quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Principais Regras de Ortografia


Principais Regras de Ortografia

"A competência para grafar corretamente as palavras está diretamente ligada ao contato íntimo com essas mesmas palavras. Isso significa que a freqüência do uso é que acaba trazendo a memorização da grafia correta. Além disso, deve-se criar o hábito de esclarecer as dúvidas com as necessárias consultas ao dicionário. Trata-se de um processo constante, que produz resultados a longo prazo."

(Pasquale Cipro Neto & Ulisses Infante, Gramática da Língua Portuguesa)

Orientações Gerais

1) Devemos empregar "ss" em todos os substantivos derivados de verbos terminados em "gredir", "mitir", "ceder" e "cutir".

Exemplos:

AGREDIR / AGRESSÃO REGREDIR / REGRESSÃO TRANSGREDIR / TRANSGRESSÃO
ADMITIR / ADMISSÃO OMITIR / OMISSÃO TRANSMITIR / TRANSMISSÃO
CEDER / CESSÃO EXCEDER / EXCESSO, EXCESSIVO DISCUTIR / DISCUSSÃO PERCUTIR / PERCUSSÃO REPERCUTIR / REPERCUSSÃO

2) Devemos empregar "s" em todos os substantivos derivados de verbos terminados em "ender", "verter" e "pelir".

Exemplos:

APREENDER / APREENSÃO ASCENDER / ASCENSÃO COMPREENDER / COMPREENSÃO PRETENDER / PRETENSÃO SUSPENDER / SUSPENSÃO VERTER / VERSÃO REVERTER / REVERSÃO CONVERTER / CONVERSÃO SUBVERTER / SUBVERSÃO
EXPELIR / EXPULSÃO REPELIR / REPULSÃO

3) Devemos empregar "ç" em todos os substantivos derivados dos verbos "TER" e "TORCER", mais seus derivados.

Exemplos:

ABSTER / ABSTENÇÃO ATER / ATENÇÃO DETER / DETENÇÃO MANTER / MANUTENÇÃO RETER / RETENÇÃO TORCER / TORÇÃO DISTORCER / DISTORÇÃO CONTORCER / CONTORÇÃO

EMPREGO DO S OU DO Z

1. Os sufixos "ês" e "esa" são empregados na formação de nomes que designam profissão, títulos honoríficos de posição social, assim como em palavras que indicam origem, nacionalidade.

Exemplos: burguês, camponês, marquês, português, japonês, francês, burguesa, camponesa, marquesa, princesa, portuguesa, japonesa, francesa etc.

2. São grafadas com o sufixo "isa" as palavras que indicam ocupações femininas: poetisa, profetisa, papisa, sacerdotisa.

3. Os sufixos "ez" e "eza" são empregados para formar nomes abstratos que derivam de adjetivos.

ADJETIVOS / DERIVADOS

estúpido / estupidez límpido / limpidez honra / honradez inválido / invalidez macio / maciez rígido / rigidez belo / beleza certo / certeza duro / dureza esperto / esperteza nobre / nobreza pobre / pobreza

4. Com "z", normalmente, são grafadas palavras derivadas de outras em que já existe o "z", e verbos terminados pelo sufixo "izar", em cujos radicais das palavras que lhes deram origem possuam ou não a letra z.

Exemplos: canalizar, finalizar, industrializar, organizar, utilizar, arborizar, dinamizar, regularizar, cicatrizar (cicatriz), envernizar (verniz), enraizar (raiz), deslizar (deslize) etc.

Observação: Os verbos terminados em "isar", com "s", têm apenas como sufixo as letras "ar", pois as letras "is", neste caso, fazem parte do radical da palavra que deu origem ao verbo.

Exemplos: análise / analisar, aviso / avisar , improviso / improvisar, pesquisa / pesquisar

EXCEÇÃO: Apesar de originar-se da palavra "catequese", que possui um "s" em seu radical, o verbo catequizar deve ser grafado com "z", pois a sílaba átona final de catequese foi suprimida para se inserir o sufixo "izar" na formação do verbo.

5. Grafam-se com "z" as palavras derivadas com os sufixos "zada, zal, zarrão, zeiro, zinho, zito, zona, zorra, zudo". O "z", neste caso, é um infixo.

Exemplos: pazada, cafezal, canzarrão, açaizeiro, papelzinho, cãozito, mãezona, mãozorra, pezudo etc.

Observação: Em palavras como "asinha, risinho, risada, casinha, caseiro, casebre", o "s" pertence ao radical dos vocábulos de origem (asa, riso, casa).

Observação: Os verbos terminados em "isar", com "s", têm apenas como sufixo as letras "ar", pois as letras "is", neste caso, fazem parte do radical da palavra que deu origem ao verbo.

Exemplos: análise / analisar, aviso / avisar , improviso / improvisar, pesquisa / pesquisar

EXCEÇÃO: Apesar de originar-se da palavra "catequese", que possui um "s" em seu radical, o verbo catequizar deve ser grafado com "z", pois a sílaba átona final de catequese foi suprimida para se inserir o sufixo "izar" na formação do verbo.

5. Grafam-se com "z" as palavras derivadas com os sufixos "zada, zal, zarrão, zeiro, zinho, zito, zona, zorra, zudo". O "z", neste caso, é um infixo.

Exemplos: pazada, cafezal, canzarrão, açaizeiro, papelzinho, cãozito, mãezona, mãozorra, pezudo etc.

Observação: Em palavras como "asinha, risinho, risada, casinha, caseiro, casebre", o "s" pertence ao radical dos vocábulos de origem (asa, riso, casa).

6. Também grafa-se com "s":

_ Após os ditongos;
Exemplos: lousa, coisa, causa, Neusa, ausência, Eusébio, náusea.

_ Nas formas dos verbos "pôr" (e derivados) e "querer";
Exemplos: pus, pusera, pusesse, puséssemos; repus, repusera, repusesse, repuséssemos; quis, quisera, quisesse, quiséssemos.

EMPREGO DO C E DO QU

Existem palavras que podemos escrever com "c" e também com "qu".
Exemplos: catorze / quatorze; cociente / quociente; cota / quota; cotidiano / quotidiano

Observação: As palavras a seguir, porém, possuem uma só grafia: "cinqüenta, cinqüentenário, cinqüentão, cinqüentona."

EMPREGO DO X E DO CH

Deve-se empregar o "x" após os ditongos (encontros vocálicos = vogal + semivogal em uma mesma sílaba).

