quinta-feira, 19 de maio de 2011

Filosofia oriental

Filosofia oriental

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Gravura de Confúcio o fundador do confucionismo muito difundido entre países asiáticos.
A filosofia oriental é filosofia que foi desenvolvida de uma forma geral nos países da Ásia oriental, Oriente Médio e regiões. Ou seja, Índia, Irã (Pérsia), China, Japão, e Coreia. Muitos filósofos (logicamente os filósofos ocidentais) preferem chamar de "Pensamento Oriental", já que o termo "filosofia" surgiu na Grécia e se restringiria ao pensamento filosófico que se desdobrou dali (no Ocidente).

Argumentos contra a designação de "filosofia oriental"

Muitos tem argumentado contra a distinção entre filosofia oriental e ocidental pois tal distinção seria arbitrária e puramente geográfica e até mesmo eurocêntrica. Ela abrange três tradições filosóficas quais sejam a indiana, a chinesa e a persa que são distintas entre si assim como entre a chamada filosofia ocidental.
Outro argumento é que esta distinção dicotômica seja simplista ao ponto de estar inacurada. Além do que não leva em conta a enorme quantidade de interações ocorridas no interior da tradição filosófica euroasiática.

Percepção de Deus e dos Deuses

Por conta da influência do monoteísmo das religiões Abrahamicas a filosofia oriental tem sido mostrada essecialmente com a questão da natureza do Deus e sua relação com o Universo.

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Seicho-No-Ie

Seicho-No-Ie

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Símbolo Oficial da Seicho-No-Ie
Seicho-No-Ie (生長の家 em japonês)(Lar do Progredir Infinito, numa tradução livre) é uma filosofia/religião de origem japonesa. Monoteísta, enfatiza o não sectarismo religioso, as práticas de gratidão à família e a Deus, e o poder da palavra positiva que influencia na formação de um destino feliz.

História

Surgiu em 1º de março de 1930 como revista de Cultura Moral 生長の家, cresceu no pós-guerra no Japão, sofreu perseguição militar[1] e foi transformada em religião. Nesta época, a sociedade japonesa viu desmoronar a religião oficial do Estado, baseada na crença na divindade do imperador e uma das bases da ideologia militarista. Nesse vácuo ideológico e espiritual surgiram ou cresceram inúmeras seitas e religiões, entre elas a Perfect Liberty, a Igreja Messiânica Mundial (Johrei) e a Seicho-No-Ie. Esta última contribuiu para a revitalização da religiosidade, incentivando seus adeptos à prática de suas religiões de origem.
A Seicho-No-Ie foi fundada por Masaharu Taniguchi (1893–1985) e se mundializa a partir da II Guerra Mundial. Seu conjunto doutrinário incorpora elementos do cristianismo, do budismo e do xintoísmo - três grandes religiões presentes no Japão, representadas no seu símbolo oficial respectivamente pela cruz verde no centro, pela "suástica" branca intermediária (Lua) e pelo círculo vermelho externo com suas 32 flechas (Sol).
Argumenta-se que a Seicho-no-Ie, na contramão de suas consortes, estava em sintonia com a ideologia do nacionalismo oficial japonês. A professora Leila Marach Albuquerque afirma que a Seicho-no-Ie foi elaborada à luz da ideologia familista do Império japonês (ALBUQUERQUE, 1999, p. 32). Pela grande população de imigrantes japoneses, as novas religiões chegaram quase que simultaneamente ao Brasil. Em pouco tempo conseguiram grande número de adeptos, não só entre os descendentes de japoneses mas entre toda a população em geral.
A Seicho-No-Ie em particular conseguiu grande número de adeptos. Entre os instrumentos de disseminação de sua crença, a revista Acendedor e o Preceitos Diários (calendário com mensagens) se tornaram bastante populares nas grandes cidades brasileiras, principalmente nas décadas de 60 e 70 do século XX.
Atualmente (2006), a Seicho-No-Ie conta com divulgação por meio de publicações como as revistas Fonte de Luz, Pomba Branca, Mundo Ideal e Querubim, além do jornal Círculo de Harmonia, programas de TV, rádio e website.
Sua origem cerimonial está ligada, principalmente, ao Xintoísmo, sendo também seus rituais o batismo, casamento e culto aos antepassados, do qual é talvez o melhor representante fora do Japão. Vale ressaltar que na Seicho-No-Ie há muita liberdade de adaptação de cerimonias ligadas à cultura local. Diferentemente de muitas religiões tradicionais, onde a conduta dos adeptos é condicionada pelo medo, Nakajima (apud TANIGUCHI (2005) p. 7) explica que A Seicho-no-iê rejeita o "tem de ser assim", isto é considera que nada deve ser forçado e ensina a viver naturalmente a vida como ela é. Ensinamentos como "O ser humano é filho de Deus", "O mundo fenomênico é projeção da mente" e "Grande harmonia" são interpretados de várias maneiras, em conformidade com pessoa, tempo e lugar[2].
A partir da década de 90 a Seicho-No-Ie lança oficialmente uma nova bandeira, o "Movimento Internacional de Paz pela Fé" (Internacional Peace by Faith) que tem como objetivo, através da fé em Deus único e universal, despertar a paz em cada pessoa e, assim, concretizá-la no mundo.
O conjunto doutrinário da Seicho-no-Ie reúne tradições xintoístas, cristãs, budistas, dentre outras. Predomina, a exemplo da outras Novas Religiões Japonesas, elementos da religiosidade nipônica, que valoriza todas as formas de vida, preza pelo respeito ao próximo, gratidão aos pais e cultua os ancestrais.

