quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Conteúdos conceituais,procedimentais e atitudinais.

Revista do Projeto Pedagógico

I - Elaborando o Projeto Pedagógico

11. Plano de Ensino - Orientações

Diagnóstico

O Diagnóstico tem por fim determinar, através de métodos, os mais precisos possíveis, a natureza e as causas dos problemas educacionais. Deve levar em conta o homem ou o modelo de sociedade que desejamos e o campo educacional em que nos movemos.

Diagnóstico é o confronto entre o ideal traçado e a prática existente.

É uma leitura e um juízo de realidade, do mundo e da escola.

Referências básicas para o diagnóstico escolar:

Análise dos resultados do SARESP.
Análise dos resultados do ENEM.

Análise do quadro escolar do ano anterior (vide relatório anual aprovado pelo Conselho de Escola).

Quanto maior a consistência entre a problematização e as ações planejadas, melhor e mais útil será o diagnóstico. Se essa etapa for conduzida pelo grupo de maneira competente, estará preparado campo seguro para se traçar uma boa programação.

Diagnosticar é detectar o caráter específico da realidade da escola e identificar as fontes dos problemas a serem superados. Isto significa que os indicadores sócio-econômicos-educacionais-culturais devem ser previamente conhecidos para que o planejamento educacional se baseie em uma análise, a mais precisa possível, do sistema educacional da escola.

O diagnóstico tem o objetivo de reunir dados e informações suficientes à análise da qual resulta o estabelecimento de um plano de ação.

Objetivos Gerais

correspondem a planos de longo e médio prazo;

expressam propósitos mais amplos acerca do papel da escola e do ensino diante das exigências postas pela realidade social e diante do desenvolvimento da personalidade dos alunos;

definem as grandes linhas, perspectivas da prática educativa da sociedade brasileira, que serão depois convertidas em objetivos específicos de cada disciplina, conforme os níveis escolares e a idade dos alunos.

Objetivos Específicos

correspondem a planos de curto prazo;

referem-se às ações concretas a realizar;

sua redação deve ser feita no infinitivo;

devem ser ativos, dinâmicos e breves;

é uma ação concreta que contém o que se pretende fazer e o para quê;

determinam exigências e resultados esperados da atividade dos alunos, referentes a conhecimentos, atitudes, habilidades e convicções cuja aquisição e desenvolvimento ocorrem no processo de transmissão/assimilação e construção do conhecimento nas disciplinas em estudo.

Conteúdos

Conteúdos são conhecimentos ou formas culturais que se considera essencial que sejam assimilados por estudantes a fim de alcançar seu desenvolvimento e socialização.
São os conhecimentos sistematizados, selecionados das bases das ciências e dos modos de ação acumulados pela experiência social da humanidade e organizados para serem ensinados na escola; são habilidades e hábitos, vinculados aos conhecimentos, incluindo métodos e procedimentos de aprendizagem e de estudo; são atitudes e convicções, envolvendo modos de agir, de sentir e de enfrentar o mundo. Tais elementos dos conteúdos são interdependentes, um atuando sobre o outro; entretanto, os elementos unificadores são os conhecimentos sistematizados.


A - Quanto ao Conteúdo:

São os conhecimentos sistematizados que devem estar associados e articulados em nível crescente de complexidade de forma a garantir que, a partir de sucessivas aproximações, o aluno possa aprendê-lo e aplicá-lo.

Devem ser selecionados de forma que sirvam de mediadores para que os alunos compreendam a realidade.

Devem contemplar os conhecimentos, as atitudes e habilidades nos domínios cognitivos, afetivos e psicomotores.

Os conteúdos conceituais visam a desenvolver as competências do educando nas suas relações com símbolos, expressões, idéias, imagens, representações e nexos, com os quais ele aprende e ressignifica o real. As competências do aluno materializam-se através do trato reflexivo de conteúdos específicos de ensino, em situações problematizadoras, desafiadoras para o grupo (situação didática planejada pelo professor). A elaboração de conceitos permite ao aluno vivenciar o conhecimento, elaborar generalizações, buscar regularidades ressignificando e relacionando a dimensão conceitual do conteúdo numa perspectiva científica, criativa, produtiva.

A dimensão procedimental do conteúdo envolve o processo ensino-aprendizagem, articulando três pólos distintos: a construção de uma lógica, uma pedagogia e uma área específica de conhecimento. Materializa-se numa perspectiva educacional dialógica, participativa, compartilhada, bem como no papel desempenhado pela escola no sentido de ampliar a capacidade reflexiva do aluno acerca da realidade complexa e contraditória, adotando um compromisso coletivo, interativo, integrativo, viabilizado com a construção coletiva do projeto político-pedagógico. Os conteúdos procedimentais expressam um saber fazer que envolve tomar decisões e realizar uma série de ações, de forma ordenada e não aleatória, para atingir uma meta. Os mesmos sempre estão presentes num projeto de ensino, pois uma pesquisa, um experimento, uma síntese, um festival, uma oficina, são proposições de ações presentes em sala de aula.

