sexta-feira, 16 de março de 2012

BBC - O Corpo Humano - O Poder do Cérebro

O CONCEITO DE INTELIGÊNCIA


O CONCEITO DE INTELIGÊNCIA



Introdução
Conceituar a inteligência é uma tarefa peculiar porque a inteligência é a função psicológica responsável pela capacidade que temos de compreender o significado das coisas, de conceituar. No processo de conhecimento temos de um lado o objeto a ser conhecido, externo à inteligência, e do outro a inteligência, o instrumento mental que alcança o conceito desse mesmo objeto. Conceituar a inteligência é fazê-la objeto e instrumento simultaneamente, é ter consciência dos instrumento mental que nos permite conhecer o mundo e que está integrado à própria consciência. 
A consciência atua conjuntamente à inteligência sendo distinta dela, a inteligência "mostra" para a consciência o significado das coisas percebidas, que elas são diferentes, e mesmo quando fisicamente semelhantes podem ter finalidades diferentes. Por exemplo, uma cadeira é distinta de uma mesa, elas têm funções e aspectos diferentes, duas cadeiras iguais no entanto, podem ter funções diferentes, uma pode servir para o professor sentar-se e a outra para o aluno, o que será percebido a partir da disposição desses móveis numa sala de aula. A inteligência apresenta à consciência a circunstância em que se encontra, permitindo com que ela se situe no contexto em que se encontra, e para a partir disso tomar as decisões mais adequadas, um aluno ao entrar na sala de aula sabe onde pode e onde não pode sentar-se mesmo que ninguém lhe diga. A inteligência é o instrumento que permite a consciência saber que decisão tomar. Para compreender melhor a inteligência precisamos saber também quais são suas fronteiras com as demais funções mentais.
Antes de nos darmos conta do significado de um objeto, necessariamente nos damos conta da existência desse objeto. A tomada de consciência da existência é imediata à percepção. A captação do conceito desse objeto no entanto, seguirá um processo mais demorado, envolvendo experimentação, para que as diferentes faces do novo objeto se apresentem e possam ser compreendidas. Estamos o tempo todo nos dando conta de novos objetos e aprofundando no conhecimento dos objetos já conhecidos através de novas experiências com eles, a inteligência está constantemente atuando, o processo de conceituação está constantemente sendo aprimorado e atualizado.
Para estudar um objeto qualquer precisamos saber o que ele é, mas para sabermos o que ele é, precisamos estudá-lo, então por onde devemos começar? O que vem primeiro, a conceituação ou o estudo do objeto? Junto à informação da existência do objeto geralmente os sentidos nos oferecem informações sobre as características desse objeto, assim vamos completando a idéia, o conceito do objeto com que entramos em contato. Como não há possibilidade de conhecermos os objetos de forma completa e imediata, mas gradualmente, Isto significa que antes de termos conceitos, passamos por preconceitos, pois como não sabemos a extensão do conhecimento que temos dos objetos (se está completo ou não), não sabemos se temos conceitos ou preconceitos a respeito deles. Esta dificuldade nos mostra como somos susceptíveis à erros, ainda que queiramos fazer a coisa certa, estamos sujeitos a cometer equívocos por causa da incompletude do nosso conhecimento e da ignorância que temos sobre essa incompletude. Este pode ser o primeiro benefício da tentativa de conceituar a inteligência: a necessidade de reconhecimento de que pouco sabemos.


