segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM: UMA REVISÃO SEGUNDO AUSUBEL, PIAGET E VYGOTSKY


DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM: UMA REVISÃO SEGUNDO AUSUBEL, PIAGET E VYGOTSKY
João Alfredo Carrara
Por mais de vinte anos as perguntas “como aprendemos?” e “como conhecemos?” continuam questionando paradigmas educativos tradicionais e provocando uma série de mudanças nos enfoques, processos e práticas educativas. Por sua vez, esta situação renova o interesse de pedagogos, psicólogos, filósofos e biólogos não apenas no processo de aprender como nos seus respectivos objetos de conhecimento. As contribuições de Ausubel, Piaget, Vygotsky, entre muitos outros, permitem ampliar nossa compreensão sobre a aprendizagem, a cognição e os processos de construção de conhecimentos na sala de aula, e geram reflexões em torno do papel do docente e o ensino que propiciam estabelecer um diálogo interdisciplinar com a pedagogia e com a didática. Neste sentido, tanto a experiência como a investigação mostra que os processos de ensino e aprendizagem constituem um corpo conceitual cada dia mais complexo e interdisciplinar.
Existe um certo consenso de que a educação deve promover o desenvolvimento integral das pessoas e sobre a aprendizagem de determinados conteúdos da cultura necessários para que elas sejam membros da abordagem sócio-cultural de referência. Mesmo assim, problemas aparecem quando se trata de explicar o que se entende por desenvolvimento e aprendizagem e quais são as relações entre os dois processos. O desenvolvimento pode ser considerado um processo através do qual as pessoas, a partir das estruturas disponíveis em cada momento, se apropriam da cultura do grupo social dentro do qual estão imersas. Se bem que o desenvolvimento das pessoas, como diz Piaget, tem uma dinâmica interna. Isto é possível devido às interações sociais estabelecidas entre o indivíduo e os diferentes agentes que atuam como mediadores da cultura – pais e docentes (VYGOTSKY, 1987).
Utilizando este conceito de desenvolvimento, entende-se, então a aprendizagem como um processo de construção individual através do qual se faz uma interpretação pessoal e única da tal cultura. Desde esta perspectiva, os processos de aprendizagem não são uma mera associação de estímulos e respostas ou de acumulação de conhecimentos; são mudanças qualitativas nas estruturas e esquemas existentes de complexidade crescente (PIAGET, 1990). Aprender não quer dizer fazer uma interpretação e representação interna da realidade ou informação externa, mas fazer uma interpretação e representação pessoal de tal realidade. Isto faz com que o processo de aprendizagem seja único e “irrepetível” em cada caso. Esta construção individual não se opõe à interação pessoal, pelo contrário, as duas se complementam.
Igualmente ao desenvolvimento, a aprendizagem é um processo interno. Ninguém pode aprender por nós. Mas aprendemos graças aos processos de interação social com outras pessoas que atuam como mediadores dos conteúdos da cultura, estabelecidos no currículo escolar, graças aos processos de interação e de comunicação com os docentes e com seus pares. A aprendizagem cooperativa entre alunos demonstra ser também uma poderosa ferramenta para o seu desenvolvimento.
O conceito construtivista, como estrutura explicativa dos processos de ensino/aprendizagem se alimentam de várias teorias, sendo a teoria da aprendizagem significativa de Ausubel a de maior utilidade por ter sido formulada dentro de experiências vivenciadas na sala de aula. Segundo este autor, existem vários tipos de aprendizagem, mas deve-se procurar incentivar a aprendizagem significativa sendo esta, por definição, uma aprendizagem integral e relacionada com o contexto social do aprendiz. A partir deste ponto de vista, o aprender envolve a produção de mudanças nos conceitos prévios e que tal aprendizagem serve para continuar aprendendo. As condições que possibilitam este processo estão relacionadas com a pessoa (disposição e estrutura cognitiva) e com o material (seu potencial significativo para o estudante). Aqui o aluno assume um papel ativo no processo de reconstrução e construção de conhecimentos (AUSUBEL; NOVAK; HANESIAN, 1983).
Na América Latina, os processos de inovação educativa encontram-se não apenas no construtivismo, como também na longa tradição da pedagogia popular que entende a aprendizagem como um processo autônomo, ativo e interno de construção de novos conhecimentos que contribuem necessariamente ao desenvolvimento integral da pessoa. Este desenvolvimento pessoal leva a considerar de forma relacionada os quatro pilares da aprendizagem propostos no relatório da UNESCO de Educação para o século XXI: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a ser e aprender a conviver.
Não se pode separar os processos de aprendizagem dos processos de ensino. Os dois são interdependentes na medida que a forma em que planificamos o ensino é decisiva para que o aluno possa construir aprendizagens significativas. Da perspectiva do conceito construtivista, o ensino não consiste em transmitir conhecimentos acabados aos alunos; o que é necessário é oferecer ajuda para que cada aluno consiga construir as aprendizagens básicas estabelecidas no currículo escolar (PIAGET, 1990).
Assim sendo, a função docente é desenhar e organizar experiências educativas utilizando o princípio da centralidade do estudante como sujeito ativo da aprendizagem. O educador atua como mediador entre o aluno e os conteúdos que este precisa aprender, ajustando o apoio pedagógico ao processo de cada um. Nesta perspectiva, o ensino não é um conjunto de receitas que se pode aplicar a todos os alunos e situações uniformemente; pelo contrário, é uma atividade dinâmica dentro do qual intervém múltiplos fatores que impedem prever de antemão o que vai acontecer nas aulas. Este fato obriga o professor a refletir e revisar constantemente a sua prática pedagógica para identificar os fatores estratégicos a serem utilizados para promover a aprendizagem significativa de todos os alunos.
Por parte daquele que ensina, então, a compreensão dos processos de ensino e aprendizagem requer um conhecimento profundo de cognição, pensamento, linguagem, inteligência e, particularmente, das atividades e processos mentais de atenção, percepção, memória, representação, racionamento, tomada de decisões e solução de problemas entre outros.
Além destes aspectos, faz-se relevante o conhecimento sobre as questões afetivas e emocionais, dada a sua importância e grande influência nos processos de aprendizagem e bem-estar das pessoas. A promoção das habilidades de ordem superior como a auto-regulação metacognitiva e a criatividade também são fundamentais dentro de um mundo repleto de mudanças e incertezas, onde cada dia o indivíduo usa informações que demandam habilidades relacionadas com a melhoria das suas capacidades de processamento e a utilização de estratégias que potencializam sua capacidade de aprendizagem.
Para concluir, é importante deixar claro que o conceito construtivista não é suficiente para explicar a multiplicidade de fatores que atuam nos processos de ensino e aprendizagem dentro da escola. Os docentes precisam complementar os seus conhecimentos com teorias sobre a organização das instituições, a comunicação, o desenvolvimento afetivo e emocional, a pedagogia humanizadora e libertadora, entre outros, para poder desenvolver uma ação educativa que promova não apenas o desenvolvimento de seus alunos, como também o desenvolvimento da escola como instituição política e socialmente coerente com o contexto regional em que está inserida.
REFERÊNCIAS
AUSUBEL; NOVAK; HANESIAN. Psicología Educativa: Un punto de vista cognoscitivo. 2°ed.México:Trillas,1983.Disponível no site www.didacticahistoria.com/psic/psic02.htm
PIAGET, J. Epistemologia Genética. SP, Martins Fontes, 1990.
PIAGET, J. A linguagem e o pensamento. São Paulo: Martins Fontes, 1986.
VYGOTSKY, L. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1987.
VYGOTSKY, L Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1988.
Publicado em 17/08/2004 18:42:00