A dimensão atitudinal do conteúdo está presente no cotidiano escolar, envolvendo valores, atitudes, normas, posturas que influem nas relações e interações da comunidade escolar numa perspectiva educacional responsável, valorativa. Está presente na visão ideológica subjacente ao contexto pedagógico construído nas interações cotidianas em que se materializa a produção do saber. A escola é um contexto socializador, gerador de atitudes relativas ao conhecimento, ao professor, aos colegas, às disciplinas, às tarefas, à sociedade. A não compreensão das relações, das atitudes, dos valores, das normas como conteúdos escolares faz com que estes sejam comunicados, sobretudo de forma inadvertida.

Entende-se por competências cognitivas modalidades estruturais da inteligência, operações que o sujeito utiliza para estabelecer relações com e entre os objetos, situações, fenômenos e pessoas: observar, representar, imaginar, reconstruir, comparar, classificar, ordenar, memorizar, interpretar, inferir, criticar, supor, levantar hipóteses, escolher, decidir, identificar, planejar, dentre outras tantas.

B - Tipologia dos conteúdos

Conteúdos CONCEITUAIS - o que é preciso saber, conteúdos PROCEDIMENTAIS - o que é preciso saber fazer e conteúdos ATITUDINAIS - os que admitem ser.

Conceituais - O que é preciso "saber"

Entre outros requisitos, o que permite que os alunos aprendam conceitos de maneira significativa na escola é:

a) Possuir uma série de saberes pessoais.

b) Contar com professores dispostos a trabalhar considerando os alunos como centro de sua intervenção.

O conhecimento em qualquer área requer informação. Para aprender um conceito, é necessário estabelecer relações significativas com outros conceitos.

Os objetivos referentes a fatos, conceitos e princípios freqüentemente são formulados mediante os seguintes verbos: IDENTIFICAR, RECONHECER, CLASSIFICAR, DESCREVER, COMPARAR, CONHECER, EXPLICAR, RELACIONAR, SITUAR (no espaço ou no tempo), LEMBRAR, ANALISAR, INFERIR, GENERALIZAR, COMENTAR, INTERPRETAR, TIRAR CONCLUSÕES, ESBOÇAR, INDICAR, ENUMERAR, ASSINALAR, RESUMIR, DISTINGÜIR, APLICAR, etc.

Procedimentais - "saber fazer"

O que implica aprender um conteúdo procedimental provém de seu caráter de "saber fazer". A característica do saber fazer se refere à realização de ações e de exercícios de reflexão sobre a própria atividade e de aplicação em contextos diferenciados. Torna claro o caráter necessariamente significativo e funcional que deve ter a contribuição desse conteúdo.

Os objetivos referentes a procedimentos freqüentemente são formulados mediante os seguintes verbos: MANEJAR, CONFECCIONAR, UTILIZAR, CONSTRUIR, APLICAR, COLETAR, REPRESENTAR, OBSERVAR, EXPERIMENTAR, TESTAR, ELABORAR, SIMULAR, DEMONSTRAR, RECONSTRUIR, PLANEJAR, EXECUTAR, COMPOR, etc.

Atitudinais - "ser"

Tendências ou disposições adquiridas e relativamente duradouras para avaliar de um modo determinado, um objeto, uma pessoa, um acontecimento ou situação e atuar de acordo com essa avaliação.

A formação e a mudança de atitudes opera sempre com três componentes:

Componente cognitivo (conhecimentos e crenças);

Componente afetivo (sentimentos e preferências);

Componente de conduta (ações manifestas e declaração de intenções);

Os objetivos referentes a valores, normas e atitudes freqüentemente são formulados mediante os seguintes verbos: COMPORTAR-SE (de acordo com), RESPEITAR, TOLERAR, APRECIAR, PONDERAR (positiva ou negativamente), ACEITAR, PRATICAR, SER CONSCIENTE DE, REAGIR A, CONFORMAR-SE COM, AGIR, CONHECER, PERCEBER, ESTAR SENSIBILIZADO, SENTIR, PRESTAR ATENÇÃO À, INTERESSAR POR, OBEDECER, PERMITIR, PREOCUPAR-SE COM, DELEITAR-SE COM, RECREAR-SE, PREFERIR, INCLINAR-SE A, TER AUTONOMIA, PESQUISAR, ESTUDAR, etc.

Orientação Didático-metodológica

As orientações didático-metodológicas se constituem na análise das diferentes relações que ocorrem entre alunos-professores e diferentes variáveis didáticas presentes no processo de ensino-aprendizagem. Não são receitas de "como ensinar" mas reflexos que orientam a prática.