O processo de Conceituação
Há objetos simples e outros complexos no que diz respeito à cognição. Simples são aqueles que podem ser compreendidos sem o auxílio de conceitos prévios como a idéia de triângulo ou de rigidez por exemplo. Os conceitos básicos aprendidos desde a infância tornam-se necessários para a compreensão dos conceitos complexos que precisam das idéias básicas para se formarem. Conceitos como vida ou humanidade, por exemplo, são complexos. 
A inteligência é um conceito complexo, não sabemos quantos nem exatamente quais são seus conceitos básicos. Conceituar a inteligência significa delimitar suas fronteiras, identificar suas características e diferenciá-las das demais funções mentais envolvidas nos processos cognitivos, como a memória, a atenção (a capacidade de manter ou desviar a atenção), a consciência, a percepção, o juízo, etc.. Além destas, outras funções mentais ainda pouco estudadas também podem estar envolvidas no processo cognitivo, como a auto-eficácia, que na prática influencia o exercício da inteligência, recentemente demonstrado por Ângela Perez (2002). Como ainda não conhecemos todas as fronteiras mentais da inteligência, nem a extensão de cada uma com a inteligência, temos que admitir que o conceito de inteligência na psicologia não está completo.
Para ilustrar o processo de captação do conceito tomemos por exemplo a idéia de cadeira. Perguntar o que envolve o conceito de cadeira é o mesmo que perguntar quais são suas características essenciais. Olhando apenas uma cadeira não há como saber se o que vemos é essencial ou acessório, por isso é indispensável olhar várias cadeiras. Após a inspeção de várias começamos a perceber o que há de comum entre todas elas, a idéia das partes comuns, daquelas que estão sempre presentes, constituem a essência da cadeira. Nossa inteligência é capaz de separar o acessório do essencial, ou seja, é capaz de diferenciar o que é comum a todas do que pode ou não estar presente, é capaz então de abstrair o conceito de cadeira após se deparado com várias delas. 
O conceito é algo que não muda com o tempo nem com a localização de onde o objeto se encontra, a idéia que fazemos de um objeto não depende de quando nem onde esse objeto existiu. Os objetos mudam, evoluem, mas quando o fazem transformam-se noutra coisa, passam a constituir outro conceito. Os animais evoluem, deixam de ser uma coisa e passam a ser outra, mas a essência daquilo que eram continua existindo mesmo que o animal se extinga. O conceito pode tornar-se passado mas não evolui junto com o animal, conceitos não se transformam, não evoluem. Na medida em que as coisas antigas se transformam em novas, surgem novos conceitos e os antigos continuam existindo enquanto idéia, enquanto passado, não mais como objeto atual. O conceito que temos de cadeira hoje é o mesmo que havia na antigüidade, embora as formas e materiais empregados fossem outros naquela época.
Qual é então a essência de uma cadeira? Pela observação empírica vemos que precisa ser feita de material rígido e ser proporcional às dimensões humanas na posição sentada e encostada. Precisam ter pelo menos dois planos, um para assentar outro para encostar. A rigidez não exclui acolchoamento, basta obedecer à função de sustentar o peso de uma pessoa. O fato de ser ou não acolchoada muda a essência da cadeira? Não muda, mas muda uma cadeira em particular, muda um acessório, acrescenta uma característica que como não é essencial precisa ser conceituada, por isso ao nos referirmos às cadeiras acolchoadas temos que mencionar o acolchoamento porque senão pensaremos numa cadeira pura. As características acessórias então, por definição são aquelas que não precisam estar presentes, são variáveis. As cores da cadeira são outro aspecto dela, apesar da cor da cadeira ser necessária, não há necessidade de uma cor específica, a cor seria então uma característica essencial ou acessória? O fato de ter uma cor é um aspecto essencial, mas uma determinada cor é um aspecto acessório, porque sabemos de todos os objetos da natureza da mobília possuem cores, algo que as torne visíveis, como não existe cadeira invisível não precisamos citar a característica de visibilidade como um fator essencial pois ele estará presente sempre.
O exemplo da cadeira serve como base para mostrar os processos que envolvem a conceituação dos objetos. O nosso objeto é a inteligência, a característica psicológica responsável pela captação dos conceitos, pela abstração da essência dos objetos. Para conceituar inteligência precisamos realizar o mesmo processo feito com a cadeira, descrever suas características, identificar os aspectos essenciais e diferenciá-los dos acidentais, é necessário portanto estudar várias inteligências buscando o que há de comum (essencial) e o que há de variável (acessório) entre elas.



