segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

REsenha: A língua de Eulália, a novela sociolingüística,


A língua de Eulália, a novela sociolingüística,

Marcos Bagno, Editora Contexto, 1997

por Silvana Duarte

Publicada em 1997, a obra sociolingüistica de Marcos Bagno, A Língua de Eulália, procura mostrar que o uso de uma linguagem 'diferente', nem sempre pode ser considerado um "erro de português". O modo estranho das pessoas falarem pode ser explicado por algumas ciências como a lingüistica, a história, a sociologia e até mesmo a psicologia.

Embora a nossa tradição educacional negue a existência de uma pluralidade dentro do universo da língua portuguesa, e não aceite que a norma padrão é uma das muitas variedades possíveis no uso do português, a "língua portuguesa" está em constante modificação e recebe, notadamente, a influência de palavras pertencentes a outros idiomas, principalmente dos imigrantes que chegam a todo momento no país, entre eles portugueses, americanos, japoneses, alemães e italianos.

A obra faz parte da coleção Caminhos da Língüística e conta a história de três estudantes universitárias dos cursos de Psicologia, Letras e Pedagogia que escolhem a chácara de sua professora Irene, em Atibaia -SP, para passar as férias escolares. No decorrer dos dias, as jovens vão se integrando cada vez mais com a professora em situações pouco acadêmicas, desenvolvendo conhecimentos e observações diferentes dos aprendidos em sala de aula, tendo oportunidade de reciclar, com diferentes padrões, os vários conceitos da língua portuguesa.

Em diálogos e observações sobre o modo de falar de Eulália - a empregada e amiga de muitos anos de Irene -, as jovens aprendem, perplexas, que palavras pronunciadas de forma considerada errada, como "os fósfro", "os home", "as pranta", "os broco", "as tauba", "os corgo", "a arvre", "trabaiá", o "R caipira", "tamém", além da "língua de índio" - Mim fazer -, são; na verdade formas diferentes de pronúncia, e que não podem ser vistas pelos educadores como "erradas" ou "pobres", mas sim diferentes do padrão vigente (pobres são aqueles que as pronunciam, e errada é a situação de injustiça social em que vivem).

Apesar de ser considerado como "erro" por muitas pessoas, no português-padrão, que é tido como o 'correto', existem alguns verbos que têm dois particípios passados, sendo um deles com uma forma mais reduzida, como o verbo aceitar, que pode ser pronunciado como aceitado ou aceito; entregar, que pode ser conjugado como entregado ou entregue; gastar, que pode ser utilizado como gastado ou gasto, além dos verbos pagar onde as formas pagado ou pago são encontradas, e salvar, também visto como salvado ou salvo.

A professora Irene, que também é Doutora em Lingüistica, chama a atenção das estudantes para que reflitam se realmente a língua que se fala no Brasil é o português; uma vez que os brasileiros não compreendem o português do século XII e nem o português falado em Portugal. A conclusão a que chegam é que o nosso "português" não existe, por ser uma língua formada por muitos outros idiomas e dialetos, totalmente mutáveis e variáveis.

Ela explica que o que existe na verdade, são variações do português. Em diferentes regiões do país o português é falado com sotaques e características muito próprias, mas a norma padrão, com uma ortografia oficial, definida pela Academia Brasileira de Letras, é uma só, para ser seguida em todo o país.

Essa imposição marca a diferença entre a língua falada, que nem sempre segue o padrão imposto por lei, e o português-padrão, chamado também de norma 'culta'. Enquanto o português-padrão é aprendido nas escolas, e é aquele usado na linguagem escrita, o português-não-padrão é passado de uma geração para outra, oralmente.

As regras do português-não-padrão são apreendidas quase naturalmente, por imitação. É uma linguagem mais funcional, que trata de eliminar as regras desnecessárias. É uma linguagem inovadora, que se deixa levar pelas forças vivas de mudança.

