domingo, 21 de julho de 2013

A JMJ e o Papa Francisco no Brasil



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Coleção Fono na escola - 03 livros + 03 CDs Mais de 150 encartes com atividades Márcia Honora / Mary Lopes Esteves Frizanco . Indicação de leitura do do editor do Blog.


Coleção Fono na escola - 03 livros + 03 CDsColeção Fono na escola - 03 livros + 03 CDs
Mais de 150 encartes com atividades

Márcia Honora / Mary Lopes Esteves Frizanco
 

 


ISBN: 9788538006725
Edição: 1     Ano: 2009


Esta coleção é o resultado de alguns anos de trabalho de uma fonoaudióloga e de uma pedagoga na assessoria para professores de uma rede pública do Estado de São Paulo.

O intuito desta coleção é levar informações sobre os principais distúrbios fonoaudiológicos que os alunos apresentam até completarem o Ensino Fundamental I, ou seja, dez anos. O objetivo é que essas informações sejam transmitidas com linguagem acessível, clara e exemplicificada, levando ao conhecimento do professor a teoria, os possíveis exames, o tratamento e as possíveis contribuições que a escola poderá oferecer para um melhor desenvolvimento do aluno, podendo mudar sua postura e entendimento frente a algumas alterações fonoaudiológicas frequentes nesta faixa etária.

Não temos a intenção de que a professora, que já tem a sua função, venha desenvolver o papel de fonoaudióloga do aluno. Este trabalho deverá ser realizado por um profissional competente da área, fora da escola.
A intenção deste trabalho é que a professora de sala de aula possa ter um conhecimento sobre estes distúrbios e, de forma lúdica, auxiliar o aluno em suas necessidades, entendendo que muita coisa pode ser feira na escola.
Esta coleção possui três volumes, discutindo as mais frequentes patologias fonoaudiológicas que envolvem os alunos na faixa etária do Ensino Infantil e Fundamental, e cada um deles traz os conhecimentos específicos da área da Fonoaudiologia e da Pedagogia.
Sumário:

DIFICULDADES NA LINGUAGEM

Livro teórico com dados clínicos e pedagógicos das deficiências que englobam os distúrbios da linguagem, envolvendo atraso de linguagem, troca de letras na fala, gagueira, entre outras.
É acompanhado por encartes com atividades lúdicas específicas para o professor desenvolver em sala de aula um trabalho que favoreça o processo de aquisição da linguagem de todos os alunos, contribuindo, em especial, para o aluno que apresenta esse distúrbio.
Cd com jogos para estimular a linguagem
* Aquisição de Linguagem
* Dislalia
* Atrasos de Linguagem
* Troca de Letras
* Gagueira

DIFICULDADES NA AUDIÇÃO

Livro teórico com dados clínicos e pedagógicos dos problemas auditivos, envolvendo a perda de audição, otites de repetição, distúrbio do processamento auditivo central, implante coclear, entre outros.
É acompanhado por encartes com atividades específicas para o professor propiciar um ambiente favorável para a aprendizagem de todos os alunos. Este livro também é acompanhado de CDS para que o professor tenha o material necessário para desenvolver com seus alunos as atividades propostas.
Cd com jogos para estimular a audição; bingo sonoro; desenhando o que escuto; Percebendo cada som
* Uso de aparelhos auditivos
* Implante coclear
* Distúrbio no Processamento auditivo central
* Perdas auditivas
* Otites de Repetição

DIFICULDADES NA ESCRITA

Livro teórico com dados clínicos e pedagógicos das deficiências que englobam os distúrbios da escrita, envolvendo dislexia, disgrafia, discalculia, entre outras.
É acompanhado por encartes com atividades lúdicas específicas para o professor propiciar um ambiente favorável para a alfabetização de todos os alunos.
Cd com jogos e cantigas para estimular a escrita

* Dislexia
* Disgrafia
* Discalculia
* Disortografia

*Informamos que alguns encartes correspondentes aos três livros da coleção Fono na Escola, por terem o formato diferenciado, encontram-se embaixo dos livros e não na lateral, como a maioria.*

fonte:http://www.clickbooks.com.br/product_info.php?products_id=1948&osCsid=ln106rt4o0vikm90j2tkea8c90


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Psicólogo na Escola

por Regina Célia de Souza 



(...) sou a favor dos psicólogos práticos, a favor do trabalho prático e, portanto, em sentido amplo, a favor da ousadia e do aprofundamento de nosso ramo da ciência na própria vida.(Vygotsky,1968) 

O que consiste este trabalho prático do psicólogo na educação? 

Num primeiro momento, relacionar os conhecimentos específicos da Psicologia com os conhecimentos educativos. Para isso é necessário conhecer os temas da educação e o funcionamento da escola enquanto instituição característica para que estes conhecimentos possam ser articulados. 

Cabe ressaltar que o trabalho prático, a que se refere Vygotsky, não é um trabalho afastado da teoria, nem uma superposição do campo psicológico sobre o educacional, e sim um trabalho de reflexão da prática a partir da teoria. 

Assim, apoiado em seus pressupostos teóricos e estes, por sua vez, já articulado ao conhecimento educativo, a grande contribuição do psicólogo escolar reside nos bastidores da instituição, isto é, sua ação deve desenvolver-se prioritariamente com os professores e não com os alunos, contribuindo para que eles estejam cada vez mais fortalecidos e instrumentalizados para uma atuação de qualidade junto ao alunado. 

Hoje não temos dúvidas de que o trabalho mais importante que um psicólogo possa desenvolver nas instituições de educação é a formação em serviço de seus educadores. 

