático de ser e estar na profissão. São Paulo, Cortez Editora, 2006, 120 (Coleção: Questões da Nossa época v. 128)

Resenha do livro: ABDALLA, Maria de Fátima B. O senso prático de ser e estar na profissão. São Paulo, Cortez Editora, 2006, 120 (Coleção: Questões da Nossa época v. 128).

O livro da Professora Maria de Fátima Barbosa Abdala resulta dos principais resultados de sua tese de doutorado. Articula conceitos, idéias e os resultados de pesquisa para demonstrar que a formação do professor no contexto da escola é indissociável de uma melhora qualitativa do desenvolvimento profissional, que por sua vez imprime uma melhor qualidade ao contexto de trabalho.  O livro apresenta, então, de forma didática os processos de aprendizagem da profissão professor e das possibilidades de ações de formação e desenvolvimento pessoal e profissional no contexto de trabalho, no caso, a escola. A estrutura do estudo se articula em quatro capítulos. O primeiro situa o conceito de necessidade como prática de definir objetivos de mudança; o segundo examina os movimentos do contexto escolar – espaço social e campo de saber e poder; no terceiro analisa a cultura da escolao quarto capítulo enfatiza a necessidade de reflexão sobre a natureza epistemológica do conhecimento profissional. E por fim, destaca alguns aspectos a serem considerados nos cursos de formação visando à transformação da escola.

            O primeiro capítulo trata as necessidades e perspectivas dos professores sobre o aprender da profissão, questiona se apreender as necessidades do professor seria uma forma de aprender a profissão. 

            As necessidades quando apontadas de forma consciente, por um lado, retratam a realidade e por outro podem demonstrar a intenção de transformar as condições já existentes. Essas necessidades podem ser classificadas como habituais (que retratam a rotina de trabalho) e desejadas (que se transformam em objetivos de ação e mudança).

            E assim, classificando as necessidades, organizando-as, levando em consideração a forma como são enunciadas, a que campos e contextos se referem, a autora vai tecendo um feixe de relações que se articula em diferentes campos em contextos, revelando o melhor caminho de ser e estar na profissão ou como superar as necessidades transformando a realidade. 

Para autora, ao buscar superar, dominar, vencer as necessidades que se apresentam, exercita-se a profissionalidade e de acordo o grau de profissionalidade dos professores amplia-se o seu olhar da e para a realidade. Essa transformação do olhar acontece quando se problematiza a profissão, o conhecimento profissional, e se resiste ao já estabelecido na realidade educacional. Conhecer, (re)fazer e transformar a realidade, leva à reconstrução permanente dos saberes da docência que por sua vez ampliarão cada vez mais o espaço das possibilidades.

            O segundo capítulo apresenta a escola como contexto de formação do professor e é transpassado pela questão: A escola pode ser, então, um contexto de produção/profissionalização docente? O estudo da autora aponta afirmativamente, apesar dos problemas enfrentados pelo o professor (gestão autoritária; falta de projeto político-pedagógico; organização do currículo; falta de compromisso da escola com o desenvolvimento profissional).

Apesar dos problemas citados, a autora afirma, de acordo com seus dados de pesquisa, que é possível que o professor aprenda com esse tipo de gestão. Como? Apurando os sentidos, percebendo as regras e buscando acomodar-se a elas ou introduzindo estratégias para superar as necessidades da profissão.

A professora conclui o capítulo afirmando que ”a escola é sem dúvida, o espaço de ser e estar do professor. É lócus de ação e formação no qual os professores constroem o sentido da profissão, para reinventar instrumentos significativos de construção da realidade”.

No terceiro capítulo há a articulação dos dois capítulos anteriores, propondo a necessidade de uma cultura escolar que propicie ao professor perceber as possibilidades de desenvolvimento e novas perspectivas.

A autora apresenta, então, a necessidade da escola investir em três elementos: gestão, projeto político-pedagógico e a organização e articulação curricular, pois as práticas do professor são determinadas pelas formas como se apresentam esse três elementos, que são atravessadas pelas necessidades habituais, cruzam-se com asnecessidades desejadas e estas determinam um novo habitus[1]ou seja, à medida que o professor (re)conhece, (re)faz e (trans)forma por sua própria ação, a estrutura da escola, da sala de aula e da própria prática docente, ele imprime um novo habitus, através do qual, (re)estrutura as maneiras de ser e estar na profissão.

A criação de uma nova cultura no espaço da escola exige da direção uma nova forma de conduzir suas ações: uma gestão conjunta que propicie espaços para a reflexão coletiva e individual no intuito de compreender a produção cultural que ali se faz.

