Mostrando postagens com marcador SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL: VIVENCIANDO A MATEMÁTICA ATRAVÉS DA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL: VIVENCIANDO A MATEMÁTICA ATRAVÉS DA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS. Mostrar todas as postagens

domingo, 4 de maio de 2008

SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL: VIVENCIANDO A MATEMÁTICA ATRAVÉS DA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS


SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL: VIVENCIANDO A
MATEMÁTICA ATRAVÉS DA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS
Rosibel Kunz1
Resumo: O presente trabalho investiga como alunos das Séries Iniciais do Ensino
Fundamental resolvem problemas matemáticos, que estratégias, raciocínio e lógica utilizam
durante as atividades de resolução. A investigação, de cunho qualitativo, utilizou
procedimentos e técnicas tais como observação direta e participante, diário de campo,
entrevistas e coletas de resolução e elaboração de situações-problema realizadas pelos alunos.
A parte empírica da pesquisa concentrou-se na observação e análise das estratégias utilizadas
pelos alunos na resolução de situações-problema, desenvolvidas no decorrer dos anos de 2004
e 2005. O material coletado foi posto em discussão com as teorizações da Resolução de
Problemas, para que, nesse contexto, procure auxiliar e minimizar preocupações que, até
então, somente permaneciam nos focos das discussões e não em ações concretas

PALAVRAS-CHAVE: Séries iniciais. Resolução de problemas. Estratégias.

Introdução: Professores e pesquisadores na área da Educação Matemática muito discutem e
destacam a importância de promover no aluno a capacidade de aprender a aprender. Para
tanto, a Resolução de Problemas como metodologia começou a permear as discussões como
sendo uma possibilidade para a abordagem de conceitos e idéias tornando possível aos alunos
mobilizar conhecimentos e desenvolver a capacidade de administrar as informações que estão
ao seu alcance, ampliando-os de forma que a assimilação de conceitos e procedimentos
matemáticos sejam mais eficazes. Apoiada na teorização de especialistas nesta área, procurei
melhor conceituar a palavra “problema”, afim de aplicar uma proposta que incentivasse e
desenvolvesse a criatividade do aluno, fazendo-o buscar estratégias próprias para a obtenção
de soluções satisfatórias.
A palavra “problema” ocorre em muitas profissões e tem significados distintos. Para
definir problema, Pozo cita Lester, que identifica a questão como “uma situação que um
indivíduo ou um grupo quer ou precisa resolver e para a qual não dispõe de um caminho
rápido e direto que o leve à solução” (POZO, 1994, p. 15). Visão semelhante foi expressa por
1 Especialista em Ensino de Matemática pelo Centro Universitário UNIVATES – Lajeado – RS (2005). Formada
em Matemática pela UNIVATES/RS (2000). Atualmente (2006) é professora em escolas da rede municipal de Encantado/RS. E-mail: rbelkunz@futurusnet.com.br
2
Dante ao dizer que problema “é qualquer situação que exija o pensar do indivíduo para
solucioná-la” (DANTE, 1997, p. 9). Ele ainda complementou, ao direcionar o conceito para a
área matemática, que problema matemático “é qualquer situação que exija a maneira
matemática de pensar e conhecimentos matemáticos para solucioná-la” (IBIDEM, p.10).Apesar de ser extremamente valorizada, a resolução de problemas é um tópico difícil de ser trabalhado em sala de aula. É comum os alunos saberem efetuar todos os algoritmos (as“continhas” de adição, subtração, multiplicação e divisão) e não conseguirem resolverem um problema que envolve um ou mais desses conceitos. Há fatores que agravam essa dificuldade,
e entre eles a interpretação do enunciado, a falsa proximidade entre o problema escolar e o
cotidiano dos alunos, a falta de compreensão dos diferentes significados de cada uma das
operações, o padrão de problemas propostos, a ênfase que a escola dá ao modo “correto” de
resolver os problemas.