João Alfredo Carrara - Coordenador da Educação Infantil e do Ensino Fundamental do Colégio Fênix – Bauru/SP; Professor do Curso de Especialização em Educação Escolar - FÊNIX/INTEGRALE/FECAP,Gestão e Educação para o Turismo e Psicopedagogia – USC de Bauru/SP; Mestre em Ciências Biológicas – UNESP/Botucatu; Aluno Especial do Doutorado em Educação para as Ciências – UNESP/Bauru.
Fonte: http://www.psicopedagogia.com.br/artigos/artigo.asp?entrID=570

Fonte atualizada :
https://www.meempi.com/artigos/artigo.asp?entrID=570

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Arhan em Diálogos Impertinentes. Em 8 partes.

Parte 1


Parte 2


Parte 3


Parte 4


Parte 5


Parte 6


Parte 7


Parte 8


Entrevista com o tarólogo Arhan no programa Diálogos Impertinentes de Mário Sérgio Cortella
Fonte dos vídeos: http://br.youtube.com/user/sergiopadovan

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Arhan em Diálogos Impertinentes. Em 8 partes.

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Parte 2


Parte 3


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Parte 8


Entrevista com o tarólogo Arhan no programa Diálogos Impertinentes de Mário Sérgio Cortella
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Educação e Novas Tecnologias

albdisiena


As novas tecnologias da informação desconstruirão os atuais processos educativos e permitirão a criação de novos modelos?

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Escola Aprendizado Epistemologia



O imaginário que habita a cabeça do brasileiro influencia na formação dos educadores? Como é construída a identidade do professor?

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Exclusão e Desigualdade

albdisiena


Existe alguma relação entre pobreza, exclusão e os paradigmas do capitalismo moderno? Existe realmente uma dívida brasileira? (videomonografia baseada na série "Diálogos Impertinentes")

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domingo, 21 de dezembro de 2008

SALA DE AULA | Língua Portuguesa. (1º ao 5º ano).


O mundo em revista

Esse meio de comunicação é mais do que uma fonte de pesquisa: seu uso estimula a leitura, a escrita e o pensamento crítico do 1º ao 5º ano

Luiza Andrade

Descobrir como vive a onça-pintada, entender o aquecimento global, conferir novas tecnologias, desvendar costumes de outros povos, explorar o sistema solar... As reportagens funcionam como um passaporte para que o leitor conheça temas próximos de seu dia-a-dia e tome contato com culturas exóticas - com a vantagem de apresentar dados mais atualizados que livros e enciclopédias e mais detalhados que noticiários de rádio e TV. O próprio termo "revista" remete à idéia de rever, fazer uma avaliação mais atenta e minuciosa.

Foto: Marcos Rosa

língua portuguesa

ANTECIPAR A NOTÍCIA Na EMEF Antonio Carlos de Andrada e Silva, a turma usa o índice para encontrar reportagens

E o que a sala de aula tem a ver com isso? Muito. A revista abre as portas da classe para o mundo, fazendo uma ponte entre a escola e o que há fora dela. "Ao selecionar matérias atuais ou sobre áreas específicas, com textos bem escritos e de veracidade confiável, o professor oferece uma excelente fonte para complementar livros, vídeos e sites", esclarece Patrícia Diaz, coordenadora pedagógica do Centro de Educação e Documentação para Ação Comunitária (Cedac).

Segundo a Associação Nacional de Editores de Revistas (Aner), o Brasil tem atualmente cerca de 3,8 mil títulos em circulação nas bancas. São publicações destinadas a adultos, crianças e leitores com interesses específicos, como esportes, economia, divulgação científica, entretenimento e beleza. Ou seja: opções para o trabalho escolar não faltam. O importante é selecionar títulos adequados para cada faixa etária e ao propósito pretendido com seu uso.

Os pequenos descobrem a escrita
A revista é um dos materiais escritos de uso freqüente na sociedade - o que os especialistas chamam de "portadores de textos" - que crianças em fase de alfabetização devem conhecer para mergulhar na linguagem escrita. "Desde cedo, é essencial ter contato com gêneros variados. O trabalho com a revista é um ótimo momento de ampliar e aprofundar esse conhecimento", afirma a pedagoga e formadora de professores Ana Flávia Alonço Castanho, selecionadora do Prêmio Victor Civita Educador Nota 10.

Fotos: Marcos Rosa

língua portuguesa

LER E ESCREVER Fichas escritas por aluno mostram a evolução na alfabetização (à frente, o texto mais recente)

A partir do início do Ensino Fundamental, publicações com temas e gêneros de textos variados (reportagens, crônicas, contos, tirinhas, quadrinhos) são bem-vindas em sala. "O importante é que não é preciso estar alfabetizado para usá-las. Antes de ler convencionalmente, as crianças podem e devem participar de situações de leitura e escrita", afirma a pedagoga e formadora de professores Cristiane Pelissari, também selecionadora do Prêmio Victor Civita Educador Nota 10. No caso dos alunos de 1º e 2º anos, a diagramação das páginas, com títulos, quadros, fotos, legendas, gráficos, ilustrações e variações na tipografia, leva os pequenos a interagir com as matérias e a perceber qual é o assunto tratado (leia o quadro nesta página). "As crianças fazem antecipações sobre o tema e podem analisar o texto para confirmar ou não suas hipóteses. Nesse processo, refletem e aprendem mais sobre o sistema de escrita e a linguagem jornalística", diz Patrícia.

Inserir balões em quadrinhos, legendar imagens e fazer cruzadinhas com banco de palavras também são atividades indicadas para o início da alfabetização. Vale ainda destacar a organização das informações. Por exemplo, se a idéia é fazer uma pesquisa sobre animais na revista Recreio ou na Ciência Hoje das Crianças, a turma deve observar como os dados sobre os bichos aparecem e quais palavras são usadas para descrevê-los.

Daiani Minutti, professora da EMEF Antonio Carlos de Andrada e Silva, em São Paulo, segue essa recomendação e lê reportagens para a turma de 1º ano todos os dias. As conversas sobre o conteúdo das notícias foram o primeiro passo para começar um trabalho que culminou na produção de um minialmanaque com pequenos textos (leia o projeto didático no quadro acima). "A turma desenvolveu a competência de localizar informações específicas em um texto e melhorou na alfabetização: a escrita evoluiu muito ao longo do ano", conta.