Estratégia, segundo o dicionário eletrônico, é, dentre outros significados, "Arte de aplicar os meios disponíveis com vista à consecução de objetivos específicos" ou "Arte de explorar condições favoráveis com o fim de alcançar objetivos específicos."Ambos os significados sugerem que trata-se de mecanismos para a consecução de determinados objetivos previamente estabelecidos. Assim, antes de determinarmos como será realizado o ensino, por exemplo, é importante que determinemos por quê e para quê queremos ensinar. Em outras palavras, é importante que determinemos nossos objetivos e, depois, escolhamos as estratégias necessárias para que esses objetivos sejam alcançados. Ao perguntarmos por quê e para quê ensinar, por exemplo, estamos levantando questões essencialmente filosóficas e cujas respostas revelam muito sobre nossas idiossincrasias, pontos de vista, concepções; revelam, enfim, toda nossa visão de mundo. Expõem, mesmo sem querer, o mais profundo de nosso pensamento e nossas posturas educacionais.

Seleção de instrumentos e técnicas de avaliação

A seleção dos instrumentos e técnicas deve considerar as competências e padrões desejados, bem como a natureza da instituição. É interessante pensar numa conjugação de instrumentos que permitam captar melhor as diversas dimensões dos domínios das competências (conhecimentos gerais, habilidades, atitudes e conhecimentos técnicos específicos).

Algumas técnicas e instrumentos poderiam ser pensados, a saber:

desenvolvimento de projetos;

observação da resolução de problemas em situações simuladas a partir da realidade;

estudos de casos;

provas operatórias;

portfólios.

Os projetos são instrumentos úteis para avaliar a aprendizagem na educação escolar, uma vez que permitem verificar as capacidades de:

representar objetivos a alcançar;

caracterizar propriedades daquilo que será trabalhado;

antecipar resultados intermediários e finais;

escolher estratégias mais adequadas para a resolução de um Problema;

executar ações para alcançar processos e resultados específicos;

avaliar condições para a resolução do problema;

seguir critérios preestabelecidos.

O projeto pode ser proposto para ser realizado individualmente e em equipes. Nos projetos em equipe, além das capacidades já descritas, pode-se verificar, ainda, a presença de algumas atitudes tais como: respeito, capacidade de ouvir, de tomar decisões em conjunto e de solidariedade. O projeto prevê que o aluno se transforme em agente multiplicador, disseminando informações, agindo em conjunto com outras pessoas da comunidade, auxiliando na resolução de problemas comuns.

Além de técnicas diversificadas para a avaliação deverão ser utilizados no mínimo três instrumentos diferentes por bimestre, caracterizando o desempenho dos alunos em diferentes etapas de seu desenvolvimento. O portfólio é um instrumento que contempla registros diversos, em momentos significativos de aprendizagem, proporcionando assim a visualização do processo contínuo do desenvolvimento, tanto para o professor quanto para o aluno.

Recuperação

Verificar a Indicação CEE 05/98 e Res. SE 27/02.

A Lei 9.394/96, a LDB, traz na alínea "e" do inciso V do art. 24, a obrigatoriedade dos estudos de recuperação, de preferência paralelos ao período letivo, a serem disciplinados pelas instituições de ensino em seus regimentos.

As atividades pedagógicas que envolvem os estudos de recuperação devem ocorrer de forma a garantir o processo de ensino e de aprendizagem através de mecanismos programados em projetos que possam claramente identificar as defasagens ou dificuldades dos alunos e ações para saná-las.

É sadia e necessária a participação da família na vida escolar dos seus filhos, porém, não é recomendável a transferência de incumbências. Observe-se ainda, que postergar defasagens detectadas no aprendizado compromete sobremaneira a vida escolar do aluno e compromete o ensino que se quer de qualidade.



A partir de 1998, deverão ser observados nos estabelecimentos de ensino os seguintes pontos:

a) Os estudos de recuperação ou de outras oportunidades de aprendizagem serão oferecidos, obrigatoriamente, aos alunos que apresentarem dificuldades de aprendizagem e deverão ser realizados, de preferência, no decurso do ano letivo.

b) Revisão do sistema de avaliação da aprendizagem do aluno, o que implicará em reflexão sobre as concepções de ensino e de aprendizagem e, como conseqüência sobre a metodologia usada nos estudos de recuperação, que passarão a constar da proposta pedagógica, Regimento e Plano de Gestão da instituição de ensino.

A recuperação será processual (contínua) e paralela. A processual consiste numa ferramenta constantemente utilizada pelo professor, durante o ano letivo. Ocorrerá na sala de aula, no momento em que o professor constatar a existência de dificuldades em algum aluno ou grupo, permitindo que, após investigadas e corrigidas as falhas, estes possam acompanhar normalmente as atividades do curso.

A paralela ocorrerá nos termos da Res. SE 27/2002, com freqüência em outro turno e não necessariamente com o professor da classe.

