Lógica Aristotélica
Uma ferramenta de raciocínio
O algoritmo utilizado para resolver o cubo mágico é uma sequência lógica e definida de instruções que se seguida resolve o problema.
(Imagem: Pixabay)
O Silogismo na Lógica Aristotélica
A lógica aristotélica é baseada no silogismo, um sistema argumentativo baseado em proposições que levam a uma conclusão.
Nesse caso, a lógica aristotélica não se preocupa em validar as
proposições ou a conclusão, mas observar como as premissas foram
concluídas. Ela busca identificar o que faz o silogismo ser
verdadeiro.
O silogismo é
composto por três proposições: premissa maior, menor e a conclusão. Para
entender melhor como o sistema funciona, vamos ver no exemplo a seguir:
Todos os homens são mortais.
Sócrates é homem,
Logo,
Sócrates é mortal.
Agora analisando as proposições:
Todos os homens são mortais – premissa universal afirmativa, a proposição inclui todos os seres humanos.
Sócrates é homem – premissa particular afirmativa, referindo-se apenas a Sócrates.
Sócrates é mortal – conclusão, premissa particular afirmativa.
Dessa
forma, dá para identificar que na lógica aristotélica, o silogismo é
composto por no mínimo duas proposições, das quais se extrai uma
conclusão. Assim, entre as premissas, deve haver um termo que médio, que
deve ser sujeito da premissa 1 ou predicado da premissa 2.
Exemplo:
A é B
C é A
Logo, B (termo maior) é C (termo menor)
Na
proposição, o termo médio é o A, que aparece como sujeito em uma frase e
predicado na outra. Perceba que ele não surge na conclusão, pois ela
foi feita através de uma dedução extraída da relação entre as
premissas.
Mais um exemplo:
P1 – Todos os mamíferos são mortais
P2 – Todos os gatos são mortais
C – Logo, todos os gatos são mamíferos
Percebeu
algo diferente? É que nesse caso, embora as premissas e a conclusão
sejam verdadeiras, elas não foram extraídas por meio de dedução. Como não estavam adequadas, elas não possuem relação com a conclusão.
A análise desse exemplo seria a seguinte:
A é B
C é B
Logo, A é C, o que indica falácia. Nesse exemplo, o termo médio não faz ligação entre os demais.
Quem
busca entender um pouco mais sobre o assunto precisa estar atento para a
forma com que as premissas estão dispostas, pois a lógica se baseia
nisso. Assim como o silogismo pode apresentar argumentos verdadeiros que
levam à conclusões verdadeiras, esses mesmos argumentos podem levar à
conclusões falsas, o que chamamos de falácia. Segundo Aristóteles, a falácia é qualquer raciocínio falso que simula a verdade.
Observe como ela funciona através do enunciado abaixo:
Todos os sucos são feitos com água doce – premissa universal afirmativa
O rio é feito de água doce – premissa universal afirmativa
Logo, o rio é um suco – conclusão = premissa universal afirmativa
Para
não se enganar com esse tipo de raciocínio, lembre-se que as
proposições, como juízo, devem seguir algumas regras fundamentais:
Princípio de Identidade: A é A;
Princípio de não contradição: é impossível A ser A e não -A ao mesmo tempo;
Princípio do terceiro excluído: A é y ou não-y, não há terceira possibilidade.
Assim, a veracidade ou falsidade são identificadas pelas proposições, que se classificam em:
Afirmativas: A é B;
Negativas: A não é B;
Universais: Todo A é B (afirmativa) ou Nenhum A é B (negativa);
Particulares: Alguns A são B (afirmativa) ou Alguns A não são B (negativa);
Singulares: Este A é B (afirmativa) ou Este A não é B (negativa).
As proposições também podem ser:
Necessárias: quando o predicado está incluso no sujeito (Todos os homens são maus);
Não necessárias ou impossíveis: o predicado jamais poderá ser atributo de um sujeito (Nenhum homem é mau);
Possíveis: o predicado pode ou não ser atributo (Todos os homens são iguais).
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fonte: https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/filosofia/logica-aristotelica
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