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domingo, 20 de abril de 2008

Temperamento, Caráter e Personalidade.




Temperamento, Caráter e Personalidade

Contribuição de Silney Ortlieb
04 de September de 2006

Estando a caracteriologia Reichiana estruturada em função dos bloqueios, é fundamental clarear os conceitos básicos
tais como: Temperamento, caráter, constituição, comportamento e personalidade. O conceito de temperamento só deve
ser referir às bases congênitas dos indivíduos, a tudo que é referente à constituição; ou seja, é a base congênita dos
indivíduos que diferencia os indivíduos em suas particularidades fisiológicas e morfológicas presentes desde a vida
embrionária e fetal com as respectivas predominâncias biológicas, embrionária e neurovegetativa. É a soma dos efeitos
do metabolismo sobre a vida mental e afetiva, devido às trocas químicas que se efetuam no organismo.
O diálogo no nível emocional entre mãe e filho se dá através das ligações neuro-hormonais comunicadas pelo
cordão umbilical. O sistema nervoso autônomo altera a pressão sanguínea através dos batimentos cardíacos e ritmos
respiratórios, contemporaneamente o hipotálamo ativa o sistema endócrino aumentando a produção de neuro-hormônios.
Estes aumento hormonal é jogado na corrente sanguínea que se altera pela pressão sanguínea nas situações emocionais
e afetivas, alterando os processos químicos que passam a Ter a tonalidade emocional das emoções maternas. O
temperamento sendo estruturado na situação endócrina constitucional , vai se caracterizando com o somatório de todas as
alterações emocionais maternas, não pode, portanto se modificar nem corrigir apenas prevenir com os cuidados
gestacionais da mãe. O caráter sim pode ser modificado, sendo o instrumento viável de se controlar, cuidar ou
administrar o temperamento. O período da formação do temperamento constitucional termina com o desmame do
individuo com sua entrada na neuromuscularidade que possibilita atitudes intencionais. É a partir da maturação das fibras
nervosas que se mielinizam, que é possível haver intencionalidade dos movimentos promovendo a passagem da
motilidade dos movimentos involuntários para a mobilidade dos voluntários. Antes disso o comportamento se
caracteriza mais por uma reatividade do que por uma intencionalidade, o que determina um indivíduo reativo que usa a
sua reatividade como defesa, não tendo possibilidade de construir com intencionalidade suas ações. A maturação da
funcionalidade neuromuscular é que possibilita a formação da caracterialidade, só é possível se falar da caracterialidade
com a entrada da passagem da motilidade para a mobilidade. Um desmame precoce ou se mal feito, antecipa
precocemente a maturação, forçando a atividade neuromuscular a entrar em funcionamento sem a sua respectiva
prontidão o que provoca a formação da caracterialidade. Uma atividade neuromuscular precoce, forçosamente induzida não
permite à criança viver seu momento biológico e biográfico de separação de maneira fisiológicamente adequada. Esta situação
estabelece uma persistência do elemento psicológico insatisfeito, marcando o comportamento do indivíduo com um
“resíduo” de importância emotiva que determinar uma imaturidade psico-afetiva. O “resíduo” se
coberto defensivamente pela neuromuscularidade determina uma caracterialidade de cobertura. Sendo o
temperamento constitucional, ele não é atingido pela terapia. Com ela, ajudamos a trabalhar a caracterialidade para que
esta possa conter (no sentido de dar continente) ao temperamento. Não é possível mexer no temperamento, mas é
possível mexer com uma adaptação ao temperamento, com uma integração entre temperamento e caráter para se ter uma
personalidade. O psicótico é um temperamental que pode ser ajudado teperauticamente a gerir seu temperamento com
uma progressiva maturação caracterial. O problema do psicótico é o de conter sua energia, ajuda-lo a não
dispersar/espalhar a sua energia, poder administrar a pouca energia que tem para poder ajuda-lo a estruturar um Eu,
uma caracterialidade. No psicótico ocorreu uma fixação na situação na embrionária, fetal ou neo-natal que determina seu
comportamento. Temos aqui um Eu que existe mas não é, um Eu temperamental, intra e extra uterino, parido mas não
nascido , estático, reptiliano, fusional devido a impossibilidade de se vincular, impossibilidade de entrar em simbiose
por continuar fusionado, sendo um com o outro de si. Pode Ter aqui uma cobertura caracterial como forçatura
neuromuscular que não está devidamente amadurecida, mas que dá um suporte para não surtar. O comportamento
que é nosso modo habitual de agir, não é o caráter e sim um instrumento de expressão do caráter. O comportamento
se expressa sempre mediante um atividade neuromuscular de forma voluntária. A motivação do comportamento nos
homens se encontra no cérebro límbico (afetividade), cérebro reptiliano (preservação), e com uma condição neocortical
que expressa o comportamento que é o soma, corpo intencional. Sob a ótica energética sistêmica de Ginovino Ferri,
um dano embrionário ou fetal privilegiará principalmente o desenvolvimento do reptiliano para assegurar a
sobrevivência aonde a situação de stress recairá principalmente sobre as funções basilares do primeiro nível reichiano
