terça-feira, 27 de setembro de 2022

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Psicologia da educação: ensino e aprendizado são tarefas da mente



 

 
Psicologia da educação: ensino e aprendizado são tarefas da mente



A psicologia da educação é uma subárea de conhecimento dentro da psicologia, que tem como função a produção de saberes relativos aos fenômenos psicológicos constituintes do processo educativo.

Estudar psicologia da educação ou psicologia educacional é compreender o processo de ensino e aprendizagem. Isso vai desde os mecanismos de aprendizagem nas crianças e adultos (relacionando com a psicologia do desenvolvimento), até a eficiência das tácticas e estratégias educacionais, assim como o estudo do funcionamento da instituição escolar enquanto organização (onde se cruza com a psicologia social).
O que é psicologia da educação?

A educação é a base para a vida. Responsável pela construção e manutenção da sociedade a partir do aprendizado e pesquisa. Estudar como os processos educacionais acontecem, do ensino ao aprendizado, é fundamental. Assim é possível aperfeiçoar os métodos e tornar as estruturas mais eficientes e acessíveis.

A psicologia da educação tem esse papel essencial de verificar os conhecimentos proporcionados pela psicologia científica. A partir disso, determina quais são os mais importantes para compreender o comportamento das pessoas no ambiente educacional. Assim, é possível intervir nesse ambiente para gerar melhorias.

O campo da psicologia educacional surgiu a partir de três grandes estudiosos e pioneiros da psicologia no final do século IX. São eles: Willian James, John Dewey e Edward Lee Thorndike.
Willian James

James lançou um livro intitulado Principles of Psychology e ministrou diversas palestras através de uma série intitulada Talks to Teacher. Nela, discutia as aplicações da psicologia na educação de crianças e enfatizava a importância de se observar o processo de ensino e aprendizagem em sala de aula. Assim era possível aprimorar a educação, trazendo como recomendação que os professores iniciassem as aulas em um ponto além do nível de conhecimento e compreensão da criança a fim de desenvolver a mente delas (SANTROCK, 2010).
John Dewey

John Dewey por sua vez tornou-se a força motriz da aplicação na prática da psicologia. Estabeleceu o primeiro e mais importante laboratório de Psicologia Educacional nos EUA, na Universidade de Chicago no ano de 1894. Assim, continuou seu trabalho inovador na Universidade de Colúmbia. Muitas ideias importantes partiram deste teórico. Ele nos mostrou que a criança é um ser em constante e ativa aprendizagem. Antes de Dewey, as pessoas acreditavam que as crianças deviam permanecer sentadas e em silêncio. Isso porque aprendiam passivamente e de uma maneira mecânica.

Dewey afirmava que a educação deve focar a criança em sua totalidade enfatizando também a adaptação da criança ao ambiente. Elas deveriam ser educadas de modo que possam ser estimuladas a pensar e também a se adaptar ao seu ambiente fora da escola. As crianças deveriam aprender a serem mais autônomas e solucionadoras de problemas de maneira reflexiva. Para Dewey toda criança merecia ter uma educação de qualidade sem diferenciação de classe, raça ou sexo.
Edward Lee Thorndike

Já Thorndike, outro precursor da psicologia educacional, enfocou a avaliação e a mediação e promoveu os princípios básicos e científicos da aprendizagem. Argumentou que uma das tarefas mais importantes da escola é a de desenvolver as habilidades de raciocínio das crianças. Para isso, se diferenciava ao fazer estudos científicos aprofundados e precisos sobre o ensino e aprendizagem. Promoveu também a ideia de que a Psicologia Educacional deve ter uma base científica e deve enfocar principalmente a mediação.
No que isso resultou?

A união dessas ideias e desenvolvimento de outras teorias a partir delas resultou nas escolas como conhecemos hoje: espaços de liberdade e comunicação, onde as crianças podem manifestar sua afetividade como carinho ou agressividade; sua criatividade como construção ou destruição; sua liberdade como obediência ou rebeldia. Todas as atitudes infantis passaram a ser tomadas de maneira natural, como boas e desejáveis, sempre se mantendo atenta e vigilante no que diz respeito ao desenvolvimento psíquico da criança.

Os pedagogos e psicólogos passaram a ser vigilantes do desenvolvimento e cada escola se responsabiliza por suas próprias regras de disciplina. É importante destacar que a Psicologia Educacional e a Psicologia da Escola estão intimamente relacionadas, mas não são iguais. A primeira é a área do conhecimento que tem como objetivo compreender os fenômenos psicológicos envolvidos no processo educativo. A outra é considerada um campo de atuação profissional, sendo possível realização de intervenções no espaço escolar ou a ele relacionado.
Benefícios da psicologia da educação

A partir da psicologia educacional, professores e alunos são auxiliados ao melhor entendimento do processo de educação. Assim, geram melhores resultados para si e para a sociedade. Entre os benefícios dos estudos nesse campo, estão os seguintes.
1. Compreender os estágios de aprendizagem

A psicologia ajuda na compreensão de que a vida humana passa por diferentes estágios de desenvolvimento até atingir a idade adulta. Cada fase implica em padrões de comportamento característicos. A identificação destes períodos ajuda os educadores na elaboração do currículo. Assim é possível determinar os métodos mais adequados de ensino para os alunos em cada um dos diferentes estágios de 

 

aprendizagem.
2. Conhecer o estudante

A criança ou o aluno é o fator chave no processo de ensino e aprendizagem. A psicologia educacional ajuda o professor a conhecer quais são seus interesses, atitudes, aptidões e outras capacidades e habilidades adquiridas ou inatas. A psicologia educacional também ajuda na compreensão sobre o estágio em que o aluno se encontra com relação ao seu desenvolvimento social, emocional, intelectual e físico. Além disso, leva em consideração o nível de aspiração e o comportamento consciente e inconsciente do aluno. Com a orientação adequada, o aluno pode formar uma atitude mais positiva com relação à vida e a si mesmo. Assim, forma uma personalidade mais integrada e solidária.
3. Desenvolver a didática de ensino

A psicologia da educação ajuda o professor a adaptar seu ensino de acordo com o nível dos alunos e seus processos de aprendizagem. Para que o conhecimento seja repassado de forma eficiente, é preciso que o professor tenha uma boa didática ligada a um ensino dinâmico, divertido e saudável. Para conseguir lidar com os alunos de forma eficaz na classe de aula, o professor precisa ter o conhecimento das várias abordagens que levam ao processo de aprendizagem, seus princípios, bem como as leis e fatores que a afetam diretamente.
4. Entender as diferenças

Os alunos diferem muito com relação aos níveis de inteligência, aptidões, gostos e desgostos, além de ter tendências e potencialidades distintas. Existe uma diferença enorme no grau de aprendizagem numa única sala de aula: há crianças superdotadas, outras com déficit de atenção, algumas com deficiências físicas e mentais. O professor deve ser capaz de reconhecê-las para que consiga proceder de maneira adequada com cada uma delas.
5. Resolver problemas em sala de aula

Existem inúmeros problemas que podem surgir numa sala de aula. Alguns deles são: o bullying, a pressão dos colegas, as colas nas provas, as tensões étnicas, etc. O psicólogo educacional auxilia o aluno a lidar melhor com estas situações. Esclarece e instrui o aluno com as mediações para superar o problema. Para tanto, ele precisa estudar as características dos problemas potenciais em sala de aula, a dinâmica do grupo, as características comportamentais do aluno e os possíveis ajustes que serão necessários.

