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domingo, 27 de abril de 2008

TRABALHANDO COM A AVALIAÇÃO DO ERRO NAS SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL


Trabalhando com a avaliação do erro nas séries iniciais do ensino fundamental

joão carlos maria

Trabalho apresentado ao Curso (Pedagogia) da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para a disciplina [Organização do trabalho docente nos anos inicias do ensino fundamental].

Orientadora: Professora Edilaine Vagula. Campinas 2008.

INTRODUÇÃO

Vamos, a partir da leitura dos dois anexos enviados pela Professora Edilaine : “Do erro como forma de punição ao erro como fonte de virtude” e “Função pedagógica do erro”, fazer uma análise desta temática tão importante para nós, futuros educadores. Procuraremos abordar o papel da avaliação, do professor e do educando no processo de construção do saber.

O ERRO COMO FONTE DE CASTIGO.

O erro dentro da educação teve sempre um lado sombrio, que infelizmente não se alterou com o passar dos anos. Castigos, palmatórias, ridicularização, e todas as demais atitudes mascaradas pela justificativa de se corrigir um possivel erro infelizmente permanecem nos tempos modernos, mais ou menos disfarçadas, uma vez que a visão de que o castigo inibe o erro continua presente em nossa sociedade. E assim como uma doença evolui, e necessita de que seja sempre estudada, essas concepções de erro e castigo também têm evoluído, dando origem a uma violência psicológica e impessoal nos relacionamentos que aos poucos substitui a violêncoa física, hoje menos tolerada. Basta lembrarmos o “bulliyng” e o “assédio moral”, causa de preocupação em todo o mundo contemporaneo. Essas práticas sutis de violência persistem, causando medo, vergonha e culpa. Uma violência simbólica toma a cena.

Uma forma de castigar um pouco mais sutil que as anteriores, que existiu no passado e ainda existe, é a prática pela qual o professor cria um clima de medo, tensão e ansiedade entre os alunos: faz uma pergunta a um deles, passando-a para o segundo, o terceiro, o quarto, e assim por diante, gerando tensão no aluno que pode vir a ser o subseqüente na chamada. Deste modo, a classe toda fica tensa, já que cada um espera ser o próximo. (LUCKESI ,1999).

A prática deste procedimento por alguns professores podem ter as mais variadas origens. Todavia., não podemos admitir este tipo de recursos como pedagógico. Um médico, mesmo sabendo que o paciente que acabara de entrar na sala de cirurgia é um bandido, não se prende a este detalhe, mas na vida que está em perigo. Pela mesma forma, na educação, por mais que os alunos tenham um comportamento rebelde, o foco deve ser mantido. E o foco é a educação.

O ERRO E A VIRTUDE

Há um ditado antigo que diz “errar é humano”. Isso é verdade - portanto sabemos, desde a antiqüidade, que erros vão acontecer. Isso vale até mesmo para as ciências exatas e biológicas, para a elaboração de estatísticas etc. Em todos os campos do conhecimento e das relações humanas este fator é constatado. Mas como fazer para que este erro seja o fator de busca, de realização e de inclusão na educação nos anos iniciais? Entramos deste modo na avaliação e seu importante papel na construção e formação dos educandos. Na psicologia da educação há um modo de aprendizagem chamado ensaio e erro, consistindo tal método na eliminação sucessiva das respostas infrutiferas. Quando aprendemos a dirigir um carro, por exemplo, aplicamos este procedimento. O aprendiz de motorista, a princípio, pede que ninguém converse com ela, e se matém extremamente preocupada com o câmbio, o retrovisor, o freio, o acelerador, etc. Com o passar do tempo e após se utilizar do ensaio e erro o motorista consegue dirigir sem olhar o tempo todo para o câmbio e a enbreagem. Dizemos que ela aprendeu a dirigir, e neste sentido houve uma mudança de comportamento. O mesmo ocorre na aprendizagem. Na educação, a avaliação deve admitir o erro como forma de buscar uma melhor abordagem de um determinado assunto - o que nos leva a observar que a avaliação é um instrumento que tem um fim em si mesmo. Após muitas tentativas infrutiferas Santos Dummond chegou ao 14 Bís.

Vamos agora a uma pequena conclusão, pois o assunto é profundo.

CONCLUSÃO

A avaliação do erro tem uma função pedagógica, que não pode ser reduzida à palavra excluir, mas deve ser vista como um instrumento de inserção e inclusão. Não podemos nos utilizar deste instrumento como forma de vingança ou outros, como no exemplo da fábula do gato e do galo*. Vamos portanto utiliza-lo como um termômetro de nossa práxis pedagógica, que avalia o currículo, a didática, a metodologia e o ensino-aprendizagem. O erro deixa de ser erro à medida que professor e aluno se construam de uma maneira dialógica. O erro passa a ser então novo olhar, sem nada de constrangedor ou repulsivo. O olhar dos quatro pilares da educação: saber ser, saber fazer, saber conhecer e saber viver.

“ O mundo não é, está sendo mundo” (Paulo Freire).

REFERÊNCIA

LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação Escolar. Cortez, São Paulo, 1999.

Anexo

*O Gato e o Galo. (Fábulas de Esopo).


Um dia um gato caçou um galo e resolveu transformá-lo em almoço. Só que antes queria achar uma boa desculpa para matar o outro. Primeiro explicou a

o galo que ele era um verdadeiro transtorno para os homens com aquela história de cantar no meio da noite e não deixar as pessoas dormirem.

– Nada disso – disse o galo. – Eu canto para ajudar os homens!

E disse que na verdade fazia um favor aos homens porque servia de despertador e avisava a hora de começar o trabalho do dia.

– Que enorme besteira! – disse o gato. – Você acha que vou desistir do meu almoço só por causa de uma conversa dessas?

E devorou o galo.

Moral: O disfarce da justiça não impede uma natureza cruel de praticar suas maldades.

Do livro: Fábulas de Esopo - Companhia das Letrinhas


Artigo de joão maria. Aluno Unopar Virtual. Campinas.

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