quarta-feira, 1 de abril de 2009

Jovens acima da média.


Jovens notáveis
O número de alunos superdotados no ensino superior cresceu impressionantes 2.390% em apenas dois anos. Professores devem estar atentos para identificar e manter o interesse dos estudantes acima da média

Juliana Duarte

José Geraldo, que entrou na universidade aos 16 anos: uma aula bem aplicada faz o aluno participar
Saber demais, ter espírito de liderança, ser autodidata e ingressar na faculdade precocemente. Essas são algumas das características de um aluno superdotado - ou com altas habilidades, como preferem os especialistas. "A palavra superdotado é um rótulo desnecessário. Costumo dizer que são jovens que se destacam em atividades específicas", afirma Geraldo Possendoro, psiquiatra comportamental e professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Dados do Censo da Educação Superior, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), apontam que o número de jovens com facilidade para aprender no ensino superior cresceu nos últimos anos. Em 2003, eram 20 estudantes. Dois anos depois, o índice chegou a 498 alunos matriculados em todo o Brasil. "Os números mostram que, cada vez mais, é preciso ficar atento para perceber se há um aluno muito acima da média em sala de aula", ressalta Maura Bolfer, professora do IBTA e doutora em educação voltada para formação de professores.

Prestar atenção no desempenho do estudante e nas reações que ele tem diante das aulas deve ser uma das primeiras atitudes do professor. "O passo seguinte é ver como ele se sai em avaliações escritas e orais. Mas nem sempre é fácil, pois é preciso que o docente esteja atento, preparado e aberto a ter um aluno nessas condições. Caso contrário, pode passar despercebido", alerta Kátia Bastos, coor­denadora do Núcleo de Educação da Universidade Ibirapuera.

No entanto, o aluno com altas habilidades não se destaca em todas as matérias e atividades. "O professor deve prestar atenção se ele apresenta uma performance alta em determinados assuntos, além de boa capacidade para memorizar textos e aprender sozinho", diz Possendoro. Para Suzana Perez, presidente do Conselho Brasileiro para Superdotação (Conbrasd), o docente deve avaliar os jovens com muita atenção e cuidado para não cometer erros. "Ele se destaca pois apresenta uma habilidade superior à do resto do grupo. O problema é que não podemos afirmar que todos são assim só por aprenderem rápido demais ou porque entraram bem jovens na faculdade", avalia.

Afirmar que um aluno é superdotado sem ter a certeza pode atrapalhar o desenvolvimento das aulas. "O professor acaba perdendo tempo, além de confundi-lo", alerta Possendoro. Na opinião de Suzana, tirar boas notas nem sempre representa que o aluno tem altas habilidades. "Ele pode se sobressair estudando muito, memorizando o que o professor ensina e respondendo o que ele espera que seja respondido nas provas, mas somente isso não significa que esse aluno seja uma pessoa acima da média", explica. Na dúvida, a professora Maura sugere testes. "Acredito que os estudantes devem passar por testes específicos feitos por profissionais especializados que irão avaliar o rendimento escolar, as características psicológicas e comportamentais de cada um."

Muitas pessoas confundem testes de Quociente de Inteligência (QI) com os que são aplicados para alunos com altas habilidades. Suzana explica que os testes de QI identificam habilidade acima da média na área linguística e lógico-matemática. "Essas avaliações não detectam o comprometimento com a tarefa, nem a criatividade - elementos que caracterizam o aluno superdotado", afirma.

Detectados os estudantes com facilidade para aprender, o próximo passo é evitar que eles fiquem entediados em sala de aula. Para isso, o mais indicado na opinião dos especialistas é propor atividades que estimulem as suas capacidades. "A fórmula para fazer com que participem é propor tarefas diferentes, como debates e pesquisas", diz Possendoro. Segundo ele, esses estímulos devem acontecer desde as séries iniciais. "O docente deve envolvê-los e incentivá-los", afirma.

Rosane Acedo Vieira, coordenadora do colégio Viverde, que pertence ao grupo Pueri Domus Escolas Associadas, conta que, na maioria das vezes, a escola peca por se preocupar apenas com os estudantes que apresentam um desempenho abaixo da média e esquecem os que se sobressaem. "Eles também precisam de uma atenção especial. Temos de propor atividades, valorizar o aluno e o principal: tomar cuidado para que ele não receba um rótulo e sofra preconceitos", avalia.

