terça-feira, 14 de outubro de 2014

Simbólico, Signo, Significado, Significante: Social e Individual no Ato Comunicativo


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Ferdinand de Saussure, autor do Curso de Linguística Geral (1916), contribui com seus estudos de maneira significativa para o desenvolvimento da Linguística e de conceitos cujo entendimento é fundamental para uma mediação de qualidade no processo de aquisição e utilização da língua escrita.

 



O autor disserta sobre Língua e Fala, sendo a primeira o objeto de estudo da Linguística. Língua e Fala seriam, respectivamente, características social e individual do ato comunicativo verbal.



A Língua é, segundo Saussure, “a unidade da linguagem, e é constituída por um sistema de signos”. Em outras palavras, Língua é um conjunto de unidades que forma um todo. Sendo esta depositada como produto social na mente de cada falante da comunidade, por isso possui homogeneidade.



A Fala é um ato individual. É a concretização da Língua pelos falantes e, por isso, não apresenta homogeneidade, é variável e circunstancial.



O signo é composto pela associação entre SIGNIFICADO (conceito) e SIGNIFICANTE (imagem acústica). Essa relação não se trata de associar um “objeto” a um “termo”, mas sim um conceito a uma imagem acústica.



Ainda segundo Saussure, temos o Significado como “o valor, sentido ou conteúdo semântico de um signo linguístico e o Significante como imagem acústica ou manifestação fônica do signo linguístico”.


Língua e Fala, embora configurem processos distintos, têm igual importância no processo de aquisição e utilização da língua escrita. Entretanto, a escola tende a excluir de seus processos de ensino a linguagem da fala. Tal exclusão não permite a vivência da dinâmica social e da mutabilidade da Língua dos falantes, colocando a diversidade linguística existente em nossa nação à margem dos processos escolares.



A escola tem a priori o trabalho com as estruturas linguísticas, separando Língua de seu uso e de seu contexto social, de forma a distanciar a prática pedagógica cotidiana da possibilidade de expandir e aprofundar a experimentação do simbólico de seu grupo e da produção de sentidos no educando.


Para que tal realidade se reverta, é necessário priorizar estratégias e atividades em que Língua e Fala sejam vivenciadas, problematizadas e que interajam entre si. De forma a propiciar ao aluno discutir e se expressar escrita e oralmente, de forma coletiva e individual, através de atividades que ampliem os seus campos de significação.



Assim, é possível obter uma escola inclusiva, que acolha a diversidade, que abrigue valores democráticos e que se consolide como espaço privilegiado na formação global dos indivíduos, na superação das dificuldades de aprendizagem e na construção crítica dos conhecimentos, e na formação do leitor/autor proficiente.


Paula Moita é professora REGENTE de Sala de Leitura na Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e professora substituta no Colégio Pedro II. Pós-graduada em Psicopedagogia e graduada em Pedagogia pela UERJ. Ao longo do exercício profissional e da vida acadêmica, vem desenvolvendo pesquisa a respeito das dificuldades de aprendizagem e aquisição da leitura e escrita.


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domingo, 12 de outubro de 2014

Política Educacional





Política Educacional pertence ao grupo de Políticas Públicas sociais  do país. Este instrumento de implementação dos movimentos e referenciais educacionais se faz presente através da Legislação Educacional.
Para que possamos compreender melhor o significado dessa política, se faz necessário saber o que é Política Pública. Essa Política é de responsabilidade do Estado, com base em organismos políticos e entidades da sociedade civil, se estabelece um processo de tomada de decisões que derivam nas normatizações do país, ou seja, nossa Legislação.
As Políticas Públicas envolvem todos os grupos de necessidades da sociedade civil, que são as Políticas Sociais, estasdeterminam o padrão de proteção social implementado pelo Estado, voltadas em princípio, à redistribuição dos benefícios sociais (INEP, 2006, p. 165), dentre eles o direito a educação. Para que este direito seja garantido com qualidade e de forma universal é implementada a Política Educacional.
No decorrer dos anos no Brasil a Política Educacional fora definida de formas diferentes, por ser um elemento de normatização do Estado e que envolve interesses políticos diversos, no entanto, a Política Educacional de um país deve ser guiada pelo povo, respeitando o direito de cada indivíduo e assegurando o bem comum.
Compreende-se, que de fato o exercício de construir uma Política, não trata-se de um trabalho fácil de ser realizado, pois circunda uma nação, seus anseios, objetivos e valores, e estes elementos não podem ser esquecidos por aqueles que assim fazem nascer o molde da educação de um povo.
Trazendo a memória alguns dos documentos que foram elementares a produção das Políticas Educacionais do nosso país, faz-se presente e ainda atual às dificuldades educacionais do Brasil o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova de 1932, marco na definição de prioridades e metas educacionais que necessitavam ser efetivadas. O documento, como o próprio título faz referência, foi o pioneiro e notável instrumento de regulamentação da situação educacional brasileira, não funcionando apenas como um alerta a sociedade, mas também, como inspiração ao surgimento das Leis que regem a nossa educação.
Principal fonte de implementação da educação nacional e das políticas que assim as definem é a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), que no avanço dos anos foram reformuladas até o modelo atual datado de 1996 que sofreram alterações de acordo com os governos.

As Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB)


  • LEI Nº 4.024, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1961 - Fixa as Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
  • LEI Nº 5.692, de 11 de agosto de 1971 - Fixa Diretrizes e Bases para o Ensino de 1º e 2º graus, e dá outras providências.
  • LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996 - Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
Referências bibliográficas:
INEP/MEC. Enciclopédia de pedagogia universitária: glossário vol. 2 / Editora-chefe: Marilia Costa Morosoni. – Brasília: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, 2006.
http://www.mec.gov.br

http://www.infoescola.com/educacao/politica-educacional/

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Política e seus bastidores 1, por João Maria andarilho utópico



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A IMPRENSA E O DEVER DA VERDADE* Rui Barbosa






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Dúvida

Sérgio Biagi Gregório "Sejamos como as crianças, isto é, sem defesas, sem preconceitos." SUMÁRIO : 1. Introdução. 2. Conceito. 3. ...