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domingo, 27 de dezembro de 2009

Trabalho acadêmico




Trabalho acadêmico

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Trabalho académico é o texto (em sentido lato ou estricto) resultado de algum dos diversos processos ligados à produção e transmissão de conhecimento executados no âmbito das instituições ensino, pesquisa e extensão universitária, formalmente reconhecidas para o exercício dessas atividades.

 Finalidades

As diversas finalidades do trabalho acadêmico podem se resumir em apresentar, demonstrar, difundir, recuperar ou contestar o conhecimento produzido, acumulado ou transmitido. Ao apresentar resultados, o texto acadêmico atende à necessidade de publicidade relativa ao processo de conhecimento. A pesquisa realizada, a ideia concebida ou a dedução feita perecem se não vierem a público; por esse motivo existem diversos canais de publicidade adequados aos diferentes trabalhos: as defesas públicas, os periódicos, as comunicações e a multimídia virtual são alguns desses. A demonstração do conhecimento é necessidade na comunidade acadêmica, onde esse conhecimento é o critério de mérito e acesso. Assim, existem as provas, concursos e diversos outros processos de avaliação pelos quais se constata a construção ou transmissão do saber. Difundir o conhecimento às esferas externas à comunidade acadêmica é atividade cada vez mais presente nas instituições de ensino, pesquisa e extensão, e o texto correspondente a essa prática tem característica própria sem abandonar a maior parte dos critérios de cientificidade. A recuperação do conhecimento é outra finalidade do texto acadêmico. Com bastante freqüência, parcelas significativas do conhecimento caem no esquecimento das comunidades e das pessoas; a recuperação e manutenção ativa da maior diversidade de saberes é finalidade importante de atividades científicas objeto da produção de texto. Quase todo conhecimento produzido é contestado. Essa contestação, em que não constitua conhecimento diferenciado, certamente é etapa contribuinte no processo da construção do saber que contesta, quer por validá-lo, quer por refutá-lo. As finalidades do texto acadêmico certamente não se esgotam nessas, mas ficam aqui exemplificadas. Para atender à diversidade dessas finalidades, existe a multiplicidade de formas, entre as quais se encontram alguns conhecidos tipos, sobre os quais se estabelece conceito difuso.

 Tipos

Apresentamos, a seguir, alguns dos tipos mais comuns dos trabalhos acadêmicos formais, não considerando provas, exercícios e outros textos menos significativos. Há ainda sites, trabalhos de multimídia, encenações e outros que não são considerados, uma vez que o foco deste tópico está concentrado na produção escrita formal.

 Trabalhos acadêmicos longos

 Trabalhos acadêmicos curtos

 Estrutura

Os trabalhos acadêmicos maiores – monografias, dissertações e teses, relatórios – seguem estrutura mais ou menos homogênea, apresentada na ordem abaixo, com pequenas variações. Quando esses trabalhos são transformados em livros, a base é a mesma, apenas com variações formais. A ordem dos elementos pré-textuais e pós-textuais varia eventualmente, segundo diferentes interpretações e orientações; não há uniformidade de critérios entre as diferentes instituições e normas.

 Pré-texto

  1. capa (*) - elemento que deve constar entre as páginas introdutórias somente quando a cobertura do conteúdo for transparente, deve ser impressa na cobertura quando ela for opaca, externamente; muitas vezes a capa interna é solicitada mesmo quando a cobertura é opaca, mas em minha opinião essa exigência não faz nenhum sentido. Capa é, necessariamente, o elemento externo, para identificação do trabalho. A capa contém:
    1. nome do autor (na margem superior);
    2. título do trabalho (mais ou menos centralizado na folha);
    3. instituição onde o trabalho foi executado (na margem inferior);
    4. cidade e ano de conclusão do trabalho (na margem inferior).
  2. folha-de-rosto - deve conter:
    1. as mesmas informações contidas na capa;
    2. as informações essenciais da origem do trabalho;
  3. ficha catalográfica - localizada no verso da página de rosto e na parte inferior da mesma. Deverá ser elaborada por profissional bibliotecário, para padronização das entradas de autor, orientador e definição dos cabeçalhos de assunto a partir de índices de assuntos reconhecidos internacionalmente.
  4. folha de aprovação (**) - deve conter data de aprovação, nome completo e local para assinatura dos membros da banca examinadora. Outros dados como notas, pareceres, podem ser incluídos nesta página a critério da instituição;
  5. nominata(**) - é a lista de cargos e nomes das principais autoridades da administração da instituição de vínculo do pesquisador – universidade e instituto, por exemplo;
  6. dedicatória(*) - tem a finalidade de oferecer o trabalho a alguém como homenagem de gratidão especial. Este item é dispensável, mas usual. São preferíveis as mais formais;
  7. agradecimentos(*) - manifestação de gratidão àqueles que contribuíram na elaboração do trabalho. É outro item dispensável e usual, a formalidade aqui é também recomendada;
  8. sumário - partes de que se compõe o trabalho: não confundir com índices;
  9. epígrafe(*) - citação de um pensamento que, de certa forma, embasou ou inspirou o trabalho. Pode ocorrer, também, no início de cada capítulo ou partes principais;
  10. índices: de figuras, mapas, tabelas, gráficos, fotografias (*);
  11. lista de abreviaturas[1]
  12. resumo - tem por objetivo dar visão rápida do conteúdo ao leitor, para que ele possa decidir sobre a conveniência da leitura do texto inteiro. Deve ser totalmente fiel ao trabalho e não pode conter nenhuma informação que não conste do texto integral. A primeira frase do resumo deve ser significativa, explicar o tema principal do documento. Não devem constar do resumo citação de autores, tabelas e figuras. O resumo pode ser precedido da referência bibliográfica completa do documento e deve, preferencialmente, estar contido em único parágrafo e única página. De acordo com a norma[2], o resumo deve conter até 250 palavras para monografias e até 500 palavras para dissertações e teses. Para contar o número de palavras do resumo, use o menu Ferramentas e Contar palavras [3]. O resumo deve ser vertido para o inglês, por ser a língua de maior difusão da produção científica, sendo facultado ainda fazer versões para outras línguas, o francês comumente, em caso de interesse específico. Esse abstract e o résumé são inseridos depois do resumo.

