quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Varejo

Varejo

Ficheiro:Casa Oriental (Porto).JPG
Loja de bairro tradicional na cidade do Porto, Portugal.


Retalho (português europeu) ou varejo (português brasileiro) é a venda de produtos ou a comercialização de serviços em pequenas quantidades, ao contrário do que acontece na venda por atacado. É a venda a retalho, como por partes de um todo, direta ao comprador final, consumidor do produto ou serviço, sem intermediários.
Segundo Kotler (2000, p. 540), todas as atividades de venda de bens ou serviços diretamente aos consumidores finais são definidas como varejo. O local onde os produtos ou serviços são vendidos (lojas, rua ou residência do consumidor) não é importante. Da mesma forma, todas as maneiras pela qual estes bens ou serviços são vendidos estão incluídas no conceito de retalho, seja através de venda pessoal, correio, telefone ou máquina automática.
No marketing da venda a retalho existem duas características específicas de grande importância: o atendimento e a exposição. Estes dois fatores são tão importantes e também há a teoria dos 10 P's, de Jorge Inafuco, sendo dessa forma:
  • Ponto
  • Público-alvo
  • Produtos
  • Preços
  • Promoção
  • Apresentação
  • Propaganda
  • Posicionamento
  • Pessoas
  • Planejamento
Sendo que um fato para o sucesso do varejista é a escolha de um bom ponto comercial, só mantendo um bom ponto ele pode ser uma pessoa "comum" nos outros P's que se garante. O sucesso de um retalhista, seja ele pequeno ou grande, depende principalmente do quanto ele incorpora o conceito de venda a retalho. Este conceito é uma orientação de gestão que faz o retalhista focar a determinação das necessidades dos seus mercados-alvo e a satisfação das mesmas mais eficaz e eficientemente que os seus concorrentes. Segundo Ruotolo & De Menezes (2001) ao idealizar um conceito de loja o retalhista toma decisões sobre: nível de serviço oferecido, linha de produtos comercializados, política de preços, cobertura geográfica, acesso ao cliente, tamanho e localização da loja.
O marketing da venda a retalho é uma ciência totalmente distinta do marketing tradicional, que teve a sua formulação baseada na indústria de bens de consumo. As suas principais características de diferenciação são os tempos utilizados nos seus planos e ações, as formas de pesquisa junto ao consumidor e a comunicação. Segundo Edson Zogbi, o retalho atual ainda necessita desenvolver um sector de Investigação e Desenvolvimento para competir com os novos meios de distribuição de produtos do futuro.
A raiz da palavra varejo, utilizada no Brasil, vem do Português arcaico, em que a "vara" era a medida para se fracionar peças de tecidos, cordas, linhas, madeiras, etc. Ainda hoje, em algumas lojas de tecidos usa-se uma régua de madeira com um metro de comprimento para fracionar os produtos. O termo atualmente utilizado em Portugal é retalho, que também denota claramente o fracionamento de produtos para venda em pequenas porções ou quantidades. http://pt.wikipedia.org/wiki/Varejo


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ARTHUR SCHOPENHAUER




Arthur Schopenhauer

Filho de Heinrich Floris Schopenhauer, comerciante da cidade de Dantzig, na Prússia, o filósofo Arthur Schopenhauer estava destinado a seguir a profissão de seu pai. Por isso, a família nunca se preocupou muito com sua educação intelectual e, quando contava apenas doze anos de idade, em 1800, induziu-o a empreender uma série de viagens importantes para um futuro comerciante. Schopenhauer percorreu a Alemanha, a França, a Inglaterra, a Holanda, a Suíça, a Silésia e a Áustria. Mas seu interesse não foi despertado por aquilo que seu pai mais desejava: o que fez de mais importante, durante essas viagens, foi redigir uma série de considerações melancólicas e pessimistas sobre a miséria da condição humana. Em 1805, a família fixou-se em Hamburgo e o obrigou a cursar uma escola comercial. A morte do pai (presumivelmente cometeu suicídio) permitiu-lhe, contudo, abandonar para sempre os estudos comerciais e voltar-se para uma carreira universitária, como era seu desejo. Assim, Schopenhauer passou a dedicar-se aos estudos humanísticos, ingressando no Liceu de Weimar em 1807; dois anos depois, encontrava-se na faculdade de medicina de Göttingen, onde adquiriu vastos conhecimentos científicos.
 
Em 1811, na Universidade de Berlim, assistiu aos cursos dos filósofos Schleiermacher (1768-1834) e Fichte (1762-1814). Este último seria, mais tarde, acusado por Schopenhauer de ter deliberadamente caricaturado a filosofia de Kant (1724-1804), tentando “envolver o povo alemão com a neblina filosófica” (clique aqui e veja as criticas que Schopenhauer fazia  na sua época). Em 1813, Schopenhauer doutourou-se pela Universidade de Berlim com a tese Sobre a Quádrupla Raiz do Princípio de Razão Suficiente.
 
Nessa época, sua mãe, Johanna Schopenhauer, estabeleceu-se em Weimar, onde começou a obter progressivo sucesso como novelista e passou a freqüentar os círculos mundanos que Schopenhauer detestava e se esforçava por ridicularizar ao máximo. As relações entre os dois deterioraram-se a ponto de Johanna declarar publicamente que a tese de seu filho não passava de um tratado de farmácia; em contrapartida, Schopenhauer afirmava ser incerto o futuro de sua mãe como romancista e que ela somente seria lembrada no futuro pelo fato de ser sua progenitora.
 
Apesar dessas brigas, Schopenhauer freqüentou durante algum tempo o salão de sua mãe. Ali torreou-se amigo de Goethe (1749-1832), que reconhecia seu gênio filosófico e sugeriu-lhe que trabalhasse numa teoria antinewtoniana da visão. A partir dessa sugestão, Schopenhauer escreveu Sobre a Visão e as Cores, publicado em 1816. 

Um filósofo sem público 


Em 1814, Schopenhauer rompeu definitivamente com a família e quatro anos depois concluiu sua principal obra, O Mundo como Vontade e Representação. Em 1819, o livro foi publicado, mas um ano e meio após haviam sido vendidos apenas cerca de 100 exemplares. A crítica também não foi favorável à obra.
 
Durante os anos de 1818 e 1819, Schopenhauer passou uma temporada na Itália: ao voltar, sua situação econômica não era das melhores. Solicitou então um posto de monitor na Universidade de Berlim, valendo-se de seu título de doutor e passando por uma prova que consistia numa conferência. Admitido em 1820, encarregou-se de um curso intitulado A Filosofia Inteira, ou O Ensino do Mundo e do Espírito Humano. O título do curso devia-se, provavelmente, a Hegel (1770-1831), que na época era um dos mais reputados professores da Universidade de Berlim. Tentando competir com Hegel, Schopenhauer escolheu o mesmo horário utilizado pelo rival, mas a tentativa redundou em fracasso completo: apenas quatro ouvintes assistiam a suas aulas. Ao fim de um semestre, renunciou à universidade.
Em 1821, envolveu-se em um acidente que teve desagradáveis conseqüências econômicas e, sobretudo, viria causar-lhe periódica crise de depressão psicológica. Nessa época, o filósofo residia numa pensão, cujos principais locatários, em sua grande maioria, eram senhoritas de idade avançada. Essas pensionistas tinham o desagradável hábito de espionar a chegada de supostas amantes, recebidas por Schopenhauer em seus aposentos. Certa noite, quando uma costureira chamada Caroline-Louise Marquet dedicava-se a esse mister, Schopenhauer, perdendo a paciência, atirou-a escada abaixo. Como resultado, foi processado e acabou sendo condenado a pagar trezentos thalers de despesas médicas. Além disso, ficava obrigado a pagar sessenta thalers anuais, até a morte de Caroline, que somente veio a falecer vinte anos depois. Durante todo esse tempo, Schopenhauer entrava em depressão nervosa, uma vez por ano, todas as vezes que era obrigado a pagar a pensão. Sua revolta dizia respeito menos à quantia desembolsada do que àquilo que sentia como injustiça cometida pelas autoridades.
 