6. Fornecer orientação e aconselhamento

Hoje em dia é importante que a criança receba orientação em todas as fases do seu desenvolvimento. Isso porque as habilidades psicológicas, interesses e aprendizagem diferem de uma pessoa para outra. O psicólogo educacional também ajuda o professor a lidar com os seus próprios problemas emocionais. Assim, consigue otimizar o seu desempenho em sala de aula.
 

7. Desenvolver princípios de avaliação

A avaliação é parte integrante do processo de ensino e aprendizagem. É através das técnicas de avaliação que o potencial da criança é testada e aprovada. O desenvolvimento dos diferentes tipos de testes psicológicos para a avaliação do indivíduo é uma das contribuições da psicologia da educação.
8. Incentivar uma disciplina positiva e criativa

A psicologia educacional substituiu o sistema repressivo pelo sistema preventivo. Os professores passaram a adotar uma abordagem mais cooperativa e científica, a fim de modificar o comportamento dos alunos. A ênfase é colocada sobre a autodisciplina através de atividades criativas e construtivas.
Os desafios de unir psicologia e educação

No passado, quando a concepção dominante na educação ocidental era a chamada Escola Tradicional, não havia necessidade de uma psicologia para acompanhar a prática educativa. A psicologia só se tornou necessária quando o Movimento da Escola Nova revolucionou a educação. Isso construiu demandas específicas para a psicologia do desenvolvimento e da aprendizagem.

Não havia necessidade alguma de qualquer conhecimento sobre o ser humano e seu desenvolvimento. Isso porque já se sabia tudo sobre a natureza corrompida do homem. Acreditava-se no seu potencial para criar, cooperar, ser honesto, desenvolver relações estáveis e saudáveis, respeitar a autoridade, ser intelectualmente aprimorado e ser dotado de coerência.

Com o tempo e as pesquisas, isso foi sendo derrubado e gerou o ensino que conhecemos hoje. Entretanto, ainda hoje existem barreiras na implementação de estudos da psicologia da educação dentro das escolas. Mais ainda, mudanças no ensino tradicional são pouco recebidas e extremamente lentas.

Os movimentos de educação alternativa tem modificado esse cenário, incentivando a abertura para teste de novas formas de aprendizado mais livres e ligadas ao desenvolvimento psicológico.

A psicologia educacional contribui consideravelmente para a criação de um sistema moderno de educação. Ela tem ajudado professores, diretores, administradores e assistentes sociais, a desenvolver significativamente uma atitude mais solidária para com os alunos, já que os ajuda a crescer e se tornarem pessoas mais íntegras e independentes.

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Juliana Battistelli

Formada em Comunicação e Multimeios pela Universidade Estadual de Maringá, trabalha como redatora de conteúdos. O que mais encanta e move Juliana no mundo são as tentativas constantes e impossíveis de compreender o outro.

fonte: https://www.vittude.com/blog/psicologia-da-educacao-ensino-e-aprendizado/

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sexta-feira, 23 de setembro de 2022

Lógica Aristotélica o sistema lógico criado por Aristóteles,

 A Lógica de Aristóteles: a arte de argumentar - Resumo de Filosofia Enem

Lógica Aristotélica

Postado por Esther Santana em 09/11/2020 e atualizado pela última vez em 10/11/2020

Uma ferramenta de raciocínio


Entende-se por Lógica Aristotélica o sistema lógico criado por Aristóteles, ele foi o responsável pelo primeiro estudo formal do raciocínio. Para quem não está familiarizado com o assunto, o raciocínio lógico é um método utilizado para organizar o pensamento de acordo com as normas lógicas e, a partir daí, concluir uma questão ou resolver um enigma. Ele se divide em três tipos: dedução, indução e abdução. 


Atualmente, as questões envolvendo o raciocínio são muito cobradas nos vestibulares e concursos. Quem domina esse sistema sempre consegue resolver as avaliações com mais facilidade e ainda garante boas pontuações. Mesmo sendo praticada no campo das ciências exatas, essa ferramenta teve início na filosofia. 


Inicialmente, Aristóteles, um filósofo da Grécia Antiga desenvolveu alguns princípios centrais para a sua lógica aristotélica: a lei da não-contradição e a lei do terceiro excluído. A primeira diz que nenhuma afirmação pode ser verdadeira e falsa ao mesmo tempo, a segunda diz que qualquer afirmação da forma *P ou não-P* é verdadeira


Inicialmente, as questões envolvendo o raciocínio lógico podem parecer confusas, mas aos poucos elas se tornam mais fáceis de serem assimiladas. Quer entender um pouco mais sobre a lógica aristotélica e como ela funciona? Continue a leitura!

cubo mágico

O algoritmo utilizado para resolver o cubo mágico é uma sequência lógica e definida de instruções que se seguida resolve o problema.

 (Imagem: Pixabay)


O Silogismo na Lógica Aristotélica


A lógica aristotélica é baseada no silogismo, um sistema argumentativo baseado em proposições que levam a uma conclusão. Nesse caso, a lógica aristotélica não se preocupa em validar as proposições ou a conclusão, mas observar como as premissas foram concluídas. Ela busca identificar o que faz o silogismo ser verdadeiro. 

 
O silogismo é composto por três proposições: premissa maior, menor e a conclusão. Para entender melhor como o sistema funciona, vamos ver no exemplo a seguir:


Todos os homens são mortais.
Sócrates é homem,
Logo,
Sócrates é mortal.


Agora analisando as proposições:


Todos os homens são mortais – premissa universal afirmativa, a proposição inclui todos os seres humanos.
Sócrates é homem – premissa particular afirmativa, referindo-se apenas a Sócrates.
Sócrates é mortal – conclusão, premissa particular afirmativa.


Dessa forma, dá para identificar que na lógica aristotélica, o silogismo é composto por no mínimo duas proposições, das quais se extrai uma conclusão. Assim, entre as premissas, deve haver um termo que médio, que deve ser sujeito da premissa 1 ou predicado da premissa 2.


Exemplo:
A é B
C é A
Logo, B (termo maior) é C (termo menor)


Na proposição, o termo médio é o A, que aparece como sujeito em uma frase e predicado na outra. Perceba que ele não surge na conclusão, pois ela foi feita através de uma dedução extraída da relação entre as premissas. 


Mais um exemplo:
P1 – Todos os mamíferos são mortais
P2 – Todos os gatos são mortais
C – Logo, todos os gatos são mamíferos


Percebeu algo diferente? É que nesse caso, embora as premissas e a conclusão sejam verdadeiras, elas não foram extraídas por meio de dedução. Como não estavam adequadas, elas não possuem relação com a conclusão. 


A análise desse exemplo seria a seguinte:
A é B
C é B
Logo, A é C, o que indica falácia. Nesse exemplo, o termo médio não faz ligação entre os demais. 


Quem busca entender um pouco mais sobre o assunto precisa estar atento para a forma com que as premissas estão dispostas, pois a lógica se baseia nisso. Assim como o silogismo pode apresentar argumentos verdadeiros que levam à conclusões verdadeiras, esses mesmos argumentos podem levar à conclusões falsas, o que chamamos de falácia. Segundo Aristóteles, a falácia é qualquer raciocínio falso que simula a verdade. 