José Geraldo Oliveira entrou na faculdade aos 16 anos e relata que não enfrentou problemas. "Nunca fui tratado como um aluno especial", diz. Ele escolheu o curso de rede de computadores, do IBTA, pois sempre quis trabalhar com web. Quando começou a frequentar as aulas, achou tudo "muito tranquilo". Atualmente está no último semestre do curso e acredita que apenas bons professores podem "prender" a atenção dos alunos. "Ele tem de ser didático, passar a matéria de forma fácil, sem ser bobo, sem complicar e o mais importante: despertar o interesse. Uma aula bem aplicada faz o aluno participar, mesmo se ele souber a matéria ou gostar dela."

Criar situações desafiadoras é o que sugere a coordenadora Kátia. "Estimule as turmas, incentive as discussões, proponha temas que instiguem a curiosidade dos alunos. Em geral, estudantes com potencial elevado respondem de maneira positiva e se sobressaem. Quando bem aplicadas, as atividades rendem bons frutos", ressalta. Mas, antes de propor essas tarefas, Carlos Domingues, coordenador do curso de Pedagogia da Universidade Positivo, afirma que os professores devem estar preparados. "A universidade precisa treinar coordenadores e docentes, mostrar como lidar e o que fazer para ajudar um aluno superdotado", acredita.

A primeira atitude de uma instituição de ensino superior, de acordo com ele, é comunicar e conversar com a família do estudante. "É difícil os pais não saberem dessa característica, mas na dúvida é sempre bom conversar, pois a família tem um papel fundamental no desenvolvimento do jovem", diz.

A falta de diálogo pode acarretar problemas para o aluno e para a instituição de ensino. "Muitas vezes, os currículos das universidades podem estar aquém do desejo e das necessidades desses estudantes. Isso pode levá-los à decisão de aprender em outro país e, nos piores casos, se transformar em desistência e acomodação", conta Domingues. Porém, se houver uma sintonia entre professores e alunos, o desenvolvimento dos jovens tende a ser mais rápido. "O papel do ensino superior é fundamental no desempenho do estudante. Além de desenvolver as competências, é nessa fase que chega o momento de colocar tudo o que sabe em prática, já que irá ingressar no mercado de trabalho", diz Maura.

É comum que alunos com altas habilidades se destaquem profissionalmente e consigam um emprego com mais facilidade. José Geraldo é um exemplo. Aos 17 anos já fazia parte do quadro de funcionários de uma multinacional norte-americana e diz que sempre lidou bem com o fato de ser o mais novo. "O emprego ajudou a aprimorar meus conhecimentos", afirma.

O preconceito com a pouca idade pode acontecer por parte dos colegas e até dos professores, como afirma Kátia. "Depende de diversos fatores, como o grau de amadurecimento do aluno, da turma e da forma como os docentes lidam com as situações. O mais importante é saber lidar com as diferenças e estabelecer o respeito em sala de aula", recomenda.


Gênios na mídia

Guilherme: notoriedade aos 13 anos, quando passou na UFPR
Nos últimos doze meses, olhar para jornais e revistas e encontrar casos de jovens com menos de 16 anos que passaram no vestibular se transformou em uma situação comum.

Um exemplo é Guilherme Cardoso de Souza, que aos 13 anos passou em primeiro lugar no vestibular de Química da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Mesmo tão novo, ele já sabe o que quer da vida. Seu objetivo é dar aulas e escrever um livro didático de química para auxiliar o aprendizado de jovens do ensino médio. Guilherme aprendeu a ler e a escrever aos dois anos de idade e, atualmente, frequenta o projeto Bom Aluno, da empresa BS Colway, que garante estudos para crianças carentes. Guilherme concluiu o ensino médio em 2008 e será o mais jovem aluno a estudar na UFPR.

Ainda no mesmo estado, o estudante Charles Reis Ribeiro, de 14 anos, foi aprovado em duas instituições de ensino: na UFPR e na Pontifícia Universidade Católica (PUC-PR). No entanto, ele teve de optar por uma das universidades e decidiu estudar Engenharia da Computação na PUC.

Em março de 2008, outro caso chamou a atenção. João Victor Portellinha, de apenas oito anos, passou no vestibular de Direito da Universidade Paulista (Unip), de Goiás. Porém, o menino não tinha o certificado de conclusão do ensino médio, o que impede qualquer estudante de realizar a matrícula em uma instituição de ensino superior.