Neste sentido, sua contribuição pode apontar algumas direções: 

Ajudar o educador a refletir sobre sua infância, para melhor compreender a infância de seus alunos; 
Contribuir para que o educador infantil possa rever sua identidade enquanto profissional, encontrando um sentido cada mais significativo par seu fazer pedagógico; 
Auxiliar o educador no convívio das relações grupais; - nas relações de equipe e na construção da turma enquanto grupo; 
Ajudar o educador a refletir sobre sua família para melhor compreender a dinâmica familiar de seus alunos e novo perfil familiar ; 
Ajudar o educador a refletir e conhecer sobre o desenvolvimento humano e os processos ensino/aprendizagem com base nos fundamentos teóricos que sustentam sua prática, possibilitando que ele possa compreender e encaminhar, com clareza, o percurso de escolarização de seus alunos evitando os excessivos encaminhamentos a sessões psicopedagógicas. 
Além disso, não se deve perder de vista algumas questões éticas e políticas: 

É preciso que o psicólogo compreenda que no cenário escolar, da mesma forma que outros técnicos presentes na escola, ele não é o protagonista da cena. Seu trabalho é nos bastidores, buscando promover o educador em suas necessidades de reflexão e de construção de conhecimento. Para isso é fundamental que tenha uma visão integrada desse educador-sujeito, pois seu trabalho é ajudá-lo a se descobrir, a se desvelar, alcançando segurança, autonomia na sala de aula. E isso só é possível através do respeito – respeito por um conhecimento que o professor construiu referente ao cotidiano da sala de aula e que é o objetivo primeiro da escola; e respeito pela pessoa do educador, não lhe lançando interpretações que não está preparado para ouvir – a escola não espaço para clínica psicológica. 

Mas, além disso o que pode fazer o psicólogo escolar? 

Pode: 

desenvolver trabalhos de Orientação Vocacional e Profissional com os alunos; 
desenvolver ações preventivas junto com o corpo docente no que se refere à uso de drogas ; 
desenvolver ações esclarecedoras junto com o corpo docente para os alunos sobre sexualidade, ética, agressividade... 
desenvolver ações esclarecedoras junto com o corpo docente para as famílias sobe desenvolvimento humano, prevenção do uso de drogas, sexualidade, agressividade, ética... 
desenvolver ações esclarecedoras junto com o corpo docente para as famílias sobre o desenvolvimento acadêmico dos alunos; 
desenvolver ações esclarecedoras junto com o corpo docente para famílias e alunos sobre a metodologia e os objetivos da escola; 
participar com toda equipe da escola da construção de seu projeto político pedagógico; 
desenvolver trabalho de relações grupais para que a equipe da escola possa cada dia melhorar suas relações interpessoais. 
* artigo adaptado do texto: “O psicólogo e a educação – uma relação possível” publicado no livro “A práxis na formação de educadores infantis” da mesma autora. Ed. DP&A. 2002. RJ.



http://www.brasilescola.com/psicologia/psicologo-na-escola.htm

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sábado, 20 de julho de 2013

O GADO, PROTESTOS no BRASIL e a NOVA ORDEM MUNDIAL [PREPARE-SE]



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67 - Esclarecimento sobre a PLC 03-2013



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ARROGÂNCIA REVOLUCIONÁRIA NÃO PODE MELHORAR O MUNDO - CONHECIMENTO REAL ...



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Crime Organizado, Farcs, Estado, Polícia (O poder paralelo). por João Maria



Anexo:Lista de países por taxa de homicídio intencional
http://pt.wikipedia.org/wiki/Anexo:Lista_de_pa%C3%ADses_por_taxa_de_homic%C3%ADdio_intencional#cite_note-35

Fiodor Mikhailovitch Dostoievski Título: Crime e Castigo Data da Digitalização: 2004 Data Publicação Original: 1866
http://www.slideshare.net/joaomaria/fiodor-mikhailovitch-dostoievski-ttulo-crime-e-castigo-data-da-digitalizao-2004-data-publicao-original-1866

José Ortega Y Gasset La Rebelion De Las Masas
http://www.slideshare.net/lucyvidalecheverria/jos-ortega-y-gasset-la-rebelion-de-las-masas-2336041

Project Syndicate: o oráculo de George Soros
http://www.midiasemmascara.org/artigos/globalismo/14214-project-syndicate-o-oraculo-de-george-soros.html

http://www.midiasemmascara.org/search.html?searchword=farcs&ordering=&searchphrase=all

Aparelhamento Ideológico do Estado o que é, por João Maria Andarilho Utópico
https://www.youtube.com/watch?v=jj3bE_7kHgA

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Crime Organizado, Farcs, Estado, Polícia (O poder paralelo). por João Maria



Anexo:Lista de países por taxa de homicídio intencional
http://pt.wikipedia.org/wiki/Anexo:Lista_de_pa%C3%ADses_por_taxa_de_homic%C3%ADdio_intencional#cite_note-35

Fiodor Mikhailovitch Dostoievski Título: Crime e Castigo Data da Digitalização: 2004 Data Publicação Original: 1866
http://www.slideshare.net/joaomaria/fiodor-mikhailovitch-dostoievski-ttulo-crime-e-castigo-data-da-digitalizao-2004-data-publicao-original-1866

José Ortega Y Gasset La Rebelion De Las Masas
http://www.slideshare.net/lucyvidalecheverria/jos-ortega-y-gasset-la-rebelion-de-las-masas-2336041

Project Syndicate: o oráculo de George Soros
http://www.midiasemmascara.org/artigos/globalismo/14214-project-syndicate-o-oraculo-de-george-soros.html

http://www.midiasemmascara.org/search.html?searchword=farcs&ordering=&searchphrase=all

Aparelhamento Ideológico do Estado o que é, por João Maria Andarilho Utópico
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"Desbatismo" e outras asnices da ATEA e a jornalista Rachel Scherazade



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“O Futuro Saqueado” CORTELLA

“O Futuro Saqueado”