Entre 1826 e 1833, Schopenhauer empreendeu freqüentes viagens, adoeceu por diversas vezes e tentou uma segunda experiência como professor da Universidade de Berlim. Foi mais uma tentativa fracassada, somente contrabalançada pela crítica elogiosa a seu O Mundo como Vontade e Representação, publicada no periódico Kleine Bücherschau.

Solidão e Glória


Em 1833, depois de muitas hesitações, o filósofo resolveu fixar-se em Frankfurt-sobre-o-Meno, onde permaneceria até sua morte em 1860. Durante os vinte e sete anos que passou em Frankfurt, levou uma vida solitária, acompanhado por seu cão. Sua predileção por animais era filosoficamente justificada; segundo Schopenhauer, entre os cães, contrariamente ao que ocorre entre os homens, a vontade não é dissimulada pela máscara do pensamento.
 
Dedicado exclusivamente à reflexão filosófica, Schopenhauer trabalhou intensamente em Frankfurt, redigindo e publicando diversos livros. Em 1836, veio a lume o ensaio Sobre a Vontade na Natureza, que deveria completar o segundo livro de O Mundo como Vontade e Representação. Na mesma época, redigiu também dois ensaios sobre moral. O primeiro, escrito para concorrer a um concurso da Academia de Ciências de Drontheim (Noruega), intitula-se Sobre a Liberdade da Vontade. O segundo, O Fundamento da Moral, concorreu ao concurso da Academia de Copenhague e continha verdadeiros insultos a Hegel e a Fichte, que provocaram escândalo; embora fosse o único concorrente, o livro não foi premiado. Posteriormente, os dois ensaios seriam reunidos sob o título de Os Dois Problemas Fundamentais da Ética e publicados em 1841. Três anos depois, surgiu a segunda edição de O Mundo como Vontade e Representação, enriquecida com alguns suplementos. Apesar disso, não teve sucesso.
O mesmo não ocorreu com a última obra escrita e publicada por Schopenhauer. Intitulava-se Parerga e Paralipomena e continha pequenos ensaios sobre os mais diversos temas: política, moral, literatura, filosofia, estilo e metafísica, entre outros. A obra alcançou inesperado sucesso, logo depois de ser publicada em 1851. A partir daí, a notoriedade do autor espalhou-se pela Alemanha e depois pela Europa. Um artigo de Oxenford, publicado na Inglaterra, deu início à grande difusão de sua filosofia. Na França, muitos filósofos e escritores viajaram até Frankfurt para visitá-lo. Na Alemanha, a filosofia de Hegel entrou em declínio e Schopenhauer surgiu como ídolo das novas gerações.
 
Assim, os últimos anos da vida de Schopenhauer proporcionaram-lhe um reconhecimento que ele sempre buscou. Artigos críticos surgiram em grande quantidade nos principais periódicos da época. A Universidade de Breslau dedicou cursos à análise de sua obra e a Academia Real de Ciências de Berlim propôs-lhe o título de membro, em 1858, que ele recusou.
 
Dois anos depois, a 21 de setembro de 1860, Arthur Schopenhauer, que Nietzsche (1844 – 1900) chamaria "o cavaleiro solitário", faleceu, vítima de pneumonia. Contava, então, 72 anos de idade. 

Um mundo cego e irracional


O ponto de partida do pensamento de Schopenhauer encontra-se na filosofia kantiana. Immanuel Kant (1724 – 1804) estabelecera distinção entre os fenômenos e a coisa-em-si (que chamou noumenon), isto é, entre o que nos aparece e o que existiria em si mesmo. A coisa-em-si (noumenon) não poderia, segundo Kant, ser objeto de conhecimento científico, como até então pretendera a metafísica clássica. A ciência restringir-se-ia, assim, ao mundo dos fenômenos, e seria constituída pelas formas a priori da sensibilidade (espaço e tempo) e pelas categorias do entendimento. Dessas distinções, Schopenhauer concluiu que o mundo não seria mais do que representações, entendi das por ele, num primeiro momento, como síntese entre o subjetivo e o objetivo, entre a realidade exterior e a consciência humana. Como afirma em O Mundo como Vontade e Representação, “por mais maciço e imenso que seja este mundo, sua existência depende, em qualquer momento, apenas de um fio único e delgadíssimo: a consciência em que aparece”. Em outra passagem de sua principal obra, Schopenhauer deixa mais clara essa idéia: “O mundo como representação, isto é; unicamente do ponto de vista de que o consideramos aqui, tem duas metades essenciais, necessárias e inseparáveis. Uma é o objeto; suas formas são o espaço e o tempo, donde a pluralidade. A outra metade é o sujeto; não se encontra colocada no tempo e no espaço, porque existe inteira e indivisa em todo ser que percebe: daí resulta que um só desses seres junto ao objeto completa o mundo como representação, tão perfeitamente quanto todos os milhões de seres semelhantes que existem: mas, também, se esse ser desaparece, o mundo como representação não mais existe”.
 
Não se pode dizer que essas idéias expressem exatamente o pensamento kantiano, mas, seja como for, Schopenhauer chegou a essas conclusões, partindo do mestre que tanto admirava. Schopenhauer, contudo, separa-se, explicitamente, de Kant em um ponto essencial e, a partir daí, constrói uma filosofia original. Para Kant, a coisa-em-si é inacessível ao conhecimento humano, pois encontra-se além dos limites das estruturas do próprio ato cognitivo, entendido como síntese dos dados da intuição sensível, síntese essa realizada pelas categorias a priori do entendimento. Schopenhauer, ao contrário, pretendeu abordar a própria coisa-em-si. Essa coisa-em-si, raiz metafísica de toda a realidade, seria a Vontade.
 
Segundo o autor de O Mundo como Vontade e Representação, a experiência interna do indivíduo assegura-lhe mais do que o simples fato de ele ser “um objeto entre outros”. A experiência interna também revela ao indivíduo que ele é um ser que se move a si mesmo, um ser ativo cujo comportamento manifesto expressa diretamente sua vontade. Essa consciência interior que cada um possui de si mesmo como vontade seria primitiva e irredutível: A vontade revelar-se-ia imediatamente a todas as pessoas como o em-si e a percepção que as pessoas têm de si mesmas como vontades seria distinta da percepção que as mesmas têm como corpo. Mas isso não significa que Schopenhauer tinha esposado a tese de que as ações corporais e as ações da vontade constituem duas séries de fatos, entendidas as primeiras como causadoras das segundas. Para Schopenhauer, o corpo humano é apenas objetivação da vontade, tal como aparece sob as condições da percepção externa. Em outros termos, o que se quer e o que se faz são uma e a mesma coisa, vistos, porém, de perspectivas diferentes.
 
Da mesma forma como nos homens, a vontade seria o princípio fundamental da natureza. Para Schopenhauer, na queda de uma pedra, no crescimento de uma planta ou no puro comportamento instintivo de um animal afirmam-se tendências, em cuja objetivação se constituem os corpos. Essas diversas tendências não passariam de disfarces sob os quais se oculta uma vontade única, superior, de caráter metafísico e presente igualmente na planta que nasce e cresce, e nas complexas ações humanas. Essa vontade, para Schopenhauer, é independente da representação e, portanto, não se submete às leis da razão. Ao contrário de Hegel, para quem o real é racional, a filosofia de Schopenhauer sustenta que o real é em si mesmo cego e irracional, enquanto vontade. As formas racionais da consciência não passariam de ilusórias aparências e a essência de todas as coisas seria alheia à razão: "A consciência é a mera superfície de nossa mente, da qual, como da terra, não conhecemos o interior, mas apenas a crosta". o inconsciente representa, assim, papel fundamental na filosofia de Schopenhauer. Sob esse aspecto, o autor de O Mundo como Vontade e Representação antecipou-se a alguns dos conceitos mais importantes da psicanálise fundada por Sigmund Freud (1856-1939).

O próprio Freud reconheceu a importância das idéias de Schopenhauer; em um de seus escritos afirma que certas considerações sobre a loucura, encontradas no Mundo como Vontade e Representação, poderiam "rigorosamente, sobrepor-se à doutrina da repressão".

