Carta de recomendação acadêmica: tudo o que deve saber

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Se está querendo ingressar em um programa internacional, é provável que um dos requisitos de candidatura seja uma carta de recomendação (ou mais). Durante o processo de seleção, esse é um dos documentos de maior importância para as universidades.
Aqui você encontra dicas sobre como redigir e melhorar o conteúdo de uma carta de recomendação.

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1.     O que é uma carta de recomendação acadêmica? São textos com referências, necessários durante o processo de inscrição em um curso. Quer seja para graduação, pós-graduação, mestrado ou doutorado, essas cartas farão parte da sua apresentação à universidade que escolheu. A carta de recomendação pode ser um fator decisivo para a aceitação ou rejeição do registro, já que são uma forma da escola obter mais informações acerca de você, da sua personalidade e do seu histórico acadêmico. Algumas bolsas de estudo também exigem carta de apresentação na candidatura.
2.     Quantas cartas devo submeter? Normalmente, as instituições internacionais solicitam duas ou três cartas, mas é importante que você considere cada uma como peça independente. Os textos até podem ter informações comuns - como o seu histórico acadêmico -, mas cada carta deve ser única, mostrando ao avaliador uma perspectiva do seu trabalho e algumas provas das suas qualidades. Se você se registrar para mais do que um programa no exterior, se certifique de que as cartas demonstram qualidades relevantes para a área em questão.
3.   Quem deve escrever a carta de recomendação? Esse é um dos aspectos mais importantes. Por vezes, temos a falsa percepção de que a melhor carta de recomendação vem de alguém com alto estatuto, sem nos preocuparmos se conhece nosso trabalho ou histórico escolar. Na realidade, as instituições internacionais não gostam desse tipo de carta e preferem aquelas que são escritas por professores ou acadêmicos, qualquer que seja a sua posição na instituição, desde que conheçam e já tenham trabalhado com você e que, portanto, possam dar referências verdadeiras acerca do seu trabalho acadêmico. Uma boa referência seria uma dissertação de um supervisor ou professor com quem você já tenha realizado um projeto de pesquisa ou outro tipo de trabalho acadêmico prático. Em alguns casos, as instituições permitem que você tenha como referência seu chefe direto.

4.     O que escrever? Outro aspecto vital da carta de recomendação acadêmica é o conteúdo. Mais do que mostrar que você é ou foi bom aluno, a carta é prova das qualidades pessoais e acadêmicas que fazem de você o candidato ideal para o programa em questão. A escrita deve feita de forma positiva e entusiasmada, contendo informações básicas sobre o seu orientador acadêmico e explicando o contexto no qual os dois trabalharam juntos. Na descrição do candidato, o orientador precisa enfatizar as suas qualidades pessoais e sociais, suas competências e hábitos de trabalho, destacando a sua preparação, que faz de você um excelente candidato para o programa. Com isso, o avaliador terá uma ideia clara sobre os seus conhecimentos, a sua experiência e a mais-valia que você será para o programa e para a instituição.
Algumas escolas pedem que a carta de apresentação seja anexada com o formulário de inscrição. Ainda que as informações pedidas sejam as mesmas, o texto da carta deve ser único e mais personalizado.
5.     Qual o tamanho mais adequado? Acredite ou não, os avaliadores não gostam de cartas de recomendação curtas. Elas precisam conter o máximo de informação possível para sustentar o seu pedido e mostrar que você está preparado para ter sucesso. Por isso, recomendamos que a sua carta de recomendação seja o mais descritiva e detalhada possível. Apesar do conteúdo ser mais importante que o tamanho, uma boa carta de recomendação deverá ter, pelo menos, uma página e meia.
6.     Em qual idioma deve ser escrita? Uma das maiores preocupações dos estudantes da América Latina quando se candidatam para programas no exterior é o idioma em que a carta deve ser escrita. Salientamos que se aconselhe com professores que conheçam bem você, lembrando que eles devem ser claros e oferecer o máximo de informação possível. Se seu orientador não fôr capaz de escrever a carta no idioma do país onde você pretende estudar, não se preocupe: peça que escrevam em sua língua nativa e, depois, você pode solicitar uma tradução junto de um tradutor oficial. Lembre-se de que é antiético escrever sua própria carta de recomendação e que, durante o processo de admissão, muitas das instituições entram em contato com os referenciadores para confirmar a informação. Da mesma forma, não é recomendável que você traduza suas cartas, sendo sempre mais indicada a tradução juramentada.
7.     Resumindo: quando escolher o programa que vai estudar, é importante se certificar com a instituição se é necessário incluir cartas de recomendação juntamente com o formulário de registro e do número de cartas pedido. Escolha os orientadores mais adequados e depois entre em contato com eles para pedir a carta e os informar sobre o programa que pretende estudar e quais suas expectativas. Converse com os seus orientadores sobre o trabalho que você já realizou com eles e como isso vai ajudar você na candidatura. Não recomendamos que você forneça ao seu orientador a informação que quer ver incluída na carta, mas pode sugerir alguns tópicos que gostaria que fossem salientados. Lembre-se de que eles são pessoas ocupadas: solicite a carta com antecedência, evitando preocupações de última hora.