1º e 2º anos - O que ensinar

Reprodução

língua portuguesa

1 - TÍTULO E OLHO
Dão pistas importantes sobre o tema do texto e permitem que as crianças levantem as primeiras hipóteses a respeito do que lerão a seguir.

2 - TEXTO PRINCIPAL
A linguagem clara e objetiva ajuda na compreensão do que o autor tem a dizer e na aprendizagem do assunto abordado. Dados novos e atualizados mostram o que acontece ao redor do aluno, em outras partes do mundo e até mesmo fora dele.

3 - LEGENDA
Permite que os pequenos em fase de alfabetização façam suposições e criem associações entre imagem e texto.

4 - FOTO
Uma das portas para a turma entrar no espírito da matéria e interagir com ela. Possibilita, por exemplo, o trabalho com leitura e produção de legendas.

Chance para debater
A partir do 3º ano, a produção aumenta não só em tamanho mas também em complexidade. Os alunos se tornam mais aptos a selecionar textos e dados de acordo com a situação comunicativa que querem atender (leia o quadro acima). Essa é uma boa hora para propor a produção de revistas e almanaques usando reportagens como fonte de pesquisa. Entram em cena, então, a edição e as decisões que ajudem na compreensão do leitor, seja ele um colega, parente ou vizinho.

Os debates também são outra boa pedida para essa faixa etária. As discussões que surgem em torno do conteúdo das reportagens ajudam na construção coletiva de sentido: cada estudante tem suas próprias opiniões, traz novas informações para o grupo, levanta questionamentos e, ao se posicionar diante de determinado tema, desenvolve o pensamento crítico, característica fundamental para a compreensão adequada do que se lê.

Não é apenas nas aulas de Língua Portuguesa que as publicações impressas encontram espaço. Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) prevêem o uso delas em todas as disciplinas. Em Matemática, aumentam a familiaridade com os números; em Ciências, colaboram com a interpretação de dados científicos; em História, geram debates sobre questões atuais; em Geografia, o jornalismo fotográfico permite a análise da paisagem natural e social; em Artes, ampliam o repertório artístico.

3º ao 5º ano - O que ensinar

Reprodução

língua portuguesa

1 - IMPESSOALIDADE
A comunicação jornalística busca passar a impressão de isenção e distanciamento do assunto tratado. Por isso, requer o uso quase obrigatório da terceira pessoa.

2 - LIDE
Do inglês lead ("guia"), é a abertura da notícia, um relato resumido com os fatos mais importantes do texto.

3 - NÚMEROS
Textos informativos apresentam uma boa integração com dados numéricos, que aparecem mesclados às demais informações e oferecem ao leitor mais referências objetivas sobre o tema.

4 - LINGUAGEM ESPECÍFICA
O texto direto favorece a eficácia da comunicação. Por isso, evita-se o uso de adjetivos e juízos subjetivos. Em seu lugar, entram dados para o leitor fazer o próprio julgamento.

Produzir, só com muita leitura
Para explorar as revistas em todo o seu potencial, é preciso tomar alguns cuidados. Confira os seis principais.

- Escolha títulos que ofereçam qualidade em relação à língua e às informações.

- Não use as revistas como tapa-buracos no tempo dos alunos. Até momentos informais de leitura devem ser planejados.

- A leitura compartilhada contribui para a integração da turma. Para favorecer essa atividade, invista na aquisição de diversos exemplares da mesma edição.

- Ler e estudar reportagens antes de apresentá- las é um caminho para antecipar questões e possíveis dificuldades.

- Depois da leitura e discussão, é importante questionar os estudantes: o texto respondeu nossas dúvidas? Precisamos buscar novas fontes para solucioná-las?

- Por último, o ponto mais importante: antes de produzir, os alunos devem ter conhecido uma boa diversidade de textos de revista e participado de discussões sobre suas formas e seus conteúdos. Isso porque o aprendizado dos gêneros vem com a familiaridade e o contato prolongado com cada um deles, e não só pelo ensino de sua estrutura. Leitores e escritores de reportagens não se fazem da noite para o dia. Mas o esforço vale a pena.

Quer saber mais?

CONTATOS
Ana Flavia Alonço Castanho
Cristiane Pelissari
EMEF Antonio Carlos de Andrada e Silva,R. Baltazar Santana, 365, 08040-420, São Paulo, SP, tel. (11) 6154-4800
Patrícia Diaz

Fonte :Índice da edição 218 - nov/2008

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Sugestões de filmes para inspirar professores.


Coach Carter - Treino para a Vida

Sinopse:

Richmond, Califórnia, 1999. O dono de uma loja de artigos esportivos, Ken Carter (Samuel L. Jackson), aceita ser o técnico de basquete de sua antiga escola, onde conseguiu recordes e que fica em uma área pobre da cidade.

Para surpresa de muitos ele impõe um rígido regime, em que os alunos que queriam participar do time tinham de assinar um contrato que incluía um comportamento respeitoso, modo adequado de se vestir e ter boas notas em todas as matérias.

A resistência inicial dos jovens acaba e o time sob o comando de Carter vai se tornando imbatível.

Quando o comportamento do time fica muito abaixo do desejável Carter descobre que muitos dos seus jogadores estão tendo um desempenho muito fraco nas salas de aula.

Assim Carter toma uma atitude que espanta o time, o colégio e a comunidade.


- Ficha Técnica:

Nome do Filme: Coach Carter - Treino para a Vida
Gênero: Drama
Áudio: Português
Legenda: Não Disponível
Tempo de Duração:
136 Minutos
Ano de Lançamento:
2005

Trailler
jovensijv


Quer assistir este filme, em seu computador entre aqui.

Ponto de Vista

Sinopse:

O presidente dos Estados Unidos, Ashton (William Hurt), participará de uma conferência mundial sobre o combate ao terrorismo em Salamanca, na Espanha.

Thomas Barnes (Dennis Quaid) e Kent Taylor (Matthew Fox) são os agentes do Serviço Secreto designados para protegê-lo durante o evento.

Entretanto logo em sua chegada o presidente é baleado, o que gera um grande tumulto.

Na multidão que assiste ao atentado está Howard Lewis (Forest Whitaker), um turista americano que estava gravando tudo para mostrar aos filhos quando retornasse para casa.

A partir da perspectiva de diversos presentes no local antes e depois do atentado é que se pode chegar à verdade sobre o ocorrido.


- Ficha Técnica:

Nome do Filme: Ponto de Vista
Gênero: Suspense
Áudio: Inglês
Legenda: Português
Tempo de Duração:
90 Minutos
Ano de Lançamento:
2008

Trailler


Fonte: http://cineturbo.com/

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sábado, 20 de dezembro de 2008

Resultado da Prova Especialistas e Professores da Prefeitura Municipal de Campinas interior de São Paulo


Veja abaixo o gabarito bem como a prova objetiva, realizada dia 14/12/2008 às 08:00
horas da manhã.