A Prática Desenvolvida: Dada a importância que se atribui à Resolução de Problemas como

estratégia para ensinar Matemática e dada as dificuldades apresentadas pelos alunos em todos

os níveis de ensino no momento da efetiva resolução de problemas, o principal objetivo deste trabalho é destacar a importância da resolução de problemas desde as Séries Iniciais do Ensino Fundamental, ressaltando as estratégias utilizadas e as principais dificuldades encontradas pelos alunos. Este trabalho destaca a possibilidade de vivenciar a Matemática nas Séries Iniciais do Ensino Fundamental, mais especificamente na 3ª e 4ª séries,através da metodologia de Resolução de Problemas, sendo plenamente viável e profundamente gratificante quanto aos resultados alcançados. Utilizando-me de uma proposta de ensino, baseada na resolução de situações-problema e apoiada na teorização de especialistas nesta área, procurei desenvolver uma prática em sala de aula que incentivasse e desenvolvesse a criatividade do aluno, fazendo-o buscar estratégias próprias para a obtenção de soluções satisfatórias.

Ao propor a montagem de uma “problemoteca” 2, a fim de proporcionar aos alunos

contato com diferentes tipos de situações-problema, procurei incentivar a autonomia, pois a

circulação de problemas através de fichas favorece o trabalho independente. Optar por

trabalhar, coletivamente, situações desta coleção de desafios que eram de interesse comum,

2“Problemoteca é uma coleção de problemas, apresentados em fichas individuais e numeradas para facilitar a identificação de cada um e colocados de modo organizado em uma caixa ou fichário.” (SMOLE & DINIZ, apudSTANCANELLI, 2001, p.119) contribuiu para a problematização e discussões que geraram postura crítica, investigativa e exploradora, tanto de minha parte quanto da parte de meus alunos.

Ao examinar e comentar respostas fornecidas pelos alunos às situações-problemas

propostas, no decorrer da prática em sala de aula, pude observar as várias estratégias

utilizadas por eles de forma extremamente criativa. As intervenções realizadas nos momentos

das resoluções e correções procuraram propiciar e incentivar a diversidade, valorizando a

individualidade. Tanto as análises feitas dos erros cometidos durante as resoluções, quanto as

sugestões para as devidas correções trouxeram amadurecimento e crescimento pessoal, pois

conforme Pozo (POZO, 1998, p. 65), “os erros podem informar tanto a respeito das

dificuldades que um aluno apresenta para dominar procedimentos técnicos ou estratégicos,

como o tipo de teorias ou crenças com as quais ele lida em determinado momento”. As

dificuldades dos alunos quanto à linguagem matemática procuraram ser esclarecidas através

de atividades específicas de elaboração de situações-problema, bem como releituras de

desafios previamente trabalhados com a turma.

Para Finalizar: Para finalizar, verifiquei, através dos vários comentários feitos pelos alunos,

que a concepção de problema, por eles (re) elaborada, aborda a idéia da Matemática como

disciplina criativa, mágica e cheia de mistérios, ansiosos por serem desvendados. E

sabiamente Exupéry revela que “Quando o mistério é muito impressionante, a gente não ousa

desobedecer.” (SAINT-EXUPÉRY, 1996, p. 10). Como educadora, devo inserir-me neste

mistério que é o trabalho com a Matemática nas Séries Iniciais do Ensino Fundamental, que

exige desprendimento, pesquisa, interação. Precisa de inspiração e paciência, para deixar a

experiência acontecer, uma vez que “ninguém pode aprender da experiência do outro, a

menos que essa experiência seja de algum modo revivida e tornada própria.” (BONDÍA,

2002, p.27).

Referências:

BONDÍA, Jorge Larrosa. Notas sobre a experiência e o saber de experiência. Revista

Brasileira de Educação. Nº 19 (Jan/Fev/Mar/Abr), 2002. p. 20 - 28.

DANTE, Luiz Roberto. Didática da Resolução de Problemas de Matemática. São Paulo:

Ática, 1997.

POZO, Juan Ignácio (Org.). A Solução de Problemas: Aprender a Resolver, Resolver para

Aprender. Porto Alegre: Artmed, 1998.

SAINT-EXUPÉRY, Antoine de. O Pequeno Príncipe. Rio de Janeiro: AGIR, 1996.

SMOLE, Kátia Stocco; DINIZ, Maria Ignez (Orgs.). Ler, Escrever e Resolver Problemas:

Habilidades Básicas para Aprender Matemática. Porto Alegre: Artmed, 2001.

http://ccet.ucs.br/eventos/outros/egem/relatos/re33.pdf



Manda para seu amigo ou sua amigo não desistir ainda dá tempo.

Obrigado pela visita, volte sempre. Se você observar que a postagem, vídeo ou slidshre está com erro entre em contato.