UM EXÉRCITO DE DOUTORES DESEMPREGADOS
Este texto foi escrito por Hugo Fernandes-Ferreira e publicado originalmente na Tribuna do Ceará.
Vou contar uma história para vocês, para que entendam em que ponto a Ciência brasileira se insere nessa crise. Ao personagem, dou o nome de Carinha. Obviamente, é uma história generalista, que jamais pode ser aplicada a todos, mas pelo menos a uma enorme parcela dos acadêmicos. Você verá muitos amigos seus na pele do Carinha. Talvez, você mesmo.
1 – No começo dos anos 2000, principalmente a partir de 2005, novas universidades começam a surgir e o número de vagas, inclusive nas já existentes, aumentam vertiginosamente. A estrutura também melhora e as taxas de evasão de cursos de Ciência básica (Física, Química, Biologia e Matemática, por exemplo) caem. O Carinha, então, ingressa em um desses cursos.
2 – O Carinha
que entrou em 2005 e se formou em 2009 passou o período da faculdade
desconhecendo o mercado de trabalho do seu curso fora do meio acadêmico.
Ao seu lado, muitos colegas que passaram quatro anos sem saber nem o
que estavam fazendo. Para o Carinha, não havia outra solução a não ser
lecionar em escolas ou tentar o Mestrado, que oferecia bolsa de pesquisa
de R$ 1.100,00. Mas, para isso, teria que passar por uma difícil e
concorrida seleção. Até que, com o aumento do número de programas e
bolsas de pós-graduação, ele viu então que aquilo não era tão difícil
assim. Em 2010, torna-se mestrando...continuar lendo clique aqui
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