O programa de recuperação e reforço da rede estadual inclui recuperação contínua, paralela e de ciclo. Cabe ao professor a responsabilidade de avaliar diariamente seus alunos para verificar o seu desempenho. Se nessa avaliação for constatada dificuldade na aprendizagem, o aluno é encaminhado para a recuperação contínua, realizada pelo próprio professor da classe durante o horário normal de aulas, através de trabalhos diversificados para estimular o aprendizado. Caso esse esforço não seja suficiente, o aluno é encaminhado para a recuperação paralela, em que os alunos são divididos em pequenos grupos de acordo com suas dificuldades. As atividades acontecem em até cinco horas semanais fora do horário normal de aulas.

Bibliografia (do plano)

Básica - é referente à área específica do professor.
Complementar - refere-se aos conhecimentos pedagógicos gerais do docente.


__________
Supervisores Responsáveis:
José Dujardis da Silva
Rosângela Ap. Ferini
Maria de Fátima S. Guatelli
Diretoria de Ensino - Região de Bragança Paulista


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Extensão Universitária na Universidade São Francisco em Campinas setembro 2012



Apresentação

 Por meio da Extensão Universitária desenvolvem-se diversos cursos destinados ao público interno (alunos, ex-alunos e funcionários da Universidade São Francisco) e, também, à comunidade em geral.



Confira os cursos ofertados para o ano de 2012, no Campus Campinas - unidade Swift:
Inscrições
até:
A Espiritualidade na Ação Pedagógica dos Professores 22/09

Oratória Básica para Trabalho de Conclusão de Curso - TCC 25/09


Confira as opções de Cursos de Extensão nos demais Campi da Universidade São Francisco:

Bragança

Itatiba

São Paulo

Como chegar na unidade SWiFT clique aqui

Endereço: R. Waldemar César da Silveira, 105, Vila Cura D'Ars (SWIFT) - CEP 13045-510

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Acontece na Faculdade de Educação da UNICAMP setembro 2012



XV ENCONTRO NACIONAL DE PROFESSORES DO PROEPRE
Escola, torna-te o que és
De 10 a 13/09, em Águas de Lindóia
Mais informações:
http://www.proepreemacao.com.br



PALESTRA
Desafios na formação de professores de Ciências no Timor-Leste
Convidada: Profa. Dra. Suzani Cassiani (UFSC)
Dia 17/09, às 10h, na sala LL-01 da FE
Realização: GEPCE

VI SEMANA DA EDUCAÇÃO
Educador(a), que formação é essa?
De 17 a 21/09, na FE
Programação e inscrições: http://semanadaeducacao2012.blogspot.com.br/


FÓRUM DESAFIOS DO MAGISTÉRIO
Sentidos da educação que se comunica: olhares da mídia
Dia 19/09, das 09h às 17h, no Centro de Convenções da Unicamp
Programação e inscrições:
http://foruns.bc.unicamp.br/foruns/index.php?idArea=7

PALESTRA
Discussões em torno do IDEB e Prova Brasil: uma análise longitudinal
Convidado: Adilson Dalben (Doutorando da FE/Unicamp)
Dia 24/09, às 14h, na Sala da Congregação da FE
Realização: GEPES
Apoio: CAPES/OBEDUC

SEMINÁRIO
Motivação para leitura e estratégias de aprendizagem para a compreensão autorregulada em leitura
Convidada: Profa. Dra. Maria Aparecida Mezzalira Gomes (Pós-Doutoranda da FE/Unicamp)
Dia 24/09, das 19h às 22h30, no Salão Nobre da FE
Realização: GEPESP

COLÓQUIO DE FILOSOFIA E HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO
Literatura e Semicultura: discursos e contra-discursos de quatro autores sobre educação
Convidado: Prof. Dr. Gabriel Perissé (CEDUSF-SP)
Dia 28/09, das 17h às 19h, no Auditório Maurício Tragtenberg da FE
Realização: PAIDEIA

1º FALE UNICAMP - FÓRUM DE ALFABETIZAÇÃO, LEITURA & ESCRITA
Alfabetização, Tempo & Diálogo
Dia 29/09, das 8h30 às 12h, no Salão Nobre da FE

Inscrições: http://www.fae.unicamp.br/informatica/dform-dev/gera.php?form=fale


COLÓQUIO
Implementação de Políticas Públicas de Educação: planejamento e acompanhamento da política (relato de experiência(s)
Convidada: Lindabel Cardoso (Doutoranda FE/Unicamp)
Dia 04/10, das 14h às 17h, no Salão Nobre da FE
Realização: LAPPLANE


II SEMINÁRIO DO VIOLAR
Problematizando as Juventudes na Contemporaneidade
De 17 a 19/10, na FE/Unicamp
Realização: VIOLAR
Programação e inscrições:
http://www.fe.unicamp.br/semviolar

UNICAMP - FACULDADE DE EDUCAÇÃO

Av. Bertrand Russell, 801, Cidade Universitária "Zeferino Vaz" , CEP 13083-865 - Campinas - SP - Brasil
e-mail: dirfe@unicamp.br