Por outro lado, o português-padrão é muitas vezes redundante, necessita de muitas regras para dar conta de um único fenômeno. É conservador, demora muito para aceitar qualquer tipo de novidade e por essa razão se mantém inalterado por um tempo muito longo.

No livro, a professora Irene considera ainda que, devido às imposições da norma culta da língua portuguesa, pode-se observar muito mais semelhanças do que desigualdades na comparação entre o português-padrão e o não-padrão. Essas semelhanças podem ser vistas principalmente em traços lingüísticos, como os verificados em um falante escolarizado da região Sul, que pode se comunicar perfeitamente com um analfabeto do Norte do país. Esse mesmo analfabeto terá grandes dificuldades em entender uma linguagem mais padronizada. Mas isso não significa que não tenha capacidade para aprender regras gramaticais, o que depende, em parte, da maneira de ensinar na escola que ele vier a freqüentar.

Entre outras coisas, o livro A Língua de Eulália mostra que na comparação entre o português-padrão e o português-não-padrão o maior preconceito apontado não são exatamente as diferenças lingüisticas que prevalecem, mas sim, as diferenças sociais, mostrando que esses preconceitos são comuns, como por exemplo o étnico: o índio "preguiçoso", o negro "malandro", o japonês "trabalhador", o judeu "mesquinho", o português "burro"; o sexual: a valorização do "macho"; o cultural: o desprezo pelas práticas medicinais "caseiras", além dos socio-econômicos: como a valorização do rico e o desprezo pelo pobre; entre outros.

Desvendando a sociolingüistica de maneira especial, o autor se preocupa em transmitir através desta obra, que por mais estranhas que possam parecer certas pronúncias, por mais incompatíveis que sejam com o português padrão que aprendemos na escola, cada uma dessas palavras têm uma origem perfeitamente explicável dentro da história da língua portuguesa.

A Língua de Eulália conduz o leitor a uma verdadeira "viagem ao País da Lingüistica", e ajuda a entender mais a nossa língua portuguesa.

Fonte: http://www.comciencia.br/resenhas/resenhas_ant.htm

Outra resenha com o mesmo livro:
http://www.webartigos.com/articles/6204/1/a-lingua-de-eulalia-uma-novela-sociolinguistica/pagina1.html

Veja abaixo o livro na integra no formato Scribid pdf.

Marcos Bagno - A Língua de Eulália (pdf)(rev)

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A Educação e As Tecnologias Digitais

Veja os 18 artigos relacionando Tecnologias e Educação.

Editorial Clique aqui para copiar

Entrevista com a professora Léa da Cruz Fagundes, coordenadora de pesquisa do Laboratório de Estudos Cognitivos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, que analisa o uso das tecnologias digitais aplicadas às práticas educacionais, destacando as novas exigências na formação de educadores e a verdadeira inovação possível com as TICs. ClIque aqui

Dossiê

O desenvolvimento das tecnologias direcionadas à educação e sua relação com a evolução das práticas pedagógicas. A educação a distância e experiências práticas de aplicação das tecnologias

na área educacional. Clique aqui

Ambientes virtuais de ensino-aprendizagem e contextos de trabalho

Juliane Corrêa, professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais, coordenadora da cátedra da Unesco de EaD.Clique aqui

A TV digital e a integração das tecnologias na educação

José Manuel Moran, professor de Novas Tecnologias na Escola de Comunicações e Artes da USP.Clique aqui

Benchmarking

Experiência de sucesso com o uso das novas tecnologias da informação e comunicação na capacitação de servidores e magistrados do Tribunal de Justiça de Minas Gerais.Clique aqui

A tecnologia transforma a educação e desafia as leis

Omar Kaminski, advogado, diretor de Internet do Instituto Brasileiro de Direito da Informática.Clique aqui

E-learning na prática

Marcos Resende Vieira, especialista em e-learning, diretor da Associação Brasileira de Educação a Distância.Clique aqui