O capítulo quarto apresenta como se processa o conhecimento do professor sobrepara o ensino. Coloca questões como: de que trata o conhecimento do professor? O que e como conhecem os professores? Quais as fontes (de onde provém), as formas (como se aproveitam as fontes) e estratégias (os significados que assume) desse conhecimento? Para a professora, as fontes, formas e categorias do conhecimento articulam a unidade teoria e a prática que constitui o trabalho do professor. Entretanto, este trabalho só será significativo se o professor perceber a realidade escolar na qual estiver inserido, pois é nela que se mobilizam experiências que o constituem como pessoa e profissional da educação.

            Por fim, como conclusão, a autora aponta para a necessidade de reflexão, desde os cursos de formação inicial às ações de formação contínua, sobre a possibilidade de transformação das práticas. Para isso, propõe alguns princípios estruturantes: privilegiar nos cursos de formação e desenvolvimento profissional a análise das necessidades pessoais, profissionais e organizacionais dos professores; a escola necessita propiciar possibilidades de mudança em suas práticas; a busca, por parte da escola, de espaços e parceiros (universidade) que possibilitem tempo para o repensar conjunto da profissão.

            O livro da professora Fátima Abdalla além esclarecedor sobre as questões às quais se propôs, apresenta situações ao leitor, que, se inserido em qualquer âmbito educacional, certamente se reconhecerá. E reconhecer-se neste complexo quadro de relações que é a Educação, talvez seja o primeiro passo para a conversão do olhar e encontrar o ponto de ruptura que leve a um repensar constante sobre o ser estar na profissão.




[1] Habitus segundo Bourdieu (1997, p. 21-22) é o princípio gerador e unificador, que retraduz características intrínsecas e relacionais de uma posição em um estilo de vida unívoco.

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domingo, 24 de abril de 2016

Internet Limitada por Franquia de Banda Larga - Opinião Jurídica - Prof....



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Celso Russomanno entra na briga contra a internet LIMITADA e orienta con...



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Pareceres do MEC sobre Aproveitamento / Complementação de estudos


O aproveitamento de estudos é contemplado pela legislação educacional brasileira. A Lei 9.394/96 dispõe:

º Os alunos que tenham extraordinário aproveitamento nos estudos, demonstrado por meio de provas e outros instrumentos de avaliação específicos, aplicados por banca examinadora especial, poderão ter abreviada a duração dos seus cursos, de acordo com as normas dos sistemas de ensino.

Cite-se ainda a Resolução CFE nº 5/79 do antigo Conselho Federal de Educação. Clique no link abaixo para acessar os documentos emanados deste Conselho sobre o tema.









  • Parecer CNE/CES nº 91/2003, aprovado em 6 de maio de 2003
    Aproveitamento de estágio realizado no curso seqüencial de Gestão em Marketing, no curso de Administração, bacharelado, do Centro Universitário Moura Lacerda, com sede na cidade de Ribeirão Preto, no Estado de São Paulo, por Rodolfo Zamarioli.

  • Parecer CNE/CES nº 193/2003, aprovado em 5 de agosto de 2003
    Aproveitamento de estudos realizados nas disciplinas Meteorologia Aeronáutica, Navegação Aeronáutica e Direito e Legislação Aeronáutica, cursadas na Escola de Aviação Civil, da cidade de São José dos Campos, no Estado de São Paulo, no curso de Tecnologia em Ciências Aeronáuticas, da Universidade Braz Cubas, com sede na cidade de Mogi das Cruzes, SP.















contemplado pela legislação educacional brasileira. A Lei 9.394/96 dispõe:
Art. 47 § 2º Os alunos que tenham extraordinário aproveitamento nos estudos, demonstrado por meio de provas e outros instrumentos de avaliação específicos, aplicados por banca examinadora especial, poderão ter abreviada a duração dos seus cursos, de acordo com as normas dos sistemas de ensino.
Cite-se ainda a Resolução CFE nº 5/79 do antigo Conselho Federal de Educação. Clique no link abaixo para acessar os documentos emanados deste Conselho sobre o tema.









  • Parecer CNE/CES nº 91/2003, aprovado em 6 de maio de 2003
    Aproveitamento de estágio realizado no curso seqüencial de Gestão em Marketing, no curso de Administração, bacharelado, do Centro Universitário Moura Lacerda, com sede na cidade de Ribeirão Preto, no Estado de São Paulo, por Rodolfo Zamarioli.