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Sistema de Numeração Decimal - 5º e 6º ANO

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domingo, 9 de setembro de 2012

22-microeconomia

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Prova de História para o 5º Ano 2012

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Geografia - Aula 03 - Relevo Do Brasil

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MacroeconomiaAPOSTILA

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Ficha de Avaliação de Ciências da Natureza do 6º Ano - Sistema Respiratório

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Dicionário de Economia E Finanças

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Atividades-Ortografia

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sábado, 8 de setembro de 2012

REsenha do livro: Como e por que Ler os Clássicos Universais Desde Cedo, de Ana Maria Machado

Ler é um direito e não um dever

Leônidas Hegenberg
Como e por que Ler os Clássicos Universais Desde Cedo, de Ana Maria Machado
Rio de Janeiro: Objetiva, 2002, 145 pp.
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Estou convencido de que um incontável número de pessoas (entre as quais me incluo) apreciam livros porque tiveram avós, mães, tias, professoras que, desde cedo, lhes contavam estórias ou liam o que estava escrito sob lindas figuras em livros ciosamente guardados. É provável que um número similar de pessoas não voltou a pegar em livros, pelas mesmas razões...
Conclusões desse gênero fazem parte de uma espécie de "filosofia da leitura" que leitores compulsivos acabam formulando em algum momento de suas vidas. Ana Maria Machado desenvolve uma tal filosofia neste seu "Porque ler os clássicos", obra que apreciadores das conquistas de Gutenberg não podem ignorar.
Ana Maria dispensa apresentações e elogios. Basta lembrar que escreveu mais de uma centena de livros e recebeu (em 2000) a medalha "Hans Christian Andersen", espécie de "Nobel" da literatura infantil. Neste seu recente livro, discorre a respeito de nosso encontro com a letra de forma. Seu desejo é mostrar como proceder a fim de que os jovens descubram, no livro, um cúmplice para o prazer. Suas observações merecem comentários — que prometem ser mais longos do que os encontrados em resenhas usuais. Meu leitor me perdoará, estou certo.
Em linguagem simples, Ana Maria fala de sua vida de "devoradora" de livros, de personagens inesquecíveis e de narrativas a que sempre retorna. A hoje muito repetida indagação a respeito do lugar do livro no mundo computadorizado, encontra, aqui, uma resposta satisfatória e convincente.
No capítulo inicial, registra, com propriedade, vários pontos importantes. Evitando repetir suas palavras, ela diz: 1) ninguém deve ser obrigado a ler; ler é um direito, não um dever; 2) forçar alguém a ler é modo infalível de gerar horror ao livro; 3) clássico é um livro eterno — o que não sai de moda; 4) o primeiro contato com um clássico pode ser feito usando adaptações bem feitas. (Entre essas adaptações incluir, por exemplo, desenhos de Walt Disney e, para nós, afortunados, que entendemos o português, as obras de Monteiro Lobato.)
Ana Maria lembra quão notáveis resíduos existem, nos dias atuais, das aventuras contadas por Homero (Ilíada;Odisséia), ou por Sófocles, Eurípedes e Ésquilo. Nota que as Sagradas Escriturascontêm estórias facilmente usadas para atrair a atenção dos jovens. Entre elas, a da arca de Noé, da torre de Babel, da vida de Moisés no Egito, da luta de David e Golias, de Sansão e Dalila, de Jonas e a baleia, dos reis magos...
A autora fala, com graça, das proezas dos cavaleiros da Idade Média. Sublinha que o cinema contribuiu (e muito) para difundir, de modo atraente, várias dessas proezas. Quem ignora o Rei Artur, a távola redonda, Sir Lancelot ou Tristão e sua bela Isolda? Quem não ouviu falar de Carlos Magno, da Canção de Rolando, de El Cid, de Robin Hood, de Ricardo Coração de Leão? E, mais recentemente, quem deixou de ouvir falar em Tolkien (O Senhor dos Anéis, As Brumas de Avalon) ou de Harry Potter? Nesse contexto, qual a pessoa medianamente instruída que ignora Quixote e Sancho?
Depois, Ana Maria refere-se aos livros de viagens: Marco Pólo e as aventuras de Gulliver. Fala de obras orientais: As Mil e uma Noites; A Epopéia de Gildamesh — uma das obras mais antigas que se conhecem, contemporânea do Antigo Testamento e de que há adaptações ao alcance do mercado editorial português e brasileiro. Lembra o teatro de Shakespeare com figuras inesquecíveis: Hamlet; Romeu e Julieta; Otelo; Henry VIII. Não esquece nosso Camões, sublinhando que o difícil texto deOs Lusíadas pode ser primeiramente enfrentado em adaptações — de que há muitas e bem feitas.