"É preciso mostrar o certificado no ato da matrícula e ter sido aprovado no vestibular, essas são as únicas condições exigidas por lei", diz Suzana Perez, presidente do Conselho Brasileiro para Superdotação (Conbrasd).


- Agenda de mudanças
- Saída possível
- Pé no freio
- O marketing e a crise

Fonte: http://revistaensinosuperior.uol.com.br/textos.asp?codigo=12348

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sábado, 28 de março de 2009

Educação e tecnologia

Educação e tecnologia
Educação e tecnologia joao carlos maria Este trabalho tem por objetivo, fazer uma leitura dos ensinamentos de Pauo Freire, contidos no livro Pedagogia da Autonomia. E depois desta leitura faremos na medida do possível (pois falar sobre a obra e Paulo Freire não é facíl) uma relação entre estes ensinamentos e as tecnologias na educação. Como proposto, pela professora Juliana Telles Suzuki.
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Pedagogias integrais e outros assuntos.

Pedagogia Waldorf, educação integral e outros assuntos. joao carlos maria Educação integral, educação traspessoal.

Pedagogia Waldorf, educação integral e outros assuntos. Pedagogia Waldorf, educação integral e outros assuntos. joao carlos maria Educação integral, educação traspessoal.


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segunda-feira, 23 de março de 2009

Dicionário de Sociologia

Dicionário de Sociologia Dicionário de Sociologia joao carlos maria Um projecto em desenvolvimento na: Página não oficial da Escola Secundária Gama Barros A Sociologia explica o que parece óbvio a pessoas que pensam que é simples, mas que não compreendem quão complicado é realmente. RICHARD OSBORNE Poderá regressar escrevendo: http://browser.to/dicsoc

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sábado, 21 de março de 2009

O Ensino da Matemática com Significação nos Anos Iniciais da Educação Básica

O Ensino da Matemática com Significação O Ensino da Matemática com Significação joao carlos maria

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sexta-feira, 20 de março de 2009

SOBRE O CONCEITO DE CIDADANIA E SEUS REFLEXOS NA ESCOLA


SOBRE O CONCEITO DE CIDADANIA E SEUS REFLEXOS NA ESCOLA

Sobre cidadania o dicionário de língua portuguesa Larousse afirma ser “qualidade de cidadão”, “qualidade de uma pessoa que possui, em uma determinada comunidade, política, o conjunto de direitos civís e políticos”. No entanto, na realidade em que vivemos atualmente, se indagarmos a respeito do tema, certamente encontraremos uma diversidade de opiniões e nenhuma definição que possa contemplar de forma plena o conceito de cidadania. Podemos afirmar que ser cidadão é ter direitos e deveres. Mas de que maneira poderemos definir quais direitos e quais deveres? Portanto, é na determinação destes direitos e deveres que se encontra o “nó” relacionado a esta questão complexa que é a cidadania.

Ouve-se falar de “educação para a cidadania”, de “projetos educativos” voltados para a cidadania, enfim, de sociedades que tenham no cidadão o foco de suas preocupações. Mas apesar da discussão que é bastante ampla o que se pode perceber é que a literatura produzida não nos esclarece este aspecto importante para as sociedades ditas democráticas. Importante na medida em que, para que seja democrática, uma sociedade tem na participação dos seus indivíduos uma característica básica.

De todo modo, alguns autores, conscientes da “confusão” que se estabelece sobre o que seria e como exercer cidadania, tentam dar a este respeito algum esclarecimento. Entre estes autores, Gentili e Alencar afirmam que “a cidadania deve ser pensada como um conjunto de valores e práticas cujo exercício não somente se fundamenta no reconhecimento formal dos direitos e deveres que a constituem na vida cotidiana dos indivíduos”. (Gentili e Alencar, 2001, p. 87). Ou seja, não basta que se defina um conceito formalmente. Mais importante que isso é a prática dessa definição. Cidadania significa, além do reconhecimento dos direitos e deveres dos cidadãos, o cumprimento dos mesmos por parte da sociedade. Por outro lado, tanto o reconhecimento quanto o cumprimento destes direitos e deveres, não devem – como é de senso comum - se restringir à esfera política, isto é, ao direito e ao dever de votar e ser votado. Um outro aspecto importante é que a cidadania tem na igualdade uma condição de existência. Igualdade de direitos, de deveres, de oportunidades. Igualdade, enfim, de participação social e política.