O Futuro Saqueado - Mário Sérgio Cortella
Olá, Mentes!
Alguns meses sem post, semestre corrido e aqui estou novamente!
Hoje trago para a leitura de vocês (um pouco longa, confesso, mas ótima!), um capítulo do livro Não Nascemos Prontos! Deste moço da imagem, Filósofo e Dr. em Educação Mário Sérgio Cortella, que admiro muito. Conheci suas palestras e logo que pude, adquiri o livro que traz como sub títuloProvocações Filosóficas. Bem, no mínimo nos faz pensar um pouco, ou melhor, repensar algumas lógicas que já estão impregnadas na nossa sociedade como paradigmas, ou até mesmo que ainda não tínhamos parado um minuto para pensar… A propósito, recomendo sua leitura!
O capítulo que trago, nos remete para um futuro que não estamos dando chance de acontecer, principalmente para nossos jovens que, em contrapartida estão encontrando a sua maneira para viver a vida, interpretando de forma errônea o tão conhecido “Carpe Diem”… Culpa nossa? Talvez!
Sem mais, desfrutem!!
O Futuro Saqueado:
“Estamos vivendo um saque antecipado do futuro! Parece alarmista ou, até, piegas, mas continuamos esboroando e furtando as condições de existência para as próximas gerações depois da nossa. Essa é uma situação inédita, pois, durante toda a trajetória evolutiva e histórica da espécie, a grande preocupação de qualquer comunidade humana vinha sendo garantir a continuidade e a melhoria das estruturas de manutenção da vida para os descendentes.
A questão central nesse saque não é exclusivamente a materialidade da situação, isto é, a degradação do meio ambiente e dos recursos naturais, dado que, ainda que de forma incipiente, disso estamos cuidando.
O  fulcro da problemática é, isso sim, os adultos admitirmos e promovermos o apodrecimento das esperanças nas novas gerações. A elas vimos negando o futuro e, com facilidade, ouvem de nós aterradores prognósticos. (Não haverá futuro! Não haverá emprego! Não haverá natureza!). Também desqualificamos o presente e o passado delas. (Isso não é vida; vocês não sabem brincar! Vocês não tiveram infância! Isso que vocês comem é porcaria! Isso não é música, é barulho!)
A tudo isso se dá um ar de fatalidade que indica a crença na impossibilidade de alterar essa rota coletiva; por isso, as novas gerações começaram a acreditar no mais ameaçador perigo para a convivência gregária e a solidadriedade: O individualismo exacerbado. A regra passa a ser a exaltação descontextualizada do carpe diem escrito por Horácio nas suas Odes; deixa de ser um “aproveita o dia”, entendido pelo poeta latino como sinal de equilíbrio e virtude moderadora, e passa a ser um “curta tudo o que puder, no menor tempo possível, pois só há um horizonte: a vida é breve e sem sentido e nada nos resta a não ser o momento”…
Não é casual que haja um aumento desproporcional de jovens (cada vez com menos idade) que desvaloriza a vida, começando pelo desprezo pela própria integridade física e mental; são vítimas fáceis das drogas fatais e do álcool sem medida, proporcionadores de felicidade (ou fuga) momentânea. Claro, desse modo, sem futuro, o presente fica insuportável; o grande Dostoievski escreveu em O idiota que “não foi quando descobriu a  América, mas quando estava prestes de descobri-la, que Colombo se sentiu feliz”.
Vive-se, além de tudo, uma sociedade consumista, na qual a mínima possibilidade de sentido fugaz encontra-se na posse, mesmo que circunstancial, de objetos que são anunciados como sendo os portadores do segredo da felicidade. Crianças bem pequenas perderam a capacidade de brincar sozinhas, com um maravilhoso universo imaginativo e abstrato, no qual, nada material precisava adentrar; agora elas têm “necessidades” inseridas nelas pela nossa inteligência adulta e veiculadas por uma mídia que nem sempre se preocupa com o papel formador que desempenha.
Há uma estonteante presentificação do futuro que pode sequestrar a compreensão da vida como história e processo coletivo, fazendo, por exemplo, que com o terceiro milênio ocidental recém-iniciado,  ele será todo vivido e passado já; fala-se no terceiro milênio como se ele fosse esgotar-se nas próximas décadas.
Não dá para supor um eterno presente; mesmo o fictício Dorian Gray, com o quase perene retrato, pagou caro pela sua ganância vital; nessa obra, Oscar Wilde fez aviso premonitório para quando algumas máscaras caírem: ” As crianças começam por amar os seus pais; quando crescem, julgam-nos; algumas vezes, perdoam-lhes”.”
 FONTES:
CORTELLA; M. S, Não Nascemos Prontos! Provocações Filosóficas. Petrópolis, RJ. Vozes, 2012

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sexta-feira, 19 de julho de 2013

Galo Vingador (Atlético Mineiro) versus Olimpia, jogo de volta. Por Joã...



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Galo Vingador (Atlético Mineiro) versus Olimpia, jogo de volta. Por Joã...




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Psicólogo Clínico formação. As diferenças entre o licenciado em psicologia, bacharel em psicologia e o grau de psicólogo. Por João Maria



Legislação e regulamentação profissional

Decreto nº 53.464, de 21/01/1964

Regulamenta a Lei nº 4.119, de 27 de agosto de 1962, que dispõe sobre a profissão de Psicólogo




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Psicólogo Clínico formação. As diferenças entre o licenciado em psicologia, bacharel em psicologia e o grau de psicólogo. Por João Maria



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Decreto nº 53.464, de 21/01/1964

Regulamenta a Lei nº 4.119, de 27 de agosto de 1962, que dispõe sobre a profissão de Psicólogo

http://www.crpsp.org.br/portal/orientacao/decretos/fr_fed_decreto53464-64.aspx


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Sobre os Protestos no Brasil em junho 2013



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Hoje é Sayana ou Padma jejum de Ekadasi, 19/07/2013

Sayana ou Padma jejum de Ekadasi

Yudhishthira Maharaja disse:  "ó Keshava, qual o nome do Ekadashi que ocorre durante a quinzena clara do mês de Ashadha (jun/jul)?  Qual é a Deidade adorável para esse dia auspicioso, e qual o processo de observá-lo?"

O Senhor Sri Krishna respondeu:  "ó zelador deste planeta terreno, de bom grado contar-te-ei uma maravilhosa história que o Senhor Brahma certa vez narrou a seu filho Naradaji.

Certo dia Narada perguntou a seu pai:  "Qual o nome do Ekadashi que vem durante a parte clara do mês de Ashadha?  Por gentileza conta-me como posso observar este Ekadashi e assim agradar o Senhor Supremo, Vishnu."