Observe como ela funciona através do enunciado abaixo:


Todos os sucos são feitos com água doce – premissa universal afirmativa
O rio é feito de água doce – premissa universal afirmativa
Logo, o rio é um suco – conclusão = premissa universal afirmativa


Para não se enganar com esse tipo de raciocínio, lembre-se que as proposições, como juízo, devem seguir algumas regras fundamentais:


Princípio de Identidade: A é A;
Princípio de não contradição: é impossível A ser A e não -A ao mesmo tempo;
Princípio do terceiro excluído: A é y ou não-y, não há terceira possibilidade.


Assim, a veracidade ou falsidade são identificadas pelas proposições, que se classificam em:


Afirmativas: A é B;
Negativas: A não é B;
Universais: Todo A é B (afirmativa) ou Nenhum A é B (negativa);
Particulares: Alguns A são B (afirmativa) ou Alguns A não são B (negativa);
Singulares: Este A é B (afirmativa) ou Este A não é B (negativa).


As proposições também podem ser:


Necessárias: quando o predicado está incluso no sujeito (Todos os homens são maus);
Não necessárias ou impossíveis: o predicado jamais poderá ser atributo de um sujeito (Nenhum homem é mau);
Possíveis: o predicado pode ou não ser atributo (Todos os homens são iguais).

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quarta-feira, 21 de setembro de 2022

Programação Preditiva. Por João Maria Andarilho Utópico (feito com Spreaker)

Anatomia & Filosofia: PROGRAMAÇÃO PREDITIVA E PROFECIA AUTORREALIZÁVEL

 

Anatomia & Filosofia: PROGRAMAÇÃO PREDITIVA E PROFECIA AUTORREALIZÁVEL

Dr. Rodson Ricardo Souza do Nascimento

“O futuro não pode ser previsto, mas pode ser preparado” (Michel Godet)

Introdução

As ciências humanas estudam os mecanismos que mantêm as sociedades unidas. Merecem destaque a coesão, a persuasão e a influência. A coesão “é o grau em que indivíduos que participam de um sistema social se identificam com ele e se sentem obrigados a apoiá-lo, especialmente no que diz respeito a normas, valores, crenças e estruturas”1. Tanto a persuasão quanto a influência compartilham do mesmo objetivo de mudar o comportamento ou a atitude de alguém. Persuasão é um processo explícito e racional que exige que se comunique o que se quer, ao passo que o trabalho de influência é silencioso e inconsciente2.

Etimologicamente a palavra influência vem do latim, influentia, que designava o poder oculto que os astros tinham de modificar o destino dos homens na Idade Média. No século XX a influência foi amplamente estudada pelos cientistas sociais e psicólogos como um dos principais mecanismos de controle social. A influência explicaria a moda, a difusão das ideias e a histeria das massas3. Dezenas de estudos na área comprovaram a influência do grupo sobre a consciência individual (“efeito Ash”, “efeito Milgran”, “efeito pé na porta”, “Dissonância cognitiva”, etc). A relação entre persuasão, influência e manipulação é, na maioria das vezes, tênue e envolve aspectos convicções morais do cientista.

A persuasão coercitiva

O tema da “persuasão coercitiva” é um dos mais fascinantes e polêmicos das ciências humanas, em especial, da Psicologia. Embora sua existência seja essencial para a maior parte das psicoterapias atuais (como a terapia cognitivo comportamental e a psicologia positiva), sua eficácia não é reconhecida pelo establishment acadêmico. A premissa do controle mental é que a mente humana pode ser alterada por meio da propaganda ou controlada por certas técnicas psicológicas que vão desde a simples venda de um produto comercial até a lavagem cerebral por agências de informação. O objetivo dessas técnicas psicológicas é reduzir ao máximo a resistência a novas ideias, valores ou comportamentos.

O uso político da psicologia
O controle mental pode ser feito de forma ética, mas também pode ser usado para dominar pessoas, grupos e populações inteiras. Nesse caso, busca-se reduzir ao máximo a capacidade do outro de pensar criticamente ou de forma independente, visando a introdução de novos pensamentos e ideias indesejados em suas mentes, bem como para mudar suas atitudes, valores e crenças (algumas técnicas educacionais fazem isso através de “dinâmica de grupo” ou “vivências”).

Trata-se portanto do uso do conhecimento psicológico como poder político e controle social. “Poder” é um conceito sociológico fundamental. Um dos fundadores da sociologia, Max Weber (1864-1920), conceitua o poder como “a capacidade de controlar indivíduos, eventos ou recursos – fazer com que aconteça aquilo que a pessoa quer, a despeito de obstáculos, resistências ou oposição”4. Mas o poder também significa a capacidade de moldar crenças e valores de outras pessoas através do controle sobre a mídia, as instituições educacionais e científicas. O poder sobre a informação está associado ao uso político da Propaganda pelo Estado no passado ou pelas Grandes Corporações na atualidade. Por Propaganda, entenda-se aqui “a difusão de uma ideia ou doutrina destinada a modificar as opiniões, os sentimentos ou as atitudes da pessoa ou do grupo aos quais é dirigida”5.

Os sociólogos têm chamado a atenção para as relações entre propaganda, comunicação de massa e mídia nas sociedades contemporâneas. Os seres humanos aprendem sobre o mundo adquirindo coletivamente informações, filtrando-as e compartilhando o que sabemos. A comunicação de massa “é a transmissão de informações por especialistas trinados a uma plateia grande e diversificada espalhada por uma grande território”6. Os meios de comunicação de massa incluem jornais, rádio, livros, revistas, televisão e cinema. Grandes empresas, assim como os governos, podem controlar a informação veiculada pela mídia de um país. Os sociólogos buscam descobrir que efeito esses meios de comunicação exercem sobre a mente, os valores e comportamentos dos indivíduos. Fazem também perguntas como quem controla a mídia? A que interesse ela serve? De que maneira suas mensagens afetam a plateia? De que maneira essas mensagens molda e controla a população?

A verdade é que a propaganda e a mídia são essenciais para que seja mantido o “controle social” das pessoas numa sociedade complexa. O “controle social é um conceito que se refere às maneiras como os pensamentos, sentimentos, aparência e comportamento de pessoas são regulados nos sistemas sociais”7.

Não existe controle social sem controle mental e não é possível tal controle sem o domínio da informação e do conhecimento. A história registra que os impérios sempre reconheceram a importância do controle mental para a conquista de seus objetivos. No Ocidente, desde a Segunda Guerra Mundial, graças à ação do Ministro da Propaganda nazista Joseph Goebbels (1897-1945), a Alemanha elevou o controle e a manipulação mental a níveis inimagináveis. Goebbels foi um gênio da propaganda e seu trabalho foi vital para o sucesso nazista. Ele era um estudioso da técnica cinematográfica e foi o primeiro a usar o cinema como arma de guerra. Quando Adolfo Hitler chegou ao poder, Goebbels, então com 35 anos, se tornou o “Ministro do entretenimento Popular e da Propaganda”. Para Goebbels, o cinema era um meio ideal de atingir o inconsciente das massas. Através do uso da mídia, ele foi capaz de potencializar a presença de Hitler em todo o mundo para fazê-lo parecer messiânico e invencível.

Durante toda a Guerra Fria americanos e soviéticos rivalizam para saber quem detinha o melhor domínio sobre a manipulação psicológica. Um exemplo dessa disputa foi o Projeto MKUltra.