Os desafios do e-learning corporativo

Rosana de Fátima Dias, mestra em Engenharia de Produção, com ênfase em Tecnologia e Educação, pela UFSC. Analista de sistemas da Prodemge.Clique aqui

Na rede, sim, na educação, não

Carmem Maia, jornalista, doutora em Comunicação e Semiótica e pós-doutora em Educação. Professora visitante do London. Knowledge Lab. Clique aqui para copiar

Interação e conteúdo: dois grandes focos na implantação da EaD na Prodemge

Jeander Ferreira Leite, analista da Prodemge, especialista em Design de Interação pela PUC Minas; e Renata Moutinho Vilella, analista da Prodemge, mestre em Ciência da Informação pela UFMG, cursando especialização em Educação a Distância pela UnB.Clique aqui para copiar

Ambientes virtuais e objeto de aprendizagem como apoio às práticas colaborativas

Patricia Alejandra Behar, professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e coordenadora do Núcleo de Tecnologia Digital Aplicada à Educação (Nuted); e Alexandra Lorandi Macedo, doutoranda em Informática na Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e pesquisadora do Nuted.Clique aqui para copiar

Construindo redes colaborativas para a educação

Nelson De Luca Pretto, professor associado da Universidade Federal da Bahia, consultor ad hoc de várias revistas e instituições e conselheiro do Conselho Estadual de Cultura do Estado da Bahia; e Maria Helena Bonilla, professora-adjunta da Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia. Clique aqui para copiar

O uso do Second Life como ambiente virtual de aprendizagem

João Mattar, professor, autor dos livros Metodologia Científica na Era da Informática, ABC da EaD, e Second Life e Web 2.0 na Educação. Clique aqui para copiar

Notas sobre as razões pelas quais a escola parece coadjuvante entre as agências de letramento digital

Ana Elisa Ribeiro, doutora em Lingüística Aplicada, professora do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais.Clique aqui para copiar

Exigências para formação do professor na cibercultura

Marco Silva, professor-pesquisador do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Estácio de Sá (RJ). Professorpesquisador do Departamento de Educação a Distância da Faculdade de Educação da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj). Membro da Diretoria da Associação Brasileira de Pesquisadores em Cibercultura.

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Educação a Distância: ampliando o leque de possibilidades pedagógicas

José Armando Valente, professor da Unicamp, mestre e doutor pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), pesquisador do Núcleo de Informática Aplicada à Educação (Nied) da Unicamp.Clique aqui para copiar

Realidade virtual na educação e a Nave Mário Schenberg

Irene Karaguilla Ficheman, pesquisadora e gerente do Núcleo de Aprendizagem, Trabalho e Entretenimento do Laboratório de Sistemas Integráveis da USP; Marcelo Knörich Zuffo, professor titular do Departamento de Engenharia de Sistemas Eletrônicos da Escola Politécnica da USP; e Roseli de Deus Lopes, professora Livre-Docente do Departamento de Engenharia de Sistemas Eletrônicos da Escola Politécnica e diretora da Estação Ciência da USP.Clique aqui para copiar

Fim de Papo – Luís Carlos EirasO livro sob ataque. Clique aqui para copiar


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domingo, 22 de fevereiro de 2009

INICIACIÓN A LA LECTOESCRITURA. (em espanhol).

Venho postando ao longo do funcionamento deste Blog, vídeo-aulas e vídeo-conferências em espanhol ou outras línguas. Com isto estamos tentando dar significado a pluralidade cultural. Ao mesmo tempo que aprendemos uma disciplina.
Muito obrigado a você, por me acompanhar nesta caminhada.

videoconferencias
INICIACIÓN A LA LECTOESCRITURA (I BIMESTRE)


Universidad Técnica Particular de Loja
Carrera: Psicología
Materia: Iniciaciòn a la LectoEscritura
Bimestre: I Bimestre
Ponente: Lic. Tania Navas


videoconferencias
INICIACIÓN A LA LECTO-ESCRITURA (II BIMESTRE)