Em meio a essa indefinição os “cidadãos” enfrentam justas dificuldades relativas ao exercício destes direitos e deveres que na realidade muitas vezes desconhecem por completo. Se o indivíduo não tem uma definição do que seja a cidadania, obviamente não poderá exercê-la de forma plena. Ao mesmo tempo, na medida em que se percebe esta indefinição no que se refere ao conceito de cidadania, a democracia tampouco poderá acontecer uma vez que ela se faz na participação dos cidadãos. Ou seja, a cidadania deve ser pensada como condição fundamental para a existência de uma sociedade democrática. Obviamente não se trata da cidadania “do papel”, isto é da teoria, mas da cidadania em termos práticos, a que deve acontecer com a participação de cada membro, cada cidadão consciente de seus direitos, deveres e valor.

A complexidade do mundo globalizado, a amplitude das comunicações, provocam essa indefinição relativamente à cidadania. Se ser cidadão significa, conforme a origem grega, em termos bastante genéricos, ser o habitante da cidade, isso implica no pertencimento a determinado espaço geográfico. Mas o que se pode perceber é que para a globalização não existem barreiras. Ao extrapolar estes limites faz desaparecer as peculiaridades de cada espaço e também dos indivíduos implicados. Serão todos “cidadãos do mundo”, sujeitos indefinidos socialmente. A rapidez das transformações sociais provoca igualmente transformações individuais. Isso exige readaptação, reeducação. É neste ponto que a escola precisa também ser repensada, principalmente os professores, responsáveis diretos por promover essa readaptação exigida pelas transformações tecnológicas. Dessa forma, é necessário que valores e a forma de disseminá-los sejam repensados, inclusive no que se refere à cidadania.

Vídeo feito e apresentado no dia 16 de janeiro de 2007, na aula de Sociologia da Educação da faculdade UERJ!

opensesame40


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quinta-feira, 19 de março de 2009

A Psicopedagogia hospitalar para crianças e adolescentes

A Psicopedagogia hospitalar para crianças e adolescentes A Psicopedagogia hospitalar para crianças e adolescentes joao carlos maria A PSICOPEDAGOGIA HOSPITALAR PARA AS CRIANÇAS E ADOLESCENTES Profa. Sandra Maia CONHECENDO O CAMPO DE ESTUDO E ATUAÇÃO
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quarta-feira, 18 de março de 2009

Alguns slides sobre tecnologias na educação.

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phgsimon,
Tecnologias , Informações e Comunicações (TICs) na utilização da internet em EAD


adrianassousa
Software Educativo e a Educação Matemática


eliseoreategui,
Aula1 - Mídias e Tecnologias Digitais


mlguima2007,
Possibilidades Do Uso Do VíDeo Na Escola


marilenajardim,
Novos Paradigmas na Educação


leogosousa,
Novas Tecnologias de Informação em auxílio a Educação: Conceitos e Aplicações


drill,
Tecnologias da Informacao e seu Impacto na Sociedade


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terça-feira, 17 de março de 2009

O alfabeto


Língua Portuguesa

Alfabetização inicialPrática pedagógicaEscrita pelo aluno

Edição 220 | 03/2009

Ele não pode faltar

Ferramenta indispensável nas salas de séries iniciais, o alfabeto ajuda as crianças a tirar dúvidas sobre a grafia das letras com autonomia

Rodrigo Ratier (rodrigo.ratier@abril.com.br)

É ASSIM QUE SE FAZ Na EM Atenas, a turma consulta o alfabeto na parede para conferir a grafia correta das letras. Foto: Gilvan Barreto

Pendurado na parede desde o primeiro dia de aula, ele ocupa uma posição central na classe - de preferência, acima do quadro, no campo de visão de todos os alunos. Material de apoio precioso para um ambiente alfabetizador na Educação Infantil e nas séries iniciais do Ensino Fundamental, é a ele que os pequenos recorrem quando querem encontrar uma letra e saber como grafá-la. Se sabem que "gato" se escreve com G, mas esqueceram o jeitão dele, é só caminhar pela sequência de letras até encontrá-lo. Se na hora de escrever "mar" bater a dúvida de quantas perninhas tem o M, a resposta também está lá. O alfabeto da classe é um companheiro permanente para quem ensaia os primeiros passos no universo da escrita.