Projeto MKUltra
O Projeto MKUltra (ou MK-Ultra) foi o codinome de um programa experimentação da mente humana secreto projetado e realizado pela Agência Central de Inteligência dos EUA (CIA). Os experimentos psicológicos tinham como objetivo desenvolver procedimentos e identificar drogas como o LSD que poderiam ser usadas em interrogatórios para enfraquecer indivíduos e forçar confissões por meio de tortura psicológica e lavagem cerebral de inimigos. O MKUltra usou vários métodos para manipular os estados mentais e funções cerebrais de seus sujeitos, como restrição do sono, a administração secreta de altas doses de drogas psicoativas (especialmente LSD) e outros produtos químicos, eletrochoques, isolamento e privação sensorial e hipnose. O MKUltra começou em 1953, foi reduzido em escopo em 1964 e 1967, e foi interrompido em 1973. Foi organizado por meio do “Escritório de Inteligência Científica da CIA” e coordenado com os Laboratórios de Guerra Biológica do Exército dos EUA. O programa, apesar de ilegal, desenvolveu atividades “de pesquisa científica” em mais de 80 instituições, incluindo faculdades e universidades, hospitais, prisões e empresas farmacêuticas. A CIA operava usando organizações de fachada e a maioria dos envolvidos não sabia o que realmente estava estudando. Somente um pequeno grupo dos cientistas e alguns altos funcionários dessas instituições estiveram cientes do envolvimento da CIA ou do objetivo do projeto. Um desses cientistas foi o psiquiatra britânico William Walters Sargant (1907 – 1988), que realizou uma pesquisa multicultural sobre o controle da mente, chegando inclusive a visitar o Brasil na década de 1970. Sargant registrou os resultado de suas pesquisas no livro “A possessão da mente” (1973):

“Quando o sistema nervoso de um homem fica sujeito a um grau de esforço tal que o seu cérebro não consegue mais reagir normalmente – com este esforço imposto por alguma experiência singular ou então por tensões de intensidade menor da de maior duração – ele começa a comportar-se de maneira anormal, pelos modos delineados por Pavlov e outros pesquisadores. Ele se tornará muito mais sugestionável do que em seu estado mental normal, muito mais aberto às ideias e às pessoas de seu meio ambiente imediato, e muito menos capaz de reagir a elas com cautela, dúvida, crítica e ceticismo. Pode ser levado a uma condição em que sua atividade cerebral, o às vezes a uma parte isolada desta, tornar-se paradoxal, de maneira a inverter sua perspectiva e seus valores habituais; e pode alcançar uma condição em que se torne tão docilmente submisso a ordens e sugestões como uma pessoa hipnotizada, podendo ser induzido a adotar formas de comportamento que rejeitaria como estupidas ou imorais, quando senhor de si: e, com sugestão pós –hipnótica, pode ser levado a agir desse modo mesmo depois de voltar do seu transe e aparentemente ter readquirido sua consciência normal de homem desperto”8.

Um aspecto importante quando pensamos em controle mental é a “desindividualização”, termo que explica os processos de perda da identidade individual diante em uma multidão. Segundo o psicólogo social Gustave LeBon (1841-1931), em seu livro “A psicologia das massas” (1895), “A multidão é sempre intelectualmente inferior ao indivíduo isolados”, por isso um dos objetivos da guerra psicológica é criar o “efeito rebanho”, pânico, histeria ou ódio generalizado no grupo alvo, pois “um indivíduo em uma multidão é um grão de areia em meio a outros grãos de areia, que o vento agita à vontade”. Segundo LeBon “os comportamentos agressivos e mais imperais demonstrados pelos bandos de linchamentos [ex, em sua opinião, os revolucionários franceses] espalhavam-se por esses bandos ou multidões por contagio, como uma doença, destruindo o senso moral e o autocontrole o indivíduo. Seus colapsos, ele argumentava, levam as multidões a cometer atos destrutivos que poucos indivíduos cometeriam se estivessem agindo sozinhos”9.

Desde então todos os exércitos possuem um “departamento de guerra psicológica” ou “não convencional”. O Departamento de Defesa dos EUA, por exemplo define “guerra psicológica”, como: “O uso planeado de propaganda ou outras ações psicológicas com o objetivo primário de influenciar as opiniões, emoções, atitudes e comportamento de grupos estrangeiros hostis, de forma a alcançar os objetivos da nação”. O objetivo da guerra psicológica, segundo documento oficial do Pentágono é promover “programas de produtos e ações planejados para transmitir determinadas informações e indicadores a públicos estrangeiros com o objetivo de influir nas suas emoções, atitudes, opiniões e, particularmente, no comportamento de governos, organizações, grupos e indivíduos não pertencentes aos Estados Unidos”.

É preciso definir alguns termos usados na propaganda: manipulação, influência e persuasão. A manipulação difere da influência geral e da persuasão. A Persuasão é a capacidade de mover uma pessoa ou pessoas para uma ação desejada, geralmente dentro do contexto de um objetivo específico. A influência e a persuasão não são positivas nem negativas. A influência é geralmente percebida como inofensiva, pois respeita o direito do influenciado de aceitá-la ou rejeitá-la, e não é indevidamente coercitiva. Os estudos sobre a comunicação persuasiva e sua relação com à obediência à autoridade começaram no final dos anos 1940, particularmente na Universidade de Yale, nos EUA10. Para os sociólogos, a comunicação persuasiva coletiva acontece, principalmente, através da manipulação da informação e do uso sistemático da grande mídia. Um tipo de técnica de controle mental atual é a Programação Preditiva”.

Imagem do clipe de Do the evolution – Pearl Jam

Programação Preditiva

Para muitos a prospectiva é parte da agenda das ciências sociais. Segundo esses “futurólogos” é necessário antecipar cenários futuros e a prospectiva científica substitui a previsão religiosa. Os estudos prospectivos tiveram seu auge nos anos de 1950. Atualmente o papel do propectivista é o de um “conspirador do futuro”, sendo muito empregado por Estados em suas políticas públicas ou por grandes empresas em suas análises estratégicas sobre mercado11.

Mas existe um outro campo em que os propectivistas atuam: os meios de comunicação de massa. A Programação Preditiva é a teoria de que o governo ou grandes corporações (financeiras, farmacêuticas, tecnológicas) usam livros de ficção científica, seriados ou filmes como uma ferramenta de controle mental em massa para tornar a população mais receptiva aos eventos futuros planejados. A programação preditiva é uma forma sutil de condicionamento psicológico fornecido pela mídia para informar o público sobre as mudanças sociais planejadas a serem implementadas em um curto prazo. O pressuposto é que existe uma resistência natural dos nossos cérebros a novidade. Por isso, se e quando essas mudanças forem implementadas, “o público já estará familiarizado com elas e as aceitará como progressões naturais, diminuindo assim possíveis resistências e comoções públicas”.

Um elemento importante na informação difundida pela mídia é o cálculo de seus efeitos futuros sobre a plateia. Nesse caso a programação preditiva destinava-se a “dessensibilizar” o púlpito ou manipular a forma como a notícia ou informação é passada. A verdade é que não existe “relato neutro” da informação na mídia. Isso porque existem estudos que mostram a forma como um estímulo é apresentado é muito importante para o seu resultado final.

Além disso, a quantidade de exposição ao evento também afeta sua percepção. A exposição do público a determinado evento ou comportamento tido como ruim ou repulsivo, de uma forma “neutra ou positiva”, fará com que ele seja aceito. Isso porque há uma “tendência ao conformismo” natural que faz com que uma pessoa tenda a aceitar o que a maioria da sociedade considera “normal e positivo”. Esse é o caso do ateísmo, divórcio ou homossexualismo.

