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quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Interdisciplinar. Educação física.

Interdisciplinar – Física e Educação Física

BM&F Atletismo/ Divulgação
Jadel Gregório: movimentos de pernas e braços precisos para manter os pés adiante do centro de gravidade

Lições de ciência para a
turma melhorar nos esportes

Examine com a garotada os conceitos de Física envolvidos no salto em distância, uma das vedetes dos Jogos de Atenas


Para começo de conversa
Para debater
Exercícios e outras atividades
Para saber mais


VEJA ESPECIAL OLIMPÍADAS

Duas aulas de 50 minutos


Lançamento oblíquo e centro de gravidade


Relacionar informações e conhecimentos disponíveis em situações concretas para construir argumentação consistente


Identificar e compreender os conceitos da Física envolvidos no salto em distância

Esporte é lição de vida. O especial de VEJA demonstra isso em cada uma das suas 84 páginas dedicadas à mais ampla e importante competição esportiva da atualidade. A primeira Olimpíada da era moderna, que resgatou as disputas periódicas da Antiguidade grega, ocorreu há 108 anos e incluiu modalidades então inéditas, como o salto em distância. Apesar da simplicidade das regras, essa prática é um bom exemplo de como a ciência está presente nos esportes e pode ajudar muito a compreender e melhorar a performance dos atletas. Convide a turma para esse salto científico.

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Para começo de conversa

Exponha à garotada o conceito de centro de gravidade. Mostre que esse ponto não se situa necessariamente no centro geométrico do objeto, pois sua posição está relacionada a valores como volume e massa do corpo. Cite, como exemplo, os saltos de Jadel Gregório. Do impulso inicial na tábua à queda na areia, o centro de gravidade do atleta desenvolve uma trajetória semelhante à de um lançamento oblíquo.

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Para debater

Que fatores influem num bom salto? Velocidade ou impulsão? O atleta deve manter o corpo encolhido ou estirado? Levante essas questões, ouça as opiniões dos estudantes e explique que três elementos interferem na performance do salto: velocidade de chegada na tábua, ângulo de saída e altura do centro de gravidade em relação ao solo no momento do pulo. Com base nos conceitos de lançamento oblíquo, encarregue a classe de avaliar o melhor ângulo para que o esportista consiga perfazer a maior distância. Em seguida, revele que, mesmo com as leis da Física apontando que o ângulo ideal é de 45 graus (os alunos podem chegar a esses valores utilizando as equações da cinemática), os saltadores costumam partir de ângulos bem menores – em torno de 20 graus (veja a tabela da pág. ao lado). Alguém sabe o porquê desse valor? Mostre que na saída em 45 graus o atleta perderia velocidade horizontal. Esse movimento exigiria uma precisão de movimentos muito difícil de ser obtida e resultaria num salto insatisfatório. Por outro lado, um movimento muito veloz acaba sendo prejudicial, já que pode provocar perda de precisão do atleta na execução do salto.

Como fazer com que uma grande velocidade se reverta da melhor forma possível num bom salto? Para discutir isso, reproduza o quadro abaixo e proponha que cada estudante indique as forças e velocidades (horizontal e vertical) nos diversos pontos da trajetória. Depois, discuta as disparidades entre os resultados obtidos por homens e mulheres. Como a diferença na força física entre os dois sexos se traduz na hora do movimento? Explique que os homens realizam saltos maiores porque têm mais força e conseguem desenvolver maior velocidade na corrida que precede o pulo. Isso significa mais capacidade de transformar a velocidade horizontal em vertical.

Mas há outro ponto importante a ser considerado. Eles são geralmente mais altos do que elas e, quanto maior o atleta, mais alto estará seu centro de gravidade. Hipoteticamente, se dois esportistas efetuam saltos com a mesma angulação e velocidade, aquele de maior estatuta obterá mais sucesso, devido à altura do seu centro de gravidade no início do salto.

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Exercícios e outras atividades

Ressalte a importância do centro de gravidade no salto relatando os feitos de Dadá Maravilha, o folclórico jogador de futebol que dizia “parar no ar como o beija-flor e o helicóptero”. Mostre à classe que muito do sucesso de Dadá nas bolas aéreas se devia ao controle que ele fazia de seu centro de gravidade – saltava de maneira que sua cabeça permanecesse no alto o maior tempo possível. Nesse controle intuitivo, o goleador nada mais fazia do que aplicar, sem saber, as leis da Física que regem o movimento.

JB Scalco
Dadá Maravilha (à esq.), na célebre posição de beija-flor: controle do centro de gravidade explica a suposta parada no ar

Para demonstrar isso, peça que um aluno salte com as mãos abaixadas e que os outros observem a posição de sua cabeça. Como se trata de um movimento oblíquo, a trajetória desenvolvida pela cabeça será semelhante a uma parábola. Depois, o mesmo aluno deve saltar com os braços levantados e abaixá-los quando estiver no ponto mais alto da trajetória. A turma encarregada da observação terá a impressão de que no segundo salto a cabeça do colega pára no ar.

Deixe claro que a trajetória do centro de gravidade no segundo salto é igual à primeira. E explique: quando o aluno levanta os braços, tem seu centro de gravidade “puxado para cima”. Como é o centro de gravidade que rege o movimento, este permanece na forma parabólica, independentemente do que ocorre durante o salto. Ao descer os braços, o saltador teria seu centro de gravidade rebaixado para uma posição inferior à da trajetória parabólica. Mas isso não acontece porque a cabeça permanece no mesmo ponto, aparentemente imune à atração da Terra, de modo a manter o centro de gravidade na parábola. Fica a impressão de que a pessoa pára no ar.

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Para saber mais

Parábola da performance

Velocidade horizontal (Vx), angulação e impulsão – que determina a velocidade vertical de saída (Vy) – são elementos fundamentais para um bom salto em distância. Ao longo da trajetória, o centro de gravidade do atleta descreve uma parábola. Os alunos podem compor as velocidades Vx e Vy da tabela e perceber que a resultante é diferente da velocidade de aproximação. A explicação para isso está na perda de velocidade que ocorre no início do pulo.

Saltos
Keila Costa
Jadel Gregório
Distância (m)
6.52
7.89
Vx aproximação (m/s)
9.26
10.20
Vx chegada (m/s)
9.20
9.90
Vx saída (m/s)
7.60
8.58
Vy saída (m/s)
3.23
3.08
Ângulo (graus)
23.1
20.4

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www.usp.br/eef/lob/jump/index.html – Site do Laboratório de Biofísica da Escola de Educação Física e Esporte da USP, que analisa o salto em distância e salto triplo

O endereço http://jersey.uoregon.edu/vlab/newCannon/nc1.html oferece um aplicativo em Java que possibilita analisar com a turma o lançamento oblíquo


Plano de aula criado por Rogério Pessoto Hirata, mestrando do Laboratório de Biofísica da Escola de Educação Física e Esporte


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