Conteúdo relacionado

Projeto didático

Não espanta o consenso de que um alfabeto, organizado em cartazes ou painéis de tamanho razoável, deve estar presente em toda - sim, em toda - sala de alfabetização inicial. Afinal, ele é um precioso instrumento de consulta para as situações de escrita, uma das quatro situações didáticas mais importantes nesse processo (as outras três são a leitura pelo professor, a leitura pelo aluno e a produção oral com destino escrito, quando o professor atua como escriba). Se você leciona para pré-escola, 1º ou 2º ano, precisa dominar essas práticas. Uma excelente chance para conhecer esses e outros procedimentos essenciais para o letramento é a edição especial NOVA ESCOLA Alfabetização (leia o quadro "Um raio X da alfabetização").

Para que o alfabeto realmente ajude na compreensão do funcionamento da escrita, é preciso saber usá-lo. Isoladamente, ele não é nada além de uma lista de letras. Apenas mandar a garotada ler a sequência de A a Z não faz ninguém avançar na alfabetização. "Memorizar a ordem das letras é importante, mas esse saber deve ser acionado pelas crianças durante atividades de reflexão sobre a escrita", afirma Clélia Cortez, formadora do Instituto Avisa Lá, em São Paulo.

Responder aos dois principais problemas da alfabetização

Foto: Gilvan Barreto
SABER NECESSÁRIO Agendas telefônicas mostram a importância da ordem alfabética numa situação real. Foto: Gilvan Barreto

Uma oportunidade de fazer isso é trabalhar com a construção de agendas telefônicas (leia o projeto didático). Nessa tarefa, a utilidade da ordem das letras fica clara: ela serve para tornar a busca de nomes mais rápida e precisa. A proposta foi adotada pela professora Janine Caldeira Veiga, da EM Atenas, no Rio de Janeiro. No caso de Janine, a confecção das agendas fez parte de um projeto amplo, que teve o alfabeto como aliado em todas as etapas. "Ele ajudou a turma do 2º ano a conferir a grafia e a pronunciar o nome das letras ou como apoio à memória para saber qual a posição de uma delas na sequência", diz.

De fato, o instrumento é útil durante todo o início da alfabetização, ajudando a responder aos dois principais problemas de quem está entrando no processo. O primeiro - o que, exatamente, a escrita representa? - mobiliza sobretudo as crianças na fase pré-silábica, em que elas ainda não entendem que a escrita é uma representação da fala. Nessa fase, enfatizar a diferença entre desenhar e escrever é fundamental. Você pode usar o alfabeto para apresentar as letras que compõem a escrita, colaborando para distingui-las dos números e de outros símbolos.

O segundo desafio - como se organiza a escrita? - pode ser enfrentado quando alguma palavra apresentar falta de letras. Por exemplo, se um aluno escreve "AO" para representar "pato", provoque uma reflexão e questione:

- Me indique no alfabeto com que letra começa "pato".

- Está ali. É o P, de Paula.

- Isso mesmo. Agora olhe o que você escreveu: "AO". Onde a gente pode colocar o P na sua escrita?

Outra dúvida comum diz respeito à grafia das letras. A forma do G é uma das mais problemáticas. Para desenvolver a autonomia, incentive a criança a procurar a letra pela recitação do alfabeto.

O alfabeto deve ter letras de imprensa, sem decorações

Foto: Gilvan Barreto
PASSOS SEGUINTES Alfabetos mais sofisticados, com letras de imprensa e cursivas, aprimoram a escrita. Foto: Gilvan Barreto

Atenção, porém, antes de produzir o alfabeto da classe. Ainda são muito comuns os modelos que trazem as letras de A a Z decoradas, com figuras cuja inicial é a letra em questão. Assim, o B, por exemplo, vem adornado por uma asa de borboleta, com um contorno que se mistura ao da letra. Não é o ideal, pois a associação com desenhos confunde a criança. "Nessa fase inicial de aprendizado, ela imita a escrita e ainda não consegue determinar com clareza o que é central e o que é periférico, o que realmente faz parte da letra e o que é somente um enfeite. Por isso, qualquer elemento supérfluo acaba sendo reproduzido", argumenta Regina Scarpa, coordenadora pedagógica de NOVA ESCOLA. O melhor é que o alfabeto seja composto de letras de imprensa maiúsculas, de contornos mais limpos e claramente identificáveis quando reunidos em palavras.