Porém, o principal objetivo da Programação Preditiva é prever como determinado grupo se comportaria num cenário futuro. O caso da “Guerra dos Mundos”, transmitido pela rádio teatro estadunidense Columbia Broadcasting System, durante o Halloween de 1938. O “experimento” foi dirigido e narrado pelo ator e futuro cineasta Orson Welles (1915-1985). Esse evento ficou famoso por causar pânico em massa e alucinações coletivas em algumas cidades do EUA.

A programação preditiva em sua essência é uma tática para reduzir a resistência, introduzindo conceitos que parecem absurdos e reintroduzindo-os continuamente para fazer com que esses conceitos pareçam mais prováveis ou, no mínimo, aceitáveis. Programação Preditiva pode acontecer de forma sistemática ou isolada e pode incluir notícias, filmes, documentários e mesmo desenhos infantis. Como sempre, há uma razão pela qual os filmes e a televisão são usados como principais meios de propaganda. Ao assistir algo dessa natureza, uma pessoa normalmente percebe isso como entretenimento e sua guarda teórica será abaixada e as mensagens subliminares irão diretamente para o subconsciente.

Isso é explicado pela “Teoria da aprendizagem social”. Nesse processo, um organismo aprende um comportamento por meio da observação do comportamento de um outro organismo. Essa teoria enfatiza o papel da observação das pessoas das outras pessoas e da cooperação das autoridades com a mudança de comportamentos. Segundo seu criador, o psicólogo canadense Albert Bandura (1925-2021), todos os fenômenos que ocorrem por meio de experiências diretas podem também ocorrer de forma “vicariante”, ou seja, através da observação: “Um dos primeiros e mais básicos pressupostos da teoria social cognitiva de Bandura é que os humanos são muito flexíveis e capazes de aprender inúmeras atitudes, habilidades e comportamentos e que boa parte dessa aprendizagens são resultado de experiências vicariantes. Ainda que as pessoas possam aprender e aprendam com a experiência direta, muito dos que elas aprendem é adquirido por meio da observação dos outros”12.

Bandura explica que por “reforço vicariante” entende-se o aprendizado a partir da observação de outras pessoas e das consequências geradas ou obtidas por elas. No famoso experimento do “João-bobo”, Bandura procurou confirmar tal teoria ao fazer um experimento com o boneco citado. Três grupos de crianças foram submetidos a um filme diferente cada, nos quais adultos agrediam os bonecos. No primeiro filme o adulto era recompensado por agredir o boneco, no segundo filme era punido e no terceiro filme não sofria nenhuma consequência. Depois do filme, as crianças foram colocadas em uma sala onde podiam ser observadas sem perceberem. Na sala havia diferentes brinquedos, dentre eles um João-bobo. Relatou-se que o grupo que viu o adulto sendo recompensado tendia a repetir com maior frequência as agressões quando comparado aos dois últimos grupos. Sua conclusão é que comportamentos agressivos se tornam mais frequentes ao ver outros serem recompensados por sua agressividade. Esse aprendizado frequentemente não se restringe a “imitar” e passa a “identificar-se” com a “pessoa-modelo”. Esse é o fenômeno da “modelagem comportamental”.

A profecia autorrealizável (self-fulfilling prophecy)

O uso da programação preditiva está fundamentado no conceito sociológico de “profecia autorrealizável”, porque uma vez que uma expectativa social é criada, quando esses eventos começam a acontecer, a população pode parecer mais propensa a aceitar o evento como “destino”. Na sociologia isso é conhecido como “Teorema de Thomas”:

“Se os homens definem certas situações como reais, elas são reais em suas consequências”13.

O conceito de profecia autorrealizável está ligado ao sociólogo norte-americano Robert Merton (1910 – 2003). Segundo ele uma profecia autorrealizável, autorrealizadora ou autorrealizada: “é um prognóstico que, ao se tornar uma crença, provoca a sua própria concretização. Quando as pessoas esperam ou acreditam que algo acontecerá, agem como se a profecia ou previsão já fosse real e assim a previsão acaba por se realizar efetivamente”. Ou seja, ao ser assumida como verdadeira – embora seja falsa – uma previsão pode influenciar o comportamento das pessoas, seja por medo ou por confusão lógica, de modo que a reação delas acaba por tornar a profecia real.

O conceito foi desenvolvido por Merton no seu livro “Teoria Social e Estrutura Social”, publicado em 1949. A tese de Merton é que somos movidos por crenças coletivas, sejam elas verdadeiras ou não. Sociologicamente a realidade não é algo “natural” mas “construído” por crenças e valores; “Num sentido mais básico, a função das crenças culturais na vida social não é apenas a de representar a realidade, mas promover sua criação e recriação”14.

Merton estudou a corrida aos bancos de acionistas que, temendo a queda do valor dos títulos, motivada por um boato de que um banco está em dificuldades, apressam-se em retirar os valores ali depositados e liquidar outros negócios, de modo que o banco acaba mesmo falindo pois isso provocou a queda real do preço das ações. Nas palavras de Merton: “A profecia autorrealizável é, no início, uma definição falsa da situação, que suscita um novo comportamento e assim faz com que a concepção originalmente falsa se torne verdadeira”. Por isso quem tem o controle da informação tem o controle da realidade social.

Assim, se as pessoas passam meses ouvido falar de vírus, fome ou guerras elas estariam mais dispostas a “darem a resposta esperada” quando solicitadas. O evento desejado vai se tornar realidade porque as pessoas agiram como se ele já tivesse acontecido. O escritor e teólogo C. S. Lewis (1898-1963) sempre alertou para a importância política da imaginação. A imaginação é a capacidade de resolver situações, criando possibilidades de lidar com o desconhecido e buscando soluções. O maior efeito da programação preditiva é o controle da imaginação porque a ferramenta mais utilizada na técnica é a ficção científica, ao criar essas histórias o autor pode determinar limites de imaginação e mostrar aos poucos o que “acontecerá no futuro”. Um exemplo histórico disso foi o movimento cosmismo de Nicolai Fiodorov15.

REFERÊNCIAS

1 JOHNSON, Alla G. Dicionário de sociologia. Rio de Janeiro: Zahar, 1997, P. 41.

2 KUHNKE, Elizabeth. Persuasão e influência para leigos. Rio de janeiro: Alta Books, 2013.

3 DORTIER, Jean – François. Dicionário de ciências humanas. São Paulo: Martins Fontes, 2010, p.311

4 JOHNSON, Alla G. Dicionário de sociologia. Rio de Janeiro: Zahar, 1997, p. 177.

5 SILLAMY, Norbert. Dicionário de Psicologia Larousse. Porto Alegre: 1998, p. 186

6 JOHNSON, Alla G. Dicionário de Sociologia. Rio de Janeiro: Zahar, 1997, p. 44

7 JOHNSON, Alla G. Dicionário de Sociologia. Rio de Janeiro: Zahar, 1997, p. 54

8 SARGANT, William. A possessão da mente. Rio de Janeiro: Imago, 1973, p. 237

9 ATKINSON & HILGARD. Introdução à psicologia. São Paulo: Cergage, 2018, p. 467.

10 ATKINSON & HILGARD. Introdução à psicologia. São Paulo: Cergage, 2018, p. 509

11 DORTIER, Jean – François. Dicionário de ciências humanas. São Paulo: Martins Fontes, 2010, p. 511.

12 FEIST, Jesse e FEIST, Gregory. Teorias da personalidade. Porto Alegre: Artmed, 2013.p. 330

13 DORTIER, Jean – François. Dicionário de ciências humanas. São Paulo: Martins Fontes, 2010, p. 509

14 JOHNSON, Alla G. Dicionário de sociologia. Rio de Janeiro: Zahar, 1997, p. 183.

15 O cosmismo foi um movimento teológico, filosófico e cultural que surgiu na Rússia na virada do século XIX e, novamente, no início do século XX. O movimento envolve teologia ortodoxa, esoterismo, ficção cientifica, literatura, filosofia e ciências naturais. O cosmismo incluía uma ampla teoria da filosofia da natureza, combinando elementos de religião e ética com evolucionismo, avanço cientifico, domínio do cosmos e imortalidade humana e ressureição física dos mortos. A ideologia cósmica impulsionou o pioneirismo soviético na propulsão de foguetes e nas viagens espaciais além de ser a base do transhumanismo.