O Senhor Brahma respondeu:  "ó grande orador, ó melhor de todos sábios, ó mais puro devoto do Senhor Vishnu, tua pergunta é excelente.  Não há nada melhor que Ekadashi, o dia do Senhor Hari, neste ou em qualquer outro mundo.  Ele nulifica até mesmo os piores pecados se observado corretamente.  Por esta razão vou contar-te sobre Ashadha-sukla Ekadashi.

Jejuar neste Ekadashi nos purifica de todos pecados e realiza todos nossos desejos.  Portanto, quem quer que deixe de obserar este sagrado dia de jejum é um bom candidato a entrar no inferno.  Ashadha-sukla Ekadashi também é famoso como Padma Ekadashi.  Só para agradar a Hrshikesha, o senhor dos sentidos, deve-se jejuar neste dia.  Ouça cuidadosamente, ó Narada, enquanto relato para ti uma história maravilhosa das escrituras sobre este Ekadashi.  Apenas por ouvir este relato já se destroem todos tipos de pecados, junto com todos obstáculos na senda da perfeição espiritual.

ó filho, certa vez havia um rei santo na dinastia solar cujo nome era Mandhata.  Porque sempre defendia a verdade, foi nomeado imperador.  Cuidava de seus súditos como se fossem seus próprios filhos.  Devido a sua piedade e grande religiosidade, não havia pestilência, seca, ou doença de qualquer tipo em seu reino. Todos seus súditos não só estavam livres de todos tipos de perturbaçöes mas também eram muito ricos.  O tesouro do próprio rei estava livre de dinheiro ganho por meios não-recomendados, e assim ele governou felizmente por muitos anos.

Certa vez entretanto, devido a algum pecado em seu reino, houve seca durante três anos. Os súditos viram-se atormentados pela fome.  A falta de grãos alimentícios tornava impossível para eles realizarem os sacrifícios védicos, oferecer oblaçöes a seus antepassados e semideuses, realizarem adoração ritualística, ou até mesmo estudar as literaturas védicas.  Finalmente, todos vieram diante do amado rei numa grande assebléia e disseram:  "ó rei, sempre tratas de nosso bem-estar, portanto humildemente imploramos vossa assistência agora.  Todo mundo e tudo neste mundo precisa de água.  Sem água, quase tudo se torna inútil ou morto.  Os Vedas chamam a água de nara, e porque a Suprema Personalidade de Deus dorme sobre a água, Seu nome é Narayana.  Deus faz Sua própria morada na água e ali faz Seu descanso. (1)  Na Sua forma como as nuvens, o Senhor Supremo está presente pelo céu afora e derrama a chuva, da qual crescem os grãos que mantém toda entidade viva.

ó rei, a severa seca causou uma falta de valiosos grãos; assim estamos sofrendo, e a população está diminuindo.  ó melhor governante da terra, por favor encontre alguma solução para este problema e traga-nos uma vez mais a paz e prosperidade."

O rei respondeu:  "Falais a verdade, pois os grãos são como Brahman, a Verdade Absoluta, que vive dentro dos grãos e assim sustenta todos seres.  De fato, é por causa dos grãos que o mundo inteiro vive.  Agora, porque está havendo uma terrível seca no nosso reino?  As escrituras sagradas discutem este assunto mui profundamente.  Se um rei é irreligioso, tanto ele como seus súditos sofrem.  Meditei na causa de nosso problema durante muito tempo, mas após examinar meu caráter passado e atual, honestamente posso dizer que não encontro pecado.  Ainda assim, para o bem de todos vós súditos, tentarei remediar a situação."

Pensando assim, o Rei Mandhata reuniu seu exército e séquito, prestou suas reverências a Mim, e depois entrou na floresta.  Vagou por aqui e por ali, buscando grandes sábios em seus ashramas e indagando sobre como resolver a crise em seu reino.  Afinal encontrou o ashrama de um de Meus outros filhos, Angira Muni, cuja refulgência iluminava todas direçöes.  Sentado em seu eremitério, Angira parecia um segundo Brahma.  O rei Mandhata estava muito feliz por ver esse exaltado sábio, cujos sentidos estavam completamente sob controle.

O rei imediatamente desmontou de seu cavalo e ofereceu suas respeitosas reverências aos pés de lótus de Angira Rishi.  Então o rei juntou suas palmas e orou por suas bençãos.  Aquela pessoa santa reciprocou abençoando o rei com mantras sagrados, depois perguntou-lhe sobre o bem-estar dos sete membros de seu reino. (2)

Após contar ao sábio como iam os sete membros de seu reino, o rei Mandhata perguntou sobre a felicidade do próprio sábio.  Então Angira Rishi perguntou ao rei porque empreendera tão difícil jornada na floresta, e o rei contou-lhe sobre a aflição que seu reino estava passando.  O rei disse:  "ó grande sábio, estou governando e mantendo meu reino enquanto sigo as injunçöes védicas, e assim não sei qual o motivo da seca.  Para resolver este mistério, aproximei-me de ti para tua ajuda.  Por favor ajuda-me a aliviar o sofrimento de meus súditos."

Angira Rishi disse para o rei:  "A presente era, Satya-yuga, é a melhor de todas eras, pois nessa era o Dharma se apoia nas quatro pernas. (3)  Nesta era todos respeitam brahmanas como os membros mais elevados da sociedade.  Também, todos cumprem com seus deveres ocupacionais, e apenas brahmanas duas-vezes nascidos podem realizar austeridades védicas e penitências.  Embora isto seja o padrão, ó leão entre os reis, há um shudra que ilegalmente realiza os ritos da austeridade e penitência em teu reino.  É por isso que não há chuva no teu país.  Por isso deves castigar este trabalhador com a morte, pois por assim fazer removerás a contaminação e restituirás a paz aos teus súditos."

O rei replicou:  "Como posso matar um realizador de austeridades sem ofensa?  Por favor dá-me alguma solução espiritual."