Exemplos: ameixa, feixe, caixa, trouxa, frouxo, gueixa, peixe, peixada, queixo, queixada, eixo, baixo, encaixar, paixão, rebaixar etc.

EXCEÇÃO: recauchutar (mais seus derivados) e caucho (espécie de árvore que produz o látex).

Emprega-se também o x:

_ Após as sílabas "en" e "me";
Exemplos: enxada, enxurrada, enxame, enxaqueca, enxerido, enxovalho, enxugar, mexer, mexilhão, mexerico, mexerica, mexicano etc.

Observação: Palavras como "enchente, encharcar, enchiqueirar, enchapelar, enchumaçar", embora se iniciem pela sílaba "en", são grafadas com "ch", porque são palavras formadas por prefixação, ou seja, pelo prefixo en + o radical de palavras que tenham o ch (enchente, encher e seus derivados = prefixo en + radical de cheio)

EXCEÇÃO: Em relação à regra da sílaba "me", uma exceção é O SUBSTANTIVO "mecha"; não confundir com a forma verbal "mexa" do verbo mexer que deve ser grafada com x.

Nas palavras de origem indígena ou africana e nas palavras inglesas aportuguesadas.

Exemplos: xavante, xingar, xará, xerife, xampu.

Outras palavras com X: bexiga, bruxa, caxumba, laxativo, laxante, maxixe, muxoxo, quixotesco, rixa, xarope, xícara, xucro, xereta, capixaba, faxina, lixo, graxa, praxe, puxar, relaxar, roxo, xaxim, xenofobia.

Outras palavras com CH: charque, chicória, chimarrão, ficha, cochicho, cochichar, fantoche, flecha, inchar, pechincha, penacho, salsicha, broche, apetrecho, bochecha, brecha, chuchu, cachimbo, comichão, chope, chute, debochar, fachada, fechar, linchar, mochila, piche, pichar, tchau.

Existem vários casos de palavras homófonas, isto é, palavras que possuem a mesma pronúncia, mas a grafia diferente. Nelas a grafia se distingue pelo contraste entre o x e o ch.

Exemplos:

- brocha (pequeno prego) - broxa (pincel para caiação de paredes)
- chá (planta para preparo de bebida) - xá (título do antigo soberano do Irã)
- chalé (casa campestre de estilo suíço) - xale (cobertura para os ombros)
- chácara (propriedade rural) - xácara (narrativa popular em versos)
- cheque (ordem de pagamento) - xeque (jogada do xadrez)
- cocho (vasilha para alimentar animais) - coxo (capenga, imperfeito)
- tacha (mancha, defeito; pequeno prego); daí "tachar": colocar defeito ou nódoa em alguém ou em algo. - taxa (imposto, tributo); daí "taxar": cobrar impostos.

Adriana Cristina Mercuri Pinto
Graduada em Letras
Especialização em Lingüística Aplicada

Fonte: http://www.colegiosaofrancisco.com.br/alfa/morfologia/principais-regras-de-ortografia.php

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terça-feira, 18 de agosto de 2009

Botulismo


Bacteria Clostridium botulinum.

Botulismo é uma intoxicação alimentar específica, originada pela bactéria Clostridium botulinum, que resulta da ingestão e absorção, pela mucosa digestiva, de toxinas da mesma.

Uma vez absorvida pelo aparelho digestivo, a bactéria entra na corrente sanguínea atingindo o sistema nervoso e intervindo na comunicação entre as células nervosas, resultando em enfraquecimento das funções vitais, sendo umas destas a paralisia muscular.

É uma bactéria encontrada no solo, em produtos agrícolas, na água, no trato gastrointestinal dos animais.


Como citado anteriormente a intoxicação tem por característica um comprometimento severo do sistema nervoso e quando não tratada a tempo pode matar.

Esta bactéria se desenvolve em ambientes sem oxigênio, por esta razão é encontrada com facilidade em alimentos enlatados ou embalados a vácuo. Tampas estufadas pode ser indício da presença da bactéria.

Os sintomas desta intoxicação podem ser: aversão à luz, vômitos e secura na boca e garganta, dificuldade para engolir, paralisia respiratória, constipação intestinal, retenção de urina. São manifestados entre doze e trinta horas após a ingestão do alimento.

O diagnóstico pode ser obtido por meio dos sinais e sintomas, pela detecção e tipo da toxina no sangue e pelos testes complementares nos alimentos suspeitos.

O tratamento é realizado através do soro antibotulínico, este atua obstruindo a toxina que circula no sangue, impedindo-a de alojar no sistema nervoso.

O índice de botulismo por ano é registrado em cerca de 20 casos em adultos e 250 em crianças.

Por Patrícia Lopes
Equipe Brasil Escola

Doenças - Brasil Escola

Fonte: http://www.brasilescola.com/doencas/botulismo.htm

Orientação para profissionais da saúde sobre o Botilsmo. Sintomas, o papel do médico e conduta clínica recomendada.

Realizado pelo Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual de Saúde do Estado de São Paulo.

Gravado e produzido pela Conexão Médica em abril de 2003

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Para conhecer a nova turma


Língua Portuguesa

Alfabetização inicialPrática pedagógica

Edição Especial | 03/2009


Mesmo antes de saber ler e escrever convencionalmente, a criança elabora hipóteses sobre o sistema de escrita. Descobrir em qual nível cada uma está é um importante passo para os professores alfabetizadores levarem todas a aprender

Anderson Moço (novaescola@atleitor.com.br), reportagem sugerida pela leitora Ana Carla de Oliveira, São Paulo, SP.

MANTENHA O FOCO A sondagem deve ser individual, o que torna necessário propor ao resto da turma uma atividade que dispense ajuda. Foto: Marcos Rosa

Nos primeiros dias de aula, o professor alfabetizador tem uma tarefa imprescindível: descobrir o que cada aluno sabe sobre o sistema de escrita. É a chamada sondagem inicial (ou diagnóstico da turma), que permite identificar quais hipóteses sobre a língua escrita as crianças têm e com isso adequar o planejamento das aulas de acordo com as necessidades de aprendizagem. Ela permite uma avaliação e um acompanhamento dos avanços na aquisição da base alfabética e a definição das parcerias de trabalho entre os alunos. Além disso, representa um momento no qual as crianças têm a oportunidade de refletir, com a ajuda do professor, sobre aquilo que escrevem.