fonte; https://anatomiaefisioterapia.com/2022/01/24/anatomia-filosofia-programacao-preditiva-e-profecia-autorealizavel/

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Hoje é dia do Sagrado Jejum de Sri Indira Ekadasi dia 21/09/2022 Lendo a história Podcast conservador sobre: política , filosofia, arte, cultura, educação, pedagogia , religião

 

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A Importância da Letra Cursiva na Alfabetização: Escrito por Margaret Loureiro

Neste artigo vamos entender o quanto é importante ensinar a letra cursiva na alfabetização, quais são as razões para ensinar, as diferenças entre a letra bastão e cursiva, como estimular as crianças nesta fase.

Afinal, qual a importância da letra cursiva na alfabetização? Deve-se trabalhar ou não a letra cursiva?

Letra Cursiva na Alfabetização

A comunicação é considerada uma das principais habilidades para o sucesso profissional e pessoal. Por meio dela, conseguimos informar o que pensamos e desejamos. Por isso, é considerada uma ferramenta indispensável nas relações sociais.

Entretanto, com o uso constante de computadores, crianças e jovens estão se distanciando, cada vez mais, do contato com papel e caneta. Essa mudança de hábito influencia e, muitas vezes, compromete a elaboração de textos e trabalhos escolares.

Considerado o novo instrumento de escrita, o computador não deve ser olhado com grande preocupação, porque pode auxiliar no desenvolvimento psicomotor da criança e o estímulo à prática de formação de palavras deve ser feito nos primeiros anos escolares, a fim de ajudar no processo de alfabetização infantil.

Para você compreender melhor o valor da escrita, vamos citar uma pesquisa realizada pela Associated Press de 1992.

O estudo consultou 402 empresas, cujos executivos consideraram a redação como a principal habilidade de um profissional.

Porém, apesar de ser bastante exigida no mercado, a análise apontou que mais de 80% dos entrevistados disseram estar satisfeitos com o nível e qualidade de redação dos funcionários, não reconhecendo necessidade de melhorias.

Já uma pesquisa realizada em 2003 por pesquisadores da Universidade de São Paulo, mostrou que a maioria dos vestibulandos apresentam sérias dificuldades para desenvolver uma redação.

Embora o estudo reconheça que os jovens dominam o conteúdo nas questões de múltipla escolha, quando precisam responder atividades dissertativas e elaborar a redação, a qualidade cai de forma significativa, alertando para a importância da prática da escrita, com letra cursiva.

O primeiro contato com as letras

Letra Bastão
A importância das letras na comunicação. (Fotos: Canva)

O primeiro contato que temos com as letras é durante a educação infantil e no ensino fundamental, onde se inicia o processo de alfabetização. Nesta etapa a criança começa a unir as letras e a formar palavras para, depois, conseguir construir frases e textos.

Quando estamos passando pelo período de alfabetização infantil, temos duas fases distintas: na primeira é ensinado o uso da letra de fôrma (também chamado de letra bastão), já na segunda ocorre o treino da escrita por meio da letra cursiva (conhecida também como letra de mão).

O processo de alfabetização segue esse caminho para que as crianças consigam assimilar, rapidamente, as palavras e a praticarem a escrita. Nessa fase, as letras de forma são mais fáceis de serem aprendidas, pois são formadas por linhas retas e simples de serem feitas.

O melhor é que a letra cursiva seja inserida, no processo de aprendizagem, após a primeira etapa de alfabetização. Desse modo, elas podem se concentrar nas curvas e desenhos das letras, sem se preocuparem tanto com a construção de palavras.

Mas com todo esse avanço da tecnologia, aprender a letra cursiva ainda é importante?

As crianças estão sendo inseridas, cada vez mais cedo, frente à tecnologia, aumentando a discussão sobre a necessidade da letra de mão ou letra cursiva durante a alfabetização.

Diante dessa mudança, devemos ou não exigir que as crianças escrevam com a letra cursiva? 

Essa questão anda dividindo educadores de todo o Brasil. Mas a letra cursiva não é a única a gerar polêmica, visto que o ensino da tabuada também foi alvo de muitos questionamentos.

A letra cursiva acaba não sendo tão relevante após a formação, mas ainda continua sendo muito importante durante a alfabetização.

Após essa etapa, e já nos últimos anos escolares, o tipo de letra usada não é tão relevante.

Nenhum professor vai obrigar os alunos do ensino médio, tampouco os universitários, a usarem um tipo específico de letra.

Para escolher o modelo de letra, é sugerido que a pessoa opte por uma compatível com a própria personalidade, além da que seja confortável para elaborar textos.

Caso a sua caligrafia seja difícil de entender, tente mudar o formato de letra e verifique se está mais à vontade para escrever.

11 Razões Para Aprender

Criança treinado a escrita
Criança treinado a escrita, conquista a destreza gradualmente. (Foto: Canva)

Durante anos a letra cursiva foi a favorita entre educadores, porém a escrita cursiva vem perdendo espaço – e, a julgar pelo destino que teve em países como Estados Unidos e Finlândia, a tendência é que deixe de ser ensinada em muitas escolas. Mas, existem, porém bons motivos para que o ensino da escrita cursiva não seja abandonado.

Já é comprovado através de pesquisas os benefícios neurológicos e cognitivos da escrita manual na educação de crianças, quando comparada à digitação em um teclado.

Só que há um debate entre o tipo de letra manual a ser ensinado – de fôrma (letra bastão) ou cursiva, e se o ensino desta última ainda se justificaria, tendo em vista que exames como o Enem, dentre outros, já aceitam a escrita de fôrma.