Depois que os pequenos já entenderam o que a escrita representa e como ela se organiza, aí, sim, você deve mostrar outros tipos de letra, como a de imprensa minúscula (o que vai ampliar a compreensão de livros, jornais, revistas e outros materiais impressos) e a cursiva maiúscula e minúscula (facilitando o contato com notas e bilhetes manuscritos e produções escolares). Novamente, essa etapa também pode se beneficiar da colaboração de um alfabeto pendurado na parede - dessa vez, um modelo um pouco mais sofisticado, com a letra maiúscula em destaque e os outros quatro tipos correspondentes logo abaixo.

Um raio X da alfabetização

Foto: Reprodução

A edição especial que a equipe de NOVA ESCOLA preparou traz mais de 50 páginas de material inédito sobre a alfabetização inicial. Totalmente voltadas para a prática de sala - são, ao todo, 12 projetos e sequências didáticas -, as reportagens mergulham no passo-a-passo do processo e respondem às principais questões que interessam a todo alfabetizador: como identificar o que as crianças sabem sobre a escrita? Quais as melhores estratégias para ensinar? O que os alunos precisam ter aprendido ao fim de cada série? Como acompanhar o avanço da sala - e como ajudar os pequenos com mais dificuldades? O especial chega às bancas no dia 16 de março.

Quer saber mais?

CONTATOS
Clélia Cortez

EM Atenas, R. Gentil de Ouro, s/nº, 23063-340, Rio de Janeiro, RJ, tel. (21) 2413-3809

BIBLIOGRAFIA
Aprender a Ler e a Escrever, Ana Teberosky e Teresa Colomer, 192 págs., Ed. Artmed, tel. 0800-703-3444, 49 reais
NOVA ESCOLA Alfabetização, edição especial, 4,80 reais, nas bancas a partir de 16 de março
Psicogênese da Língua Escrita, Emilia Ferreiro e Ana Teberosky, 300 págs., Ed. Artmed, 52 reais
Reflexões sobre Alfabetização, Emilia Ferreiro, 104 págs., Ed. Cortez, tel. (11) 3611-9616, 15 reais

Fonte:http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/alfabetizacao-inicial/ele-nao-pode-faltar-427752.shtml

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segunda-feira, 16 de março de 2009

O telefone celular e a saúde: Como reduzir os riscos biológicos


O telefone celular e a saúde: Como reduzir os riscos biológicos

Roger Santini

Precisamos tomar medidas eficazes de proteção contra os campos eletromagnéticos para:

  • crianças de tenra idade (creches, escolas ...);
  • gestantes;
  • pessoas idosas (asilos ...);
  • doentes imunodeficientes;
  • pessoas hipersensíveis às ondas eletromagnéticas.

Convém lembrar que foram detectados graves efeitos biológicos das hiperfrequências e das freqüências extremamente baixas (ELF). Na exposição contínua da população ou na utilização repetida de um telefone celular, nada escapa do efeito cumulativo dessas ondas eletromagnéticas. Ninguém pode prever os efeitos biológicos que podem resultar.

Proteção frente às torres de telefonia celular

  • Precisamos evitar a instalação de torres de telefonia celular a menos de 300m de áreas em que vivem grupos sensíveis devido a sua idade ou ao seu estado de saúde.
  • Nos locais habitados, a densidade de potência em hiperfreqüências não deve ultrapassar 0,1 mW/cm2 (ou seja, 0,6 V/m).
  • Uma torre de telefonia celular só deve ser instalada após informação da população local e um consenso entre a população, as autoridades e o pessoal de saúde.
  • Após a implantação de uma torre de telefonia celular, é importante que haja um controle regular da poluição eletromagnética do meio ambiente, bem como levantamentos do estado de saúde das pessoas expostas.
  • No meio urbano, as áreas onde a exposição às hiperfreqüências é mais intensa deve haver cartazes e sinais apropriados.
  • Ao tratar as pessoas expostas de modo crônico às ondas eletromagnéticas geradas pelas torres de telefonia celular, o médico precisa estar atento a certos sintomas: síndrome das microondas, fadiga ocular, problemas auditivos, depressão, fracasso de tratamentos médicos, envelhecimento acelerado de certas funções fisiológicas, aceleração de processos tumorais, aparecimento de doenças neurodegenerativas, diminuição da libido...
  • Um acompanhamento médico específico e regular deve ser adotado para os trabalhadores encarregados da manutenção das torres de telefonia celular, principalmente se eles atuarem quando as torres estiverem em operação (o que acontece na maioria dos casos), provocando uma exposição em campo próximo.