Principais Ensinamentos da Seicho-No-Ie

A Verdade essencial da Seicho-No-Ie é: "O Homem é Filho de Deus" e, sendo assim, é herdeiro de todas as dádivas dele. Basta apenas que se conscientize disso para manifestar no mundo fenomênico (mundo material) a sua perfeição.
Para isso, há várias práticas adotadas pelos praticantes da Seicho-No-Ie, sendo as mais importantes:
  • Prática da Meditação Shinsokan (que, numa tradução livre, significa "ver e contemplar Deus").
  • Leitura de Sutras Sagradas e palavras da Verdade;
  • Prática de atos de amor e caridade;
A Seicho-No-Ie também estuda as "leis mentais", das quais se destaca a lei "Os semelhantes se atraem" (Lei da Atração).
Normas Fundamentais dos Praticantes da Seicho-No-Ie:
  • 1ª) Agradecer a todas as coisas do Universo;
  • 2ª) Conservar sempre o sentimento natural;
  • 3ª) Manifestar o amor em todos os atos;
  • 4ª) Ser atencioso para com todas as pessoas, coisas e fatos;
  • 5ª) Ver sempre a parte positiva das pessoas, coisas e fatos, e nunca as suas partes negativas;
  • 6ª) Anular totalmente o ego;
  • 7ª) Fazer da vida humana uma vida divina e avançar crendo sempre na vitória infalível;
  • 8ª) Iluminar a mente, praticando a Meditação Shinsokan todos os dias sem falta.

Doutrina

A Doutrina da Seicho-no-iê é alicerçada nas escrituras de Masaharu Taniguchi, sendo as mais importantes entre os adeptos, a "Sutra Sagrada Chuva de Néctar da Verdade" (Seikyo Kanro-no-Hou) e a Coleção "A Verdade da Vida" (Seimei no Jissô), composta por 40 volumes, que sintetiza as pregações de Taniguchi. Estas obras são publicadas no Japão pela Nippon Kyobunsha Co. Ltd. e, no Brasil, pela Seicho-no-iê do Brasil.
  • Verdade Vertical: Só Deus e o que Ele cria existem verdadeiramente, ou seja, não tem início nem fim, é eterno, infinito (Ele é o Bem, o Criador, a Verdade, Jissô (Imagem Verdadeira), etc.). Como o homem (na sua essência espiritual) também é criação de Deus, ele possui a mesma natureza infinita de Deus. Daí vem a principal convicção do adepto da Seicho-No-Ie: "O Homem é Filho de Deus".
  • Verdade Horizontal: O mundo fenomênico é projeção da mente humana; o mal não existe, ou seja, tem início e fim, é efêmero, não é eterno, é finito (ele é apenas criação da mente humana). Da mesma forma, a doença, a morte, o envelhecimento e os pecados também não existem porque são derivações desse mesmo mal (ilusões da mente humana); Todas as coisas perceptíveis aos cinco sentidos e também ao sexto sentido não são existências reais porque não têm a mesma natureza perfeita de Deus. Elas são, portanto, projeções da mente humana (ilusão) que constitui a causa dos sofrimentos humanos[3].
  • JISSÔ: A realidade absoluta, transcendental, o ser verdadeiro, absoluto, eterno e perfeito, constituído de Idéia de Deus; a Essência do ser.