Viver é sofrer


No sistema de Schopenhauer, a vontade é a raiz metafísica do mundo e da conduta humana; ao mesmo tempo, e a fonte de todos os sofrimentos. Sua filosofia é, assim, profundamente pessimista, pois a vontade é concebida em seu sistema como algo sem nenhuma meta ou finalidade, um querer irracional e inconsciente. Sendo um mal inerente à existência do homem, ela gera a dor, necessária e inevitavelmente, aquilo que se conhece como felicidade seria apenas a interrupção temporária de um processo de infelicidade e somente a lembrança de um sofrimento passado criaria a ilusão de um bem presente. Para Schopenhauer, o prazer é momento fugaz de ausência de dor e não existe satisfação durável. Todo prazer é ponto de partida de novas aspirações, sempre obstadas e sempre em luta por sua realização: “Viver e sofrer”.
Mas, apesar de todo seu profundo pessimismo, a filosofia de Schopenhauer aponta algumas vias para a suspensão da dor. Num primeiro momento, o caminho para a supressão da dor encontra-se na contemplação artística. A contemplação desinteressada das idéias seria um ato de intuição artística e permitiria a contemplação da vontade em si mesma, o que, por sua vez, conduziria ao domínio da própria vontade. Na arte, a relação entre a vontade e a representação inverte-se, a inteligência passa a uma posição superior e assiste à história de sua própria vontade; em outros termos, a inteligência deixa de ser atriz para ser espectadora. A atividade artística revelaria as idéias eternas através de diversos graus, passando sucessivamente pela arquitetura, escultura, pintura, poesia lírica, poesia trágica, e, finalmente, pela música. Em Schopenhauer, pela primeira vez na história da filosofia, a música ocupa o primeiro lugar entre todas as artes. Liberta de toda referência específica aos diversos objetos da vontade, a música poderia exprimir a Vontade em sua essência geral e indiferenciada, constituindo um meio capaz de propor a libertação do homem, em face dos diferentes aspectos assumidos pela Vontade. 

No Nada, a salvação 


A libertação proporcionada pela arte, segundo Schopenhauer, não é, contudo, total e completa. A arte significa apenas um distanciamento relativamente passageiro e não a supressão da Vontade. Para que atinja a libertação, é necessário que o homem ascenda ao nível da conduta ética, a qual representa uma etapa superior no processo de superação das "dores do mundo". A ética de Schopenhauer não está, contudo, presa à noção de "dever"; Schopenhauer rejeita as formas imperativas de filosofia que são, para ele, formas de coerção. 
Sua ética não se apóia em mandamentos, antes na noção de que a contemplação da verdade é o caminho de acesso ao bem. Para Schopenhauer, o egoísmo, que faz do homem o inimigo do homem, advém da ilusão de vontades independentes que afirmam seus ímpetos individuais. A superação do egoísmo somente seria possível mediante o conhecimento da natureza única universal da Vontade. Como conseqüência moral do desaparecimento de sua individualidade, o homem pode tornar-se bom; ao espírito de luta contra os semelhantes segue-se o espírito de simpatia. Libertado, pela etapa ética, o homem atinge o princípio que é o fundamento de toda verdade moral: "Não prejudiques pessoa alguma, sê bom com todos".
 
Essa ética da piedade e da comiseração, segundo Schopenhauer, encontrou sua mais acabada expressão nos evangelhos, onde "ama a teu próximo como a ti mesmo" constitui o princípio fundamental da conduta. Mas nem mesmo a ética da piedade possibilitaria ao homem atingir a felicidade última. Para Schopenhauer, a mais completa forma de salvação para o homem somente pode ser encontrada na renúncia quietista ao mundo e a todas as suas solicitações, na mortificação dos instintos, na auto-anulação da vontade e na fuga para o Nada: "...desviemos um instante os olhos de nossa própria indigência e de nosso limitado horizonte; levemo-lo sobre esses homens que venceram o mundo nos quais a vontade, atingindo a perfeita consciência de si, se reconheceu em tudo que existe e livremente renunciou a si mesma...
Então, em vez desse tumulto de aspirações sem fim, em vez dessas passagens constantes do desejo ao medo, da alegria ao sofrimento, em vez dessas esperanças sempre inalcançadas e sempre renascentes, que fazem da vida humana, enquanto animada pela vontade, um sonho interrompido, não perceberemos mais do que esta paz, mais preciosa que todos os tesouros da razão, a calma absoluta do espírito, esta serenidade imperturbável, tal como Rafael e Corregio a pintaram nas figuras de seus santos e cujo brilho deve ser para nós a mais completa e verídica anunciação da boa nova: a vontade desapareceu; subsiste apenas o conhecimento".
 

Cronologia


1788 – Arthur Schopenhauer nasce em Dantzig, a 22 de fevereiro.
1789 – A 14 de julho, eclode a Revolução Francesa.
1794 – Fichte publica Os Princípios Fundamentais da Doutrina da Ciência.
1807 – Schopenhauer ingressa no Liceu de Weimar. Publicaçao da Fenomenologia do Espirito, de Hegel.
1813 – Schopenhauer doutora-se pela Universidade de Berlim com a tese Sobre a Quádrupla Raiz do Princípio de Razão Suficiente. Nasce Sören Kierkegaard. 
1816 – Schopenhauer publica Sobre a Visão e as Cores.
1818 – Nasce Karl Marx.
1819 – Publicação de O Mundo como Vontade e Representação, de Schopenhauer.
1831 – Comte inicia a publicação de seu Curso de Filosofia Positiva. Morte de Hegel.
1832 – Morte de Goethe.
1835 – Nasce Johannes Brahms. Tocqueville publica a primeira parte de A Democracia na América.
1840 – Proudhon publica O que é a Propriedade?
1841 – Editam-se Os Dois Problemas Fundamentais da Ética, de Schopenhauer.
1844 – Nasce Friedrich Wilhelm Nietzsche.
1851 – Schopenhauer publica Parerga e Paralipomena.
1860 – Morre a 27 de setembro, em Frankfurt-sobre-o-Meno.