Proteção no uso do telefone celular

O usuário de telefone celular deve tomar diversos cuidados como medida de prevenção, devido a sua exposição em campo próximo:

  • usar o telefone celular, de preferência, em condições de boa transmissão dos sinais com as torres para utilizar apenas o mínimo de potência útil;
  • em espaços abertos, certos fenômenos meteorológicos (chuva, neblina, neve...) são desfavoráveis à transmissão das mensagens e requerem uma potência útil mais elevada durante a comunicação;
  • em espaços fechados, convém evitar o uso do celular em subsolos, estacionamentos ou garagens subterrâneas, em virtude das dificuldades de transmissão;
  • é aconselhável encurtar a comunicação telefônica até chegar em uma área com melhores condições para a transmissão;
  • é conveniente não levar o telefone ao ouvido, enquanto a comunicação não tiver sido estabelecida, pois a busca requer uma potência mais elevada. Durante a busca devemos prever um afastamento de 20 a 30 cm;
  • o portador de óculos com hastes de metal deve levar em conta uma absorção mais intensa das hiperfreqüências ao nível do olho mais próximo do celular;
  • não devemos posicionar o telefone celular na frente do rosto para reduzir a penetração das hiperfreqüências;
  • o telefone deve ficar alguns centímetros longe do ouvido durante a comunicação. O uso de um kit “viva voz” constitui uma boa solução para afastar o telefone da cabeça do usuário;
  • o telefone com antena comprida é preferível a um telefone dotado de antena curta;
  • enquanto estiver ligado, o telefone celular continua emitindo hiperfreqüências e somente seu desligamento (exigido em hospitais, a bordo de aviões ...) interrompe efetivamente as transmissões eletromagnéticas;
  • devemos evitar o uso permanente de um telefone celular ligado à cintura, pois as ondas eletromagnéticas que ele continua emitindo penetram o fígado, o estômago, o baço... Os efeitos biológicos dessa exposição em campo próximo são perigosos com o tempo;
  • o proprietário do telefone celular móvel deve ter em mente que a chamada de seu aparelho em um local de grande densidade populacional (metrô, trem ...) pode provocar perturbações eletromagnéticas em um raio de dezenas de centímetros. Estas perturbações podem prejudicar os portadores de um marca-passo. O desligamento do celular é a solução para esse risco potencial;
  • devido a sua grande sensibilidade, precisamos evitar que as crianças usem um telefone celular de modo repetido e regular;
  • o uso do telefone celular deve ser reduzido nos seguintes casos:
    • durante o tratamento com medicamentos oftalmológicos;
    • durante perturbações do eletroencefalograma;
    • durante períodos de depressão, de estresse ou de fadiga;
    • durante doenças graves e em caso de deficiência imunológica;
    • pelos os portadores de marca-passo.

A antena externa de rádio instaladas no automóvel deve estar afastada da cabeça do usuário e, portanto, montada, por exemplo, sobre o porta-malas do carro.

O uso de um telefone celular com antena incorporada, no interior de um carro, pode provocar — em virtude de fenômenos de ressonância com as paredes metálicas — um aumento da exposição do usuário. Convém, nesse caso, evitar longas conversas telefônicas. O volume metálico constituído pelo veículo é comparável à cavidade de um forno de microondas doméstico. Nessa cavidade, as hiperfreqüências são refletidas pelas paredes metálicas do forno, para voltar sobre o “alvo”, que, no caso de um veículo, é a cabeça do usuário.

Um texto explicando o modo correto de usar um telefone celular,
a fim de reduzir a exposição do usuário às radiações não ionizantes,
deveria ser vendido juntamente com o aparelho.

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Fonte: Téléphones Cellulaires Danger? Marco Pietteur, Bélgica
Fonte:http://www.taps.org.br/Paginas/MedicinaArt.html

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Bandidolatria e Democídio. Indicação de leitura: Podcast conservador sobre: política , filosofia, arte, cultura, educação, pedagogia , religião etc

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