Número de membros no Brasil

Segundo o departamento de comunicação da Seicho-No-Ie, em São Paulo, a doutrina conta com cerca de 3,5 milhões de membros no Brasil, além de um número incalculável em mais de 40 países no mundo todo. A doutrina encontra-se ramificada por todos os estados da Federação, além do Distrito Federal, onde possui um templo em estilo japonês.
No site oficial da organização estão cadastrados 1.400 (mil e quatrocentos) locais de culto. Mas como algumas regionais estaduais não cadastram todos os locais de culto, esse número pode ultrapassar os 6.000 (seis mil).

Seicho-No-Ie em Angola

Aguardando informações;

Seicho-No-Ie em Portugal

Aguardando informações;

Referências

  1. TOKUHISA, Katsumi. Conforme a Atitude mental - Vol. 1. São Paulo: Seicho-no-ie do Brasil, 1991. ISBN 978-85-7156-310-0
  2. TANIGUCHI, Masaharu. O que é a Seicho-no-Iê. São Paulo: Seicho-no-ie do Brasil, 1995. ISBN 978-85-7156-316-2
  3. TANIGUCHI, Massaharu. Sutra Sagrada - Chuva de Néctar da Verdade. 42. ed. São Paulo: Seicho-no-ie do Brasil, 2008. ISBN 978-85-7156-381-0

Ligações externas



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terça-feira, 17 de maio de 2011

Censo mostra que aluno brasileiro ficou mais pobre



Quem somos nós?

Censo mostra que aluno brasileiro ficou mais pobre, mais velho e mais exigente na última década. Para esses estudantes alguns fatores são decisivos na hora de optar por uma graduação, e por isso devem ser conhecidos pelas instituições particulares

Felipe Falleti
Existem mais de 3,5 milhões de jovens pertencentes a famílias das classes C e D na faculdade. Esse grupo representa mais da metade dos estudantes brasileiros, que somam 5,9 milhões
Após uma grande expansão do ensino superior, iniciada nos anos de 1990, a taxa de crescimento de matrículas vem caindo gradualmente desde o final da década passada. A ampliação, que permitiu a inclusão de um número expressivo de jovens das classes C e D, hoje já não garante a manutenção das salas de aula cheias. As instituições agora devem lançar mão de outras estratégias que possibilitem continuar agregando cada vez mais alunos às fileiras da graduação.

Especialistas afirmam que o crescimento das matrículas foi sustentado, nos últimos anos, pelas faculdades privadas que apostaram em políticas de preços populares aliadas à boa localização, como proximidade de metrôs e estações de ônibus. Porém, o público-alvo dessa ação começou a se esgotar. "O movimento de inclusão das classes C e D já aconteceu. Agora, a disputa entre as instituições vai acontecer em outro nível", analisa o pesquisador Eugênio Machado Cordeiro, da Corus Educação. Ele lembra que hoje em dia, com faculdades que cobram até R$ 250 de mensalidade, praticamente todo mundo que trabalha tem a possibilidade de fazer um curso universitário.

De fato, números do instituto Data Popular indicam que a inclusão das classes C e D na universidade já chegou perto de seu limite. Em 2002, por exemplo, estas duas classes sociais representavam 44% do total de alunos nas faculdades brasileiras. Atualmente, elas representam mais de 73% dos estudantes universitários no país.

Na avaliação de Márcio Falcão, executivo do instituto Data Popular, há uma mudança de comportamento das classes populares na procura por cursos superiores. Ele afirma que é crescente o desejo entre os jovens das classes C e D, maior parte do corpo discente nas instituições hoje, por carreiras técnicas e cursos de tecnólogo, que exigem um investimento bem menor e oferecem uma perspectiva de retorno mais rápido. "Hoje em dia os estudantes tendem a preferir cursos tecnológicos aos de licenciatura, por exemplo, pois ao invés de aguardar quatro anos por um diploma, podem tê-lo em dois e já faturar reajustes em sua renda", analisa.

A opinião de Falcão é compartilhada pelo consultor Eugênio Cordeiro. Ele acrescenta que é preciso levar em conta que para as famílias das classes populares o valor da mensalidade de uma faculdade tem enorme peso no orçamento doméstico. Para Cordeiro, o momento é de demonstrar ao jovem que tipo de retorno ele pode obter com esse investimento e oferecer alternativas de ensino que permitam rápida ascensão social.

Para ambos os especialistas, esse comportamento "pragmático" das classes populares revela um caminho a ser seguido pelas instituições superiores. "Quem se preparar para atender à essa nova demanda deverá ter mais sucesso em melhorar sua taxa de matrícula e frequência na sala de aula", sugere Márcio Falcão.