No Guia de Planejamento e Orientações Didáticas do programa Ler e Escrever, das secretarias estadual e municipal de Educação de São Paulo, a sondagem é descrita como uma atividade que envolve, num primeiro momento, a produção espontânea de uma lista de palavras sem apoio de outras fontes e pode ou não prever a escrita de algumas frases simples. Essa lista deve, necessariamente, ser lida pelo aluno assim que terminar de escrevê-la. O guia ressalta também que é por meio da leitura que o alfabetizador “pode observar se o aluno estabelece ou não relações entre aquilo que ele escreveu e aquilo que ele lê em voz alta, ou seja, entre a fala e a escrita”.

As pesquisas sobre a psicogênese da língua escrita, realizadas por Emilia Ferreiro e Ana Teberosky no fim dos anos 1970 e publicadas no Brasil em 1984, mostraram que as crianças constroem diferentes ideias sobre a escrita, resolvem problemas e elaboram conceituações. Aí entra o que pode ser considerado uma palavra, com quantas letras ela é escrita e em qual ordem as letras devem ser colocadas. “Essas hipóteses se desenvolvem quando a criança interage com o material escrito e com leitores e escritores que dão informações e interpretam esse material”, conta Regina Câmara, membro da equipe responsável pela elaboração do material do Programa Ler e Escrever e formadora de professores.

No livro Aprender a Ler e a Escrever, Ana Teberosky e Teresa Colomer ressaltam que as “hipóteses que as crianças desenvolvem constituem respostas a verdadeiros problemas conceituais, semelhantes aos que os seres humanos se colocaram ao longo da história da escrita”. E completa: o desenvolvimento “ocorre por reconstruções de conhecimentos anteriores, dando lugar a novas construções”. Diagnosticar o que os alunos sabem, quais hipóteses têm sobre a língua escrita e qual o caminho que vão percorrer até compreender o sistema e estar alfabetizados permite ao professor organizar intervenções adequadas à diversidade de saberes da turma. O desafio é propor atividades que não sejam tão fáceis a ponto de não darem nada a aprender, nem tão difíceis que se torne impossível para as crianças realizá-las.

As quatro hipóteses

Ferreiro e Teberosky observaram que, na tentativa de compreender o funcionamento da escrita, as crianças elaboram verdadeiras “teorias” explicativas que assim se desenvolvem: a pré-silábica, a silábica, a silábico-alfabética e a alfabética. São as chamadas hipóteses. As conclusões desse estudo são importantes do ponto de vista da prática pedagógica, pois revelam que os pequenos já começaram a pensar sobre a escrita antes mesmo de ingressar na escola e que não dependem da autorização do professor para iniciar esse processo. “Todos eles precisam de oportunidades para pôr em jogo o que sabem para se aproximar pouco a pouco desse objeto importante da cultura”, ressalta Regina.

Aqueles que não percebem a escrita ainda como uma representação do falado têm a hipótese pré-silábica. Ela se caracteriza em dois níveis. No primeiro, as crianças procuram diferenciar o desenho da escrita, identificando o que é possível ler. Já no segundo nível, elas constroem dois princípios organizadores básicos que vão acompanhá-las por algum tempo durante o processo de alfabetização: o de que é preciso uma quantidade mínima de letras para que alguma coisa esteja escrita (em torno de três) e o de que haja uma variedade interna de caracteres para que se possa ler. Para escrever, a criança utiliza letras aleatórias (geralmente presentes em seu próprio nome) e sem uma quantidade definida.

COMBINE ANTES É importante
que a criança saiba que ela pode
escrever da melhor forma que
conseguir, mesmo que não
convencionalmente.
Foto: Marcos Rosa

Quando a escrita representa uma relação de correspondência termo a termo entre a grafia e as partes do falado, a criança se encontra na hipótese silábica. O aluno começa a atribuir a cada parte do falado (a sílaba oral) uma grafia, ou seja, uma letra escrita.

Essa etapa também pode ser dividida em dois níveis: no primeiro, chamado silábico sem valor sonoro, ela representa cada sílaba por uma única letra qualquer, sem relação com os sons que ela representa. No segundo, o silábico com valor sonoro, há um avanço e cada sílaba é representada por uma vogal ou consoante que expressa o seu som correspondente.

A hipótese silábico-alfabética corresponde a um período de transição no qual a criança trabalha simultaneamente com duas hipóteses: a silábica e a alfabética. Ora ela escreve atribuindo a cada sílaba uma letra, ora representando as unidades sonoras menores, os fonemas. Quando a escrita representa cada fonema com uma letra, diz-se que a criança se encontra na hipótese alfabética. “Nesse estágio, os alunos ainda apresentam erros ortográficos, mas já conseguem entender a lógica do funcionamento do sistema de escrita alfabético”, explica Regina.

O professor deve realizar a primeira sondagem no início do período letivo e, depois, ao fim de cada bimestre, mantendo um registro criterioso do processo de evolução das hipóteses de escrita das crianças. Ao mesmo tempo, é fundamental uma observação cotidiana e atenta do percurso dos alunos. “A atividade de sondagem representa uma espécie de retrato do processo naquele momento. E como esse processo é dinâmico e na maioria das vezes evolui muito rapidamente, pode acontecer de, apenas alguns dias depois da sondagem, um ou vários alunos terem dado um salto”, ressalta Regina. “As sondagens bimestrais são importantes também por representarem dispositivos de acompanhamento das aprendizagens para os pais, bem como um retrato da qualidade do ensino para as redes, que podem ajustar seus programas de formação continuada de professores em regiões onde os resultados mostram que os estudantes não estão evoluindo da maneira desejada.”

Investigação individual

O melhor é que a atividade seja feita individualmente, com o professor chamando um aluno por vez, que deve tentar escrever algumas palavras e uma frase ditadas. Enquanto isso, o resto da turma precisa estar envolvido em uma atividade diversificada em que não seja necessária a ajuda do professor (a cópia de uma cantiga, a produção de um desenho, um jogo etc.). Essa é a estratégia usada por Eduardo Araújo, na EMEB Helena Zanfelici da Silva, em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. Alguns dias após o retorno às aulas, ele deixa as crianças envolvidas com jogos e brincadeiras sob a supervisão da estagiária que o acompanha em sala. Alfabetizador há mais de sete anos, Araújo sabe bem o valor da sondagem inicial. “Conhecendo a situação de cada aluno, consigo pensar melhor como será a rotina do bimestre e quais as intervenções devo fazer para ajudar os menos avançados a entender a lógica do sistema de escrita.”