Na p. 60, Ana Maria comete erro que já vi repetido várias vezes. Ela fala do "filósofo inglês Thomas Moore", também "conhecido por seu nome latino, Tomas Morus". Na verdade, Sir Thomas More (um "o" apenas), e George Moore são pessoas distintas. Thomas More (1478-1535) é o autor de Utopia, escrito em 1516, que a autora considera. George Edward Moore (1873-1958) também é filósofo de méritos. Seus Philosophical Studies (1903) foram objeto de atenção na primeira metade do século XX. (Para complicar, ainda temos Henry More, Charles Moore e Stanley Moore.)
O cap. 7 (Encantos para sempre) trata dos contos de fadas. A autora registra, com razão, que esses contos são vítimas de dois sérios preconceitos. De um lado, os críticos e a academia não os prestigiam, encarando-os como histórias infantis e, por isso, pouco importantes. De outro lado, inversamente, por serem vistos como trabalhos destituídos de nobreza literária, diz-se que podem ser dados às crianças. Errado, no entender de Ana Maria. Contos de fadas não foram escritos para as crianças. Sua universalidade e permanência atestam sua qualidade. Ana Maria lembra que uma versão da Cinderela era conhecida no Egito antigo e que o pequenino pé deve associar-se a antigos hábitos chineses.
O cap. 8 volta-se para as "estórias marítimas". Muito apropriadamente, a autora afirma que A Ilha do Tesouro, de Robert Louis Stevenson, brincando com os medos das crianças — tal como "joga" com os medos dos adultos, em O Médico e o Monstro (1886) é "uma reação ao pessimismo e ao desânimo, um ato de confiança na potencialidade juvenil". Por isso, é livro que "fica para sempre"... Nessa linha, não olvidar Melville (Moby Dick), Defoe (A Família Robinson), Jack London (O Lobo do Mar)...
A seguir, temos um curioso capítulo voltado para os romances capa-e-espada, a selva e os enigmas. Poucos deixarão de conhecer Dumas (Os Três Mosqueteiros), seja em livro, seja em cinema, seja em teatro, ou H. Rider Haggard, com seu famoso As Minas do Rei Salomão. (Vale a pena registrar que Eça de Queirós traduziu esse livro, dando-lhe especiais qualidades literárias para leitores que conhecem nosso idioma.) Ao lado de Dumas e Haggard, estão autores de aventuras inolvidáveis como Fenimore Cooper (O Último dos Moicanos), Edgar Rice Burroughs (Tarzan) e Rudyard Kipling (O Livro da Selva —com Mogli, o menino-lobo), assim como Edgar Alan Poe e Conan Doyle, com os romances de mistério. Acerca de Poe, Ana diz que "preparou o público para a revolução moderna, criando novo modo de ler ficção, desconfiando do que o autor nos diz". Ana elogia Michel Zevaco, autor de Os Pardaillans, livro há muito esgotado, merecedor de reedição.
Não posso prolongar meus comentários. Registro apenas que "Clásicos universais" devota o cap. 10 a livros que se detêm no quotidiano. Aí estão Mark Twain, Faulkner, Hemigway, Dickens, as irmãs Bronte, Eleanor Porter (Poliana) e Salinger — que Ana muito elogia. E dedica o cap. 11 aos clássicos infantis, onde são lembradas as obras de Lewis Carroll (Alice), K. Grahame, B. Pottter e A. Milne (Winnie the Poo), Collodi (Pinochio), James Barrie (Peter Pan) e nosso mui querido Lobato (de Emília, Dona Benta, Visconde de Sabugosa...).
Ana Maria conta que recebeu Reinações de Narizinho quando estava com cinco anos e nunca deixou de deliciar-se com o mundo criado por Lobato. As crianças de hoje, porém, não ingressam nesse mundo com naturalidade. As dificuldades não estão no vocabulário, nem na sintaxe. Estão nas alusões a um universo cultural que os jovens da atualidade não conhecem. Só se consegue levar as crianças ao Sítio do Picapau Amarelo contando-lhes quem eram Carochinha e Pequeno Polegar.
Enfrentando esse problema, toma-se consciência do risco que se corre: "em pouco tempo poderemos ter o pesadelo de gerações que não entendam a literatura hodierna porque não conhecem os clássicos que a precederam." Em verdade, a literatura se constrói sobre um diálogo com obras anteriores; nasce de contato que cada autor mantém com livros lidos. Um livro leva a outro, uma descoberta provoca releituras. Ora ficamos presos a um único texto, ora lemos vários livros (que se contaminam), ora passamos um tempo longe dos livros, "ruminando" o que ficou em nossa memória...
De acordo com Ana Maria Machado, a vitalidade e permanência dos grandes livros dependeria menos de suas qualidades do que do potencial de leituras que permitem. A par disso, diz ela, há a questão do "como ler". É indispensável ler criticamente, ou seja, ler sem adotar atitude reverente, mas sem discordar de tudo. Também é conveniente ler de maneira contextualizada, isto é, "vivendo" a época, não pretendendo encontrar atitudes contemporâneas em acontecimentos passados. Como é oportuno deixar de lado atos utilitários e abandonar idéias de transformar os livros em ferramentas de ativismo.
Ler bem, sublinha Ana Maria, "é ficar mais tolerante e mais humilde, aceitar a diversidade, dispor-se a tolerar a divergência". Não deixe de ler Ana Maria Machado.
Leônidas Hegenberg
Instituto Brasileiro de Filosofia


fonte: http://criticanarede.com/lds_classicos.html

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ORIENTADOR EDUCACIONAL - SIMULADO 2011