Univercidad Técnica Particular de Loja
Educación Infantil
Iniciación a la Lecto-Escritura
II Bimestre
Ponente (s): Lic Tania Navas
Proceso Lectoescritor
Lectura
Escritura
Métodos Enseñanza-Aprendizaje


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Especialistas indicam os rumos que a EAD pode tomar a partir do modelo de regulamentação adotado para o setor


Futuro incerto

Especialistas indicam os rumos que a EAD pode tomar a partir do modelo de regulamentação adotado para o setor. Conheça as tecnologias que determinarão os próximos passos da modalidade no país

Juliana Holanda

Há mais de três séculos, a Gazeta de Boston publicava em suas páginas um anúncio que vendia "material para ensino e tutoria por correspondência". Era o começo da educação a distância. No Brasil, o começo do ensino não presencial remonta à década de 30, quando o Ministério da Educação criou o Serviço de Radiodifusão Educativa. Passadas sete décadas, com um crescimento médio de 20% ao ano e a necessidade de incluir mais brasileiros na graduação, a modalidade vive um momento de questionamentos que podem definir o seu futuro: qual o nível de intervenção necessário para garantir sua qualidade? Que autonomia as instituições devem ter para criar novos métodos pedagógicos? É possível adotar um modelo unificado num país das dimensões do Brasil?

Essas perguntas começaram a ganhar relevância entre educadores e envolvidos com a educação a distância a partir do final de 2007, quando o Ministério da Educação definiu os instrumentos para credenciamento institucional, de polos e autorização de cursos na modalidade. Era o início da regulação do setor que, até então, não tinha instrumentos específicos. Passou-se a exigir uma infra-estrutura para cada polo presencial que inclui, entre outros itens, auditório, biblioteca e laboratórios especializados. No final do ano passado, o órgão anunciou o resultado do processo de supervisão iniciado no começo de 2008: mais de mil polos desativados. Agora, o MEC estuda novos critérios para a autorização de cursos.

O setor começa a se adaptar às regras, mas as consequências já são visíveis. As instituições que adotaram o modelo de ensino online foram as mais afetadas. A maioria refreou planos de expansão e concentra esforços em altos investimentos para agregar infra-estrutura aos polos presenciais, que antes eram usados prioritariamente para as avaliações dos alunos. É o momento de adequação ao modelo de educação a distância que está sendo desenhado no país.

A necessidade de avaliar o sistema é corroborada pelo setor. A Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed) se pronunciou a favor da necessidade de se estabalecer critérios para a garantia da qualidade. Mas a Associação é contra a adoção de um modelo pedagógico único para todo o Brasil e a diferenciação de regras. "Outros países não têm leis específicas para a EAD. A modalidade deveria ser incluída dentro do processo de educação da universidade", defende Frederic Litto, presidente da Abed.

As instituições que passaram pelo primeiro processo de supervisão do Ministério também apoiam a regulação. "Concordamos com a necessidade da avaliação não só no ensino a distância, mas na educação como um todo", diz Julian Rizo, diretor executivo da Eadcon. "A regulamentação é positiva porque não existia uma norma que definisse critérios claros", completa Elisabeth Bueno Lassranchi, reitora da Unopar, outra instituição supervisionada.

O temor, alegam os envolvidos, é que esse ajuste desconsidere diversidades. "O modelo brasileiro tem de ser plural, o das federais não serve para as demais, é oneroso. O aluno que paga mensalidade não quer, nem pode pagar mais", diz Beatriz Ribeiro, diretora da PUC Minas Virtual. Ela faz uma conta rápida: com a exigência de um tutor presencial por disciplina, no caso do curso de ciências contábeis da PUC, por exemplo, seria necessário contratar 48 tutores. A ida frequente dos alunos aos polos presenciais também é inviável para quem vive no interior, principal público da instituição, segundo Beatriz. "Há uma tensão entre a necessidade da comunidade que não tem acesso ao ensino e as exigências do MEC. Não é assim que se assegura qualidade", reflete.