- Dia 14/12/2008 (Todos os Cargos)
- Prova - Supervisor Educacional
- Prova - Diretor Educacional
- Prova - Coordenador Pedagógico
- Prova - Vice-Diretor
- Prova - Orientador Pedagógico
- Prova - Prof. Ed. Básica I - Educação Infantil
- Prova - Prof. Ed. Básica II - Ensino Fundamental
- Prova - Prof. Adjunto I - Educação Infantil
- Prova - Prof. Ed. Básica III / Adjunto II - Artes
- Prova - Prof. Ed. Básica III / Adjunto II - Matemática
- Prova - Prof. Ed. Básica III / Adjunto II - História
- Prova - Prof. Ed. Básica III / Adjunto II - Geografia
- Prova - Prof. Ed. Básica III - Ciências
- Prova - Prof. Ed. Básica III - Educação Física
- Prova - Prof. Ed. Básica III - Inglês
- Prova - Prof. Adjunto II - Português
- Prova - Prof. Ed. Básica IV - Educação Especial

Relação Candidato/Vaga

O período para interposição de recursos será de 22 à 23 de dezembro de 2008 conforme instruções a seguir.

Os recursos, devidamente preenchidos, deverão ser entregues no Protocolo Geral, situado no saguão do Paço Municipal, Avenida Anchieta, 200, Centro, Campinas-SP, mediante apresentação de documento de identidade original do candidato ou apresentados por meio de terceiros, mediante procuração específica para esse fim, que ficará retida. Deverão ser anexadas, a cada recurso, uma fotocópia da procuração e uma fotocópia do documento de identidade do candidato e do procurador. Neste caso, o candidato assumirá as conseqüências de eventuais erros de seu procurador.

Os recursos deverão obedecer às orientações contidas no formulário disponível no endereço eletrônico do Concurso (abaixo, link para o formulário).


Resultado Preliminar das Provas Objetivas

Boa Sorte!

Fonte: http://concurso.fgv.br/campinas08/

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Psicopedagogia Teste de Bender.

O Teste Guestáltico Visomotor de Bender é também conhecido como Teste de Bender, ou B-G (Bender Gestalt), ou BGVMT (Bender Gestalt Visual Motor Test). No Brasil, seu nome mais utilizado pelos psicólogos é Teste Bender ou ainda, de forma mais reduzida, simplesmente o Bender1.

O instrumento é composto por nove cartões medindo 14,9 cm de comprimento por 10,1 cm de altura, cada um deles. Consiste de cartelas em cor branca, composta por figuras diferenciadas que estão desenhadas em cor preta. São estímulos formados por linhas contínuas ou pontos, curvas sinuosas ou ângulos.

Na história da construção do Bender, algumas datas são importantes para a melhor compreensão do instrumento. Em 1923, Max Wertheimer publica seus estudos sobre a percepção visual, tendo por objetivo investigar a gênese da percepção da forma na criança. A influência da orientação metodológica da Gestalt, escola de pensamento psicológico co-fundada por Wertheimer, e o conseqüente avanço dos estudos ligados à Psicologia da Percepção, incentivaram os profissionais a ampliarem seus conhecimentos acerca do assunto. Assim, o padrão visomotor começou a ser mais estudado, tendo em vista que a criança, ao reproduzir graficamente, algum traçado no papel, necessita de maturação neurológica para tal.

Entre 1932 e 1938, Lauretta Bender utiliza os desenhos de Wertheimer e realiza os primeiros estudos sobre a maturação neurológica em crianças. Neste momento, uma série de desenhos infantis começou a ser avaliada, tendo como foco a inteligência de crianças a partir desta maturação. Ao mesmo tempo, Bender aplica esses mesmos desenhos em diferentes grupos clínicos - transtornos orgânico-cerebrais, psicoses e neuroses - com a finalidade de analisar respostas características. Conforme Bender (1955), estes trabalhos iniciais foram divulgados pela American Orthopsychiatric Association, através do Research Monograph n.3, em 1938, sob o título A Visual Motor Gestalt Test and its Clinical Use. Em 1946, ocorre a publicação do teste pela autora, sendo eleitas as figuras originais que Wertheimer apresentou em sua clássica monografia publicada em 1923.

Avaliação do nível de maturação da função visuo-perceptiva e visuo-motora e de possíveis regressões a este nível. A prova é constituída por nove figuras geométricas que o sujeito deverá reproduzir. Permite detectar a existência de organicidade. A avaliação da percepção visuo-motora é útil na compreensão de outras competências como a linguagem, a memória, a orientação espacial e temporal, etc.. Como auxiliar ao processo de interpretação, o manual fornece informações na forma de estudos de casos relacionados com determinadas lesões cerebrais e patológias.

Quer saber mais?

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Pedagogia empresarial


Pedagogia empresarial

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Pedagogia empresarial designa as atividades de estímulo ao desenvolvimento profissional e pessoal realizadas dentro das empresas. O termo foi cunhado pela professora Maria Luiza Marins Holtz.

A Pedagogia e a Empresa fazem um casamento perfeito. Ambas tem objetivo semelhante em relação às pessoas, principalmente nos tempos atuais.

Uma Empresa sempre é a associação de pessoas, para explorar uma atividade, liderada pelo empresário, pessoa empreendedora, que dirige e lidera aquela atividade com o fim de atingir ideais e objetivos também definidos.

A Pedagogia é a ciência que estuda e aplica doutrinas e princípios visando um programa de ação em relação à formação, aperfeiçoamento e estímulo de todas as faculdades da personalidade das pessoas, de acordo com ideais e objetivos definidos.

Tanto a Empresa como a Pedagogia agem em direção à realização de ideais e objetivos definidos, no trabalho de provocar mudanças no comportamento das pessoas. Esse processo de mudança provocada, no comportamento das pessoas em direção a um objetivo, chama-se aprendizagem e aprendizagem é a especialidade da Pedagogia e do Pedagogo[1].

As responsabilidades do pedagogo empresarial incluem:

  • Conhecer as soluções para as questões que envolvem a produtividade das pessoas humanas, o objetivo de toda Empresa.
  • Conhecer e trabalhar na direção dos objetivos particulares da Empresa onde trabalha.
  • Conduzir as pessoas que trabalham na Empresa, dirigentes e funcionários, na direção dos objetivos definidos, humanos e empresariais.
  • Promover as condições necessárias (treinamentos, eventos, reuniões, festas, feiras, exposições, excursões), para o desenvolvimento integral das pessoas, influenciando-as positivamente (processo educativo), com o objetivo de otimizar a produtividade.
  • Aconselhar, de prefêrencia por escrito, sobre as condutas mais eficazes das chefias para com os funcionários e destes para com as chefias, a fim de favorecer o desenvolvimento da produtividade empresarial.
  • Conduzir o relacionamento humano na Empresa, através de ações, que garantam a manutenção do ambiente positivo e agradável, estimulador da produtividade.