O grande sábio Angira disse:  "ó rei, deves observar um jejum no Ekadashi que ocorre durante a quinzena clara do mês de Ashadha.  Este dia auspicioso se chama Padma Ekadashi, e por sua influência abundantes chuvas certamente retornarão a teu reino.  Este Ekadashi confere a perfeição tanto aos fiéis observadores, como remove todo tipo de maus elementos, e destrói todos obstáculos na senda da perfeição.  ó rei, tu, teus parentes e teus súditos devem todos observar este sagrado jejum de Ekadashi.  Então tudo em vosso reino irá indubitavelmente retornar ao normal."

Ao ouvir estas palavras, o rei ofereceu suas reverências e depois retornou a seu palácio.  Quando chegou Padma Ekadashi, o rei Mandhata reuniu todos osbrahmanaskshatriyasvaishyas e shudras em seu reino e instruiu-os a observarem estritamente este importante dia de jejum.  Depois que o haviam observado, caíram as chuvas, assim como o sábio havia predito, e no devido tempo houve colheitas fartas e uma rica safra de grãos.  Pela misericórdia do Senhor Supremo Hrishikesha, o senhor de todos sentidos, todos súditos do rei Mandhata se tornaram extremamente felizes e prósperos.

Portanto, ó Narada, todos devem observar este jejum de Ekadashi mui estritamente, pois confere toda sorte de felicidade, bem como a liberação final, ao devoto fiel."

O Senhor Sri Krishna concluiu:  "Meu querido YudhishthiraPadma Ekadashi é tão poderoso que se pode simplesmente ler ou ouvir suas glórias e ficar completamente sem pecado.  ó Pandava, quem deseja agradar-Me deve observar estritamente este Ekadashi, que também é conhecido como Deva-shayaniEkadashi. (1)  ó leão entre os reis, quem quer que queira liberação deve regularmente jejuar neste Ekadashi, que também é o dia em que o jejum deChaturmasya principia."

Assim termina a narrativa das glórias de Ashadha-sukla Ekadasi, ou Padma Ekadasi, do Bhavishya-uttara Purana.

Notas:

(1) Dizem que três coisas não podem existir sem água:  pérolas, seres humanos, e farinha.  A qualidade essencial de uma pérola é seu brilho, e isso é devido à água.  A essência de um homem é seu sêmen, cujo principal componente é água.  E sem água, não se pode transformar farinha em massa  para depois cozinhar e comer.  As vezes a água é chamada de jala narayana, o Senhor Supremo na forma da água.

(2) Os sete membros do domínio de um rei são o próprio rei, seus ministros, seu tesouro, suas forças armadas, seus aliados, os brahmanas, os sacrifícios realizados em seu reino, e as necessidades de seus súditos.

(3) As quatro pernas do Dharma são veracidade, austeridade, misericórdia e limpeza.

(4) Deva-shayani ou Vishnu-shayani, indica o dia em que o Senhor Vishnu vai dormir com todos semideuses.  É dito que depois desse dia não se deve realizar quaisquer novas cerimônias até Devotthani Ekadashi, que ocorre durante o mês de Kartika (out/nov), porque os semideuses, estando adormecidos, não podem ser convidados para a arena sacrificial e porque o sol está viajando no curso meridional.


Para fazer jejum na pratica procure um endereço perto de você na nossa Agenda

Para saber tudo sobre Jejum ou ekadasi clique nos links abaixo:
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http://radioharekrishna.com/Sayana_ou_Padma_jejum_de_Ekadasi_16.htmlObrigado pela visita, e volte sempre.
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quarta-feira, 17 de julho de 2013

Lula no The New York Times



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Presidencialismo e Parlamentarismo



Relação entre os poderes Legislativo e Executivo no Brasil
Aula do curso Poderes Executivo e Legislativo - Sistema Político Brasileiro - no programa Saber Direito www.youtube.com/saberdireitoaula

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Eventos Extraordinários Requerem Provas Extraordinárias?



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Os três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário



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Os três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário



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terça-feira, 16 de julho de 2013