Julian Rizo revela que a tendência do sistema Eadcon é encerrar a oferta de ensino em cidades com menos de mil habitantes, onde vivem cerca de 50% de seus alunos. O motivo é a dificuldade em se cumprir com todas as exigências para os polos presenciais em cidades pequenas. Segundo seus cálculos, o investimento em cada polo deve ser de R$ 350 mil, em média. Rizo prevê que o sistema Eadcon, que opera pela Faculdade Educacional da Lapa (Fael) e pela Fundação Universidade do Tocantins (Unitins), deve fechar de 500 a 600 centros de apoio. "Essa legislação vai provocar efeitos positivos e outros não tão positivos assim. Os investimentos em qualidade são benéficos. Mas a preocupação é com a queda na cobertura da educação a distância, se o modelo definido não conseguir chegar a cidades menores", diz.

Para Frederic Litto, essa pode ser a maior conseqüência para o país. "A educação a distância é a única forma de atingir a meta de incluir 30% dos jovens de 18 a 24 anos no ensino superior. Toda essa regulamentação vai diminuir as chances de alcançar o índice", prevê.

Por outro lado, o Ministério da Educação investe na Universidade Aberta do Brasil (UAB) como frente de batalha para a formação de professores e expansão do número de alunos. "Somos 100% a favor da UAB, mas uma universidade aberta significa não exigir vestibular para entrar, como é feito na Inglaterra", diz Litto.

O professor de economia da UnB e vice-presidente da Abed, Marcos Formiga, exemplifica: "As boas universidades abertas do mundo têm funil ao contrário. O acesso é livre, o difícil é sair porque ao longo do curso só fica quem se dedica".

De qualquer forma, educadores são otimistas com relação ao futuro do ensino a distância no Brasil. A expectativa é que a modalidade, que cresceu 54,8% de 2004 a 2007, passe por um período de adequação, mas continue a se expandir. "A educação a distância não é uma opção, é o futuro. Quem estiver fora da EAD nos próximos anos está fora da educação", analisa o pró-reitor de EAD da Metodista, Luciano Sathler. "Há uma mudança no perfil do aluno, no mercado e na maneira como a sociedade enxerga de que forma o conhecimento é disseminado. A EAD é a resposta para esses três níveis de mudança de paradigma", justifica.

Marcos Formiga acredita que a regulação do Ministério, inclusive, não deve afetar a modalidade, cuja inclinação é se disseminar fora da graduação. "A tendência mundial é ter o acréscimo do conhecimento e não a valorização do diploma por si. No mundo inteiro as profissões regulamentadas estão acabando, hoje a certificação é muito maior do que o diploma. É uma tendência que está chegando aqui."

Segundo dados do Anuário Abed de 2007, 972 mil alunos estão matriculados em instituições credenciadas, enquanto 582 mil frequentam um curso de educação corporativa. "A educação a distância nas empresas vai explodir", prevê Formiga.
Na análise de Litto, a educação a distância no Brasil continuará a ser dividida sob três tipos de economia. "Na agrícola continuarão a ser oferecidos os cursos por correspondência e por rádio. Na industrial, os telecursos e na informática, as aulas por internet", prevê.

Segundo os últimos dados disponíveis no Anuário Abed, 77% dos cursos a distância são realizados via material impresso, 62,9% por e-learning (internet), 45% por vídeo, 23,6% por televisão e 11,4% via satélite. A tecnologia que prevalecerá num futuro próximo ainda é uma aposta incerta. "Ninguém sabe como a internet e a telefonia móvel vão se integrar, mas sabemos que a conexão será toda via IP (Internet Protocol)", avalia Beatriz, da PUC Minas.