Retorno anunciado
Nesse sentido, a recomendação dos especialistas é oferecer uma grade de cursos nas instituições privadas voltada para as necessidades do mercado de trabalho. "No Brasil, ainda existe uma grande distância entre o que oferecem as faculdades e o que o mercado necessita. Isso ocorre ao ponto de haver de um lado um apagão de mão de obra qualificada, em que sobram vagas não preenchidas no mercado, e do outro lado uma multidão de jovens recém-formados que não conseguem encontrar um emprego para si", avalia Falcão.

No Censo elaborado pelo MEC, essa distorção aparece claramente. Entre os cursos mais procurados estão administração e direito, respectivamente primeiro e segundo colocados da lista. "Será que o Brasil precisa mesmo de tantos administradores e advogados?", pergunta Eugênio Cordeiro.

Um estudo da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) indica que não. Enquanto sobram advogados no mercado, faltam engenheiros, matemáticos, especialistas em TI e químicos.

"As empresas de tecnologia da informação e a indústria química vivem um boom desde a descoberta do pré-sal e dos investimentos das telefônicas em redes para atender eventos como as Olimpíadas de 2016 e a Copa de 2014. Os profissionais dessas áreas são muito disputados", afirma Adalberto Pochman, da consultoria de empregos e RH da Fiesp.

Esse desequilíbrio no mercado de trabalho já reflete numa maior procura por cursos técnicos nos vestibulares. No ano de 2009, por exemplo, mostra o Censo da Educação Superior, a elevação na procura de vagas nas intituições de ensino superior do Brasil foi de 2,5%. Entre as carreiras técnicas, como TI, engenharia e química, o incremento foi de 25,5%.

Mudança de rota
Para o consultor Eugênio Cordeiro, as instituições pagam hoje o preço de terem aberto muitos cursos, em especial nas áreas de mais fácil aprovação pelo MEC, como nas carreiras humanas. "A elevação nas taxas de matrículas foi tão forte na década de 1990 que gerou certas distorções no setor. Houve grande e acelerada abertura de cursos, em especial em carreiras populares como direito e pedagogia. Quando a inclusão dos jovens das classes C e D cessou, as instituições ingressaram em uma certa estagnação. Hoje, são muitas as faculdades privadas que sofrem com inadimplência e salas vazias em todo o Brasil", diz Falcão.

O excesso de cursos superiores, fruto do movimento de acelerada expansão das universidades privadas na década de 1990, pode ser agora um problema. Pequenas instituições com até dez cursos disponíveis têm encontrado maior dificuldade para manter as salas cheias e atrair alunos. Na avaliação de Carlos Monteiro, especialista em educação da CM Consultoria, uma boa estratégia é especializar-se em algumas poucas carreiras.

"As pessoas não dizem 'quero estudar na faculdade A ou B'. Elas dizem quero ser advogado, jornalista ou dentista. Ou seja, é importante tornar-se reconhecido em algumas carreiras e isso só será possível com especialização", diz Monteiro. O consultor indica como exemplo instituições que se tornaram referência na área de gestão e administração. "Mesmo com poucas carreiras, essas instituições se constituem num sucesso", avalia.

A estratégia da especialização pode ser um recurso interessante para pequenas faculdades sobreviverem ao avanço dos grandes grupos educacionais. Segundo o Censo do MEC, há hoje 2.314 instituições de ensino superior com as portas abertas, número que, dizem os especialistas, deve diminuir sensivelmente nos próximos anos, num movimento de consolidação do setor. Para Monteiro, as mais especializadas, mesmo se forem pequenas, é que terão mais chances de sobreviver.

Ligados ao mercado
Outro recurso que pode ser utilizado no atual cenário é demonstrar que a faculdade tem ligação direta com o mercado. Cordeiro sugere acordos com grandes companhias empregadoras, parcerias em programas de trainee ou companhias que procuram estagiários. "Se a faculdade demonstrar que ajudará o seu aluno a posicionar-se bem no mercado de trabalho, então será mais atraente para os estudantes", diz.

A abertura de cursos em carreiras novas, com demandas ainda não atendidas pelo mercado de educação, é outra opção sugerida pelos especialistas. "Eu conheço muitos DJs que ganham bem mais que advogados e administradores. Então, por que não identificar cursos em carreiras novas, que tenham a ver com a vocação regional das cidades onde a instituição está localizada?", sugere Eduardo Cordeiro.

Para dar esse passo, no entanto, é preciso ter cautela e fazer uma análise aprofundada do potencial que um novo curso pode trazer para a instituição. Carreiras como webdesigner e arquitetura da informação, por exemplo, pareciam excrescências há pouco mais de dez anos, mas hoje pagam, na média, salários mais altos para jovens profissionais que muitas carreiras tradicionais, como economia ou pedagogia, por exemplo.