Vou mostrar pra você, porque a escrita cursiva não dever abandonada:

  1. A letra cursiva destaca maior velocidade à escrita, e por isso tende a ser a escolha dos escritores mais eficazes. As constantes paradas da letra de fôrma seriam responsáveis por torná-la mais lenta.
  2. Letras conectadas, pensamento conectado. A letra cursiva, ao comprovar maior velocidade à escrita, favorece a concentração, o foco, e auxilia na produção de textos mais coesos.
  3. O aprendizado da escrita cursiva desenvolve a disciplina e contribui para a autoestima do estudante. O processo de aprendizagem em dominar a escrita cursiva, acaba envolvendo imitação de modelos, repetição e persistência.
    A criança que, aos poucos, conquista a habilidade necessária para dominar a escrita cursiva experimenta uma sensação de capacidade, de ter passado a um outro nível.
    Essa é uma constatação que dispensa pesquisas científicas: crianças com “letra bonita” tendem a se orgulhar dessa habilidade, o que tem um impacto positivo em sua autoestima.
  4. Melhora a coordenação motora fina. O traçado da letra cursiva recruta habilidades sensoriais, noções de orientação espacial, ajuda a criança a “treinar” a mão para a execução dos movimentos corretos etc.
    É necessário fazer com que a criança primeiro domine o lápis e traçar retas na horizontal, na vertical e na diagonal, fazendo todos os traços que depois serão sintetizados a fim de formar as letras.
    A criança precisa ser capaz de dominar esse traçado, pra que depois haja a introdução da letra cursiva, lembrando que as letras são sínteses de traços.
  5. Vários originais de documentos, manuscritos de obras literárias e cartas que compõem nosso acervo histórico-cultural foram escritos letra cursiva. Pensando nesse contexto, o aprendizado da escrita cursiva se faz necessário, permitindo o acesso a textos produzidos em… letra cursiva.
    Não aprendê-la representaria um obstáculo à compreensão desses importantes documentos.
  6. A escrita da letra cursiva é uma terapia, para os disléxicos. A prevenção desse transtorno passa por atividades que reforcem a consciência fonológica.
    A escrita cursiva pode ajudar no processo de decodificação, porque junta a coordenação óculo-manual, a coordenação motora fina e outras funções cerebrais e de memória.
  7. A letra cursiva tem um componente importante no desenvolvimento da escrita pessoal. Até mesmo os defensores da extinção do ensino da letra cursiva estão admitindo que os escritores mais hábeis se valem de uma escrita híbrida (misturada), em que algumas letras são unidas e outras separadas.
    Ou seja, a letra cursiva é um componente no desenvolvimento de uma escrita pessoal. Tirar a letra cursiva seria empobrecer esse processo, limitando as ferramentas expressivas que o indivíduo pode utilizar.
  8. Linguagem verbal adequada – O primeiro aspecto a ser citado é o desenvolvimento da linguagem verbal adequada. Ela é importante porque a criança deixa de falar de maneira infantil ou de utilizar palavras no diminutivo desnecessariamente.
    A partir do aprimoramento da linguagem verbal adequada, é que a criança irá possuir um vocabulário correto e mais diversificado. No futuro isso será fundamental para a criação de redações, por exemplo.
  9. Desenvolvimento Sociocultural – Esse aspecto relaciona as informações que são transmitidas para a criança ao longo do tempo, as quais devem ser compatíveis com o meio em que ela vive e sua faixa etária. Dessa forma, ela sentirá que faz parte da sociedade.
    Em determinados períodos de desenvolvimento da criança, ela deve ser colocada em contato com outras experiências, a fim de estimular o sistema cognitivo.
    O que isso tem a ver com a escrita?
    Vou dar um exemplo simples: a escola decide levar os alunos para visitar um museu. Lá, tem uma série de textos e informações diferentes. Se a criança não souber escrever corretamente, como ela vai compreender os conteúdos?
    Por isso, é relevante passar experiências do seu dia-a-dia que possam contribuir no progresso de aprendizagem das crianças.
  10. Função simbólica – A escrita e a leitura andam de mãos dadas, pois são usados símbolos e significados em associação – a criança precisa aprender isso. Caso contrário, ela não saberá escrever, e sim copiar os símbolos (letras) sem entender o seu significado.
  11. Desenvolvimento psicomotor – Para que possamos escrever algo, é necessário ter postura adequada, concentração, controle de movimentos (controlar o movimento do lápis sobre o papel). Além disso, lateralidade, ritmo, orientação espacial, dominância lateral definida, práxia global e fixa, bem como sucessão temporal para as sequências gráficas.

Vale ressaltar ainda que apenas usar o caderno de caligrafia não é o suficiente durante o processo de aprendizagem. A criança precisa entender os movimentos que está fazendo e o porquê dos exercícios. Caso contrário, terá dificuldades no ensino médio, período em que é mais cobrado a interpretação de textos. Essa é uma das principais razões das avaliações de ensino no Brasil serem tão baixas.

Diferenças entre letra bastão e cursiva

Letra Bastão

A letra bastão é a primeira que aprendemos a escrever. Ela fragmenta a escrita, ou seja, é necessário tirar o lápis do papel, ao menos duas vezes, para conseguir redigir, por exemplo, a letra “A”.

A letra cursiva é aquela que permite uma escrita constante. Ela é importante porque nos permite manter a linearidade dos pensamentos, ou seja, é possível passar a informação para o papel sem perder a linha de raciocínio.

É importante que o processo de aprendizado da escrita não seja antecipado. A criança precisa passar por todas as fases do aprendizado, desse modo, o rendimento escolar não cai.

Alguns estudiosos da área de pedagogia acreditam que, ao exigir a maturidade cognitiva precocemente, pode resultar em frustração, comprometendo, assim, o futuro escolar da criança.

Essa decepção, durante o processo de alfabetização, acontece quando o aluno não consegue acompanhar seus colegas de sala. Com o tempo, essa insatisfação se reflete nas atividades mais simples, como escrita incompreensível. Essa criança passa a ser considerada desleixada ou com algum problema de saúde, como déficit de atenção.

O que a pedagogia moderna diz sobre a letra cursiva?

Como dissemos, a letra cursiva é alvo de muitas discussões, devido ao avanço da tecnologia. Afinal, se é possível digitar palavras, ao invés de escrevê-las, por que ensinar de um jeito tão complicado e que leva tanto tempo para ser assimilada?

O caderno de caligrafia já deixou de ser relevante a alguns anos. Então uma pergunta surge, será que a letra cursiva pode ter o mesmo fim?

Bom, aparentemente, as novas maneiras de ensino, principalmente o construtivista, não se importam tanto para o ensino da letra cursiva. Poucas instituições apenas ensinam a letra de mão por costume ou para manter a tradição.

Quando foi implantada uma Lei no estado de Indiana, nos Estados Unidos, sobre a exclusão do uso da letra cursiva nos anos de alfabetização, começou um grande debate entre os pedagogos. Alguns defendem a exclusão total, porém, outros afirmam que isso não deve ser feito.

As pessoas defensoras dessa ideia afirmam que a elaboração da Lei foi necessária porque, atualmente, observaram o menor uso do lápis e caneta para a escrita. Isto porque a digitação, para a elaboração de textos, ocorre com mais frequência.

O pesquisador Fetter publicou um artigo, em 2010, afirmando que: “ao contrário do início do século XX, quando tínhamos uma grande quantidade de materiais produzidos a respeito do assunto, na atualidade vivemos um ‘silenciamento’. A quase ausência de produção acadêmica acerca da caligrafia, a partir da década de 1980, teve seus efeitos no ensino da letra cursiva. No entanto, sabemos que o silêncio discursivo também produz efeitos.

Há quem vai ainda mais longe quando se fala sobre a necessidade de ensinar a letra cursiva às crianças. Segundo a pedagoga Juliana Storino, coordenadora de um programa de alfabetização de Belo Horizonte, “a ela [letra cursiva] é uma das responsáveis pelo analfabetismo em nosso país. As crianças além de decodificar o código da língua escrita (fonema/grafema), também têm que desenvolver habilidades motoras específicas para “bordar” as letras. O tempo perdido tanto pelo aluno, como pelo professor, com essa prática, aliada ao cansaço muscular, desmotivam o aluno a aprender a ler e muitas vezes emperram o processo”.

