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sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Aprendizagem acelerada



Aprendizagem acelerada
Brasílio Neto

Desde cedo, nos ensinam algumas regras sobre a escola. Algumas vêm de nossos pais, outras de nossos professores. Quando o ano letivo começa, já aprendemos ou vamos aprender logo na próxima aula que, ao estudar:

• Devemos fazer silêncio.
• Nada de botar música por perto, que atrapalha o estudo.
• É bom anotar e organizar todas as informações em listas.
• Nada de rabiscar ou escrever nos livros.
• E nem rabiscar nos cadernos. Um caderno limpo e caprichado é o primeiro sinal de um bom aluno.
• Participe ativamente das aulas. Quer dizer, quando o professor permitir. Qualquer ruído além disso é bagunça.
• Não invente. Faça exatamente o que o professor manda.
• Não tente entender as fórmulas. Basta decorá-las.
• Sua inteligência será medida pelas notas no seu boletim.
Não é de se espantar que com essa postura a descoberta de novas coisas, que deveria ser um prazer, inspira medo em alguns e enche a paciência de todos – alunos e boa parte dos professores.

Anos passam. Os alunos entram no mercado de trabalho e o que lhes é pedido? Pense em coisas novas. Crie. Aprenda coisas novas – rápido e as utilize no seu trabalho. Desafie as leis não-escritas. Não é porque seus superiores dizem algo, que aquilo está certo e é a única maneira de se trabalhar, é preciso aprender diariamente coisas novas sobre o mercado, sobre os concorrentes, sobre novas legislações.

Uma nova maneira de aprender – Não precisou muito para grandes empresas descobrirem que precisam desenvolver, treinar e ampliar os conhecimentos de seus funcionários sempre. Logo em seguida percebeu-se que o padrão de aprendizagem que a maioria traz dos colégios está longe de permitir algum progresso profissional.

É isso que Luiz Carlos Martins nos mostra no livro Aprendizagem Acelerada, publicado pela Suma Econômica. A obra relata diversas experiências e técnicas desenvolvidas para facilitar a maneira pela qual aprendemos. Muitos desses estudos invertem a seqüência de eventos a qual estamos acostumados: primeiro alguém pesquisa, os resultados são colocados em um livro didático, que é diagramado e impresso, é aprovado por um grupo de professores, distribuído para alunos que devem compreendê-lo e extrair dali informações.

Uma forma acelerada de ensino leva em conta, primeiro, a maneira pela qual a nossa mente trabalha, como aprendemos, e a partir daí desenvolver material didático apropriado, adaptar o professor a essa maneira mais natural de aprender e ensinar, e por aí vai.

Mas você pode aplicar as lições da aprendizagem acelerada mesmo sem nenhum material especial. Eis alguns exercícios que podem ajudar seus alunos a aprender de forma mais natural, fácil e rápida:

1 – ESCREVENDO TORTO POR LINHAS CERTAS

Você já escutou um caso interessante envolvendo pessoas de seu relacionamento (em outras palavras, ouviu uma fofoca) ao telefone? Em muitos casos, pode ser algo assim:

─ Anota aí o novo celular da Carminha: 99... Ah, você sabia que ela e o Fernando...

Após uns bons dez minutos, olhe para o papel em que você anotou o telefone da Carminha. Muito provavelmente ele vai conter o nome da Carminha, com o celular embaixo (e não ao lado), circundado ou sublinhado várias vezes. Em volta, alguns rabiscos que simbolizem a Carminha, o Fernando e outros personagens da história, e talvez algumas expressões do tipo "bandido!" aqui e ali.

Se é dessa maneira que você processou a informação do telefonema, porque seus alunos têm de estudar e compreender toda sua disciplina através de páginas e mais páginas de texto linear? No primário, muitos aprendem a resolver problemas matemáticos dividindo entre “raciocínio”, “cálculo” e “resposta”. Todos os três imaculadamente livres de rascunhos, quando fora da escola pesquisas e cálculos matemáticos são rabiscados e rasurados pela própria natureza.

Essa maneira de aprender e ordenar as coisas por meio de rabiscos, desenhos e setas que vêm e vão no papel foi identificada pela primeira vez em 1970 pelo inglês Tony Buzan. Uma das melhores características desses mapas é que eles podem ser expandidos ad infinitum (infinitamente), com o acréscimo de novas informações. Quantas vezes você não disse “Isso me lembra...”, pois é, você estava recorrendo ao seu mapa mental, que fez uma nova ligação naquele momento. Então, experimente, peça para os alunos registrarem uma informação sua de maneira livre, sem se preocupar que ela possa ser lida depois – basta que o conceito possa ser entendido por uma única pessoa – o aluno que o colocou no papel.

2 – MÚSICA NA SALA

Na década de 60, o psiquiatra e educador búlgaro Georgi Lozanov percebeu que a aprendizagem é facilitada com o ambiente e o estado mental correto do estudante. Assim, ele colocava uma música lenta e relaxante para os alunos antes de começar a aula (As Quatro Estações de Vivaldi era uma de suas preferidas), passava suas mensagens com uma música mais ativa e estimulante, e colocava um meio termo para quando os estudantes estivessem respondendo perguntas e exercícios, com ótimos resultados. Lógico, ele tinha a vantagem de não existir nenhuma Égüinha Pocotó naquela época, mas isso não vem ao caso.

O importante é você escolher determinado tipo de música e manter-se fiel a ele. Em casa, seus alunos também devem escolher dois ou três CDs e só tocar esses durante o estudo. Assim, ao ouvir aquelas primeiras notas, o pessoal automaticamente se coloca em um estado mais adequado ao estudo.

3 – EMOÇÕES

Outra maneira de fazer com que a compreensão dos conceitos e a aprendizagem seja mais rápida e eficiente é através do uso das emoções. Sempre nos lembramos do filme que nos fez chorar e temos um imenso estoque de piadas na nossa mente, por esse motivo: essas coisas nos emocionam, e somos movidos pela emoção. Então, apele para a imaginação de seus alunos contando histórias inerentes à sua matéria, faça com que eles vivenciem as questões.

Você pode aumentar o poder das emoções utilizando o poder das cores. Veja:

• Vermelho: induz ao movimento, à ação.
• Azul: relaxa e acalma.
• Verde: revitaliza e recarrega as baterias mentais.
• Lilás: estimula a imaginação.
• Amarelo: induz ao raciocínio e ao lúdico.

Um professor pode utilizar tais cores em suas turmas sem que ela sequer perceba. Que tal, por exemplo, colocar suas anotações em uma pasta com a cor do efeito desejado?

Para saber mais – Aprendizagem Acelerada, Luiz Carlos Martins, Suma Econômica



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