A dificuldade de conceituar a inteligência
Existem muitas dificuldades no processo de conceituação da inteligência, primeiro porque não podemos tocar nem vê-la, segundo porque é um conceito complexo e ainda nem sabemos seu grau dessa complexidade, terceiro porque enquanto característica psicológica ela interage com outras funções psicológicas confundindo-se com elas. Uma pessoa com uma memória prodigiosa pode ser confundida com uma pessoa inteligente. Se a inteligência é a capacidade de resolver problemas, uma pessoa com boa memória pode se lembrar de como se resolve determinados problemas, e usar a memória para isso, nesse caso não se está criando uma solução, mas recordando-se de uma. É difícil embora possível, isolar o comportamento para obtermos uma resposta pura em psicologia, como é feito em outras ciências. No teste de WISC onde é apresentado nove cubos com cores e formas definidos, pede-se para reproduzir certas imagens com eles. Esse tipo de testagem avalia a inteligência humana dispensando o uso da verbalização, da matemática, ou de assuntos que requeiram aprendizado. Uma pessoa analfabeta ou pertencente a qualquer outra cultura pode ter um bom desempenho nesse teste se for inteligente, ou ainda, podemos determinar padrões de inteligência para faixas etárias utilizando esse teste.
Um dos princípios científicos declara que para se estudar uma determinada grandeza é preciso saber que estamos observando apenas uma e não outras características "contaminantes". As técnicas psicológicas procuram e conseguem com certo grau de sucesso, elaborar testes que obtenham respostas "puras". Acima foi exemplificado o teste dos cubos de WISC, que mede a inteligência pura, isentando-se da contaminação do grau de formação educacional. Neste sentido, construir formas de testagem pura é necessário para se definir as fronteiras da inteligência e podermos defini-la com mais precisão. Os testes de inteligência podem então ser usados para se alcançar o conceito da própria inteligência.
Falamos acima de inteligência pura, isso significa que existe uma inteligência misturada? Em outras palavras, há partes, subtipos, categorias de inteligência? Admitir isso é partir do principio de que a inteligência é divisível, se é divisível suas partes são equivalentes? Existe alguma parte mais importante do que outra? As atuais teorias da inteligência falam a respeito de inteligência geral e específica, em cristalizada e fluida. Fala-se em capacidades intelectivas, em habilidades, em dons. Certamente muitas são as atividades mentais envolvidas com a inteligência, mas considerá-las todas como parte da inteligência seria correto? O homem sempre anda vestido, podemos por isso considerar a roupa como parte essencial do homem só porque as roupas sempre estão presentes? A experiência empírica prova relações entre a inteligência geral e capacidades intelectuais como para a matemática. Mas qual o fundamento para se afirmar que por existir uma relação trata-se de uma parte integrante? Com este princípio de raciocínio acaba-se encontrando tantas inteligências quantas capacidades cognitivas, para a área emocional, social, espacial, matemática, verbal, etc.. Quanto mais objetos tentamos juntar ao conceito de inteligência mais complicado este conceito fica, talvez a dificuldade de conceituar a inteligência seja devido à estratégias de conceituação equivocadas, e não somente devido à complexidade do conceito de inteligência. Por que não admitir então que a inteligência seja indivisível, como um bloco único operando na consciência?
Até o momento muitas pesquisas sobre inteligência forma feitas, muitas características foram identificadas pelos vários modelos, que foram cientificamente validados. Talvez agora seja o momento de rever a forma da definição, não a definição em si, mas a maneira como as informações relativas a ela são articuladas, não precisamos mais descobrir novas peças, precisamos saber como elas se encaixam. Acredito que a partir do momento atual não reste muito por descobrir em relação a definição da inteligência, resta convencionar como a inteligência deve ser definida, resta escolher o que é essencial para sua definição e o que é acessório.




A possibilidade filosófica de definir inteligência
Filosofia e ciência são atividades do conhecimento humano distintas e complementares. A filosofia para definir um objeto baseia-se na busca de sua essência, o que é feito pelo experiência pessoal de distinção de características essenciais e acessórias. O conceito é algo pertencente ao próprio objeto, o filósofo ou o cientista podem disputar quem chegou antes ao conceito, mas este em si já existia desde que o começo da existência desse objeto, antes talvez da existência do filósofo ou do cientista. A ciência não oferece conclusões, oferece dados, os cientistas é que a partir dos dados chegam às conclusões. Portanto cientificamente não teremos uma definição de inteligência, teremos informações a respeito dela, os cientistas é que através dessas informações, manipulam-na de forma a tirarem conclusões plausíveis. Mas se os filósofos já chegaram a um conclusão a respeito do mesmo objeto de estudo dos cientistas porque esses não aproveitam o conhecimento produzido pelos filósofos para juntamente aos dados científicos obtidos, formularem o conceito de inteligência. Em outras palavras, porque os psicólogos não aproveitam a definição de inteligência obtida pelos filósofos para tentarem validá-la dentro dos conhecimentos científicos?