ADOTE SINAIS Fazer luma marcação nos textos produzidos é útil para registrar como o aluno lê o que escreve e se ele se detém ou não em cada letra.
ADOTE SINAIS Fazer luma marcação
nos textos produzidos é útil para
registrar como o aluno lê o que
escreve e se ele se detém ou não
em cada letra.

O ditado deve ser iniciado por uma palavra polissílaba, seguida de uma trissílaba, de uma dissílaba e, por último, de uma monossílaba – sem que o professor, ao ditar, marque a separação das sílabas (leia no quadro abaixo como preparar a lista de palavras). Após a lista, é preciso ditar uma frase que envolva pelo menos uma das palavras já mencionadas, para poder observar se o aluno volta a escrevê-la de forma semelhante, ou seja, se a escrita da palavra permanece estável mesmo num contexto diferente.

No começo de 2008, a escola onde Araújo leciona passava por grande reforma. Aproveitando a curiosidade das crianças, ele resolveu trabalhar com uma lista de objetos usados na obra do prédio. As palavras ditadas foram ferramenta, martelo, ferro e pá. E a frase escolhida foi: usei a pá na reforma.

Lista bem feita

Na sondagem, a escolha certa das palavras e da frase (e da ordem em que elas serão ditadas) é essencial. “O ideal é preparar uma lista de termos de um mesmo campo semântico, ou seja, agregados por uma unidade de sentido, e uma frase adequada ao contexto desse grupo”, recomenda a formadora de professores Regina Câmara, do Programa Ler e Escrever. Deve-se evitar que as palavras tenham vogais repetidas em sílabas próximas, como ABACAXI, por exemplo, por causar um grande conflito para as crianças que estão entrando no Ensino Fundamental, cuja hipótese de escrita talvez faça com que creiam ser impossível escrever algo com duas ou mais letras iguais. Por exemplo: um aluno com hipótese silábica com valor sonoro convencional, que utiliza vogais, precisaria escrever AAAI. Os monossílabos ficam para o fim do ditado. Esse cuidado deve ser tomado porque, no caso de as crianças escreverem segundo a hipótese do número mínimo de letras, poderão se recusar a escrever se tiverem de começar por ele.

Observação e registro

Ficar atento às reações dos alunos enquanto escrevem também é fundamental. Anotar o que eles falam, sobretudo de forma espontânea, pode ajudar a perceber quais as ideias deles sobre o sistema de escrita. Na sondagem inicial feita com a lista de palavras relacionadas à reforma da escola, um aluno comentou com o professor Araújo:

– Ferro começa com “fe”, de Felipe, não é? E termina com “o”. Essa é fácil.

– Agora eu quero que você escreva “pá” – disse o professor.

O aluno parou um instante, tentou contar “as partes” da palavra com os dedos e ficou um pouco incomodado. Demorou bastante até se manifestar:

– Mas essa não dá para escrever. Fica só uma letra e isso não pode.

CRIE UMA TABELA O ideal é construir um quadro para anotar a evolução das hipóteses de cada estudante. Fotos Marcos Rosa
CRIE UMA TABELA O ideal é construir um quadro para anotar a evolução das hipóteses de cada estudante. Fotos Marcos Rosa

Com o comentário, o professor conseguiu perceber que a criança entrou em conflito, pois pensava que só se pode ler ou escrever palavras com três ou mais letras e, ao mesmo tempo, tinha construído a hipótese de que para cada emissão sonora uma letra basta.

Terminado o ditado, é imprescindível pedir que a criança leia o que escreveu. Por meio da interpretação dela sobre a própria escrita, durante a leitura, é que se pode observar se ela estabelece ou não relações entre o que escreveu e o que lê em voz alta – ou seja, entre o falado e o escrito – ou se lê aleatoriamente.

O professor pode anotar em uma folha à parte como ela faz a leitura, se aponta com o dedo cada uma das letras, se associa aquilo que fala à escrita etc. “Uma lista de palavras produzida pelo aluno, em situação de sondagem, sem a respectiva leitura, não permite analisar essa produção e identificar sua hipótese de escrita”, afirma Regina.

Se o aluno escreveu LGA para o ditado da palavra martelo e associou cada uma das sílabas dessa palavra a uma das letras, é necessário registrar abaixo a relação de cada letra com uma sílaba. Há duas maneiras de fazer esse registro, usando marcação com sinais que indique quais as associações feitas pela criança:

LGA
(mar) (te) (lo)
Ou ainda:
LGA
| | |

É possível que o aluno utilize muitas e variadas letras, sem que o critério de escolha desses caracteres tenha alguma relação com a palavra falada. Nesse caso, se ele ler sem se deter em cada uma das letras, é necessário anotar o sentido que ele usou nessa leitura.
LPIEMAN

Esse tipo de marcação é importante, pois permite observar com mais clareza a hipótese que a criança tem e, posteriormente, os avanços que ela obtém ao longo do ano.

Atividades diversificadas

REGISTRE TUDO A observação da produção de cada um ao longo do ano mostra com clareza como ele avançou.

Para que os alunos atinjam o objetivo previsto para o 1º ano – escrever alfabeticamente, ainda que com erros de ortografia –, o professor precisa acompanhar a evolução de todos, conhecendo os que demandam mais atenção, quantos têm hipóteses mais avançadas e os que estão alfabetizados. Esses últimos, particularmente, necessitam de outros conteúdos de ensino, como a ortografia.

O ideal é que seja construída uma tabela que contenha a evolução das hipóteses de cada um, comparando quanto evoluiu ao longo do ano. Com frequência, essa comparação traz agradáveis surpresas em relação aos que, apesar de não escreverem convencionalmente, realizaram avanços significativos em comparação com sua escrita do início do ano.

Com base nessa tabela, é possível também fazer uma análise crítica da rotina e das atividades que estão sendo contempladas. Será que todos interagem com outras fontes de texto e, nessa interação, refletem sobre a escrita e seu uso? Recebem informações de colegas mais experientes, que os ajudam a compreender o que está envolvido na leitura e na escrita? Têm a oportunidade de tentar ler por si mesmos? Contam com o apoio do professor, que oferece novas informações sobre a escrita e orienta seu olhar para os materiais escritos disponíveis na sala de aula, que podem ajudar no momento de decidir pelo uso de uma determinada letra? Encontram na escola um ambiente favorável à pesquisa, sendo encorajados a se arriscar e escrever segundo suas hipóteses?