 Texto

“Conjunto de palavras e frases articuladas, escritas sobre qualquer suporte”[4]. “Obra escrita considerada na sua redação original e autêntica (por oposição a sumário, tradução, notas, comentários, etc.)”[5]. É a parte em que todo o trabalho de pesquisa é apresentado e desenvolvido; deve expor raciocínio lógico, ser bem estruturado, fazer uso de linguagem simples, clara e objetiva.
  1. introdução - apresenta o tema e indica aos leitores a linha do trabalho, sua motivação e o plano da obra, com alguns elementos das conclusões alcançadas; menciona a importância do trabalho e justifica contextual e pessoalmente a necessidade da realização do empreendimento. A introdução deve ambientar o leitor. Cita fatos históricos importantes e trabalhos clássicos. A caracterização do problema, as justificativas e as hipóteses podem ser incluídas na introdução ou destacadas à parte, quando for o caso. Autores podem ser citados, mas não se trata de revisão; apenas trabalhos de relevância para a caracterização do contexto devem ser citados. A introdução deve ter cerca de três ou quatro páginas. Apresenta, no seu final, o objetivo do trabalho, de maneira clara e direta. É importante que o objetivo apresentado tenha relação direta com o texto exposto no corpo da introdução[3].
  2. desenvolvimento - varia muito conforme o tipo do trabalho. Em pesquisas experimentais é comum subdividir essa parte em revisão da literatura, metodologia, resultados e discussão. Entretanto, em pesquisas qualitativas, muitas vezes essa estrutura não é adequada. Em qualquer tipo de pesquisa é importante apresentar os trabalhos realizados por outros pesquisadores. A redação desta revisão da literatura normalmente é de grande dificuldade, sobretudo pelos que se iniciam no universo científico-acadêmico. Em face dessa dificuldade, muitos optam por apenas resumir os trabalhos lidos em um ou dois parágrafos e apresentá-los em ordem cronológica. Deve-se evitar esse tipo de redação, pois, além de tedioso, o texto escrito dessa forma não apresenta de maneira eficiente o que já existe publicado sobre o tema. O texto deve apresentar as diferentes correntes de pesquisadores que estudaram a questão, deve ser fluente e os parágrafos devem possuir articulação entre si, cada um contendo idéias que evoluíram do parágrafo anterior e que preparam o seguinte.
  3. conclusão - conclusões ou recomendações apresentam, objetivamente, o desfecho do trabalho a partir dos resultados. É sempre importante apresentá-las de maneira relativa. Evita-se a redação do tipo “não houve influência do rádio na aculturação dos povos indígenas…”, e se dá preferência a textos como “não foi possível demonstrar a influência do rádio na aculturação dos povos indígenas…”. Colocam-se lado a lado os objetivos e as conclusões, assegurando-se que não tenham sido citadas conclusões que não foram objetivos do trabalho [3].

 Pós-texto

  1. referência bibliográfica ou bibliografia;
  2. anexos ou apêndices(*) - material suplementar de sustentação ao texto (por exemplo: questionário aplicado, roteiro de entrevista ou observação, lei discutida no corpo do texto).
  3. glossário(*) - explicação dos termos técnicos, verbetes ou expressões que constem do texto ou que o complementem. Elemento facultativo, a ser inserido de acordo com necessidade, é uma lista em ordem alfabética de palavras especiais, de sentido pouco conhecido, obscuro ou de uso muito restrito, ou palavras em língua estrangeira acompanhadas de suas respectivas definições.
  4. índices onomásticos, remissivos, cronológicos, toponímicos;
  5. contra-capa(*)
(*) – Elementos adicionados de acordo com as necessidades.(**) – A critério da instituição.

Referências

  1. ABNT, NB-14: 01.05.001 e ISO 832-1975.
  2. ABNT - NBR 6028.
  3. 3,0 3,1 3,2 GARCIA,2000.
  4. CAMARGO e BELLOTTO, 1996:74.
  5. AURÉLIO.

 Bibliografia

  • AURÉLIO. Veja-se FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Dicionário Aurélio eletrônico – Século XXI.
  • CAMARGO, Ana Maria de Almeida; BELLOTTO, Heloísa Liberalli (orgs.). Dicionário de terminologia arquivística. São Paulo: Associação dos Arquivistas Brasileiros – Núcleo de São Paulo / Secretaria de Estado da Cultura – Departamento de Museus e Arquivos, 1996.
  • ECO, Umberto. Como se Faz uma Tese - 14ª ed., São Paulo: Ed. Perspectiva, 1996.
  • EMBRAPA. Manual de Referenciação Bibliográfica da Embrapa[1]
  • FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Dicionário Aurélio eletrônico – Século XXI. Versão 3.0. São Paulo: Lexikon, 1999.
  • FRANÇA, Júnia Lessa et alii. Manual para normalização de publicações técnico-científicas. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1998.
  • GARCIA, Mauricio. Normas para elaboração de dissertações e monografias. São Paulo: Universidade do Grande ABC, 2000.
  • PRATA, Mário. Uma tese é uma tese. O Estado de São Paulo Segundo Caderno. São Paulo: 7 de out. 1998.

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