FRASES DE ARTHUR SCHOPENHAUER

Veja também Pensamentos de Arthur Schpenhauer Quanto menos inteligente um homem é,menos misteriosa lhe parece a existência.
( Frases e Pensamentos de Arthur Schopenhauer) Mensagem sobre Pensamentos
A glória é tanto mais tardia quanto mais duradoura há de ser,porque todo fruto delicioso amadurece lentamente.
( ARTHUR SCHOPENHAUER ) Mensagem sobre Problemas
A solidão é a sorte de todos os espíritos excepcionais.
( ARTHUR SCHOPENHAUER ) Mensagem sobre solidão
A arte é uma flor nascida no caminho da nossa vida, e que se desenvolve para suavizá-la.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
A compaixão pelos animais está intimamente ligada a bondade de caráter, e pode ser seguramente afirmado que quem é cruel com os animais não pode ser um bom homem
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
A compaixão pelos animais está intimamente ligada a bondade de caráter, e quem é cruel com os animais não pode ser um bom homem.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
A glória é tanto mais tardia quanto mais duradoura há de ser, porque todo fruto delicioso amadurece lentamente.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
A honra cavalheiresca é filha da arrogância e da tolice.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
A honra é, objetivamente, a opinião dos outros acerca do nosso valor, e, subjetivamente, o nosso medo dessa opinião.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
A ignorância só degrada o homem quando se encontra em companhia da riqueza.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
A mulher é um efeito deslumbrante da natureza.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
A música exprime a mais alta filosofia numa linguagem que a razão não compreende.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
A nossa felicidade depende mais do que temos nas nossas cabeças, do que nos nossos bolsos.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
A riqueza influencia-nos como a água do mar. Quanto mais bebemos, mais sede temos..
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
A serenidade e a vitalidade da nossa juventude baseiam-se em parte no fato de que nós, ao subirmos a montanha, não vermos a morte, pois ela encontra-se do outro lado da encosta.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
A solidão é a sorte de todos os espíritos excepcionais.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
A solidão é o destino de todos os espíritos eminentes.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
A virtude não se ensina, como tão pouco o génio.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
Arquitetura é música congelada.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
As causas não determinam o caráter da pessoa, mas apenas a manifestação desse caráter, ou seja, as ações.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
As pessoas comuns pensam apenas como passar o tempo. Uma pessoa inteligente tenta usar o tempo.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
As religiões, assim como as luzes, necessitam de escuridão para brilhar.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
Casar-se significa duplicar as suas obrigações e reduzir a metade dos seus direitos.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
Certamente a vida não existe para ser aproveitada, mas para ser suportada e despachada... De fato, é um conforto na velhice ter o trabalho da vida por trás de si.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
Da árvore do silêncio pende seu fruto, a paz.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
Em geral, nove décimos da nossa felicidade baseiam-se exclusivamente na saúde. Com ela, tudo se transforma em fonte de prazer.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
Erguer um monumento a quem está vivo significa declarar que não se pode confiar nos seus pósteros.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
Ler quer dizer pensar com uma cabeça alheia, em lugar da própria.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
Na verdade, só existe prazer no uso e no sentimento das próprias forças, e a maior dor é a reconhecida falta de forças onde elas seriam necessárias.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
Nas pessoas de capacidade limitada, a modéstia não passa de mera honestidade, mas em quem possui grande talento, é hipocrisia.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
Ninguém é realmente digno de inveja, e tantos são dignos de lástima!
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
Não devemos mostrar a nossa cólera ou o nosso ódio senão por meio de atos. Os animais de sangue frio são os únicos que têm veneno.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
Não ir ao teatro é como fazer a toilette sem espelho.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
O amor é a compensação da morte.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
O bom humor é a única qualidade divina do homem.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
O destino baralha as cartas, e nós jogamos.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
O destino é cruel e os homens são dignos de compaixão.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
O dinheiro é a coisa mais importante do mundo. Representa: saúde, força, honra, generosidade e beleza, do mesmo modo que a falta dele representa: doença, fraqueza, desgraça, maldade e fealdade.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
O dinheiro é uma felicidade humana abstracta; por isso aquele que já não é capaz de apreciar a verdadeira felicidade humana, dedica-se completamente a ele.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
O homem é propriamente falando, um animal que agride.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
O maior erro que um homem pode cometer é sacrificar a sua saúde a qualquer outra vantagem.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
O que temos dentro de nós é o essencial para a felicidade humana.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
Os eruditos são aqueles que leram nos livros; mas os pensadores, os génios, os iluminadores do mundo e os promotores do género humano são aqueles que leram diretamente no livro do mundo.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
Para muitas pessoas, os filósofos são noctívagos inoportunos que as perturbam durante o sono.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
Por sabedoria entendo a arte de tornar a vida mais agradável e feliz possível.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
Quando a felicidade se apresenta devemos abrir-lhe todas as portas porque jamais foi considerada inoportuna.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
Quanto mais elevado é o espírito mais ele sofre.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
Quanto menos inteligente um homem é, menos misteriosa a existência lhe parece.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
Quanto menos inteligente um homem é, menos misteriosa lhe parece a existência.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
Quem não tem medo da vida também não tem medo da morte.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
Se na hora de uma necessidade os amigos são poucos? Ao contrário! Basta fazer uma amizade com alguém para que, logo que este se encontre numa dificuldade, pedir dinheiro emprestado..
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
Sentimos a dor mas não a sua ausência.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
Toda a nação troça das outras e todas têm razão.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
Vista pelos jovens, a vida é um futuro infinitamente longo; vista pelos velhos, um passado muito breve.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )
O que a história conta não passa do longo sonho, do pesadelo espesso e confuso da humanidade.
( ARTHUR SCHOPENHAUER )

fontes

 http://www.culturabrasil.pro.br/schopenhauer.htm

http://www.frases.mensagens.nom.br/frases-autor-a7-arthurschopenhauer.html

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Indicação de leitura do editor do Blog. Como Vencer um Debate sem Precisar Ter Razão. Comentários à "Dialética Erística" de Arthur Schopenhauer.



Aprenda a vencer um debate sem precisar ter razão!!!
Arthur Schopenhauer (1788-1860) deixou inconcluso este livro breve e perturbador com que desmascara os esquemas da argumentação maliciosa e falsa. Por mais de um século a ‘Dialética Erística’ ficou praticamente ignorada, até que o renascimento dos estudos sobre retórica e persuasão viesse tirá-la do esquecimento, mostrando seu potencial explosivo. Nesta edição, o texto é enriquecido por extensos comentários e acréscimos do filósofo brasileiro Olavo de Carvalho, que seu ‘O imbecil coletivo’ consagrou como um expert no desmascaramento da pseudo-argumentação.


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Sri Caitanya-caritamrta Madhya-lila, 7,109


 
 
 
O Senhor Sri Caitanya Mahaprabhu não manifestou Suas potências espirituais em Navadvipa, porém, manifestou-as no sul da Índia e liberou todas as pessoas de lá.
 
Significado - Naquela época, havia muitos smartas (seguidores não devotos de rituais védicos) na terra santa de Navadvipa, a qual era também a terra natal do Senhor Sri Caitanya Mahaprabhu. Chamam-se smartas os seguidores do smrti-sastra. A maioria deles não são devotos, e a principal função deles é seguir estritamente os princípios bramínicos. Contudo, eles não são iluminados com serviço devocional. Em Navadvipa, todos os acadêmicos eruditos são seguidores do smriti-sastra, e o Senhor Sri Caitanya Mahaprabhu não tentou converte-los. Portanto, o autor observa que a potência espiritual não manifesta pelo Senhor Sri Caitanya Mahaprabhu em Navadhuipa manifestou-se, por sua graça, no sul da Índia. Assim, todos ali tornaram-se Vaisnavas. Com isso, deve-se entender que as pessoas na realidade interessam-se em pregar numa situação favorável. Se os candidatos à conversão perturbam demais, pode ser que o pregador não tente divulgar a consciência de Krishna entre eles. É melhor ir para onde a situação seja mais favorável. A princípio tentou-se introduzir este movimento para a consciência de Krishna na Índia, mas o povo da Índia, estando absorto em pensamentos políticos, não o adotou. Estavam fascinados pelos líderes políticos. Por isso, preferimos vir ao Ocidente, seguindo a ordem de nosso mestre espiritual, e, pela graça do Senhor Caitanya Mahaprabhu, este movimento tem sido bem sucedido.
 
Sri Caitanya-caritamrta Madhya-lila, 7,109
 
coleção do Sri Caitanya Caritamrta.
 
 http://br.groups.yahoo.com/group/krishna-katha/

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Admirável mundo novo fascista



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O charlatanismo e a pseudo-intelectualidade neo-ateísta / Olavo de Carvalho



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segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

143 - É permitido o uso do véu na Igreja?



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domingo, 23 de dezembro de 2012

Platão

Filósofo grego Platão
Filosofo Platão


Platão (em grego antigo: Πλάτων, transl. Plátōn, "amplo",[1] Atenas,[nota 1] 428/427[nota 2] – Atenas, 348/347 a.C.) foi um filósofo e matemático do período clássico da Grécia Antiga, autor de diversos diálogos filosóficos e fundador da Academia em Atenas, a primeira instituição de educação superior do mundo ocidental. Juntamente com seu mentor, Sócrates, e seu pupilo, Aristóteles, Platão ajudou a construir os alicerces da filosofia natural, da ciência e da filosofia ocidental.[11] Acredita-se que seu nome verdadeiro tenha sido Arístocles[12]; Platão era um apelido que, provavelmente, fazia referência à sua característica física, tal como o porte atlético ou os ombros largos, ou ainda a sua ampla capacidade intelectual de tratar de diferentes temas, entre eles a ética, a política, a metafísica e a teoria do conhecimento.