A formação do Pedagogo Empresarial é oferecida em cursos de especialização e mestrado, por diversas instituições de ensino superior. Os cursos são reconhecidos pelo Ministério da Educação - MEC.

Várias empresas instituiram programas de treinamento e desenvolvimento de pessoas, o processo pode ser através da criação de uma Universidade Corporativa.

Referências

  1. Maria Luiza Marins Holtz. Lições de Pedagogia Empresarial (PDF).

Fonte: Ministério da Educação - MEC. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/sesu/arquivos/pdf/resolucao12001.pdf

Portal A Wikipédia possui o(s) portal(is):
Portal de Administração
{{{Portal2}}}
{{{Portal3}}}
{{{Portal4}}}
{{{Portal5}}}


Quer saber mais?

http://www.pedagogiaempresarial.com.br/
http://www.mh.etc.br/pedagogia_empresarial.html
http://www.fast.br/fastportal/index.php?option=com_content&task=view&id=44&Itemid=109




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quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

O apartheid educacional

O apartheid educacional
Para Claude Carpentier, especialista francês em educação e diversidade, discurso humanista em voga na Unesco mascara um ideário que só faz aumentar o fosso entre ricos e pobres

Claude Carpentier
Envolvido com as questões do ensino pós-apartheid na África do Sul há mais de 12 anos, Claude Carpentier, professor da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas e Sociais da Universidade de Picardie Jules Verne, na França, acredita que o ideário neoliberal, cada vez mais presente nas políticas educacionais, cria atualmente um senso de justiça peculiar no que diz respeito às questões sociais. "Garante-se o mínimo e não se igualam as condições", resume o autor de, entre outros, A escola na África do Sul - Entre os fantasmas do apartheid e as limitações para avançar, não publicado no Brasil. Em visita a São Paulo, para uma série de eventos, entre eles a Roda de Conversa da ONG Ação Educativa, Carpentier conversou com a subeditora Beatriz Rey, e concedeu a entrevista a seguir.

O senhor desenvolveu um programa de cooperação científica na África do Sul sobre o sistema escolar e as heranças do apartheid. O que foi, na prática, essa experiência?
A primeira vez que fui à África do Sul foi em 1996. Desde então, fui a quatro ou cinco missões científicas lá. Em 1997, estudei as mudanças nos conteúdos escolares para o ensino de história depois do apartheid. Retornei em 2002 para participar de um colóquio franco-sul africano, quando fiz uma palestra. No ano passado, iniciei uma parceria com Michael Cross, da Universidade de Witwatersrand, de Johannesburgo, para pesquisar a trajetória dos estudantes negros das camadas desfavorecidas que ingressavam pela primeira vez numa universidade. Isso porque, obviamente, desde o fim do apartheid, todos podem ingressar nas mesmas universidades. Na prática, esse programa de cooperação científica envolvia intercâmbio com universidades: pesquisadores iam da África do Sul para a França e vice-versa.

Como está o quadro da educação na África do Sul?
Costumo usar a metáfora do copo metade vazio e metade cheio para falar da educação lá. Depois do apartheid, que acabou em 1991, o principal objetivo dos líderes de governo era acabar com as desigualdades e as seqüelas que restaram no sistema educacional. Muitas medidas foram tomadas para resolver a questão do financiamento das escolas. Por exemplo, o Estado passou a bancar recursos suplementares para as escolas mais desfavorecidas, mas, em contrapartida, as famílias têm de pagar uma espécie de mensalidade para as escolas.

Mas não são escolas públicas?
Na realidade, na África do Sul o ensino público não é verdadeiramente público. As mensalidades são um jeito de selecionar quem entra na escola. O financiamento provém de duas frentes: das famílias e do governo. As famílias pagam mensalidades, cujo valor varia de acordo com o que o conselho de administração do próprio estabelecimento determina. Nas escolas que recebem um público socialmente favorecido, a mensalidade é mais elevada. A parte do financiamento que é pública acontece por compensação: as escolas mais pobres recebem mais dinheiro, já que os pais não podem arcar com as altas mensalidades. Mas, na realidade, não há compensação verdadeira, pois as mensalidades pagas nas escolas ricas são bem mais consideráveis que a diferença do subsídio público entre as escolas ricas e as pobres. Em 1994, as escolas sul-africanas foram divididas em cinco grupos, que variam de acordo com o grau de pobreza. O Q1, por exemplo, representa os 20% de escolas mais pobres, e o Q5, as 20% mais ricas. Depois de 2007, entretanto, as escolas mais pobres (Q1 e Q2) foram dispensadas das mensalidades. O poder público estipulou uma determinada soma para a escolarização de uma criança e assegurou o pagamento desse valor integral (550 rands, a moeda local). As escolas que continuam nas fatias Q3, Q4 e Q5 continuam cobrando as mensalidades.

Como se caracteriza o ensino privado na África do Sul?
Tradicionalmente, o ensino privado não é desenvolvido ali. Proporcionalmente, não é como no Brasil. Representa cerca de 10% do sistema educacional sul-africano. As famílias mais favorecidas estudam nas escolas para as quais elas pagam mensalidade. É um meio de ficar longe da população pobre e negra. Hoje, não há mais discriminação racial, mas há um processo de diferenciação social muito forte. A África do Sul se tornou um país como os outros no que diz respeito à educação: assegura-se o mínimo de acesso e freqüência. Ouvi a campanha eleitoral de um político do Estado da Bahia, que assegurava um objetivo: cada criança devia saber ler e escrever. Assegurar esse mínimo não leva os alunos ao ensino superior. É um mínimo que não resolve a questão da diferença social.

O senhor considera que o Nordeste brasileiro vive uma condição parecida com a da África do Sul?
Não conheço a realidade do Nordeste tão bem quanto conheço a da África do Sul. Constatei diferenças significativas entre a Bahia, que conheço mais, e o sul do país, no que diz respeito ao acesso, desempenho escolar e freqüência. Considero que isso acontece devido aos diferentes tipos de colonização. E isso não é tão diferente do que a África do Sul vive hoje. Ela também é resultado de diferentes colonizações e povoamentos, e isso se reflete nas estatísticas escolares e revela realidades bem diferentes de uma população para outra.

De todos os países, qual o senhor considera que tem o sistema educacional que funciona melhor, no que diz respeito à qualidade?
É uma pergunta bem difícil. Há indicadores que mostram que os sistemas educacionais do norte da Europa, em países como a Dinamarca, a Noruega e a Suécia, são os menos desiguais e os que provocam menos desigualdades. Mas tudo é relativo. Em geral, os sistemas que obrigam o aluno a optar por uma carreira o mais tarde possível, seja no ensino técnico ou no ingresso em uma universidade, são os que provocam mais igualdade. É o que apontam algumas pesquisas.

