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quarta-feira, 4 de março de 2009

Novos rumos do ensino ,pedagogia.

Pedagogia

Se você acredita que as escolas são o único e provável destino dos profissionais formados em Pedagogia, então, está na hora de abrir os olhos

O pedagogo David Bomfin, 50 anos, deixou, há algum tempo, de atuar em hospitais. Não, você não leu errado. Pedagogos e hospitais combinam, assim como combinam pedagogos e shoppings, pedagogos e mineradoras, pedagogos e siderúrgicas, pedagogos e empresas de Engenharia Costeira. Esse profissional há muito soltou-se das amarras das instituições de ensino, embora continuem sendo o espaço mais privilegiado de inserção, e conquistou novos espaços de trabalho.

Segund

o a coordenadora do Colegiado de Curso de Pedagogia da UFMG, Maria de Fátima Cardoso Gomes, o pedagogo era anteriormente formado para ser, por exemplo, diretor, orientador ou supervisor em instituições de ensino, algo bem distante da realidade e das necessidades atuais. Para ela, apesar de em muitas faculdades esse velho modelo prevalecer, o mercado de trabalho cresce visivelmente e em busca de novas práticas. "Esse modelo está mudando e a nova realidade exige gente muito mais preparada", sustenta.

"O pedagogo é aquele que, a partir d

e um diagnóstico, identifica necessidades e falhas no processo de ensino-aprendizagem; indica metodologias adequadas à situação de cada local; e aponta se, por exemplo, as ações devem ser voltadas para o grupo, para o indivíduo, ou mesmo envolver parceiros externos. Onde houver processo de aprendizagem, o pedagogo tem com o quê contribuir", completa David Bomfin.

Arquivo pessoal

DAVID BOMFIN trocou a agitação das salas de aula pelas muitas possibilidades de ensino que existem mundo afora

Formado há mais de 20 anos, Bomfin vive de uma cidade para outra, em todo o país, prestando consultoria em Pedagogia Empresarial, segmento em franca ascensão, mas ainda pouco conhecido. Ele deixa claro que o pedagogo não tem que se preocupar com o tipo de instituição e sim com habilidades próprias da Pedagogia para atuar em qualquer instituição. "Quando o pedagogo entra em um hospital, não

tem que entender de Medicina. Ele tem que ser capaz de indicar os problemas que geram dificuldades nos mais variados processos de aprendizagem naquele local, além de estratégias e ferramentas para a resolução dos impasses", argumenta.

Educador social Segundo Maria de Fátima Cardoso, a Pedagogia Empresarial tem mesmo se tornado uma opção bastante viável para os futuros profissionais, assim como o trabalho em ONGs (organizações não-governamentais) e projetos sociais, como os ligados às ações afirmativas* ou aos de reforma agrária. O curso na UFMG, diz a coordenadora, forma um profissional generalista, que trabalha em duas vertentes: na formação de docentes e de profissionais que irão lidar com a coordenação e com a gestão de processos educativos escolares e fora da escola.

"Estão surgindo novas oportunidades, o mercado de trabalho é exigente e procura por um profissional com formação de um educador social", assinala. Já flexibilizado, o curso de Pedagogia oferece formação complementar em Gestão Educacional, Educação Infantil, Educação de Jovens Adultos e Alfabetização, Leitura e Escrita. "Percebemos que o profissional não poderia deixar a Universidade voltado apenas para a escola, para educaç

ão infantil ou básica. Os problemas na educação brasileira são muitos e variados e temos que atentar para os diferentes aspectos".

Quem tem pressa, come cru

As exigências do mercado de trabalho são bastante evidentes na opinião da experiente Sylvia Garcia, 62 anos. Ela lembra que a busca das escolas pela qualificação de seus profissionais é grande e atinge as redes pública e privada. "Tem muita gente preocupada", assinala ela, que se dedica a projetos de avaliação de sistemas educacionais. Nesse trabalho, realiza intervenções de longa duração. "É um trabalho bastante complexo, porque a instituição tem que ser acompanhada muito de perto por um período longo, de anos. Só assim, podemos diagnosticá-la e identificar as estratégias de aperfeiçoamento", explica. Para se ter uma idéia do aprofundamento da avaliação, Sylvia conta que no Sistema Marista foram necessários cinco anos de acompanhamento.

Segundo Sylvia, o campo é muito grande, mas é preciso que o pedagogo se especialize. "Se ele vai ajudar outros professores, é necessário que tenha uma formação ampliada", lembrando que os pedagogos vão, dependendo do caso, propor melhores formas de ação dos professores junto aos alunos, auxiliar os professores a construir métodos de avaliação ou ainda trabalhar com a avaliação de aprendizagem

.

Oportunidades Acostumada às mazelas e aos prazeres da rede pública de ensino, a pedagoga Sara Mourão Monteiro, 42 anos, acredita que os futuros profissionais devem estar atentos à realidade dos grupos com os quais trabalham, afastar preconceitos e manter a autocrítica. "Se o pedagogo é um acompanhador das práticas e dos processos de outros, não pode ser alguém fechado em si mesmo e nas suas próprias teorias", ressalta.


CLÁUDIA BERGERHOFF está sempre atenta à oportunidades de participação em projetos de extensão e pesquisa na Faculdade de Educação

Sara participou da implantação da Escola Plural, na rede de ensino da Prefeitura de Belo Horizonte. "Foi um grande desafio, pois tínhamos que articular muito bem a alfabetização e o ensino com a realidade social dos alunos e da família", lembra. Sara trabalha na produção de material didático para a formação de professores. "Os professores não se limitam mais a cartilhas ou a livros. Eles incorporam muitos outros recursos e o pedagogo pode ajudá-los", diz.

Decidida a voltar a estudar depois de 10 anos longe dos bancos escolares, Cláudia Bergerhoff, aluna do 9o período, impôs-se dedicação máxima ao curso. "Eu nem acreditava que poderia passar no vestibular, mas a conquista serviu para me mostrar que eu podia e devia fazer mais", avalia ela.

"Os projetos de pesquisa e extensão que me ajudaram na compreensão do papel do pedagogo e me incentivaram em todo o percurso. O aluno precisa saber que pode seguir vários caminhos, mas tem que prestar atenção ao que a Escola oferece. Se bobear, achar que o curso é fácil, pode entrar e sair daqui como entrou e só se lamentar quando estiver lá fora", analisa.

Ações afirmativas - conjunto de ações, projetos e iniciativas que visam eliminar preconceitos de genêro e cor.
Fonte: http://www.ufmg.br/diversa/7/pedagogia.htm

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