Lançar mão da tecnologia também se constitui numa alternativa para que as instituições possam atender a outro perfil universitário: o dos estudantes mais velhos, que normalmente possuem outros compromissos além da faculdade. Segundo o Data Popular, em 2002, a média de idade dos formandos na graduação era de 25,8 anos. Em 2009, essa média subiu para 26,3 anos.

Uma alternativa para atender alunos trabalhadores que encontram dificuldades de horário, por exemplo, já que nem sempre conseguem chegar às 19h ou sair depois das 10h30min, por conta de deslocamentos na cidade, é oferecer parte da graduação de modo on-line. Para isso, entre as inúmeras possibilidades de recursos tecnológicos existentes, o diretor de estratégia de soft­ware da TOTVS, Gilsinei Hansen, indica as ferramentas de e-learning. "Com o maior volume de estudantes-trabalhadores nas instituições, muitas escolas têm dificuldade em ministrar todas as aulas em sala, o que prejudica a composição da carga horária mínima exigida", explica Hansen.

Nos cursos presenciais, as aulas a distância são permitidas pelo MEC para até 20% da carga horária, e podem inclusive baixar algumas despesas necessárias à manutenção de uma turma em sala de aula. "O aluno pode aprender conceitos em sala de aula e, depois, fazer exercícios em casa, à noite ou nos fins de semana. As atuais ferramentas de educação a distância permitem medir em detalhes quantos estudantes fizeram os exercícios, que desempenho tiveram e melhorar a qualidade final do curso", afirma.

Medidas pontuais e de aparente resultado imediato, porém, são desaconselhadas, como a realização de sorteios ou distribuição de brindes para tentar atrair mais alunos. Para o consultor Carlos Monteiro, tal recurso tende a desgastar a imagem da instituição. "Com exceção de alguns 'presentes' que têm função educacional, como vale-livros ou acesso a seminários, os prêmios descolados do universo educacional podem contribuir para gerar uma imagem negativa para a marca, algo que pode ser interpretado como um apelo excessivo", adverte Monteiro.

O pragmático
  • Quer retorno rápido do investimento na faculdade.
  • Prefere cursos de menor duração, ou tecnológicos, que são menos teóricos e mais práticos.
Dica dos especialistas
  • Oferecer carreiras técnicas e cursos de tecnólogo, que normalmente necessitam de menor investimento e têm retorno mais rápido.


O tradicional
  • Espera uma boa colocação de trabalho, mas acaba optando por cursos tradicionais (como administração e direito), em que há saturação do mercado.
  • De acordo com o Censo 2010, a procura por vagas no ensino superior cresceu 2,5%. Entre as carreiras técnicas, como as da área de TI, engenharia e química, o incremento foi de 25,5%. Ainda assim, entre os cursos mais procurados estão administração e direito.
Dicas dos especialistas
  • Investir em cursos diferenciados, que saiam do lugar-comum e que dialoguem com o futuro do mercado profissional, como os da área de TI.
  • Buscar uma ligação com empresas e oferecer ao aluno uma ponte para o mercado de trabalho.


O maduro
  • Estudantes mais velhos, que já constituíram família e têm responsabilidades que vão além de apenas estudar.
Dica dos especialistas
  • Oferecer parte das aulas do curso no modo a distância.


Uma história como tantas
Miriam Barreto tem 26 anos e matriculou-se em 2009 pela segunda vez em um curso de administração. Dois anos antes, a jovem, que trabalha como secretária em um consultório dentário na zona leste de São Paulo, havia se matriculado em um curso de pedagogia, que frequentou por apenas oito meses. Na época, Miriam desistiu do curso por falta de dinheiro, já que seu pai perdera o emprego de motorista naquele período, o que afetou drasticamente sua renda familiar. No final do ano que vem, Miriam deve concluir a faculdade e se tornar a primeira pessoa de sua família a ter um diploma de curso superior. "Tem sido muito puxado trabalhar e estudar, mas estou firme e dessa vez não quero desistir como fiz no passado", conta a jovem.

De acordo com o último Censo da Educação Superior, existem no Brasil mais de 3,5 milhões de Mirians, jovens que pertencem a famílias das classes C e D, ingressaram na faculdade tardiamente e compatibilizam uma árdua jornada de trabalho e estudos noturnos. No total, este grupo representa mais da metade dos estudantes universitários brasileiros, que somam 5,9 milhões, de acordo com o Censo.

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