Qual o melhor caminho para o ensino médio: o ensino técnico ou a preparação para a universidade?
Na França, o aluno pode optar pelo ensino técnico com 12 ou 13 anos, e depois deixar a escola com 15. O que acontece é que eles competem, no mercado de trabalho, com outros estudantes que fazem o ensino médio até os 18 anos, e depois ingressam no ensino superior. Os alunos que fizeram a opção muito cedo pela profissão estão num nível totalmente desfavorável em relação aos outros que são mais qualificados. Acredito que, se a perspectiva maior é a formação dos alunos e a sua garantia no mercado de trabalho, o melhor caminho é levar todos até o mesmo ponto e depois deixá-los escolher entre o ensino técnico e a universidade.

E o currículo escolar? Qual margem deve haver para a ação dos docentes?
Quanto mais você descentraliza os conteúdos, mais abre portas para desigualdades. Porque nas escolas pobres o conteúdo oferecido será sempre mais fraco, quando comparado com as escolas mais ricas, que terão dinheiro para investir em formação de professores, por exemplo. Acredito que um país deve ter um certo nível de exigência nacional. A França tem uma tradição forte de compromisso do poder público para assegurar que toda a população tenha uma formação igualitária, do ponto de vista do conteúdo. O que está acontecendo ultimamente é que o sistema educacional está sofrendo pressão por algumas formas de neoliberalismo, para que esses conteúdos sejam fragmentados. O objetivo é a criação de pólos de excelência em alguns lugares.

Sobre a incorporação dos conteúdos afro-brasileiros no currículo escolar, o que isso significa para o sistema educacional brasileiro?
A introdução desses conteúdos num país como o Brasil é simplesmente indispensável e evidente. Mas é importante que sejam vistos como parte de uma história comum do Brasil, não apenas dos afro-descendentes ou dos indígenas. É uma questão de identidade. Não é só interesse de uns ou de outros, mas dos brasileiros vistos como um país. A história do Brasil é essa. Todos os brasileiros são contemplados com esses conteúdos.

Como o senhor enxerga a questão da bonificação de desempenho?
É uma mistificação e uma grande farsa. Com essa prática, as escolas acabam criando mecanismos para expelir os alunos ruins. O objetivo é aumentar a média, já que alunos com desempenho ruim não rendem notas altas. São os efeitos perversos dessa política, que cria uma concorrência entre as escolas. Todos os países que aplicaram essa medida passaram por esse processo: concorrência, escolas que expelem alunos ruins, que vão procurar outras escolas, que ao recebê-los têm suas médias reduzidas. Essa política contribui com a 'guetização' da educação. É um processo perigoso. Você acaba criando um sistema educacional com várias velocidades. Se você é diretor de uma escola que caminha nesse processo, vai ter todo interesse em contratar os melhores professores e em abrigar os melhores alunos. Uma política democrática é o contrário disso. Você tem de dar mais dinheiro aos estabelecimentos que são menos favorecidos.

Qual é o papel da escola hoje, no sentido de não criar essas desigualdades?
Normalmente, o papel da escola é compensatório. É o de dar mais aos que têm menos. Isso se você tem como objetivo democratizar o ensino e ter uma sociedade mais igualitária.

Quais as maiores lições dos sistemas de ensino sul-africano e francês?
As lições não variam de um país para outro. A lógica de desenvolvimento das políticas educacionais tende a ser a mesma no âmbito mundial, apesar dos diversos contextos socioeconômicos. O que se expressa nessas políticas são os mesmos movimentos. A questão da bonificação por desempenho, por exemplo, reflete-se mundialmente e é resultado de uma lógica neoliberal introduzida nos sistemas educacionais. A diferença de um país para outro é a resistência do local ou não. Tenho a impressão de que o Brasil está entrando na mesma lógica. Os partidários dessa política neoliberal divulgam a crença de que essas medidas vão dar resultados positivos em longo prazo e que vão reduzir as desigualdades. A lógica é a do progresso. Mas o que constatamos nos países em que esse tipo de política foi implantada é que as desigualdades estão aumentando. Se você ler os grandes textos da Unesco e de outras instituições internacionais, perceberá uma retórica de "educação para todos". Uma análise superficial desse discurso mostra um fosso entre essa retórica humanista, mais de esquerda, e as políticas neoliberais em obra. A Revolução Francesa pregava igualdade para todos. Hoje, prega-se o mínimo para todos. O que se lê nas instituições internacionais é uma filosofia de assegurar o mínimo às bases em educação, saúde e nas questões sociais em geral. É o que acontece com o Bolsa-Família, programa do governo federal brasileiro. A mentalidade é: os ricos não podem ser impedidos de viver em mansões com piscinas, desde que os pobres tenham uma refeição por dia e não morram de fome. Que sociedade estamos construindo com esse princípio de justiça que garante o mínimo e não iguala as condições?

Quais são os principais desafios da educação brasileira?
De maneira geral, para melhorar a educação, precisamos lutar contra a pobreza, que é fonte da desigualdade. É por conta da pobreza que as crianças têm de sair da escola para trabalhar e sustentar suas famílias. Dei uma volta pelo bairro de Higienópolis, em São Paulo, e vi crianças nas ruas. É claro que a maioria das crianças brasileiras não tem as mesmas condições de vida, não freqüenta as mesmas escolas e não tem as mesmas possibilidades que essas.


- Há saídas para o problema
- Duplo endereço
- Desde o império
- Mão dupla

Fonte: REVISTA EDUCAÇÃO - EDIÇÃO 140

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quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Avaliar para crescer



Índice da edição 138 - dez/2000

Avaliação

Avaliar para crescer

No ambiente escolar, a avaliação só faz sentido quando serve para auxiliar o estudante a superar as dificuldades

Paola Gentile
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Masao Goto Filho

Cristiane Ishihara, professora de Matemática da 5ª série no Colégio Assunção, em São Paulo

"Dar provas, corrigi-las e entregá-las não é mais suficiente para mim. Preciso saber onde estou falhando para planejar o que e como ensinar"

Notas fechadas, boletins entregues, diários de classe arquivados. Missão cumprida? Não para Cristiane Ishihara, professora de Matemática das 5ªs séries no Colégio Assunção, em São Paulo. Como faz ao final de cada bimestre, ela vai pegar as anotações que fez em sala de aula, os resultados dos exames e os questionários que a turma responde após as provas. Tudo com um objetivo: avaliar o próprio desempenho. "Dar provas, corrigi-las e entregá-las não é mais suficiente para mim. Preciso saber onde estou falhando para planejar o que e como ensinar", afirma. Cristiane está dando o primeiro e mais importante passo rumo a um sistema de avaliação escolar justo e motivador. Culpar o aluno pelas notas baixas, o desinteresse ou a indisciplina nem passa pela cabeça dela. "Basta que alguns tenham ido mal nas provas para eu saber que preciso mudar de didática ou reforçar conteúdos".