Adeus, docência

Desvalorização da profissão e más condições de trabalho são motivos para a desistência da carreira
Desvalorização da profissão e más condições de trabalho são motivos para a desistência da carreira
Número cada vez maior de professores que abandonam a profissão piora o quadro de escassez de profissionais na Educação Básica e coloca em questão a capacidade de atração da sala de aula atual
Rodnei Corsini – Revista Educação
Baixos salários, insatisfação no trabalho, desprestígio profissional. As condições são velhas conhecidas dos docentes, mas têm se convertido em um fenômeno que torna ainda mais preocupante a escassez de profissionais na Educação Básica: os professores têm deixado a sala de aula para se dedicar a outras áreas, como a iniciativa privada ou a docência no ensino superior.
Até maio deste ano, pediram exoneração 101 professores da rede pública estadual do Mato Grosso, 63 em Sergipe, 18 em Roraima e 16 em Santa Catarina. No Rio de Janeiro, a média anual é de 350 exonerações, segundo a Secretaria de Estado da Educação, sem discernir quantas dessas são a pedido. Mas a União dos Professores Públicos no Estado diz que, apenas nos cinco primeiros meses deste ano, 580 professores abandonaram a carreira (leia mais na página 43). Para completar o quadro, a procura pelas licenciaturas como um todo segue diminuindo, e a falta de interesse pela docência provoca a escassez de profissionais especialmente em disciplinas das ciências exatas e naturais.
Motivos para a evasão
“O motivo unânime para a evasão docente é a desvalorização da profissão e as más condições de trabalho”, diz a professora Romélia Mara Alves Souto, do departamento de Matemática e Estatística do programa de Mestrado em Educação da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), em Minas Gerais. Em um estudo com alunos da universidade, Romélia constatou que entre os formados de licenciatura em Matemática entre 2005 e 2010, quase dois terços trabalham como docentes – mas, destes, 45% não pretendem continuar na Educação Básica. A maioria presta concurso para instituições financeiras ou quer se tornar pequeno empresário. Uma boa parte também faz pós-graduação ou vai estudar em outra área para não seguir na docência.
“Para mim, a ferida principal disso tudo é o salário do professor. Os professores estão tendo de brigar para receber o piso”, avalia. Romélia também já lecionou na Educação Básica e foi para o ensino superior, sobretudo, por questões salariais. Deu aulas de matemática durante dez anos quando, em 1996, migrou para a docência superior.
O quadro parece se repetir há mais de uma década. Em 1999, Flavinês Rebolo, atualmente professora da pós-graduação em Educação da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), em Campo Grande (MS), defendeu uma tese de mestrado na Faculdade de Educação da USP em que focou o período de 1990-1995 na rede estadual paulista. Ela identificou que, além dos baixos salários, os fatores que mais contribuíam para a evasão docente eram a insatisfação no trabalho e o desprestígio profissional. “A questão salarial é uma luta de classe dos professores, em que eles têm toda a razão, mas no grupo que entrevistei o sentimento era muito mais de inutilidade que eles viam no trabalho”, lembra Flavinês. A desvalorização, pelos próprios alunos e pela comunidade, minava o ideal dos professores de que iriam contribuir para uma sociedade melhor, aponta a pesquisadora.
No princípio de tudo
“Choque de realidade” é o termo usado para esse sentimento entre os professores iniciantes, grupo em que a evasão costuma ser alta. A pedagoga Luciana França Leme se ressente da falta de pesquisas sobre a evasão docente no Brasil, mas avalia que uma das hipóteses para a desistência no começo da carreira é a exposição do professor iniciante às escolas mais vulneráveis. “Não é que o professor não tenha de ir para essas escolas, mas há uma relação entre perfil do alunado e as condições de trabalho docente.”
Luciana aponta, ainda, as diferenças da evasão entre as áreas de conhecimento. Ela considera a hipótese de que os professores das áreas de exatas têm mais possibilidade de migrar para outras por conta de uma formação mais específica, que permite a aplicação dos seus conhecimentos em setores como o mercado financeiro. Já entre os licenciados em humanidades, a aplicação dos conhecimentos da graduação em outras áreas profissionais é, normalmente, mais restrita, com exceção do curso geografia, em que há maior possibilidade de os formados trabalharem em empresas de geologia.
Fabio Rodrigues exemplifica a questão. Ele sonhava com a carreira docente quando ingressou na licenciatura de matemática na USP, no final de 2010. Depois de lecionar em cursinhos e, ao longo de três semestres letivos, em estágios obrigatórios na rede estadual, já no último semestre da graduação conseguiu emprego como assistente financeiro em uma empresa de engenharia. Em 2011, migrou para a área de Tecnologia da Informação, onde segue trabalhando como analista e desenvolvedor de sistemas. “Eu já tinha conhecimento sobre desenvolvimento de sistemas porque tive algumas disciplinas da área na USP e fazia alguns cursos por curiosidade e também por hobby”, diz.
Na outra ponta, Gisele Teodoro, formada em letras em 2008, migrou das aulas de inglês para o trabalho como telefonista bilíngue em uma empresa de mineração em Araxá. A desvalorização, o baixo salário e o excesso de trabalho fora da sala de aula foram os fatores para ela deixar o magistério. “Tanto o salário e os benefícios quanto a carga de trabalho bem menor são determinantes para que eu, pelo menos por enquanto, não tenha a menor pretensão de voltar para a sala de aula”, diz.
Futuro em perspectiva
Professor do Programa de Mestrado em Administração Universitária da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e ex-diretor de Educação Básica Presencial da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Dilvo Ristoff pondera que em todas as profissões há evasão de profissionais. “O IBGE nos mostra que somente um terço dos engenheiros formados, por exemplo, atua como engenheiro e que apenas 75% dos médicos formados exercem a medicina”, diz. O professor da UFSC faz a comparação com os professores de Educação Básica para concluir que, se em profissões com salários mais altos a evasão é expressiva, não surpreende, em sua opinião, que a evasão de professores formados seja alta. Além de uma renda maior, Ristoff lista algumas necessidades urgentes na carreira docente no Brasil: perspectiva de carreira, boas condições de trabalho e de formação, respeitabilidade social. “O professor, como todo ser humano, é movido por uma imagem de futuro que constrói para si. Se no seu trabalho ele percebe, dia após dia, que o seu futuro será uma réplica do seu presente – ou seja, no caso, tão ruim quanto o seu presente – ele desanima e, na primeira oportunidade, abandona a profissão”, afirma.