É por meio das sondagens e da observação cuidadosa e constante das produções dos estudantes durante o ano que se pode saber em que momento se encontra cada um, se sua abordagem e rotina estão funcionando, qual a expectativa razoável de evolução para os que ainda se encontram em hipóteses mais primitivas e como ajustar o planejamento do trabalho para que, ao fim do ano letivo, todos estejam alfabetizados.

Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/alfabetizacao-inicial/conhecer-nova-turma-431205.shtml

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segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Palestra Sobre Hiperatividade - FESURV

IV JAC (Jornada Acadêmica de Análise do Comportamento) FESURV - Universidade de Rio Verde Palestra Sobre Hiperatividade 28 de Setembro de 2008 Palestrante: Ms. Penélope Ximenes Mestre em Educação pela UnB; Professora de Didática na UnB; Psicóloga pelo UniCEUB; Especialização em Infantil; Pedagoga pela UnB

Palestra Sobre Hiperatividade - FESURV - Parte 1


Palestra Sobre Hiperatividade - FESURV - Parte 2


Palestra Sobre Hiperatividade - FESURV - Parte 3


Palestra Sobre Hiperatividade - FESURV - Parte 4


Palestra Sobre Hiperatividade - FESURV - Parte 5


Fonte dos vídeos: http://www.youtube.com/user/viniciuscanico#play/uploads

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domingo, 16 de agosto de 2009

O TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO NAS SÉRIES INICIAIS

O TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO NAS SÉRIES INICIAIS


O TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO NAS SÉRIES INICIAIS UMA PROPOSTA DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES PARA O ENSINO DOS G...

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sábado, 15 de agosto de 2009

A origem da palavra vocação


A origem da palavra vocação

A origem da palavra “vocação”: ela vem do verbo latino “vocare”, que quer dizer “chamar”. A vocação é, portanto, um chamado. No âmbito religioso, a vocação é sempre um chamado de Deus para alguma coisa.

A pessoa chamada se sente impelida, atraída para aquilo a que justamente é chamada. É comum ouvir alguém que fez essa experiência da vocação dizer que o chamado é como se fosse uma voz que ressoa suave e insistentemente aos nossos ouvidos. É como uma idéia que insiste em permanecer, mesmo quando queremos descartá-la.

A pessoa do vocacionado se sente atraída para aquilo que considera belo, grandioso, importante e necessário que se faça. A vocação é sempre vista como algo que se pode fazer de útil para os outros, e que é, portanto, um serviço que se pode prestar aos outros.

É importante dizer que a vocação tem sempre essa dimensão da “alteridade”, é sempre “alter”, isto é, é sempre voltada para o outro. É um serviço, uma doação.

Para nós, cristãos, a vocação é enriquecida de um sentido profundo, que nos é dado pelo próprio Cristo.

Todo batizado é chamado a ser _ sempre e em todo lugar - “sal da terra e luz do mundo”. Essa incumbência de todo cristão já é, em si, uma vocação.

O cristão é sempre chamado a praticar o bem e a promover a justiça, afastando-se do mal. E tudo isso é uma vocação, é um chamado, é um imperativo ditado pela nossa adesão a Cristo.

O filósofo grego Aristóteles já dizia que o homem é, por natureza, um animal político. Por natureza vive em “koinonìa”, isto é, em comunidade. Vivendo em comunidade, nossas ações nunca são ações isoladas, elas repercutem em toda a comunidade. Assim é também em relação à nossa atividade profissional.

{ Os tipos de vocações

1. Leigo

Leigos são todos os cristãos, que como batizados têm a missão de anunciar Jesus Cristo: caminho, verdade e vida. São pessoas não consagradas que trabalham na construção do reino de Deus, isto é, de uma sociedade justa e mais fraterna, conforme o desejo de Jesus. Exercem ministérios diversos na comunidade, conforme os dons que Deus lhes deu. Esses serviços são: catequese, obras sociais, animação da liturgia, etc. O leigo representa a Igreja no coração do mundo, atuando assim nos mais diversos ambientes (escola, trabalho, família), com o testemunho de sua vida, sua palavra oportuna, sua ação concreta. Por outro lado, ele é o homem do mundo no coração da Igreja.

2. Religiosa

Os religiosos, ou religiosas, são pessoas que foram chamadas para seguir a Jesus dentro de uma congregação religiosa, consagrando-se a Ele através dos votos religiosos de pobreza, castidade e obediência, além de outros específicos de cada congregação. Através do voto o religioso faz uma oferenda de si mesmo a Deus. O fundamento evangélico da vida consagrada está na relação que Jesus estabeleceu com alguns de seus discípulos, convidando-os a colocarem sua existência a serviço do Reino, deixando tudo e imitando mais de perto a sua forma de vida. As congregações de religiosas ligadas à Ordem do Carmo têm como carisma a procura contínua de Deus, por meio da oração e do apostolado, com uma particular devoção a Maria, a Mãe de Deus.

3. Sacerdotal

O sacerdócio é uma forma de seguir o chamado de Deus exclusivamente para os homens. O padre é alguém tirado do meio do povo e consagrado por Deus para o serviço deste mesmo povo nas coisas que se referem a Deus. Ele é o grande mediador entre Deus e o povo. Seu papel é dar continuidade à missão de Jesus Cristo, Cabeça da Igreja. Além de celebrar a missa e ministrar os sacramentos (como o Batismo, a Confissão), cabe a ele fazer crescer o amor nas comunidades, nas famílias, no coração das pessoas. Existem 2 tipos de padres: os religiosos, que além de exercerem o ministério paroquial, assumem também o carisma de sua congregação; e os diocesanos, que não pertencem a nenhuma congregação religiosa, mas obedecem à diocese, na pessoa do Bispo.

4. Familiar

O casamento é um chamado cheio de amor que Deus faz a um homem e uma mulher para viverem juntos e constituírem família. São 2 filhos de Deus que Deus mesmo entrega um para o outro, para que um seja do outro e para o outro. Quando a família vive verdadeiramente o amor está correspondendo ao amor de Deus, está educando os filhos nesse amor e está dando exemplo de fidelidade a Deus e a seu projeto de amor. Essa fidelidade se dá através de uma vivência dos valores cristãos. Assim a família se torna espaço e ambiente ideal para que os filhos possam discernir o chamado de Jesus. O lar fica sendo um templo vivo de Deus e uma Igreja em miniatura. Sendo a 1ª educadora, é na família que nascem e crescem as vocações, e onde se forma a responsabilidade vocacional de todos.