A sofisticação de Platão como escritor é especialmente evidente em seus diálogos socráticos; trinta e cinco diálogos e treze cartas são creditadas tradicionalmente a ele, embora os estudiosos modernos tenham colocado em dúvida a autenticidade de pelo menos algumas destas obras.[13] Estas obras também foram publicadas em diversas épocas, e das mais variadas maneiras, o que levou a diferentes convenções no que diz respeito à nomenclatura e referenciação dos textos.

Embora não exista qualquer dúvida de que Platão lecionou na Academia fundada por ele, a função pedagógica de seus diálogos - se é que alguma existia - não é conhecida com certeza. Os diálogos, desde a época do próprio Platão, eram usados como ferramenta de ensino nos tópicos mais variados, como filosofia, lógica, retórica, matemática, entre outros.



Vida


Platão nasceu em Atenas[14], provavelmente em 427 a.C.[carece de fontes] (no ano da 88a olimpíada, no sétimo dia do mês Thargêliốn[15]), cerca de um ano após a morte do estadista Péricles [carece de fontes], e morreu em 347 a.C.[carece de fontes] (no primeiro ano da 108a olimpíada[16]). Seu pai, Aristão, tinha como ancestral o rei Codros e sua mãe, Perictione, era descendente de um irmão de Sólon[14].

Inicialmente, Platão entusiasmou-se com a filosofia de Crátilo, um seguidor de Heraclito. No entanto, por volta dos 20 anos, encontrou o filósofo Sócrates e tornou-se seu discípulo até a morte deste. Pouco depois de 399 a.C., Platão esteve em Mégara com alguns outros discípulos de Sócrates, hospedando-se na casa de Euclides. Em 388 a.C., quando já contava quarenta anos, Platão viajou para a Magna Grécia com o intuito de conhecer mais de perto comunidades pitagóricas. Nesta ocasião, veio a conhecer Arquitas de Tarento. Ainda durante essa viagem, Dionísio I convidou Platão para ir à Siracusa, na Sicília[17]. No início, Dionísio deu liberdade para Platão se expressar, porém quando se sentiu ofendido por algumas declarações de Platão, Dionísio vendeu Platão no mercado de escravos por vinte minas; alguns filósofos, porém, juntaram o dinheiro, compraram Platão e o mandaram de volta para a Grécia, aconselhando-o que os sábios deve se associar o menos possível aos tiranos, ou com o maior cuidado possível[17].

Em seu retorno, fundou a Academia. A instituição logo adquiriu prestígio e a ela acorriam inúmeros jovens em busca de instrução e até mesmo homens ilustres a fim de debater ideias. Em 367 a.C., Dionísio I morreu, e Platão retornou a Siracusa a fim de mais uma vez tentar implementar suas ideias políticas na corte de Dionísio II. No entanto, o desejo do filósofo foi novamente frustrado. Em 361 a.C. voltou pela última vez à Siracusa com o mesmo objetivo e pela terceira vez fracassa. De volta para Atenas em 360 a.C., Platão permaneceu na direção da Academia até sua morte, em 347 a.C.

Pensamento platônico



Platão, em detalhe da Escola de Atenas, de Rafael Sanzio (c. 1510). Satanza della Segnatura. Palácio Apostólico, Vaticano.

Em linhas gerais, Platão desenvolveu a noção de que o homem está em contato permanente com dois tipos de realidade: a inteligível e a sensível. A primeira é a realidade imutável, igual a si mesma. A segunda são todas as coisas que nos afetam os sentidos, são realidades dependentes, mutáveis e são imagens da realidade inteligível.

Tal concepção de Platão também é conhecida por Teoria das Ideias ou Teoria das Formas. Foi desenvolvida como hipótese no diálogo Fédon e constitui uma maneira de garantir a possibilidade do conhecimento e fornecer uma inteligibilidade relativa aos fenômenos.

Para Platão, uma determinada caneta, por exemplo, terá determinados atributos (cor, formato, tamanho etc). Outra caneta terá outros atributos, sendo ela também uma caneta, tanto quanto a outra. Aquilo que faz com que as duas sejam canetas é, para Platão, a Ideia de Caneta, perfeita, que esgota todas as possibilidades de ser caneta. A ontologia de Platão diz, então, que algo é na medida em que participa da Ideia desse objeto. No caso da caneta é irrelevante, mas o foco de Platão são coisas como o ser humano, o bem ou a justiça, por exemplo.

O problema que Platão propõe-se a resolver é a tensão entre Heraclito e Parmênides: para o primeiro, o ser é a mudança, tudo está em constante movimento e é uma ilusão a estaticidade, ou a permanência de qualquer coisa; para o segundo, o movimento é que é uma ilusão, pois algo que é não pode deixar de ser e algo que não é, não pode passar a ser; assim, não há mudança.

Por exemplo, o que faz com que determinada árvore seja ela mesma desde o estágio de semente até morrer, e o que faz com que ela seja tão árvore quanto outra de outra espécie, com características tão diferentes? Há aqui uma mudança, tanto da árvore em relação a si mesma (com o passar do tempo ela cresce) quanto da árvore em relação a outra. Para Heraclito, a árvore está sempre mudando e nunca é a mesma, e para Parmênides, ela nunca muda, é sempre a mesma e sua mudança é uma ilusão .

Platão resolve esse problema com sua Teoria das Ideias. O que há de permanente em um objeto é a Ideia; mais precisamente, a participação desse objeto na sua Ideia correspondente. E a mudança ocorre porque esse objeto não é uma Idéia, mas uma incompleta representação da Ideia desse objeto. No exemplo da árvore, o que faz com que ela seja ela mesma e seja uma árvore (e não outra coisa), a despeito de sua diferença daquilo que era quando mais jovem e de outras árvores de outras espécies (e mesmo das árvores da mesma espécie) é a sua participação na Ideia de Árvore; e sua mudança deve-se ao fato de ser uma pálida representação da Ideia de Árvore.

Platão também elaborou uma teoria gnosiológica, ou seja, uma teoria que explica como se pode conhecer as coisas, ou ainda, uma teoria do conhecimento. Segundo ele, ao ver um objeto repetidas vezes, uma pessoa se lembra, aos poucos, da Ideia daquele objeto que viu no mundo das Ideias. Para explicar como se dá isso, Platão recorre a um mito (ou uma metáfora) segundo a qual, antes de nascer, a alma de cada pessoa vivia em uma estrela, onde se localizam as Ideias. Quando uma pessoa nasce, sua alma é "jogada" para a Terra, e o impacto que ocorre faz com que esqueça o que viu na estrela. Mas, ao ver um objeto aparecer de diferentes formas (como as diferentes árvores que se pode ver), a alma se recorda da Ideia daquele objeto que foi visto na estrela. Tal recordação, em Platão, chama-se anamnesis.

A reminiscência

Uma das condições para a indagação ou investigação acerca das Ideias é que não estamos em estado de completa ignorância sobre elas. Do contrário, não teríamos nem o desejo nem o poder de procurá-las. Em vista disso, é uma condição necessária, para tal investigação, que tenhamos em nossa alma alguma espécie de conhecimento ou lembrança de nosso contato com as Ideias (contato esse ocorrido antes do nosso próprio nascimento) e nos recordemos das Ideias ao vê-las reproduzidas palidamente nas coisas.

Deste modo, toda a ciência platônica é uma reminiscência.[18] A investigação das Ideias supõe que as almas preexistiram em uma região divina onde contemplavam as Ideias. Podemos tomar como exemplo o Mito da Parelha Alada, localizado no diálogo Fedro, de Platão. Neste diálogo, Platão compara a raça humana a carros alados. Tudo o que fazemos de bom, dá forças às nossas asas. Tudo o que fazemos de errado, tira força das nossas asas. Ao longo do tempo fizemos tantas coisas erradas que nossas asas perderam as forças e, sem elas para nos sustentarmos, caímos no Mundo Sensível, onde vivemos até hoje. A partir deste momento, fomos condenados a vermos apenas as sombras do Mundo das Ideias.

Amor

No Simpósio (também conhecido como O Banquete), de Platão, Sócrates revela que foi a sacerdotisa Diotima de Mantinea que o iniciou nos conhecimentos e na genealogia do amor. As ideias de Diotima estão na origem do conceito socrático-platônico do amor.