A pedagoga Luciana França Leme ressalta que a solução de atratividade para a carreira docente pode ser alcançada a longo prazo, porque ela vai reverberar na questão social e na questão cultural quanto à imagem do professor. Na sua tese de mestrado sobre os ingressantes nas licenciaturas em matemática e física e em pedagogia na USP, os motivos para que os alunos apontassem dúvidas quanto a querer ser docente eram muito semelhantes nos três cursos. A questão salarial era a de maior influência, mas há outras. “Uma das razões mais pontuadas, no escore da pesquisa foi que os alunos seriam professores caso pudessem ingressar em uma escola reconhecida com bom projeto educacional”, diz. Ela afirma que medidas pontuais para atrair docentes à Educação Básica não vão resolver o problema justamente pela atratividade ter muitos fatores conjugados.
Em 2010, a Fundação Carlos Chagas elaborou uma pesquisa para investigar a atratividade da carreira docente no Brasil pela ótica de alunos concluintes do ensino médio. Uma das autoras do artigo em que são apresentados os resultados da pesquisa, Patrícia Albieri de Almeida – pesquisadora da Fundação e professora da Universidade Presbiteriana Mackenzie – afirma que um fator determinante para a baixa atratividade à docência, presente no estudo, é o pouco reconhecimento social da profissão, no sentido de o magistério não ser entendido como uma carreira em que é necessário um conhecimento específico que a diferencia de outras formações. “Até mesmo como reflexo disso muitos estudantes descartam a docência por acharem que não têm as características pessoais para isso. Esse fator aparece até mais forte do que a questão do baixo salário. É muito forte, em nossa sociedade, a ideia de que basta ter dom e vocação para exercer a docência”, afirma Patrícia.
Professores em DéficitPara Mozart Ramos – professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), membro do Conselho Nacional de Educação (CNE) e do conselho de governança do movimento Todos pela Educação -, a baixa atratividade à docência é o maior desafio, hoje, na educação brasileira. “É uma questão estratégica: ter bons alunos egressos do ensino médio para os cursos de licenciatura e, posteriormente, para a carreira do magistério é essencial”, afirma. Em sua avaliação, são quatro as principais razões para a pouca atratividade à profissão: baixos salários – a média salarial no Brasil, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2009, citada por Mozart, é de R$ 1,8 mil; falta de plano de carreira e pouca expectativa de crescimento profissional; pouca conexão entre as licenciaturas e a Educação Básica; e más condições de trabalho. “As condições de trabalho são ruins tanto no âmbito das questões de violência, em sala de aula e fora dela, quanto na falta de insumos para que o professor exerça bem suas atividades”, diz.
O problema da baixa quantidade de professores formados não é recente, segundo adverte Antonio Ibañez, conselheiro da Câmara de Educação Básica do CNE e professor aposentado do curso de engenharia mecânica da Universidade de Brasília (UnB). Quando era reitor da UnB, em 1991, ele constatou por meio de relatórios o pequeno número de professores licenciados em ciências exatas e naturais pela universidade nos 30 anos anteriores. “Eram poucos mesmo, menos de duas dúzias. Fiquei preocupado de como uma universidade importante tinha formado tão poucos professores para Educação Básica, algo que, constatei depois, era um problema generalizado em outros estados”.
O CNE publicou um relatório em maio de 2007 que, por meio de uma simulação, quantificava os professores necessários para atender a todos os alunos que estavam matriculados no segundo ciclo do ensino fundamental e no ensino médio. “A conclusão foi que, sobretudo nas disciplinas mencionadas, faltavam docentes ou, então, as vagas eram preenchidas por professores que não tinham a qualificação específica ou a titulação necessária para a disciplina”, diz Ibañez. A estimativa era de que havia demanda total por 106,6 mil professores formados em matemática e 55,2 mil em física e em química. Mas o número de licenciados entre 1990 e 2001 havia sido somente de 55,3 mil (matemática), 7,2 mil (física) e 13,5 mil (química).
A cada dez alunos ingressantes nas licenciaturas em física e em matemática da Universidade de São Paulo (USP), em 2010, cinco não queriam ser professores na Educação Básica ou não estavam certos sobre isso. Os dados são da tese de mestrado da pedagoga Luciana França Leme.
Desinteresse
Entre os licenciados em física no campus de Bauru da Unesp, entre 1991 e 2008, a maior parte chegou a dar aulas no ciclo básico – mas um terço desistiu da profissão. A constatação também é fruto de uma pesquisa de mestrado, de Sérgio Kussuda, sobre a escolha profissional dos licenciados em física na universidade. Entre 377 concluintes da licenciatura em física no período, a pesquisa teve a participação de 52 licenciados que responderam aos questionários. Entre eles, 32, em algum momento da carreira, lecionaram na Educação Básica. Segundo a apresentação da tese de Kussuda, uma das principais conclusões é que a falta de professores de física não se deve somente ao pequeno número de formados, mas, sim, à da evasão docente para outras áreas profissionais.
O estudo de Luciana também apontou que, entre os que se matricularam em pedagogia em 2010, 30% não queriam ou estavam incertos quanto ao ingresso na carreira docente. “A propensão a não ser professor entre os ingressantes em pedagogia é bem menor do que nas licenciaturas em física e matemática, mas não é um percentual desprezível”, diz a pedagoga.
A pouca procura por cursos de licenciatura em geral e os baixos índices de formação, a propensão de parte significativa dos ingressantes nesses cursos para não seguir carreira docente e a evasão de jovens professores da Educação Básica são alguns dos principais fatores que, somados, resultam em um quadro de escassez docente. O desafio em atrair professores não é exclusividade do Brasil (veja mais na pág. 50) e, por enquanto, não tem afetado a rede privada de forma importante, embora gere algumas preocupações. O problema se agrava quando se observa que professores lecionam matérias para as quais não têm formação específica. “Dados demonstram que cerca de metade dos professores da Educação Básica são improvisados, isto é, não foram formados para ensinar o que ensinam”, diz Dilvo Ristoff.
Vera Placco, professora e coordenadora do programa de pós-graduação em Educação (Psicologia da Educação) da PUC-SP, avalia que muitas das políticas educacionais para valorizar o professor e a educação não têm alcançado resultados concretos e desejados. “É preciso que o professor tenha uma formação continuada que possibilite a ele agir de forma mais atuante na sala de aula e na escola, participando da estruturação do currículo e do projeto político-pedagógico da escola”, defende. Para ela, a preparação do professor para trabalhar com diferentes idades deveria ser aprofundada na formação continuada.
Dilvo Ristoff avalia que medidas importantes têm sido tomadas no sentido de valorização da carreira docente e consequente busca pela atratividade à profissão, como o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid), a lei do piso salarial e o Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (Parfor), do qual o programa de segunda licenciatura faz parte. “Mas são todas ações insuficientes: algumas são apenas pontuais e outras dependem da superação da crise sistêmica e do conflito de competências na Federação para o seu sucesso.” Ao mesmo tempo que enfrentam as questões centrais, as instituições e o governo federal devem criar políticas focadas para formação de professores com ênfase especial nas áreas mais carentes. “Isso, no entanto, não deve significar desincentivo às demais áreas, pois temos carências em todas as disciplinas e em todas as regiões do país”, diz.