Esta não é uma opinião unânime, alguns pesquisadores da área da educação acreditam que a prática da caligrafia é importante para criar uma escrita fluente e com agilidade, permitindo ao aluno “escrever em tempo real”, podendo, assim, acompanhar o ritmo da escola.

O neurocientista canadense Norman Doidge defende a ideia de que a escrita cursiva exige maior esforço de integração entre áreas simbólicas e motoras do cérebro. Portanto, é mais eficiente do que a letra de fôrma. Isso, de acordo com o pesquisador, pode prejudicar no desenvolvimento psicomotor da criança.

Outros neurocientistas acreditam que se a letra cursiva desaparecer, outro tipo de atividade surgirá para que o desenvolvimento psicomotor aconteça, sem prejudicar, portanto, no processo de aprendizagem da criança.

Para Francisca Paula Toledo Monteiro, da Divisão de Educação Infantil e Complementar da Unicamp, “todas as letras são válidas, desde que a criança tenha a chance de se expressar. Se ela tem uma leitura proficiente, lerá em qualquer tipo de letra. O que é impensável é o professor ainda imaginar que uma criança está alfabetizada quando ela domina a letra cursiva. Isso é um mito e é algo que parte do senso comum. Isso já caiu por terra há muito tempo”.

Em alguns casos o uso da letra cursiva não é apenas uma forma de ensinar algo novo para os alunos, mas é também uma maneira de prender a atenção deles no ensino aprendizagem. Algumas turmas ficam bem animadas enquanto estão aprendendo a escrever. Elas querem logo chegar na letra cursiva, como gente grande. Logo, o ensino da letra cursiva pode ser usado como um incentivo à alfabetização.

O traçado da letra cursiva
O traçado da letra cursiva, exige disciplina. (Foto: Canva)

É difícil aprender letra cursiva?

Bom, podemos afirmar que realmente não é fácil. O motivo está ligado a alguns fatores como a disciplina exigida pelo traçado.

Antes dessa etapa, a criança utiliza o formato da letra bastão (ou fôrma).
O ideal para os educadores é explorar ao máximo o primeiro contato da criança com as linhas retas (da letra bastão) e trabalhar com a alfabetização. Pelo fato desses traçados serem mais simples, os pequenos não precisam se dividir entre o aprendizado da escrita e o processo de alfabetização.


A letra cursiva vai ser passada para os pequenos depois que eles estiverem um pouco mais avançados. Portanto, o começo da prática da letra cursiva não significa, que a alfabetização já esteja totalmente concluída.

É muito importante destacar que este aprendizado conta muito para o processo em que elas são alfabetizadas.

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Qual a importância da letra cursiva na alfabetização?

De acordo com especialistas, quando a criança está aprendendo a letra cursiva, o cérebro é estimulado a partir de determinadas áreas simbólicas e motoras.

Tem algo curioso em relação a letra cursiva, é que ela é responsável por ajuda para a fluência da criança pequena de maneira mais eficiente que a bastão.

O treinamento da escrita a partir da técnica da letra cursiva, auxilia bastante no que diz respeito à coordenação motora.

Há vários estudos que comprovam isso, já que o aluno vai depender de concentração para realizar os contornos que formarão as letras.

Finalizando, educadores afirmam que o grau de dificuldade da letra cursiva obriga que o aluno seja mais disciplinado.

Não há consenso entre especialistas acerca do ensino da técnica em questão para crianças, principalmente aquelas que ainda estejam no processo de alfabetização. Existem críticos quanto isso.

 A justificativa utilizada é que há outras formas de se treinar a coordenação motora.

No entanto, o ensino da letra cursiva vai muito mais além do aspecto motor, uma vez que a partir do fundamental o aluno terá que demonstrar tal habilidade.

Sem contar que é comum o seu uso durante a vida adulta.

O processo que antecede a letra cursiva

A aquisição da escrita é um caminho bem extenso, passando por diferentes fases de aprendizagem. Vejam abaixo:

  • Movimento de pinça – O movimento de pinça começa a se desenvolver na criança a partir dos 9 meses. Isso é muito importante, pois futuramente vai ser necessário esse detalhe para exercitar a força e a capacidade de segurar objetos.
  • Desenvolvimento da mão – No terceiro ano de vida, a criança precisa explorar as mãos, seja com massinhas e outros objetos que trabalhem essa habilidade. Daí que entre os 3 e 4 anos, nós começamos a desenvolver linhas horizontais e verticais. A gente percebe que os pequenos demonstram uma exploração que pende mais para essas formas. Seus desenhos passam a adotar contornos mais definidos.
  • Pontilhados para aprimorar os movimentos – No quinto ano de vida, as crianças podem trabalhar com pontilhados para aperfeiçoar os movimentos. Já no sexto ano de vida, o pequeno pode ser apresentado à letra cursiva para começar a exercitar movimentos um pouco mais complexos.

Importante saber

A criança que acaba sendo alfabetizada com letra cursiva, tem a tendência de errar menos questões ortográficas, porque o pequeno tem uma memória motora melhor do que quando ele escreve com outro tipo de letra.

Quando estamos passando pelo período de alfabetização infantil temos duas fases distintas, uma em que é ensinado o uso da letra de forma (também chamado de letra bastão) e outro momento em que é ensinado a letra cursiva (conhecida também como letra de mão).

De forma geral, o processo é sempre o mesmo, primeiro é ensinado a formar palavras na letra de fôrma e depois se faz a migração da letra de mão, que é usada até o final do ensino médio.

É ideal que o aprendizado da letra cursiva seja introduzido aos alunos apenas depois de alfabetizados. Assim eles podem se concentrar mais nas curvas e desenhos das letras sem ter que se preocupar tanto com a construção das palavras.

Mas nesse mundo totalmente tecnológico, onde as crianças nascem coladas nessa tecnologia, o aprendizado da letra cursiva, será que ainda é importante?

Com o avanço da tecnologia e com as crianças sendo introduzidas a ela cada vez mais cedo, está aumentando a discussão sobre a necessidade da letra de mão durante a alfabetização.

Conclusão

Podemos concluir, que alguns educadores acabam defendendo a ideia de que a leta cursiva é muito importante para melhorar a coordenação motora das crianças.

Uma atividade cientificamente comprovada, onde é mostrado a melhora constante da coordenação.

A letra cursiva também melhora na disciplina das crianças, pois é preciso manter o foco para desenvolver esta escrita.

Não podemos esquecer que muitos documentos exigem a letra cursiva, principalmente a assinatura.

E muitos documentos exigem uma assinatura tradicional, havendo a necessidade de saber escrever com a letra cursiva.

O fato é que, as crianças não precisam ser obrigadas a fazer a letra cursiva, elas precisam compreender todas as letras que forem apresentadas na vida escolar.

A criança deve ficar à vontade para fazer a letra que achar melhor, para fazer a letra que tiver mais habilidade, não esquecendo de que ela precisa ler todos os tipos de letras, este ponto é fundamental.

Um fator, que preocupa principalmente os pais dos alunos, que não estão acostumados com os novos métodos de ensino apresentados nos dias atuais e podem achar que os filhos estão “aprendendo menos”, por isso a importância de explicarmos como podemos ajudar nossos alunos superar essas dificuldades e com a ajuda dos pais fazer com que os alunos aprendam todas as letras.

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 fonte: https://ensinotec.com/a-importancia-da-letra-cursiva-na-alfabetizacao/

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