{ A diferença entre profissão e vocação

A palavra “vocação” tem sua raiz latina em vox-vocis=voz: chamado, chamamento. Já a palavra “profissão” vem do latino profissione-professu=perito, ofício, declaração pública... Que relação existe entre vocação e profissão? As pessoas articulam estas duas realidades em suas opções de vida? Esta temática tem significado atual?
Creio que é de grande atualidade refletir sobre esta questão, principalmente numa época em que, paradoxalmente, ampliam-se as perspectivas de escolhas profissionais, enquanto aumenta o desemprego. Cresce o número de escolas, cursinhos e de candidatos e as vagas nas universidades, principalmente as públicas, se mantém inalteradas. E mais: numa situação em que muitos se questionam a que eles são chamados, vocacionados.
O primeiro problema a ser colocado é sobre a tendência a reduzir a
vocação a aptidão, facilidade, dom inato do indivíduo. Ela comporta este aspecto mas não pode se limitar a ele, pois senão condenaria a grande maioria das pessoas à frustração, ao perceberem que não foram contemplados com dons naturais, claramente identificáveis. Para compreendermos mais plenamente o sentido de vocação, é necessário buscar outra matriz, outro referencial que amplie o seu significado, articulando-a com a realidade profissional.
O homem é, primeiramente, chamado a ser feliz, felicidade que deve se expressar na história, na vida concreta, no dia-a-dia. Mas o que é ser feliz? Será que toda a busca de felicidade humana é esgotável na história? Será que o desejo humano aceita o limite que a própria vida lhe impõe?
Aqui, entra a dimensão do “SENTIDO DA VIDA”: Somos chamados a ter um sentido profundo para a vida. Para alguns, este sentido se expressa como sendo a felicidade aqui e agora, cujo objeto varia de pessoa a pessoa: o dinheiro, o prazer, torcer para um time, namorar, transar, trabalhar, ser solidário, amar e etc. Outros dizem que o sentido último, profundo da vida é Deus, que a vida não termina com a morte e por isto construir um mundo transformado, justo e fraterno é antecipar a transcendência da vida. Esta primeira dimensão da vocação, então, poderia ser chamada de abertura ao “SENTIDO DA VIDA”. Creio ser a dimensão mais fundamental.
A segunda dimensão seria a abertura ao OUTRO, a dimensão solidária. Não vivemos sozinhos. Somos fruto da dedicação de muitas pessoas. É na relação com o outro que construímos a sociedade, o cuidado com a coisa pública (a política), a amizade, o amor, a família... Esquecer esta dimensão é contribuir para a desumanização de nossas relações, realidade que preocupa a todos que sonham e lutam por uma sociedade fraterna. E ainda, não podemos deixar de dizer que, para os têm uma visão religiosa da vida, é na relação com o outro que podemos assumir a condição filhos de Deus, ou seja: somos chamados a ser IRMÃOS.
Há, também, uma terceira dimensão. Ela se dá na relação do homem com o MUNDO. É no mundo que o homem se faz e se transforma ao mesmo tempo em que o transforma, pelo trabalho, em “mundo humano” - a cultura: somos convocados, então, a ser GERENCIADORES DO MUNDO.
Dentro desta perspectiva que apresentamos, a profissão, maneira pela qual o homem exerce seu papel de transformador do mundo, assume um significado que pode se articular perfeitamente com a vocação transcendental do homem, (ABERTURA AO SENTIDO, AO OUTRO E AO MUNDO) superando a visão limitada de “conformação com as tendências inatas, dons” e etc. De outro modo, boa parte das pessoas amargariam o sofrimento de não se realizarem (NÃO DESCOBRIRAM SEUS DONS), ou então, não encontrariam sentido para realizarem tarefas árduas e exigentes, porém profundamente necessárias à qualidade de vida da sociedade. Nem todas as pessoas conseguem encontrar total integração entre sua profissão e sua aptidão. Seria desejável que todos pudessem fazer aquilo que gostam e que sonham, com prazer e, ao mesmo tempo, alcançassem condições econômicas, para uma vida de boa qualidade. Mas a realidade nem sempre possibilita a realização de tudo ao mesmo tempo.
É preciso, então, desvelar outro aspecto importante: não podemos deixar de perceber que a vocação e a escolha profissional têm uma dimensão cultural e histórica, fruto de grande contexto como o familiar, o social, o educacional, o político, o religioso, o econômico, dentre outros. É neste contexto que nos fazemos, somos gestados. A história, a história de vida de cada um nos coloca desafios, situações em que somos provocados a responder. A ação da liberdade e os condicionamentos das situações nos impõem a dura tarefa de escolher, optar. Se o critério é apenas a “satisfação garantida ou o seu dinheiro de volta”, ou “fazer o que o seu mestre mandar”, ou ainda “quem quer dinheiro”, muitas frustrações nos aguardam no mercado globalizado.
Há algum tempo perdemos um cidadão brasileiro, que foi exemplo desta visão integral da vocação que apresentamos: Betinho!. Ele sonhava ver “em vida...que o Brasil começou a mudar”, sonhador que desde jovem sentiu-se desafiado, chamado a construir sua vocação. Há muitos como ele: Francisco de Assis, Biraghi, Chico Mendes... Que eles sejam inspiração e exemplo para nós daquilo que Frost ensina e que a vida deles foi testemunho: “Duas estradas seguiam diferentes caminhos num bosque. Peguei a menos movimentada. Isso fez toda a diferença.” Que nos sintamos e nos façamos vocacionados, chamados a buscar SENTIDO, a nos abrir aos OUTROS e a transformar o MUNDO. Aqui estaria o significado mais pleno da articulação entre VOCAÇÃO E A PROFISSÃO.

Bibliografia

http://www.cade.com.br

http://www.crerser.com.br

http://www.fides.org/br

http://www.carmelitas.org.br

http://www.academia.org.br

Fonte: http://www.coladaweb.com/sociologia/vocacao.htm


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sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Especialização em Psicopedagogia Clínica e Educacional


Aos meus leitores, faço esta postagem em especial, a uma amiga que se formou ontem comigo no curso de pedagogia. Aí Silvia como prometido. Alias parabéns pedagoga do channel mais lindo de Jaguariúna.