Paula Louzano, professora da Faculdade de Educação da USP, destaca que a profissionalização do docente implica valorizar a ideia de uma profissão que deve ser ocupada por alguém que estudou devidamente para isso. “Se se concorda com essa ideia, então não dá para termos formação a distância – ninguém fala, por exemplo, em ensino a distância para formação de médicos. Não dá, portanto, para ser uma formação aligeirada.” Segundo Paula, hoje 30% dos cursos de formação de professor no Brasil são a distância. Em 2006, eram 17%.
Um programa em estruturação do MEC, Quero ser professor, quero ser cientista, é voltado para as áreas de matemática, química, física e biologia, com estímulos a alunos do ensino médio para seguir carreira na área científica ou na docência na Educação Básica. O programa tem como meta atender 100 mil estudantes: serão incorporados, segundo o MEC, estudantes medalhistas de olimpíadas de matemática e de língua portuguesa, entre outras – não foram claramente definidos os critérios ainda. Professores que participarem do programa terão direito a bolsas e extensão na formação – o Quero ser professor… não pretende condicionar as bolsas e titulações de pós-graduação ao desempenho satisfatório dos estudantes, mas isso poderá ser decidido nos estados e municípios. A meta é oferecer dez mil bolsas Pibid. O MEC não informou se serão novas bolsas, somadas às que já são oferecidas pelo Pibid, ou se parte das bolsas já oferecidas serão destinadas ao programa – segundo a Capes, em 2012 foram oferecidas 40 mil bolsas Pibid para a categoria alunos de licenciatura. “As bolsas para motivar o estudante para ir para as licenciaturas concorrem com uma infinidade de outras bolsas. Por isso, não é mais um recurso tão atrativo”, avalia Antonio Ibañez.
O conselheiro do CNE idealiza que a rotina dos professores de Educação Básica tenha similaridades com a dos professores universitários. “Eles têm uma carreira e sabem qual percurso têm para seguir”, descreve. E defende que os professores possam fazer pesquisas sobre métodos e resultados da aprendizagem dos alunos, apresentando-os em congressos de Educação Básica, com uma dinâmica similar à que existe na educação superior. Flavinês Rebolo aposta em um cenário diverso do atual. “Um clima de escola com relações interpessoais harmônicas e equilibradas, com apoio mútuo entre os professores, possibilidades de trabalho coletivo, são alguns dos aspectos que podem tornar o trabalho mais satisfatório e prazeroso, e isso com certeza contribui para que o professor se mantenha na profissão. Mas é claro que não depende só de esforços das pessoas, é preciso ter políticas públicas que ofereçam espaços para os trabalhos coletivos e outro tipo de organização do trabalho dentro da escola. Isso, devagarzinho, está acontecendo”, diz Flavinês.
A falta de atratividade das licenciaturas
O que pode agravar o diagnóstico do CNE feito em 2007 é que a procura pelas licenciaturas como um todo, no país, segue diminuindo nos últimos anos. Em 2005, foram 1,2 milhão de matriculados. Já em 2010, após uma queda verificada ano a ano, foram 928 mil matrículas. Os números foram processados e apresentados em novembro do ano passado em um artigo de Dilvo Ristoff em coautoria com Lucídio Bianchetti, também professor da UFSC, a partir de dados do Censo da Educação Superior. A queda contrasta com o número crescente de bacharéis e tecnólogos formados. “Os programas existentes da Capes, apesar de serem bons e necessários, não conseguem interferir na falta de atratividade das licenciaturas. As universidades precisam ajudar, redesenhando com coragem os seus projetos pedagógicos de licenciatura, entendendo que nesses cursos há que se preparar o futuro professor e não o bacharel”, opina Ristoff.
“Eu já preparava aulas para qualquer disciplina”
William Rodrigues, deixou a docência para voltar à graduação
William Rodrigues se licenciou em história no campus de Assis da Universidade Estadual Paulista em 2010. Entre o último semestre da graduação e o início de 2012, foi professor da rede estadual de São Paulo na categoria “O” – regime de contratação por tempo determinado para atender necessidades temporárias, como substituição de docentes. “Muitas vezes eu dei aulas de matemática, física e inglês. E os alunos sabiam que eu era professor de história e que estava lá tapando um buraco, eles tinham total consciência disso”, diz.
De julho a dezembro de 2011, ele fazia uma espécie de plantão, esperando a falta aleatória de algum professor. Chegou, em uma semana, a dar 46 aulas. “Eu já preparava, em casa, aulas que pudessem ser ministradas para qualquer disciplina”, diz. No início de 2012, William foi aprovado no concurso de docentes para um posto definitivo na rede estadual paulista. Mas preferiu desistir da carreira de professor e não assumiu o cargo. Na ocasião, estava se mudando para Foz do Iguaçu (PR), onde acabara de se matricular em uma segunda graduação, em relações internacionais, na Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila). Hoje, segue como estudante no segundo ano do curso.  William estava em Assis em maio, em férias do curso de RI, quando conversou por telefone com Educação. O contato com a cidade natal onde se licenciou na Unesp o fez pensar na possibilidade de voltar a lecionar. “Estava com muitas saudades daqui. Nesse último mês, senti muita falta das aulas: história me dá brilho nos olhos, é um curso com o qual eu queria trabalhar”, afirma. “Acho que eu até voltaria a dar aula, tenho saudade da sala e do contato com os alunos. Ser professor é muito bom, não é ruim. O que é ruim é o descaso, é sair de casa e não conseguir trabalhar por falta de estrutura.”
E na rede particular?
Amábile Pacios, presidente da Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep) e diretora do colégio Dromos, no Distrito Federal, não vê, até o momento, problemas expressivos de escassez de professores na rede particular de Educação Básica. “Mas acho que a rede poderá sofrer impacto no futuro, pois temos cada vez menos pessoas interessadas no magistério”, prevê. “Precisamos de política pública, mas falta também reconhecimento da população. Há desprestígio e desqualificação do professor – e, em alguns casos, na particular é mais acentuado: quando, por exemplo, as famílias dão razão ao filho em detrimento de uma posição que um professor tenha assumido em sala de aula”, avalia.
João Carlos Martins, diretor-geral do Colégio Renascença, em São Paulo, e consultor educacional na rede particular, atua na gestão de colégios há cerca de 20 anos e também se preocupa com uma possível escassez docente no futuro. “Ainda temos um bom grupo de professores no mercado para educação infantil e educação fundamental 1, mas para fundamental 2 e ensino médio o quadro já está difícil”, identifica ele. Ele avalia que muitos licenciados vão da graduação diretamente para a pós-graduação.
http://racismoambiental.net.br/2013/07/adeus-docencia/

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