Aproximações com novas tecnologias começam a aparecer nesse cenário. A Universidade Metodista de São Paulo ensaia investimentos no mobile learning, que usa aparelhos móveis, como celulares, para fins educacionais, tendência na área de educação já percebida nos Estados Unidos. A instituição promoverá um encontro sobre o tema em março, com especialistas nacionais e internacionais sobre o tema.

Rizo diz que a Eadcon planeja para 2010 mudar a plataforma de projeção das aulas para o sistema digital signed, que divide o conteúdo em blocos e permite o envio de informações durante todo o dia. "Por essa tecnologia poderíamos oferecer internet via aérea para um aluno em qualquer lugar do Brasil", diz.

Seja qual for a tecnologia, os educadores são otimistas quanto à adequação das atuais medidas para as necessidades do país. Por ser o começo do processo é natural que ainda venham ajustes, defendem. "Indiscutivelmente vamos partir para a flexibilização, seja nesse ou no próximo governo", aposta Marcos Formiga.

Rizo, que diz estar em processo de entendimentos com o MEC, também aposta no tempo como melhor resposta para as questões atuais. "O processo de conversa do setor com o regulador no Brasil é devagar, mas todos os casos têm sido muito bem resolvidos. Acredito que a EAD é uma quebra de paradigma num setor muito conservador como o da educação. No final, vamos chegar a um consenso para o crescimento controlado com qualidade. Quem faz EAD tem de pensar o setor para os próximos dez anos", defende.

MEC estuda novos critérios para abertura de cursos

Marta Avancini

O Ministério da Educação está revendo os critérios para autorização dos cursos de graduação a distância. Ainda em estudo no órgão, as novas exigências, explica o secretário de Educação a Distância do MEC, Carlos Eduardo Bielschowsky, seguirão os parâmetros estabelecidos no processo de supervisão, realizado no final de 2008, e que resultou na assinatura de termos de saneamento com quatro instituições de ensino. "Estamos fazendo um ajuste no sistema, que cresceu rápido demais, dando origem a algumas distorções", afirma Bielschowsky.

Os termos foram assinados pela Universidade Estadual de Tocantins (Unitins), Faculdade Educacional da Lapa (Fael), no Paraná, ambas operadas pelo sistema Eadcon, Universidade do Norte do Paraná (Unopar), e Centro Universitário Leonardo da Vinci (Uniasselvi), de Santa Catarina.

As quatro instituições respondem por cerca de 257 mil alunos em um sistema que atende a 760,5 mil matriculados. Ao todo, existem no Brasil 109 instituições de ensino superior - entre particulares, comunitárias e públicas - que oferecem cursos de graduação a distância, segundo os dados do MEC.

Os problemas foram constatados nos chamados "centros de apoio" das instituições. De acordo com Bielschowsky, as instituições abriram centros de maneira indiscriminada e sem a autorização do MEC. "Elas tinham autorização para abrir polos, mas foram além e criaram os centros de apoio, que não são reconhecidos." O diretor executivo da Eadcon, Julian Rizo, que opera com cerca de mil centros de apoio, diz que antes não havia referencial de modelo a seguir, mas agora há um esforço para se adequar à nova regulamentação. "O MEC nos esclareceu que podemos continuar com essas operações até o final dos cursos. Os alunos atuais não serão afetados", diz Rizo.

A Unopar terá de reduzir o número de alunos: em 2009, somente poderá atender 35 mil estudantes, uma redução significativa, considerando que no ano passado a Unopar recebeu 50 mil novos alunos. Segundo a reitora da Unopar, Elisabeth Lassranchi, até outubro a instituição estará completamente adaptada. "Fizemos uma proposta para coordenação pedagógica em cada polo. Estamos comprando cinco mil computadores para cada polo e contratando e capacitando 357 tutores."