Conhecimento

Platão não buscava as verdadeiras essências da forma física como buscavam Demócrito e seus seguidores. Sob a influência de Sócrates, ele buscava a verdade essencial das coisas. Platão não poderia buscar a essência do conhecimento nas coisas, pois estas são corruptíveis, ou seja, variam, mudam, surgem e se vão. Como o filósofo busca a verdade plena, deve buscá-la em algo estável, nas verdadeiras causas, pois logicamente a verdade não pode variar e, se há uma verdade essencial para os homens, esta verdade deve valer para todas as pessoas. Logo, a verdade deve ser buscada em algo superior.

Como seu mestre Sócrates, Platão busca descobrir as verdades essenciais das coisas. As coisas devem ter um outro fundamento, além do físico, e a forma de buscar estas realidades vem do conhecimento, não das coisas mas do além das coisas. Esta busca racional é contemplativa. Isto significa buscar a verdade no interior do próprio homem, não meramente como sujeito particular, mas como participante das verdades essenciais do ser.

O conhecimento era o conhecimento do próprio homem, mas sempre ressaltando o homem não enquanto corpo, mas enquanto alma. O conhecimento contido na alma era a essência daquilo que existia no mundo sensível. Portanto, em Platão, também a técnica e o mundo sensível eram secundários. A alma humana enquanto perfeita participa do mundo perfeito das ideias, porém este formalismo só é reconhecível na experiência sensível.

Também o conhecimento tinha fins morais, isto é, levar o homem à bondade e à felicidade. Assim a forma de conhecimento era um reconhecimento, que faria o homem dar-se conta das verdades que sempre possuíra e que o levavam a discernir melhor dentre as aparências de verdades e as verdades. A obtenção do autoconhecimento era um caminho árduo e metódico.

Quanto ao mundo material, o homem poderia ter somente a doxa (opinião) e téchne (técnica), que permitia a sua sobrevivência, ao passo que, no mundo das ideias, o homem pode ter a épisthéme, o conhecimento verdadeiro, o conhecimento filosófico,.

Platão não defendia que todas as pessoas tivessem igual acesso à razão. Apesar de todos terem a alma perfeita, nem todos chegavam à contemplação absoluta do mundo das ideias.

Política

"Os males não cessarão para os humanos antes que a raça dos puros e autênticos filósofos chegue ao poder, ou antes, que os chefes das cidades, por uma divina graça, ponham-se a filosofar verdadeiramente." (Platão, Carta Sétima, 326b).

Esta afirmação de Platão deve ser compreendida com base na teoria do conhecimento, e lembrando que o conhecimento para Platão tem fins morais.

Todo o projecto político platónico foi traçado a partir da convicção de que a Cidade-Estado ideal deveria ser obrigatoriamente governada por alguém dotado de uma rigorosa formação filosófica.

Platão acreditava que existiam três espécies de virtudes baseadas na alma, que corresponderiam aos estamentos da pólis:

  • A primeira virtude era a da sabedoria, deveria ser a cabeça do Estado, ou seja, o governante, pois possui caráter de ouro e utiliza a razão.

  • A segunda espécie de virtude é a coragem, deveria ser o peito do Estado, isto é, os soldados ou guardiões da pólis, pois sua alma de prata é imbuída de vontade. E, por fim,

  • A terceira virtude, a temperança, que deveria ser o baixo-ventre do Estado, ou os trabalhadores, pois sua alma de bronze orienta-se pelo desejo das coisas sensíveis.

O homem e a alma

O homem para Platão era dividido em corpo e alma. O corpo era a matéria e a alma era o imaterial e o divino que o homem possuía. Enquanto o corpo está em constante mudança de aparência, a alma não muda nunca. Desde quando nascemos, temos a alma perfeita, porém não sabemos. As verdades essenciais estão inscritas na alma eternamente, porém, ao nascermos, nós as esquecemos, pois a alma é aprisionada no corpo.

Para Platão a alma é divida em três partes:

  • 1 Racional: cabeça; esta tem que controlar as outras duas partes. Sua virtude é a sabedoria ou prudência (phrónesis).

  • 2 Irascível: tórax; parte da impetuosidade, dos sentimentos. Sua virtude é a coragem (andreía).

  • 3 Concupiscente: baixo ventre; apetite, desejo, mesmo carnal (sexual), ligado ao libido. Sua virtude é a moderação ou temperança (sophrosýne).

Platão acreditava que a alma depois da morte reencarnava em outro corpo, mas a alma que se ocupava com a filosofia e com o Bem, esta era privilegiada com a morte do corpo. A ela era concedida o privilégio de passar o resto dos seus tempos em companhia dos deuses.

Por meio da relação de sua alma com a Alma do Mundo, o homem tem acesso ao mundo das Ideias e aspira ao conhecimento e às ideias do Bem e da Justiça. A partir da contemplação do mundo das Ideias, o Demiurgo, tal como Platão descreveu no Timeu, organizou o mundo sensível. Não se trata de uma criação ex nihilo, isto é, do nada, como no caso do Deus judaico-cristão, pois o Demiurgo não criou a matéria (Timeu, 53b) nem é a fonte da racionalidade das Ideias por ele contempladas. A ação do homem se restringe ao mundo material; no mundo das Ideias o homem não pode transformar nada. Pois o que é perfeito, não pode ser mais perfeito.

Obras



Parte de P.Oxy. LII 3679, com trecho da República, de Platão.

Diálogos


Platão escreveu, principalmente, na forma de diálogos. Esses escritos, considerados autênticos, são, provavelmente em ordem cronológica :

  1. Hípias menor: trata do agir humano;
  2. Primeiro Alcibíades: trata da doutrina socrática do auto-conhecimento;
  3. Segundo Alcibíades : trata do conhecimento;
  4. Apologia de Sócrates: relata o discurso de defesa de Sócrates no tribunal de Atenas;
  5. Eutífron: trata dos conceitos de piedade e impiedade;
  6. Críton: trata da justiça;
  7. Hípias maior: discussão estética;
  8. Hiparco: ocupa-se com os conceitos de cobiça e avidez;
  9. Laques: trata da coragem;
  10. Lísis: trata da amizade/amor;
  11. Cármides: diálogo ético;
  12. Protágoras: trata do conceito e natureza da virtude;
  13. Górgias: trata do verdadeiro filósofo em oposição aos sofistas;
  14. Mênon: trata do ensino da virtude e da rememoração (anamnese);
  15. Fédon: relata o julgamento e morte de Sócrates e trata da imortalidade da alma;
  16. O Banquete: trata da origem, as diferentes manifestações e o significado do amor sensual;
  17. Fedro: trata da retórica e do amor sensual;
  18. Íon: trata de poesia;
  19. Menêxeno: elogio da morte no campo de batalha;
  20. Eutidemo: crítica aos sofistas;
  21. Crátilo: trata da natureza dos nomes;
  22. A República: aborda vários temas, mas todos subordinados à questão central da justiça;
  23. Parmênides: trata da ontologia. É neste diálogo que o jovem Sócrates, a personagem, defende a teoria das formas que é duramente criticada por Parmênides;
  24. Teeteto: trata exclusivamente da Teoria do Conhecimento;
  25. Sofista: diálogo de caráter ontológico, discute o problema da imagem, do falso e do não-ser;
  26. Político: trata do perfil do homem político;
  27. Filebo: versa sobre o bom e o belo e como o homem pode viver melhor;
  28. Timeu: trata da origem do universo.
  29. Crítias: Platão narra aqui mito de Atlântida através de Crítias (seu avô). É um diálogo inacabado;
  30. Leis: aborda vários temas da esfera política e jurídica. É o último (inacabado), mais longo e complexo diálogo de Platão;
  31. Epidômite
  32. Epístolas: Cartas (dentre as quais, somente a de número 7 (sete) é considerada realmente autêntica)

Tetralogias


Há, na Antiguidade, duas classificações das obras de Platão: a trilógica, de Aristófanes de Bizâncio, e a tetralógica, de Trasilo. Segundo Diógenes Laércio, as 9 tetralogias são:


Muitos diálogos não inclusos nas tetralogias de Trasilo circularam com o nome de Platão, ainda que fossem considerados espúrios (notheuomenoi) até mesmo na Antiguidade.