(olhos, nariz e ouvidos). Esta fixação determina uma formação ineficaz nos tele receptores que são os órgãos de contato com
a realidade desde a vida intra-uterina. Após o nascimento os tele receptores serão deficitários por hiperorgonia relativa
em um terreno hiporgonótico, impossibilitando suportar a realidade ou afetando a capacidade de aceita-la. Esta
deficiência determina um núcleo psicótico que com o tempo, havendo stress existencial, poderá explodir o processo
psicótico com a clássica manifestação alucinatória da realidade. A explosão psicótica se deve à subtração de energia a favor do
reptiliano com o objetivo de sobreviver mesmo que em condições temperamentais . Numa situação temperamental, a função
límbica é primária por não poder se expressar devido a predominância reptiliana, ou melhor, o límbico se expressa em
condições reptilianas. É por isso que o psicótico é uma pessoa desafetiva, que tem a sua afetividade desorganizada,
desestruturada. No bordeline temos também uma situação temperamental encoberta por uma cobertura caracterial. Um
aleitamento deficitário influirá sobre a formação do Eu que se fixará no temperamento, no aleitamento o neo-nato
recebe anticorpos e ácidos graxos insaturados contidos no leite materno ajudando-o em sua imunidade biológica. Tal
situação preserva uma vulnerabilidade ligada ao sentimento de perda, marcando uma tendência à depressão que pode se
tornar psicótica se houver eventos existenciais muito frustrantes que fazem ruir as defesas do Eu (self-control). A
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depressão psicótica se relaciona com a oralidade insatisfeita protegida pela cobertura caracteril ao fim de seu
desenvolvimento psico afetivo a fim de resguardar a débil estrutura de Eu. Personalidade é definida como a soma de
temperamento mais caráter. Quando falamos em temperamento e caráter, inserimos o Eu, contituição, comportamento
e personalidade. Quando falamos de um temperamental de uma personalidade estamos falando de uma necessidade
de exprimir uma pulsão enquanto uma necessidade profunda inadiável, ligada a vitalidade como sendo um instinto de
preservação. É um comportamento que emerge enquanto uma necessidade de exprimir imediatamente uma pulsão
inadiável, tendo portanto características vitais de tudo ou nada. A caracterialidade é a capacidade de poder voltar,
avaliar, refletir sobre as pulsões. É a possibilidade de poder conter, esperar e administrar as necessidades pulsionais,
“se eu não satisfaço esta minha necessidade pulsional imediatamente não vou morrer, posso me adaptar”.
Aqui está a diferença entre necessidade e desejo, na situação temperamental tem necessidade e na caracterial tem
desejo. O caráter seria o nosso modo de comportamento em relação ao ambiente com a passagem pela possibilidade
de contato e comunicação. Se estrutura em função do ambiente que gera também o superego. A formação do caráter é um
elemento histórico que permite a estruturação do Ego que é corporal. Para haver ma formação caracterial é necessária a
constituição de um Eu que está ligada a função ocular para a percepção da realidade. A formação do caráter é uma
consequência histórica da modificação de certas pulsões pelo ambiente que circunda o neonato. Surge da necessidade do
indivíduo de se exprimir ou se defender de certas situações que interferem internamente (situações intrapsíquicas) e/ou
externamente (situações interpsíquicas). O intra e o inter psíquico tem como ponto de encontro a periferia do organismo
que é aonde se estrutura a couraça caracterial muscular. O temperamento tem a ver com a informação, já o caráter
com o amadurecimento. A constância é temperamental, a coerência é caracterial. O temperamento está para a
tendência assim como o caráter está para a ação. Frustações ou gratificações no período intra-uterino determina um
imprinting, um certo modo de estruturar-se como uma potencialidade caracterial, que se exprime ao nascer enquanto
um enorme potencial de um Eu fetal. No temperamento precisa-se apagar, eliminar, descarregar imediatamente a
pulsão vivida ou sentida. Quando se faz possível esperar, alimentar um desejo e elabora-lo enquanto um projeto interno
de realidade e não externo de fuga está aí presente uma situação caracterial estruturada neuromuscularmente. Segundo
a psicopatologia funcional, o caráter seria apenas o maduro (genital), havendo diferentes bloqueios nos diferentes
níveis corporais falamos de caracterialidade como expressão dos cortes energéticos característicos de cada patologia.
No caráter genital haveria um equilíbrio harmônico, uma homeostase fisiológica entre o temperamento e o caráter.
Constituição
= situação dos pais no momento da concepção + genoma (carga genética) Temperamento
= constituição biológica + relação temperada pela mãe sob as influencias de suas emoções e afetos durante
a gravidez até os nove meses + ínicio de adaptabilidade ao meio (vivências infantis primitivas)
Vivências infantis primitivas
= condições maternas na gestação + vivências intra-uterinas Personalidade prévia =
temperamento (vivências da primeira infância).
Personalidade = temperamento + carater
Neurose
= personalidade prévia (caracterialidade) + situação traumática atual
Silney Ortlieb.
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Fonte:
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