Conclusão
As questões difíceis de serem respondidas muitas vezes são difíceis não por natureza, mas por equívoco. Tentar explicar o que é um círculo quadrado não é difícil, é insensatez porque tal coisa não existe, se não existe não pode ser definida. Querer definir uma cor que é simultaneamente branca e preta é insensato pois o cinza é uma outra cor que não é nem brando nem preto e uma coisa não pode ser duas simultaneamente, uma cor não pode ser ao mesmo tempo branca e preta. Com a inteligência acontece o mesmo, talvez a dificuldade de defini-la não seja por causa de sua natureza complexa mas por causa do modo equivocado como é feito. A inteligência é a aptidão psicológica que permite ao homem abstrair, captar, entender conceitos, a essência das coisas que tomamos consciência. Junto a essa aptidão outras atividades mentais se integram e atuam em conjunto, como as habilidades matemáticas, verbais, emocionais, etc. por exemplo. Tomar a inteligência pelas suas características acessórias talvez seja o erro que impede a realização de uma definição precisa, talvez a tentativa de resumir todas as aptidões relacionadas à inteligência na própria inteligência esteja dificultando o trabalho de explicar a própria inteligência.



Bibliografia

  • Robert Sternberg. As capacidades intelectuais humanas. Artes Médicas. 1992
  • Jacques Maritain. Introdução geral à filosofia. Agir. 1981
  • Flanagan, Genshaft & Harison. Comtemporaru intellectual assessment. Cap.9. Guilford Press. 1997


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Usando resultados numéricos conhecidos para resolver outros cálculos



Nessa proposta de atividade permanente você vai ver como aumentar o repertório de cálculos mentais conhecidos da turma.

Objetivos 
- Compreender que os resultados de determinadas contas servem para chegar aos resultados de outras contas parecidas. 
- Concluir que contas envolvendo números grandes podem ter o mesmo grau de dificuldade que outras parecidas, com números pequenos. 

Ano 
2º ano.


Flexibilização 
Para alunos com deficiência intelectual 
Eles podem chegar à compreensão desta relação matemática através do uso de Material Dourado. O professor deve levá-los a observar e explorar a relação entre uma unidade e uma dezena, ou um “cubo” e uma “barra”(como também podem ser denominados). Este material é demonstrativo, vai além do registro gráfico dos números o que possibilita maior compreensão e assimilação. 

Desenvolvimento 
Resolva na lousa, com o auxílio dos alunos, adições de números iguais e de um algarismo com o objetivo de levá-los, a seguir, a estender esse conhecimento para adições de números iguais e mais de um algarismo (20 + 20 ou 30 + 30, por exemplo):

Usando resultados numéricos conhecidos para resolver outros cálculos
Ajude-os a estabelecer relações entre certos cálculos a partir das características do nosso sistema numérico. Questione, por exemplo, se para fazer contas como 20 + 20 ou 30 + 30 podemos usar 2 + 2 ou 3 + 3, contas de resultados já conhecidos. Partam, então, para adições de números iguais e de dois algarismos, tentando estabelecer relações com os resultados das contas com números iguais e um algarismo. Leve-os, dessa maneira, a concluir que:
Usando resultados numéricos conhecidos para resolver outros cálculos

Questione-os sobre quais outras contas parecidas seria possível escrever: será que as contas 1 + 1 e 10 + 10 ajudam a solucionar a conta 100 + 100? E que as contas 2 + 2 e 20 + 20 ajudam a resolver a conta 200 + 200? Reflitam sobre o assunto e concluam realizando mais exemplos de adições com números iguais e de três algarismos para checar as hipóteses levantadas. 

Avaliação 
Solicite aos alunos que registrem as conclusões no caderno e analise se eles compreenderam que podem usar os resultados de certas contas para resolver outras. Verifique se a turma avançou em relação aos procedimentos utilizados nas atividades e observe ainda a participação nas discussões.