  • Axíocho (2), Definições (2), Demódoco (2), Epigramas, Eríxia (2), Halcyon (2), Da Justiça (2), Da Virtude (2), Sísifo (2).

Os diálogos que estão marcados com (1) nem sempre são atribuídos a Platão, e os marcado com (2) são considerados apócrifos. Os que não estão marcados são de autoria certa. O critério para a atribuição é variado, mas geralmente são consideradas obras de Platão as que são citadas por Cícero ou Aristóteles, ou referidas pelo próprio autor em outros textos.

Linha do tempo



Notas


  1. Diógenes Laércio menciona que Platão "nasceu, segundo alguns escritores, em Aegina, na casa de Fidíades, filho de Tales". Diógenes menciona como uma de suas fontes a História Universal de Favorinus. De acordo com Favorinus, Ariston, pai de Platão, e sua família foram enviados por Atenas para fixarem-se como clerúquios (colonos mantendo sua cidadania ateniense) na ilha de Aegina, de onde foram expulsos pelos espartanos após Platão nascer lá.[2] Nails indica, no entanto, que não há registro de qualquer expulsão de atenienses de Aegina por parte dos espartanos entre 431 e 411 a.C.[3] Por outro lado, no Tratado de Nicias Aegina foi silenciosamente deixada sob o controle de Atenas, e não foi até o verão de 411 a.C. que os espartanos invadiram a ilha.[4] Por isso Nails conclui que "talvez Ariston foi um clerúquio, talvez foi a Aegina em 431, e, talvez, Platão nasceu em Aegina, mas nada disso permite uma datação precisa da morte de Ariston (ou de nascimento de Platão).[3] Aegina é considerada como o local de nascimento de Platão também pela Suda.[5]
  2. O gramático Apolodoro argumenta, nas suas Crônicas, que Platão nasceu no primeiro ano da 88ª Olimpíada (427 a.C.), no sétimo dia do mês de Targélion; de acordo com esta tradição, o deus Apolo teria nascido neste dia.[6] De acordo com outro biógrafo seu, Neantes, Platão teria 84 anos de idade ao morrer.[6] De acordo com a versão de Neantes, Platão era seis anos mais novo que Isócrates, e teria portanto nascido no segundo ano da 87ª Olimpíada, ano da morte de Péricles (429 a.C.).[7] De acordo com a Suda, Platão teria nascido em Egina, na 88ª Olimpíada, em meio à fase preliminar da Guerra do Peloponeso, e teria vivido 82 anos.[5] Para o estudioso inglês do século XVI, sir Thomas Browne, Platão teria nascido de fato na 88ª Olimpíada;[8] o célebre platonista do Renascimento celebrava o nascimento de Platão no dia 7 de novembro.[9] Já para o filólogo alemão Ulrich von Wilamowitz-Moellendorff, Platão teria nascido quando Diótimos era arconte epônimo, mais especificamente entre 29 de julho de 428 a.C. e 24 de julho de 427 a.C.[10] O filólogo grego acredita que o filósofo teria nascido em 26 ou 27 de maio de 427 a.C., enquanto o filósofo britânico Jonathan Barnes estipula 428 a.C. como o ano de nascimento de Platão.[11] Já a filósofa americana Debra Nails alega que Platão teria nascido em 424/423 a.C.[9]

Referências


  1. Diógenes Laércio 3.4; p. 21, David Sedley, Plato's Cratylus, Cambridge University Press 2003.
  2. Diogenes Laertius, Life of Plato, III
  3. a b D. Nails, "Ariston", 54
  4. Thucydides, History of the Peloponnesian War, 5.18; local de nascimento = * Thucydides, History of the Peloponnesian War, 8.92
  5. a b "Plato". Suda. 
  6. a b Diógenes Laércio, Vida de Platão, II
  7. F.W. Nietzsche, Werke, 32
  8. T. Browne, Pseudodoxia Epidemica, XII
  9. a b D. Nails, The Life of Plato of Athens, 1
  10. U. von Wilamowitz-Moellendorff, Plato, 46
  11. a b "Plato". Encyclopaedia Britannica. (2002). 
  12. Alexander, citado por Diógenes Laércio, Vidas e doutrinas dos filósofos ilustres, Livro III, Vida de Platão, 5
  13. Algumas das tetralogias de Trasilo, por exemplo, foram excluídas; ver a lista em John M. Cooper (ed.), Plato: Complete Works, Hackett, 1997.
  14. a b Diógenes Laércio, Vidas e doutrinas dos filósofos ilustres, Livro III, Vida de Platão, 1
  15. Apolodoro, citado por Diógenes Laércio, Vidas e doutrinas dos filósofos ilustres, Livro III, Vida de Platão, 2
  16. Hermippus, citado por Diógenes Laércio, Vidas e doutrinas dos filósofos ilustres, Livro III, Vida de Platão, 2
  17. a b Diodoro Sículo, Livro XV, 7.1
  18. A reminiscência em Platão Por José Cavalcante de Souza. Revista Discurso. Ano I, nº 2 - 1971.

Referências bibliográficas


  • Browne, Sir Thomas. Pseudodoxia Epidemica. [S.l.: s.n.], 1646-1672.
  • Guthrie, W.K.C.. A History of Greek Philosophy: Volume 4, Plato: The Man and His Dialogues: Earlier Period. [S.l.]: Cambridge University Press, 1986. ISBN 0-521-31101-2
  • Kahn, Charles H.. Plato and the socratic dialogue: The Philosophical Use of a Literary Form. [S.l.]: Cambridge University Press, 2004. ISBN 0-521-64830-0
  • Nails, Debra. A Companion to Plato edited by Hugh H. Benson. [S.l.]: Blackwell Publishing, 2006. ISBN 1-405-11521-1
  • Nails, Debra. The People of Plato: A Prosopography of Plato and Other Socratics. [S.l.]: Hackett Publishing, 2002. ISBN 0-872-20564-9
  • Nietzsche, Friedrich Wilhelm. Werke: Kritische Gesamtausgabe (in German). [S.l.]: Walter de Gruyter, 1967. ISBN 3-110-13912-X
  • Notopoulos, A.. (April 1939). "The Name of Plato". Classical Philology 34 (2): 135–145. The University of Chicago Press. DOI:10.1086/362227.
  • "Plato". Encyclopaedia Britannica. (2002). 
  • "Plato". Encyclopaedic Dictionary The Helios Volume XVI (in Greek). (1952). 
  • "Plato". Suda. (10th century). 
  • Smith, William. Dictionary of Greek and Roman Biography and Mythology. [S.l.: s.n.], 1870.
  • Tarán, Leonardo. Collected Papers 1962-1999. [S.l.]: Brill Academic Publishers, 2001. ISBN 9-004-12304-0.
  • Taylor, Alfred Edward. Plato: The Man and his Work. [S.l.]: Courier Dover Publications, 2001. ISBN 0-486-41605-4
  • Wilamowitz-Moellendorff, Ulrich von. Plato: his Life and Work (traduzido do grego por Xenophon Armyros. [S.l.]: Kaktos, 2005 (first edition 1917). ISBN 960-382-664-2

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 FRASES E PENSAMENTO DE PLATÃO

"Teme a velhice, porque ela nunca vem só." [ Platão ]

"Não espere por uma crise para descobrir o que é importante em sua vida."
[ Platão ]

"O corpo humano é a carruagem, eu, o homem que a conduz, os pensamentos
as rédeas, os sentimentos são os cavalos." [ Platão ]

"São filósofos verdadeiros aqueles que gostam de contemplar a verdade."
[ Platão ]

"Uma vida não questionada não merece ser vivida." [ Platão ]

"Tente mover o mundo o primeiro passo será mover a si mesmo." [ Platão ]