Seu currículo precisa se destacar: faça Pós-graduação na UNINOVE.


Em um mercado de trabalho competitivo, que busca profissionais cada vez mais bem preparados, uma Pós-graduação se tornou indispensável. Além dos cursos tradicionais, da Pós em 6 meses e os oferecidos 100% a distância, a UNINOVE lança mais uma novidade: a entrega de certificações após a conclusão de cada módulo estudado. Além de aprimorar os conhecimentos específicos, as certificações potencializam a carreira do aluno.

Duração: 6 ou 12 meses

Turnos: Clique aqui para mais informações

Oferecido em:
Valor da Mensalidade: Confira aqui o valor do curso

Diretora de Pós-graduação: Profa. Mestre Marta Fanchin

Coordenador:
Prof. Denys Munhoz Marsiglia





O curso de Especialização em Psicopedagogia Clínica e Educacional forma profissionais capazes de identificar os vários fatores que interferem no processo de ensino e de aprendizagem, em diferentes fases do desenvolvimento humano. O curso possui foco em uma atuação voltada à área clínica e à sua articulação com a escola. A prevenção e superação de obstáculos diversos nesse processo são analisadas por meio dos fundamentos da Psicopedagogia, permitindo aos profissionais desenvolverem uma visão crítica dos temas.

O curso é oferecido na modalidade da Educação Presencial-interativa (EPI), na qual os alunos cursam uma parte das disciplinas em aulas a distância (EAD) e outra parte em aulas presenciais. A sua carga horária é de 400 horas, incluindo o desenvolvimento de monografia.
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O curso de Especialização em Psicopedagogia Clínica e Educacional da UNINOVE é voltado principalmente à atuação clínica, mas mostra-se também articulado com questões escolares de maneira geral, apresentando uma grade curricular inovadora, sustentada por um corpo docente composto por professores gabaritados e com grandes bagagens teórica e prática.



Para psicólogos, pedagogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, educadores e outros profissionais de áreas afins que tenham formação superior e interesse no objeto de estudo.

Psicopedagogia Clínica e Educacional
Semi-Presencial de 6 meses
Santo Amaro, Memorial

6 Parcelas 9 Parcelas 12 Parcelas
Mercado 332 240 195
Ex-aluno 299 216 176
Semi-Presencial de 12 meses
Santo Amaro, Memorial

12 Parcelas 15 Parcelas 18 Parcelas
Mercado 216 187 170
Ex-aluno 194 169 153
Mensalidades válidas para o 1º e 2º semestre de 2009, para o pagamento da mensalidade no 5º dia do mês de vencimento. Confira o Regulamento.

Os valores indicados na tabela acima não são os valores integrais, mas sim os valores para pagamento no 5º dia do mês, ou seja, já com os descontos supra-mencionados.



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segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Pragmatismo: Uma filosofia para a vida

Pragmatismo: Uma filosofia para a vida

José Renato Salatiel*
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação

Quem já teve aquela sensação de, ao ler um livro de filosofia ou ouvir um político discursando, se perguntar: "mas o que isso quer dizer?" Por que as crianças aprendem menos com sermões do que imitando as ações dos pais? E por que é tão importante revermos nossas crenças a respeito do que acreditamos ser verdade? Se tudo o que nos interessa é o que afeta nossas vidas, é neste tribunal do cotidiano que o método pragmatista vai julgar e depurar a filosofia.

O pragmatismo, desenvolvido no século 19 por um grupo de filósofos norte-americanos em Cambridge, Massachusetts, é uma corrente da filosofia muito estudada até hoje em diversos países, incluindo o Brasil. Talvez o correto seria falar em pragmatismos, no plural, dadas as nuances com que diferentes autores trataram o termo, desde os clássicos (Charles S. Peirce, William James, John Dewey e Ferdinand Schiller) até os contemporâneos (Lewis, Quine, Putnam, Davidson e Richard Rorty, entre outros).

Em sua formulação original, feita por Charles Sanders Peirce (1839-1914) em 1877-78 e reformulada em 1905, o pragmatismo é um método filosófico cuja máxima sustenta que o significado de um conceito (uma palavra, uma frase, um texto ou um discurso) consiste nas conseqüências práticas concebíveis de sua aplicação.

Conceito e experiência

Isto quer dizer que uma afirmação que não tenha qualquer relação com a experiência é desprovida de sentido. Por conta disso, o pragmatismo presta contas ao filósofo alemão Immanuel Kant (1724-1804), que dizia (na "Crítica da Razão Pura") que, se por um lado toda experiência sem a forma do conceito é cega, o conceito sem o conteúdo da experiência é vazio.

Por exemplo, se eu digo "Pedro é honesto", isso só terá sentido se for possível, observando o comportamento futuro de Pedro, comprovar a honestidade por meio das atitudes de Pedro. Caso contrário, o máximo que poderíamos dizer é que "Pedro tem sido honesto (até hoje)". Mas o que nos interessa é o futuro, sobre o qual podemos deliberar. Deste modo, a crença que temos a respeito da honestidade de Pedro deve se fundamentar em fatos possíveis de serem observados.

E é por esta razão que só podemos conhecer realmente uma pessoa, amigo, parente ou amante no curso do tempo e por intermédio de suas ações.

Crianças e políticos

As crianças são, de certo modo, pragmatistas. Elas só aprendem investigando atentamente o que os pais fazem no dia-a-dia. Não adianta falar para uma criança que jogar papel na rua é errado se o pai atira o maço de cigarros vazio pela janela do carro. Haverá um desacordo entre teoria e prática que irá deslegitimar o discurso paterno.

Com o tempo, porém, nos tornamos menos atentos a isso e ficamos deslumbrados com programas ideológicos e doutrinas vazias de significado.

Promessas de campanha e compromissos éticos de políticos deveriam passar pelo mesmo crivo. Só terão algum significado quando confrontados com seus efeitos práticos concebíveis, isto é, caso haja dinheiro em caixa que torne possível a concretização das promessas e caso o governo tenha transparência suficiente para por à prova sua postura ética.