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quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Vídeo Independencia ou Morte 1972 - Independencia do Brasil



Publicado em 27/11/2011 por LEONARDO CABRAL LEO CABRAL

Independencia ou Morte 1972 - Independencia do Brasil



Enviado por peviana em 30/06/2008

letra de Evaristo Ferreira da Veiga
música de D. Pedro I

Já podeis da Pátria filhos,
Ver contente a mãe gentil;
Já raiou a liberdade
No horizonte do Brasil
Já raiou a liberdade,
Já raiou a liberdade
No horizonte do Brasil.

Brava gente brasileira!
Longe vá temor servil
Ou ficar a Pátria livre
Ou morrer pelo Brasil;
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil.

Os grilhões que nos forjava
Da perfídia astuto ardil,
Houve mão mais poderosa,
Zombou deles o Brasil;
Houve mão mais poderosa
Houve mão mais poderosa
Zombou deles o Brasil.

Brava gente brasileira!
Longe vá temor servil
Ou ficar a Pátria livre
Ou morrer pelo Brasil;
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil.

Não temais ímpias falanges
Que apresentam face hostil;
Vossos peitos, vossos braços
São muralhas do Brasil;
Vossos peitos, vossos braços
Vossos peitos, vossos braços
São muralhas do Brasil.

Brava gente brasileira!
Longe vá temor servil
Ou ficar a Pátria livre
Ou morrer pelo Brasil;
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil.

Parabéns, ó brasileiros!
Já, com garbo varonil,
Do universo entre as nações
Resplandece a do Brasil;
Do universo entre as nações
Do universo entre as nações
Resplandece a do Brasil.

Brava gente brasileira!
Longe vá temor servil
Ou ficar a Pátria livre
Ou morrer pelo Brasil;
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil.

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Planilhas de Treino de corrida I



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coordenação pedagógica

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terça-feira, 4 de setembro de 2012

Judaismo Chassídico



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O Segredo das Unhas, Cabelos e da Sombra



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Os dias do Messias e a Torá



Enviado por programaisraelitas em 26/05/2011

Os dias do Messias e a Torah

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Cabalá revelada

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Elites Culturais e Políticas em Portugal no Contexto da Secularização da Sociedade (Séculos XVIII, XIX e XX), por Luís Aguiar Santos

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Construindo a Casa

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segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Caderno_12_O_Milagre_do_Perdao_Nicoletta_Crosti


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Dhyana-yoga O Bhagavad-gita Como Ele É [ Cap. 6 verso 32]



*Todas as glórias a Sua Divina Graça A.C. Bhaktivedanta Swami Prabhupada!

*O Bhagavad-gita Como Ele É [ Cap. 6 verso 32]

Dhyana-yoga

Tradução

Yogi perfeito é aquele que, através da comparação com seu próprio eu, vê a verdadeira igualdade de todos os seres, quer se sintam felizes ou infelizes, ó Arjuna!

Significado
Quem é consciente de Krsna é um yogi perfeito; por meio de sua própria experiência pessoal, ele conhece a felicidade e a aflição de todos. O ser vivo sofre porque se esqueceu da relação existente entre ele e Deus. E ele passa a ser feliz quando conhece Krsna como o desfrutador supremo de todas as atividades do ser humano, o proprietário de todas as terras e planetas, e o amigo mais sincero de todas as entidades vivas. O yogi perfeito sabe que a entidade viva condicionada aos modos da natureza material sujeita-se às três classes de misérias materiais porque se esqueceu da relação que existe entre ela e Krsna. E porque é feliz, o devoto consciente de Krsna tenta distribuir em toda a parte o conhecimento acerca de Krsna. Como tenta difundir a importância de alguém tornar-se consciente de Krsna, o yogi perfeito é o melhor filantropo do mundo e é o mais querido servo do Senhor. Na ca tasman manusyesu kascin me priya-krttamah (Bg. 18.69) Em outras palavras, o devoto do Senhor sempre cuida do bem estar de todas as entidades vivas, e dessa maneira ele é de fato amigo de todos. Ele é o melhor yogi porque, ao desejar aperfeiçoar-se na yoga, não pensa em seu benefício pessoal, mas busca também ajudar outros. Ele não inveja seus semelhantes, as entidades vivas. Eis um contraste entre um devoto puro do Senhor e um yogi interessado apenas em sua elevação pessoal. O yogi que se retirou para um lugar isolado a fim de meditar perfeitamente talvez não seja tão completo como um devoto que está envidando todos os esforços para mostrar a cada homem a consciência de Krsna.