"Quando a mente está pensando, está falando consigo mesma." [ Platão ]

"A harmonia se obtém pela virtude." [ Platão ]

"Nunca desencoraje ninguém que continuamente faz progresso, não importa
quão devagar." [ Platão ]

"Deus é verdade, e a luz é a sua sombra." [ Platão ]

"Cometer injustiças é pior que sofrê-las." [ Platão ]

"Amor: uma perigosa doença mental." [ Platão ]

"Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro; a real
tragédia da vida é quando os homens têm medo da luz." [ Platão ]

"As almas dos homens, antes de terem caído neste sepulcro que é o corpo,
conseguiram vislumbrar, umas mais de perto, outras de maneira menos
precisa, a Pureza, a Justiça, a Sabedoria. Decaíram, corromperam-se,
encheram-se de vícios ao se ligarem com o corpo. Guardam todavia uma tênue
recordação do que antes contemplaram e tendem, sempre, para aquela
perfeição que um dia contemplaram." [ Platão ]

"Mau, com efeito, é o amante vulgar que prefere o corpo ao espírito, pois o
seu amor não é duradouro por não se dirigir a um objeto que perdure. A flor
do corpo que ama vem um dia a murchar e então ele se retira ligeiro como as
asas esquecendo-se das declarações e muitas juras que fez." [ Platão ]

"O começo é a parte mais difícil do trabalho." [ Platão ]

"O sábio fala porque tem alguma coisa a dizer; o tolo, porque tem que dizer
alguma coisa. " [ Platão ]

"Vencer a si próprio é a maior das vitórias. " [ Platão ]

"O que mais importa não é viver, mas viver bem." [ Platão ]

"Lembrai-vos que é necessário a benevolência dos homens para o sucesso dos
negócios. " [ Platão ]

"O belo é o esplendor da verdade. " [ Platão ]

Devemos aprender durante toda a vida, sem imaginar que a sabedoria vem
com a velhice." [ Platão ]

"Mais contrária é a fortuna ao homem a quem não deixa gozar o que possui,
do que ao homem a quem nega quanto ele lhe pede." [ Platão ]

"Um grão de filosofia dispõe ao ateísmo; muita filosofia reconduz à religião."
Platão ]

"O excesso de liberdade só pode converter-se em excesso de servidão, tanto
para um indivíduo em particular como para um Estado." [ Platão ]

"São filósofos aqueles capazes de atingir o que sempre existe de maneira
imutável." [ Platão ]

"O que não se tem, o que não se é, aquilo de que se carece, esses são os
objetos do desejo e do amor." [ Platão ]

"Quanto a mim, recuso o nome de arte a uma atividade irracional." [ Platão ]

"Não devemos de forma alguma preocupar-nos com o que diz a maioria, mas
apenas com a opinião dos que têm conhecimento do justo e do injusto, e com a
própria verdade." [ Platão ]

"A quem poderá ser aprazível uma cidade, se não lhe agradam as leis?" [
Platão ]

"O juiz não é nomeado para fazer favores com a justiça, mas para julgar
segundo as leis." [ Platão ]

"Não é preciso que a bondade se mostre; mas sim é preciso que se deixe ver."
[ Platão ]

"Onde não há igualdade, a amizade não perdura." [ Platão ]

"Devemos seguir sempre o caminho que conduz ao mais alto." [ Platão ]

"Quem ama extremamente, deixa de viver em si e vive no que ama." [ Platão ]

"O homem retrata-se inteiramente na alma; para saber o que é e o que deve
fazer, deve olhar-se na inteligência, nessa parte da alma na qual fulge um raio
da sabedoria divina." [ Platão ]

"A amizade é uma predisposição recíproca que torna dois seres igualmente
ciosos da felicidade um do outro." [ Platão ]

"Não deixes crescer a erva no caminho da amizade." [ Platão ]

"As grandes naturezas produzem grandes vícios, assim como grandes
virtudes." [ Platão ]

"O livro é um mestre que fala mas que não responde." [ Platão ]

"No imposto profissional o justo paga mais e o injusto menos, sobre o mesmo
rendimento." [ Platão ]

"Muitos odeiam a tirania apenas para que possam estabelecer a sua." [ Platão

"Buscar e aprender, na realidade, não são mais do que recordar." [ Platão ]

"Todo homem é poeta quando está apaixonado." [ Platão ]

"Devemos prosperar por merecimento, não por proteção." [ Platão ]

"A democracia... é uma constituição agradável, anárquica e variada,
distribuidora de igualdade indiferentemente a iguais e a desiguais." [ Platão ]

"Tudo aquilo que engana parece libertar um encanto." [ Platão ]

"A orientação inicial que alguém recebe da educação também marca a sua
conduta ulterior." [ Platão ]

"Não eduques as crianças nas várias disciplinas recorrendo à força, mas como
se fosse um jogo, para que também possas observar melhor qual a disposição
natural de cada um." [ Platão ]

"O cansaço físico, mesmo que suportado forçosamente, não prejudica o corpo,
enquanto o conhecimento imposto à força não pode permanecer na alma por
muito tempo." [ Platão ]

"O bom juiz não deve ser jovem, mas ancião, alguém que aprendeu tarde o que
é a injustiça, sem tê-la sentido como experiência pessoal e ínsita na sua alma;
mas por tê-la estudado, como uma qualidade alheia, nas almas alheias." [
Platão ]

"Quem critica a injustiça fá-lo não porque teme cometer ações injustas, mas
porque teme sofrê-las." [ Platão ]

"A admiração é própria da natureza do filósofo; e a filosofia deriva apenas da
estupefação." [ Platão ]

"Os filhos dos homens, dentre todos os animais jovens, são os mais difíceis de
serem tratados." [ Platão ]

"Só os mortos conhecem o fim da guerra." [ Platão ]

"Não é permitido irritarmo-nos com a verdade." [ Platão ]

"Não há nada bom nem mau a não ser estas duas coisas: a sabedoria que é um
bem e a ignorância que é um mal." [ Platão ]

"São muitos os que usam a régua, mas poucos os inspirados." [ Platão ]

"É a esta força que mantém sempre a opinião justa e legítima sobre o que é
necessário temer e não temer, que chamo e defino coragem." [ Platão ]

"Não há ninguém, mesmo sem cultura, que não se torne poeta quando o Amor
toma conta dele." [ Platão ]

"Tudo quanto vive provém daquilo que morreu." [ Platão ]

"A velhice é um estado de repouso e de liberdade no que respeita aos
sentidos. Quando a violência das paixões se relaxa e o seu ardor arrefece,
ficamos libertos de uma multidão de furiosos tiranos." [ Platão ]

"O tempo é a imagem móvel da eternidade imóvel." [ Platão ]

"A necessidade que é a mãe da invenção." [ Platão ]

"Calarei os maldizentes continuando a viver bem; eis o melhor uso que
podemos fazer da maledicência." [ Platão ]

"Os olhos do espírito só começam a ser penetrantes quando os do corpo
principiam a enfraquecer." [ Platão ]

"Os homens não desejam aquilo que fazem, mas os objetivos que os levam a
fazer aquilo que fazem." [ Platão ]

"A parte que ignoramos é muito maior que tudo quanto sabemos." [ Platão ]

"Só pelo amor o homem se realiza plenamente." [ Platão ]

"A paz do coração é o paraíso dos homens." [ Platão ]

"Você pode descobrir mais a respeito de uma pessoa numa hora de jogo do
que num ano de conversação." [ Platão ]

"O que faz andar o barco não é a vela enfunada, mas o vento que não se vê."
[ Platão ]

"A coisa mais indispensável a um homem é reconhecer o uso que deve fazer
do seu próprio conhecimento." [ Platão ]

"Procurando o bem para os nossos semelhantes encontramos o nosso." [
Platão ]

"O começo é a parte mais importante do trabalho." [ Platão ]

"Quem comete uma injustiça é sempre mais infeliz que o injustiçado." [ Platão ]

"Não há nada mais vergonhoso do que alguém ser honrado pela fama dos
antepassados e não pelo merecimento próprio." [ Platão ]


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