Ao rever seu trabalho, Cristiane mostrou que está mesmo no caminho certo. "Não interessa o instrumento utilizado. Pode ser prova, chamada oral, trabalho em grupo ou relatório. O importante é ter vontade de mudar e usar os resultados para refletir sobre a prática", explica o consultor e educador Celso Vasconcelos. Para ele, de nada adianta selecionar novos conteúdos ou métodos diferentes de medir o aprendizado se não houver intencionalidade — palavra que ele define, em tom de brincadeira, como "a intenção que vira realidade". "Enquanto os alunos se perguntam o que fazer para recuperar a nota, os professores devem se questionar como recuperar a aprendizagem", aconselha.

Mas por que mudar se tudo está correndo bem? O professor ensina, o aluno presta atenção e faz a prova. Se foi bem, aprendeu. Se foi mal, azar — é preciso seguir com o currículo. Esse sistema, cristalizado há séculos, deposita nos conteúdos uma importância maior do que eles realmente têm. Até os anos 60, 80% do que se ensinava eram fatos e conceitos. A prova tradicional avaliava bem o nível de memorização dos alunos. Hoje, essa cota caiu para 30%. Além de fatos e conceitos, os estudantes devem conhecer procedimentos, desenvolver competências. E a mesma prova escrita continua a ser aplicada...

Se a missão da escola ao raiar do século XXI é desenvolver as potencialidades das crianças e transformá-las em cidadãos, a finalidade da avaliação tem de ser adaptada, certo? "Na minha opinião, seu principal papel deve ser ajudar o aluno a superar suas necessidades a partir de mudanças efetivas nas atividades de ensino", define Vasconcelos. "O ideal é que ela contribua para que todo estudante assuma poder sobre si mesmo, tenha consciência do que já é capaz e em que deve melhorar", diz Charles Hadji, professor e diretor do Departamento de Ciências da Educação da Universidade de Grenoble, na Suíça (leia entrevista na segunda página).

É consenso entre os educadores que o aprendizado, na sala de aula, não se dá de forma uniforme. Cada um de nós tem seu ritmo, suas facilidades e dificuldades. Afinal, somos pessoas distintas. O que complica bastante a vida do professor, que passa a ter de avaliar cada aluno de um jeito. "Sim, todos merecem ser julgados em relação a si mesmos, não na comparação com os colegas", afirma o espanhol Antoni Zabala, especialista em Filosofia e Psicologia da Educação e professor da Universidade de Barcelona. "Não dá para fugir", continua ele. "É essencial atender à diversidade dos estudantes."

Ele dá um exemplo. "Que altura deve pular um jovem de 11 anos?" A resposta é: "Depende..." Depende de sua potência motora, de suas capacidades físicas e emocionais, das experiências anteriores e do treinamento, do interesse pela atividade e muito mais.

Por isso, alguns saltam 80 centímetros. Outros, 1 metro. Poucos, 1,20 metro. "Se estabelecemos uma altura fixa, excluímos os que não conseguirem chegar lá no dia em que a habilidade for medida". Da mesma forma, "quanto" deve saber uma criança? A resposta também é depende. De sua história, dos conhecimentos prévios, da relação com o saber e de incontáveis outros fatores. E não existe ninguém mais capacitado do que o professor para saber "quanto" essa criança domina (ou tem a obrigação de dominar) em termos de conteúdos, conceitos e competências.

O papel do desejo

Quando a escola não leva isso em conta, o estrago é inevitável. Estudos realizados pela pesquisadora Kátia Smole sobre o impacto da avaliação na auto-estima do aluno mostram que os boletins baseados no desempenho em provas têm apenas uma função: classificar a garotada em "bons" ou "maus", o que tem cada vez menos utilidade. "O pressuposto de que existe uma inteligência padrão está ultrapassado", avalia. Segundo ela, o que acaba ocorrendo são desvios no objetivo maior da escola, que é ensinar. Ao sentenciar que uns são mais e outros, menos, o saber fica em segundo plano. "O jovem valoriza a nota, não o aprendizado", exemplifica. "Em vez de se relacionar com o mundo, ele só vai querer aprender em troca de prêmio (a nota) e, nesse ambiente, só sobrevive quem se adapta ao toma lá, dá cá."

Mas existe uma conseqüência mais nefasta: tirar da criança a vontade de aprender. Afinal, só existe motivação quando há desejo. O aluno que não valoriza o saber não tem motivos para cobiçá-lo. "O antigo sistema forma pessoas submissas e intolerantes. Quem não consegue atender à expectativa do professor e da sociedade acaba marginalizado", analisa Kátia.

Antoni Zabala apresenta exemplos bem práticos — e recheados de comparações com fatos do dia-a-dia — para ajudar a desatar esse grande nó. "O professor deve ser um misto de nutricionista e cozinheiro", diz ele. "O primeiro preocupa-se em elaborar refeições saudáveis e o outro quer pratos apetitosos. No planejamento da aula, devemos agir como nutricionistas, pensando nas competências que o aluno deve desenvolver. Na classe, precisamos atuar como cozinheiros, propondo atividades interessantes e que possam ser executadas com prazer."

Na sua opinião, a avaliação completa envolve quatro etapas, tantas quantas uma dona-de-casa executa ao fazer compras. "Ela vê o que tem na despensa, lista o que falta, estabelece objetivos — como preparar refeições balanceadas — e vai ao mercado", descreve. "Lá, ela começa uma série de observações, que podem mudar os rumos da tarefa original. Se um produto estiver muito caro, a saída será buscar outro ponto de venda. Se estiver estragado, terá de ser substituído por outro de semelhante valor nutritivo."

Traduzindo para a sala de aula, o professor precisa de objetivos claros, saber o que os alunos já conhecem e preparar o que eles devem aprender — tudo em função de suas necessidades (avaliação inicial). O segundo passo é selecionar conteúdos e atividades adequadas àquela turma (avaliação reguladora). Periodicamente, ele deve parar e analisar o que já foi feito, para medir o desempenho dos estudantes (avaliação final). Ao final, todo o processo tem de ser repensado, de forma a mudar os pontos deficientes e aperfeiçoar o ensino e a aprendizagem (avaliação integradora). Clique aqui para conhecer um exemplo muito objetivo de como fazer isso, com estratégias específicas para vários conteúdos, tendo como ponto de partida o estudo da Bacia Amazônica.

A primeira pergunta que professores, coordenadores e diretores devem fazer é: Com que objetivo vamos avaliar? Para formar pessoas ou futuros universitários? Para classificar e excluir alunos ou para ajudá-los a aprender? Para humilhá-los com suas dificuldades ou incentivá-los com suas conquistas? É importante frisar que não existe resposta certa ou errada. Ela está no projeto pedagógico de cada escola. Se a opção é selecionar os melhores e excluir os outros, então a melhor saída é a boa e velha prova. Caso o compromisso seja no sentido de incentivar o aluno a enfrentar desafios, então a conversa muda de rumo.