  • Parecer CNE/CES nº 193/2003, aprovado em 5 de agosto de 2003
    Aproveitamento de estudos realizados nas disciplinas Meteorologia Aeronáutica, Navegação Aeronáutica e Direito e Legislação Aeronáutica, cursadas na Escola de Aviação Civil, da cidade de São José dos Campos, no Estado de São Paulo, no curso de Tecnologia em Ciências Aeronáuticas, da Universidade Braz Cubas, com sede na cidade de Mogi das Cruzes, SP.















fonte: http://portal.mec.gov.br/educacao-quilombola-/323-secretarias-112877938/orgaos-vinculados-82187207/12797-aproveitamento-complementacao-de-estudos

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quinta-feira, 7 de abril de 2016

Plano de aula: Estatística para entender e construir gráficos.


Estatística para entender e construir gráficos

Publicado por 

Objetivo(s) 

- Ler e interpretar gráficos
- Organizar informações em tabelas
- Elaborar gráficos com base em tabelas

Tempo estimado 

Quatro aulas

Material necessário 

Reportagem de VEJA:

"Com as mãos no ouro" - publicada no site de Vejadisponível no Acervo digital de Veja a partir de 02/07/2013

- Revistas e jornais para recorte
- Cartolina, tesoura e cola
- Cópias da reportagem "Com as mãos no ouro" (Veja, 2332, 31 de julho de 2013)
- Computadores com acesso à internet e com o programa Microsoft Excel ou outro similar, como o LibreOffice Calc (disponível para download gratuito aqui)

Desenvolvimento 

1ª etapa 

Apresente aos alunos os usos da estatística no dia a dia. Evidencie como ela é utilizada para, por exemplo, avaliar o rendimento de uma turma em uma disciplina, analisar o rendimento de um time em um campeonato ou entender como a inflação desvaloriza a mesada dos alunos. Apresente algumas tabelas e gráficos e compare os dois tipos de visualização. Peça que os alunos expliquem em qual dos dois tipos ela é mais clara e por que acham isso.

Leia a reportagem "Com as mãos no ouro" (Veja, 2332, 31 de julho de 2013) e discuta como a análise de dados e a construção de gráficos são habilidades importantes atualmente.

2ª etapa 

Traga jornais e revistas para a sala de aula e peça que os alunos procurem, nesse material, gráficos que achem interessantes. Eles devem recortá-los e colá-los nas cartolinas. Lembre-os da importância de não deixar de fora informações como título, legendas e fontes dos gráficos.

Analise com a turma os recortes, pedindo que os alunos comparem os diferentes materiais. É importante, nesse momento, destacar as diferenças entre os diversos tipos de gráficos: de colunas, barras, setores (conhecidos como gráficos de "pizza"), linhas, entre outros. Explique que o tipo de gráfico utilizado depende da informação que se quer retratar. Conduza o debate de maneira que eles cheguem às conclusões de que o gráfico de setores é mais adequado para representar partes de um todo, o de linhas para comparar o crescimento ou a queda de um índice com o passar do tempo e assim por diante, com os outros tipos ali disponíveis. Peça que eles anotem essas informações no caderno e as escreva na lousa ou em uma cartolina.

3ª etapa 

Divida a sala em grupos e proponha que façam uma pesquisa de dados sobre um assunto do interesse dos alunos. Oriente a coleta de informações, que pode acontecer por meio de uma pesquisa na internet ou pela realização de uma enquete com os colegas. Caso você opte pela elaboração de uma enquete, auxilie a turma a decidir quais dados querem buscar e quais perguntas precisarão fazer para consegui-los.

Peça que organizem os dados coletados em tabelas, que depois serão transformadas em gráficos. Lembre-os de colocar informações importantes como o nome da tabela e de suas colunas, as unidades de medida utilizadas e a fonte de onde retiraram.

4ª etapa 

Leve a turma ao laboratório de informática para que os grupos elaborem gráficos a partir dos dados coletados nas aulas anteriores. Auxilie-os no uso das ferramentas. A elaboração pode ser feita com o Microsoft Excel ou um programa parecido, como o LibreOffice Calc, que é gratuito (veja aqui um tutorial de como montar gráficos com esse programa).

Intervenha questionando se o tipo de gráfico escolhido é o mais adequado e ajudando-os a tornar os trabalhos mais claros para os leitores. Insista na necessidade de o gráfico ter título e legendas, além de indicar a fonte das informações.

Peça que os grupos apresentem o trabalho para os colegas da sala, destacando a escolha do tipo de gráfico e a maneira como os dados foram organizados antes da montagem.

Avaliação 

Avalie a produção final e o envolvimento dos alunos nas aulas anteriores. Verifique se os alunos foram capazes de identificar o tipo adequado de gráfico para as informações que possuíam, se conseguiram montá-los com clareza e com todas as informações necessárias.

Fonte: Revista Nova Escola.

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