Veja também:
Mobilidade estudantil


- Prova dos nove
- Exemplo de paixão
- Acesso globalizado
- Mobilidade estudantil

+ MAIS NOTÍCIAS
- Prorrogado o prazo para inscrições da 61ª reunião da SBPC
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- Educação para o Pensar é tema de curso de especialização na PUC-SP
- Encerra dia 6 de fevereiro as inscrições para concurso público da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
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Fonte: http://revistaensinosuperior.uol.com.br/textos.asp?codigo=12332

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sábado, 21 de fevereiro de 2009

A historia dos blogs. E como fazê-lo


Como montar um Blog

Olá a você que vista este espaço, valeu obrigado. Esta postagem vai para meus amigos e amigas do curso de pedagogia da Unopar Virtual. Que estão no 7º módulo (unidade Campinas 2), esta turma é 10, valeu Silvia, Elson, Rosa, Nubia, Patricia, Rosana, Sandra, Suzana, Maria da Glória etc. Vocês são minha inspiração, para continuar estudando este último semestre.
Quero mandar um alô para profª Juliana Telles Faria Suzuki, que é pedagoga, especialista em Administração, Supervisão e Orientação Escolar e mestre em Tecnologias da Informação e Comunicação na formação em EaD. Obrigado professora esta disciplina e muito importante. (Tecnologias da Educação).



Para ver estes slides em tela cheia, clique no primeiro ícone inferior direito.

moisesandre O que e Blog

Video aula para a turma de pós graduação em Ensino de Ciências do CEFET Química. 2007.2

moisesandre Como criar um Blog


moisesandre Configurando o Blog


Unopar Virtual sou feliz aqui. Estou podendo sonhar, graças a esta ferramenta. O ensino presencial conectado.

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Elaborando a matriz curricular de forma coletiva (orientação escolar)


Elaborando a matriz curricular de forma coletiva

No início do ano letivo é comum o professor se sentir meio perdido em relação às reais necessidades dos alunos.

Questionamentos como: O que ensinar? De que forma ensinar? O que realmente crianças e jovens precisam ter conhecimento? são dúvidas corriqueiras do professor, bem como dos coordenadores pedagógicos, que podem ser esclarecidas com maior eficácia através da construção de uma matriz curricular, elaboração essa realizada coletivamente.

É fundamental que o professor exclua a idéia de que o currículo apresentado pela escola seja apenas uma lista de disciplinas e conteúdos a serem cumpridos, sendo construídos de forma aleatória sem fundamentação coerente.

Com o objetivo de esclarecer a importância e a forma ideal de elaborar a matriz curricular de uma escola, resultando na formação e organização de uma matriz que irá propiciar ao professor uma prática seletiva e proveitosa de determinada disciplina e seus respectivos conteúdos, seguem algumas orientações do que é necessário constar na elaboração da mesma:

• Inicialmente, é necessário ter como embasamento a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs).
• Apresentar fundamentação teórica;
• Histórico do ensino das disciplinas;
• Os objetivos de aprendizagem (especificando o ano e o objetivo em relação ao que ensinar);
• Os conteúdos que serão trabalhados no período para alcançar essas expectativas, justificando cada um deles.
• Orientações didáticas e referências bibliográficas preferencialmente seguidas de sugestões de atividades e leituras complementares.

É de suma importância que os profissionais pertencentes ao processo educativo, saibam o quanto essa experiência de construção da matriz curricular de forma coletiva se torna rica, porém, depois de construída, dever ser compreendida e adaptada de acordo com a realidade de cada escola.

Essa proposta, apesar de ser um processo demorado e complexo que exige muito de todos, já está sendo colocando em prática, proporcionando uma evolução significativa a nível profissional e, conseqüentemente, gerando resultados positivos no processo de ensino e aprendizagem dos alunos.

Por Elen Cristine Campos Caiado
Graduada em Fonoaudiologia e Pedagogia

Equipe Brasil Escola

Alguns videos relacionados.

avaunitins Didática e planejamento

O vídeo retrata pontos relevantes da didática e do planejamento escolar, como elementos importantes da ação educativa.

avaunitins Projeto Politico Pedagógico



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FLASH TOTAL SO AS PODEROSAS