Fonte: 
Atividade elaborada por Héctor Ponce: Cálculo Mental de sumas y restas. Propuestas para trabajar em el aula (traduzida e adaptada para fins didáticos)


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quinta-feira, 15 de março de 2012

Atividade diagnóstica de língua portuguesa



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A História Da Catequese No Brasil

A História Da Catequese No Brasil


Autor: Robson Stigar

A HISTÓRIA DA CATEQUESE NO BRASIL





No início do cristianismo, a catequese era o período em que se estruturava a conversão. Os já evangelizados eram iniciados no mistério da salvação e num estilo evangélico de ser: experiência de vida cristã, ensinamento sistematizado, mudança de vida, crescimento na comunidade, constância na oração, alegre celebração da fé e engajamento missionário. Este longo processo de iniciação, chamado catecumenato, se concluía com a imersão no mistério pascal através dos três grandes Sacramentos: Batismo, Confirmação e Eucaristia. A catequese estava a serviço da igreja visando a  iniciação cristã.



No século XV para o século XVI a Europa investiu em novas rotas marítimas tanto para a África como para a Ásia. Acidentalmente encontram novas terras como a América latina. Surpreendem-se ao encontrar pessoas desconhecidas, ate então. Portugal esta a frente desse grande movimento de colonização juntamente com a igreja, Portugal acreditava estar contribuindo para a formação do reino de Deus, sua função era salvar esses povos desconhecidos e infiéis. Era comum nesse período o religioso ser utilizado pelo estado a fim de conseguir manipular esses povos com maior facilidade.



Em 1552 é institucionalizado o primeiro bispado no Brasil,  na Bahia. A partir desse momento começa a implantação da catequese institucionalizada, desse se ocupam, primeiramente os jesuítas, posteriormente os carmelitas, os beneditinos e franciscanos começam a colaborar na evangelização no Brasil. Dentre os missionários distinguiram-se o Pe. Manoel da Nóbrega, provincial, e, sobretudo, o Bem-aventurado José de Anchieta e o Pe. Antônio Vieira (1608-1697).. Os missionários se preocupavam também com a promoção humana e social do indígena e dos escravos fortemente agredido pelos colonizadores.



Nesse período de povoamento realizado pelos Portugueses, o Brasil passa a se chamar de colônia. Nesse período denominado de colônia, a Catequese se desdobra em duas dimensões necessárias;  a clássica e a missionária.



A  Catequese clássica: è a Catequese tradicional, o Brasil copiou o modelo europeu guiado pelo concilio Tridentino, porem essa catequese era utilizada apenas em pequenos grupos, geralmente para os portugueses, onde já foram em algum momento evangelizados. Aos portugueses a tarefa era aperfeiçoar a fé Inicia-se, então, a implantação de uma catequese institucionalizada para os colonizadores portugueses, seguindo o modelo tridentino.



A catequese missionária: é a catequese é bastante criativa, é adaptada para atender a situação dos índios e dos negros, a principio estes índios e escravos não tinham fé e nada conheciam da mensagem de Cristo. Precisava-se adaptar a catequese junto a realidade desse povo, necessitando assim de um novo mecanismo de educação, uma nova didática e metodologia para evangelizar. Aos índios e aos escravos havia a tarefa de convertê-los a fé e a religiosidade



Os jesuítas escreveram catecismos em português e usaram a música, teatro, a poesia, os autos e a dança ritual para a obra evangelizadora. Tanto nos colégios como na catequese indígena, predominava a metodologia da memorização e da tradição oral. Para os missionários, no dizer de Pe. Anchieta, “a questão da conversão dos índios não era doutrinária, mas uma questão de costumes”.



No período da expulsão dos jesuítas, foi a catequese popular dos leigos, rezadores, puxadores de novena, pregadores populares, especialmente mulheres, que manteve e deu continuidade à transmissão dos dados essenciais da fé. Ao mesmo tempo, porém, o sincretismo religioso, numa mistura de elementos da religião indígena, africana e do catolicismo, foi-se firmando.



Por volta de 1810 ocorreu a reforma católica,no Brasil.  A catequese deixou de dar, prioridade ao ensino da doutrina cristã guiada pelo concilio de Trento. Os missionários leigos por sua vez tiveram espaço, ajudava a manter e alimentar a fé dos fiéis. No final do século XIX e início do XX realizaram-se esforços de articulação pastoral. Marcante foi o Concílio Plenário Latino Americano  realizado em 1899, em Roma, convocado pelo Papa Leão XIII.





A evolução da catequese no Brasil recebeu, também, uma especial contribuição do movimento querigmático. Pedagogicamente construída a partir de unidades didáticas, a catequese passou a ter como espinha dorsal de seu conteúdo a História da Salvação, cujo centro é Jesus Cristo. Daí decorreu um maior uso da Bíblia, particularmente os Evangelhos, e da liturgia. Tinha como objetivo formar o cristão íntegro, firme na fé, forte no amor e pleno de esperança.