Assim, o pragmatismo, conforme concebido originalmente por Peirce, tem o propósito de fornecer uma diretriz ao pensamento, evitando que a razão, em seus altos vôos rumo ao abstrato, se desvencilhe de seu objeto: a realidade, a vida. O método pragmatista, desta forma, se contrapõe às metafísicas de caráter dogmático e propõe que o raciocínio seja guiado por métodos semelhantes aos da ciência, que incluem a observação dos fenômenos, a formulação de hipóteses, os testes práticos e a revisão de teorias. É por isso que o pragmatismo estranha qualquer idéia de verdade e certeza inatas ou absolutas.

Verdades provisórias

Opondo-se a René Descartes (1596-1650), que concebia o homem como dotado de idéias claras e distintas, para Peirce não temos nenhuma segurança de que nossas representações da realidade estão corretas. O máximo que podemos dizer é que funcionam e que, a longo prazo, nos aproximamos mais da verdade, na medida em que confrontamos a teoria com o objeto.

É o que Peirce chamava de doutrina do falibilismo. É impossível saber se atingimos a verdade última a respeito de algo. Contamos apenas com um conhecimento provisório e falível. Por exemplo, a visão do homem a respeito do universo se modificou ao longo dos séculos, nos quais os instrumentos técnicos foram aperfeiçoados e o gênio matemático, testado. De Copérnico, Galileu, Kepler, Newton e Einstein, sabemos muito mais hoje sobre o universo do que os antigos povos da Grécia, China e Mesopotâmia, mas nada nos garante que tenhamos chegado a uma incompatibilidade insuperável entre a teoria da Relatividade e a mecânica quântica, que descrevem, respectivamente, o macro e o microcosmo.

E também é assim com nossos valores. Afinal, não somos obrigados a reavaliar todos nossos parâmetros culturais em face das mudanças tecnológicas e o fenômeno da globalização?

O falibilismo, portanto, é uma condição de humildade intelectual, que nos obriga a uma aprendizagem constante e evita que nos enclausuremos em crenças e verdades últimas. Como o pragmatismo sugere, é necessário contrapor aos conceitos o objeto real para construir significados, caso contrário, corre-se o risco de naufrágio em um redemoinho de palavras sem qualquer âncora na terra firme da experiência.

Filosofia sem concessões

E qual garantia o pragmatismo nos dá de que aprendemos com os erros, de que iremos atingir a verdade ou, quem sabe, a segurança de uma certeza qualquer? Para Peirce, nenhuma. Só podemos ter esperança de que, com uma boa educação, nossos filhos serão melhores. Do mesmo modo, aprendemos a duras custas que não existem soluções prontas para a democracia no Brasil. Ela se faz de maneira conjunta e cotidiana.

O que valida uma crença, segundo o pragmatismo clássico, não são seus ornamentos argumentativos ou o conforto que nos traz ao tornar aprazível e suportável a realidade. Mas sim, seus efeitos práticos concebíveis e a experiência futura, que irá confirmá-la ou não. Ao nos devolver teimosamente à mesma realidade, por vezes tediosa e angustiante, da qual tentamos escapar por meio de filosofias baratas, dogmas e auto-ajuda, o pragmatismo só pode oferecer em troca uma existência mais criativa, num oceano de possibilidades.

Saiba mais


  • DE WAAL, Cornelis. (2007). Sobre Pragmatismo. São Paulo: Edições Loyola.
  • HAACK, Susan. (2007). "Pragmatismo". Em: Compêndio de Filosofia. 2ª ed. São Paulo: Edições Loyola.
  • IBRI, Ivo Assad. (1992). Kósmos Noētós: a arquitetura metafísica de Charles S. Peirce. São Paulo: Perspectiva/ Hólon.
Veja alguns vídeos

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Filosofia: Pragmatismo


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Filosofia: Pragmatismo


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domingo, 9 de agosto de 2009

O reizinho da casa. Sugestão de leitura do editor do blog.


Olá, a você que visita e acompanha este singelo blog. Gostaria de deixar com vocês uma sugestão de leitura. Principalmente você que é pedagogo/a, professore/a, e licenciados em geral.

O Reizinho da Casa
, terceira obra do Dr. Gustavo Teixeira, ratifica a grande habilidade do autor em expressar, de forma suave e fácil de entender, um assunto tão difícil e complicado como o transtorno desafiador opositivo.

Sumário:

Introdução

1. Transtorno Desafiador Opositivo

2. Quais são as Causas?

3. Transtornos Associados

4. Tratamento

5. Transtorno de Conduta

6. Transtorno de Personalidade Anti-social

7. Skinner e as Técnicas Comportamentais

8. Guia para os Pais

9. Sites na Internet

Amigo Leitor

Apêndice I

Apêndice II

Apêndice III

Apêndice IV

Bibliografia


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terça-feira, 4 de agosto de 2009

Palavra do Dia: CARRASCO.

CARRASCO

Em nota publicada no início de agosto em seu portal na internet, logo após sua demissão pela escuderia em que corria na Fórmula 1, o piloto Nélson Ângelo Piquet escreveu, referindo-se a seu chefe na equipe: “Um manager deve encorajar, apoiar e fornecer oportunidades. No meu caso foi o contrário, Flávio Briatore foi o meu carrasco"

A palavra “carrasco” é um substantivo masculino que, no texto acima, foi utilizada no sentido figurado, para designar uma pessoa malvada, cruel. A origem do termo vem do nome de Belchior Nunes Carrasco, que teria desempenhado a função de executor de penas de morte em Lisboa por volta do século XV.


>> Definição do “iDicionário Aulete”:

substantivo masculino.

1. Aquele que executa a pena de morte; ALGOZ; VERDUGO

2. Fig. Indivíduo cruel e desumano: "(...) o pai desnaturado, carrasco da família antes de sê-lo da sociedade e de si próprio." (Franklin Távora, O cabeleira))

3. Pop. Aquele que é dado a disciplinar, a impor regras e condutas, e a punir a indisciplina de forma enérgica, tirânica e rude

[Formação: Do antr. (Belchior Nunes) Carrasco, algoz que teria vivido em Lisboa por volta do séc. XV.]

...

iDicionário Aulete: O primeiro dicionário livre, gratuito e interativo do Brasil. A palavra é sua!

www.aulete.com.br

Você pode encontrar a "Palavra do dia" também pelo Twitter do Aulete: www.twitter.com/aulete

Gostaria de sugerir uma palavra? Envie um e-mail para sugestao@palavradodia.com.br
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A Palavra do Dia é um serviço oferecido gratuitamente aos usuários cadastrados do Aulete Digital.







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