Infelizmente, não existe uma fórmula mágica. Ao contrário. "A escola ideal, que atenda à formação de cada um individualmente, não existirá nunca. Mas estabelecer que esse é o horizonte aumenta as chances de acertar o caminho", acredita Zabala. Celso Vasconcelos também entende que o sistema tradicional não atende aos objetivos da escola do terceiro milênio, mas acha que é possível democratizá-lo. "Se a nota for dinâmica e servir como indicadora da situação do aluno naquele momento, ela pode apontar rumos a seguir".

Idéias de mestre

"Enquanto os alunos se perguntam o que fazer para recuperar a nota, os docentes devem sempre se questionar sobre a melhor maneira de questionar sobre a melhor maneira de recuperar a aprendizagem"

Celso Vasconcelos
Íntegra da entrevista

"O professor tem de ser um misto de nutricionista e cozinheiro para elaborar refeições saudáveis e pratos apetitosos, ou seja, desenvolver atividades prazerosas e eficientes"

Antoni Zabala
Íntegra da entrevista

"É preciso romper definitivamente o estereótipo do mestre com a fita métrica na mão, pronto para medir, julgar e rotular cada um de seus estudantes"

Luiz Carlos de Menezes

Incentivo ao aprender

É justamente o que faz Cristiane Ishihara. Ela criou um jeito próprio de melhor aproveitar o exame. Dias depois de aplicá-lo, ela o distribui novamente, em branco, e pede que cada aluno responda, para cada problema proposto, se:

fez e está seguro de que aprendeu;

fez, mas não está seguro de que tenha aprendido;

fez, mas tem certeza de que errou por ter-se confundido na resolução;

fez, mas tem certeza de que errou porque não aprendeu;

se não fez, qual o motivo.

"Essa foi a maneira que encontrei de colocar a prova a serviço dos estudantes", explica. Depois de tabular as respostas, ela detecta as dificuldades gerais da turma e as específicas de um determinado grupo, além do nível de segurança de cada um em relação aos conteúdos. Se a maioria apresentou deficiência, Cristiane ensina tudo de outra maneira. Se alguns não aprenderam, ela prepara exercícios para ser trabalhados em casa ou na sala de aula.

De mestre a parceiro

Esse método é elogiado por especialistas. "A dificuldade do aluno deve mesmo ser encarada como um desafio pelo professor", endossa Luiz Carlos de Menezes, físico, educador e um dos autores da matriz de competências do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). "O importante é que a avaliação esteja fundamentada, explicando claramente aqueles tópicos em que o estudante avançou e quais ele ainda precisa trabalhar." Sem esquecer, é claro, de mostrar como isso pode ser feito.

Dessa maneira, o educador se torna um parceiro, que quer e vai ajudar: "É preciso romper definitivamente o estereótipo do mestre com a fita métrica na mão, pronto para medir, julgar e rotular cada um de seus estudantes." Assim como Zabala e Vasconcelos, Menezes encara a prova com muitas restrições, pois ela geralmente é centrada na memorização e no uso de algoritmos e foca conteúdos científicos com dia e hora marcada para acontecer.

É por isso que muitos apontam o professor de Educação Infantil como um modelo a ser seguido. Todos os dias, ele oferece atividades diferentes e criativas para reter a atenção das crianças, orienta todo o trabalho, que geralmente é feito em grupo, e observa. Observa muito, e aí está o segredo. A cada dois ou três meses elabora um relatório para os pais, enumerando os pontos em que o aluno avançou e os que precisam ser trabalhados, tanto no que diz respeito a conhecimentos como a atitudes (conheça experiência do Colégio Pueri Domus na página 3).

Mas como olhar atentamente e conhecer bem cada estudante, se as classes têm 30 ou 40 deles e o professor tem duas ou três aulas por semana com diversas turmas, que mudam todos os anos? Já imaginou propor atividades diferentes de acordo com o nível de aprendizado e, ainda por cima, fazer um relatório personalizado no final de cada bimestre?

Sim, é possível fazer isso. A saída mais eficiente, dizem os especialistas, é propor trabalhos em grupo, que permitem observar melhor as atitudes individuais e coletivas. Menezes sugere ainda que se dê prioridade a estudos do meio, com propostas de atividades variadas, nas quais todos tenham a chance de explorar suas potencialidades. Um bom exemplo disso é o Colégio Lourenço Castanho, que organiza viagens com finalidades didáticas (leia sobre na página4).

Outro consenso é a importância da auto-avaliação. Ela está diretamente ligada a um dos objetivos fundamentais da educação: aprender a aprender. É óbvio que o próprio aluno tem as melhores condições de dizer o que sabe e o que não sabe, se um determinado método de ensino foi ou não eficaz no seu aprendizado e de que maneira ele acredita que pode compreender determinados conteúdos com mais facilidade. Para isso, basta conversar com a turma, de forma sincera e direta, ou fazer questionários onde todos possam expor livremente suas críticas e sugestões. Quanto mais freqüentes forem essas conversas mais rapidamente aparecerão os problemas e, o que realmente importa, as respectivas soluções. Para caminhar nessa direção, as escolas da rede municipal de João Monlevade, em Minas Gerais, estão se reinventando (página 5 desta reportagem).

"Disciplinas, espaço e tempo devem ser instrumentos da educação, não seus carrascos", resume Zabala. E você? Gostou do que leu nessa reportagem e quer transformar sua escola? Ouça o conselho de Zabala. "Se você quer mudar as formas de avaliar, parabéns. O passo mais importante para a mudança acaba de ser dado."

Que saber mais?

Contatos

Colégio Lourenço Castanho, R. Bueno Brandão, 283, CEP 04509-021, São Paulo, SP, tel. (11) 3842-2151

Escola Emilie de Villeneuve, R. Madre Emilie de Villeneuve, 331, CEP 04367-090, São Paulo, SP, tel. (11) 5563-8588

Escola Pueri Domus, R. Verbo Divino, 993-A, CEP 04719-001, São Paulo, SP, tel. (11) 5182-2155

Secretaria Municipal da Educação de João Monlevade, Av. Getúlio Vargas, 4798, CEP 35930-008, João Monlevade, MG, tel. (31) 3859-2094

Bibliografia

Avaliação Desmistificada, Charles Hadji, 136 págs., Ed. Artmed, tel. (51) 330-3444, 21 reais

Avaliação da Aprendizagem: Prática de Mudança, Celso Vasconcelos, 120 págs., Ed. Libertad, tel. (11) 5062-8515, 18 reais

Avaliação: Superação da Lógica Classificatória e Excludente, Celso Vasconcelos, 120 págs., Ed. Libertad, 18 reais

Como Trabalhar Conteúdos Procedimentais em Aula, Antoni Zabala, 198 págs., Ed. Artmed, 34 reais

A Prática Educativa, Antoni Zabala, 224 págs., Ed. Artmed, 36 reais

Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/edicoes/0138/aberto/mt_246908.shtml

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