No inicio do século XX , o Papa Pio X publicou a encíclica Acerbo Nimis sobre a catequese e, em 1910, apareceu o catecismo que traz o seu nome, o que favoreceu ainda mais o uso do Catecismo da Doutrina Cristã. A influência de Pio X foi grande no Brasil, especialmente em nível de animação e organização da catequese.



Surgiram também as Congregações da Doutrina Cristã nas paróquias e dioceses, para organizar e impulsionar a catequese. Nas orientações da Acerbo Nimis havia um apelo para que a fé fosse professada no dia-a-dia, estendendo-a para os adultos, jovens e crianças, assumindo um caráter de fato educativo permanente. Sob o impulso de Pio X os leigos foram mais valorizados na catequese, abrindo assim espaço para a Ação Católica. A falta de clero obrigou bispos e padres a recorrerem cada vez mais aos leigos.



Num notável esforço de renovação nestas últimas décadas, a Catequese no Brasil passou por diversas fases onde, sucessivamente, os acentos e as preocupações recaíam sobre o conteúdo, método, sujeito e, mais recentemente, sobre o objetivo da catequese.

            Já desde os anos 40, diversos pioneiros se dedicaram ao trabalho de sistematização e adaptação da Catequese às novas exigências.Nas décadas de 50 e 60, nos secretariados nacionais e regionais de catequese e nos Institutos de Pastoral Catequética, que daí surgiram depois do Concílio Vaticano II nos diversos níveis. Os Institutos prestaram relevante serviço no que tange à formação dos quadros dirigentes da catequese



Segundo aa orientações do documento Catequese Renovada, no século XX, também no Brasil, o movimento catequético foi impulsionado pela ação do Papa Pio X e sua encíclica sobre a catequese. Também nesta mesma época surgiu o Catecismo dos Bispos das Províncias Meridionais do Brasil, que teve inúmeras edições. Varias gerações de cristãos e famílias foram instruídas e/ou educadas na fé por meio deste catecismo tradicional.

            A situação do mundo atual levou a Igreja no Vaticano II a propor a restauração do catecumenato. O Batismo de crianças, que as introduz na vida da graça, exige uma continuação, uma iniciação vivencial nos mistérios da fé (a pessoa de Jesus, a Igreja, a liturgia, os sacramentos) através da catequese. Esse processo catequético possibilita também aos já batizados (adultos, jovens, crianças) assumir conscientemente a própria vida cristã. Para os não batizados, a catequese se apresenta como processo catecumenal para a vida cristã.



Houve, em todo este último período, um grande esforço de integrar a catequese no conjunto da renovação pastoral, a fim de pôr em prática os princípios e normas do Concílio, repetidamente inculcados pelos Papas e pelos Sínodos, adaptados à situação latino-americana em Medellín e Puebla e à nossa situação brasileira pelas orientações e diretrizes gerais da CNBB.



Na América Latina, a 2ª Conferência Episcopal realizada em Medellín (1968), percebeu esta nova necessidade de estar atento a realidade social e cultural das sociedades, aplicando os ensinamentos do Concílio Vaticano II à nossa realidade continental. A Catequese para o compromisso libertador nas situações concretas. À luz do documento final de Medellín, confirmado mais tarde pela Evangelium Nuntiandi e pela Conferência de Puebla.



A Catequese na América Latina vem procurando realizar-se em estreita ligação com a realidade da vida social e cultural, para a construção de comunidades de fé. Neste sentido vem levando os catequistas a caminharem com os mais pobres e oprimidos e a partilharem as suas angústias, lutas e esperanças.



É evidente que dentro desta conjuntura da Catequese no Brasil houve inúmeros pontos positivos na evangelização, como a inserção maior no conjunto de toda a pastoral a fim de torna-se cada vez mais uma pastoral orgânica, assim como também ocorreu inúmeros pontos negativos, como a própria Catequese fraca, imatura e às vezes questionáveis do ponto de vista doutrinal e metodológico.



Segundo Lima (2006) a igreja brasileira necessita de um DGC mais atualizado que a catequese renovada:



A necessidade do Diretório Nacional de Catequese nasce d

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