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Apostila Psicomotricidade




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domingo, 2 de setembro de 2012

Jovem de 17 anos ganha provas internacionais de física, linguística e astronomia


O estudante Ivan Antunes, 17, com medalhas após ganhar Olimpíadas de física, astronomia e linguística | Simon Plestenjak/Folhapress Ivan Tadeu Ferreira Antunes Filho, 17, é um prodígio.

Entre 13 de julho e 14 de agosto, emendando uma competição na outra, ganhou na Estônia a medalha de ouro na Olimpíada Internacional de Física, a prata na Olimpíada Internacional de Linguística, na Eslovênia, e no Rio, a prata na Olimpíada Internacional de Astronomia.
O garoto disputou com a elite dos estudantes do planeta. A prova individual de linguística, uma das mais interessantes, exigiu a resolução de problemas a respeito de cinco línguas: dyirbal, umbu-ungu, teop, rotuman (diferentes idiomas da Oceania) e basco (da região espanhola). A prova em grupo versou sobre o tai-kadai, do sudeste asiático e do sul da China.

Antes que alguém se assuste, Ivan já explica: "Não, eu não tinha de conhecer essas línguas previamente". Ah!

"É competição de lógica. Você tem de perceber os padrões do uso da língua." Uma questão clássica: fornecem-se ao estudante duas listas, uma com frases em uma língua desconhecida; outra, uma lista de traduções. "Só que elas não estão ordenadas e uma das traduções está errada", diz Ivan. O desafio é descobrir qual tradução está errada, fazer a correspondência das traduções e apontar o erro da tradução.

A medalha de prata que Ivan trouxe é a primeira conquistada pelo Brasil na história dessa competição.

Filho de médicos de Lins (429 km de São Paulo), Ivan começou a disputar olimpíadas na quinta série. Com 14 anos, foi sem os pais para o Azerbaijão participar de sua primeira prova internacional.

Visitou dez países graças às competições. A viagem para a Disney com a família estava marcada, mas, na mesma data, apareceu uma semana de matemática em São José do Rio Preto (443 km de São Paulo). Adeus, Disney.

SOLTEIRO

Hoje, Ivan vive em São Paulo, em uma pensão vizinha ao Colégio Objetivo Integrado, onde estuda. Está "solteiro", diz. A família mora em Lins.

Ivan não se acha superdotado. "Qualquer pessoa que se dedique como eu conseguirá resultados iguais." A memória também não é excepcional. "Costumo esquecer os nomes das pessoas."

O segredo do sucesso? "Ser um campeão olímpico depende de curiosidade, planejamento, interesse e dedicação verdadeira", afirma.

O dia começa às 7h10, quando entra na escola. Vai até as 12h50, saída das aulas. À tarde, o jovem estuda por até seis horas. Mas têm dias em que o esforço se limita a ler 20 páginas de algum livro.

Sem rotinas férreas, recomenda que se tracem objetivos claros. "Tipo: quero acabar esse livro até tal data. Algumas metas têm de ser de longo prazo. Para ir à Internacional de Física, comecei a estudar um ano e meio antes."

Para aqueles que se acham modelos de dedicação infrutífera, Ivan tem duas hipóteses: "Ou são pessoas que pensam que se dedicam, mas não se dedicam tanto, ou se dedicam usando estratégias de aprendizado inadequadas."

Ele dá um exemplo de "estratégia inadequada". Durante o treinamento para a Olimpíada de Linguística, Ivan percebeu que estava estagnado. "Os professores diziam que deveríamos conhecer as teorias antes, mas para mim não funcionou."

Em vez de desistir, o jovem criou seu próprio método. "Para mim, foi muito melhor fazer as provas passadas, lendo a resolução e anotando todos os pontos importantes."

A lição que extraiu: "Existem estratégias que funcionam para algumas pessoas, e outras que funcionam para outras. Você tem de descobrir a que funciona para você".

Ivan se preocupa com a fama de "egoístas" que cerca alunos "olímpicos" como ele. Há dois anos, mantém com amigos o endereço www.olimpiadascientificas.com, com dicas de estudos. "Também tiramos dúvidas", diz. "É nossa forma de ajudar."

O menino que pensa em estudar em Harvard, Oxford, Princeton, MIT ou Cambridge - "As suas chances de ser aceito aumentam muito se você vencer uma olimpíada internacional", escreveu ele no site- não tem ainda a menor ideia de qual carreira seguirá. "Eu gosto de tudo, não consigo decidir o que fazer."



Fonte: FOLHA.COM


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Atividades de Psicomotricidade I

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