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sexta-feira, 6 de abril de 2012
Qual
Sexta-Feira Santa
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O Cristo crucificado, por Diego Velázquez
A Sexta-Feira Santa, ou 'Sexta-Feira da Paixão', é a Sexta-Feira antes do Domingo de Páscoa. É a data em que os cristãos lembram o julgamento, paixão, crucificação, morte e sepultura de Jesus Cristo, através de diversos ritos religiosos.
Segundo a tradição cristã, a ressurreição de Cristo aconteceu no domingo seguinte ao dia 14 de Nisã, no calendário hebraico. A mesma tradição refere ser esse o terceiro dia desde a morte. Assim, contando a partir do domingo, e sabendo que o costume judaico, tal como o romano, contava o primeiro e o último dia, chega-se à sexta-feira como dia da morte de Cristo.
A Sexta-feira Santa é um feriado móvel que serve de referência para outras datas. É calculado como sendo a primeira Sexta-feira após a primeira lua cheia após o equinócio de outono no hemisfério sul ou o equinócio de primavera no hemisfério norte, podendo ocorrer entre 20 de março e 23 de abril.Índice [esconder]
1 Igreja Católica
1.1 Celebração da Paixão do Senhor
1.2 Sinais de penitência
2 Referências
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Igreja Católica
Na Igreja Católica, este dia pertence ao Tríduo pascal, o mais importante período do ano litúrgico. A Igreja celebra e contempla a paixão e morte de Cristo, pelo que é o único dia em que não se celebra, em absoluto, a Eucaristia.
Por ser um dia em que se contempla de modo especial Cristo crucificado, as regras litúrgicas prescrevem que neste dia e no seguinte (Sábado Santo) se venere o crucifixo com o gesto da genuflexão, ou seja, de joelhos.
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Celebração da Paixão do Senhor
No entanto, mesmo sem a celebração da missa, tem lugar, no rito romano, uma celebração litúrgica própria deste dia. Tal celebração tem alguma semelhança com a celebração da Eucaristia, na sua estrutura, mas difere essencialmente desta pelo facto de não ter Oração eucarística, a mais importante parte da missa católica.
A relembração da morte do Senhor consiste, resumidamente, na adoração de Cristo crucificado, precedida por uma liturgia da Palavra e seguida pela comunhão eucarística dos participantes. Presidida por um presbítero ou bispo, paramentado como para a missa, de cor vermelha, a celebração segue esta estrutura:
Senhor Morto, escultura barroca do século XVIII, Matriz de Pirenópolis
entrada em silêncio do presidente e dos ministros, que se prostram em adoração diante do altar.
oração colecta.
Liturgia da Palavra: leitura do livro de Isaías (quarto cântico do servo de Javé, Is 52,13-53,12), salmo 31 (30), leitura da Epístola aos Hebreus (Hebr 4, 14-16; 5, 7-9), narração ao Evangelho e leitura do Evangelho da Paixão segundo João (Jo 18,1-19,42, geralmente em forma dialogada).
Homilia e silêncio de reflexão.
Oração Universal, mais longa e solene do que a da missa, seguindo o esquema intenção – silêncio – oração do presidente.
Adoração de Cristo na Cruz: a cruz é apresentada aos fiéis e venerada ao som de cânticos.
Pai Nosso
Comunhão dos fiéis presentes. Usa-se pão que foi consagrado no dia anterior, Quinta-Feira Santa.
Oração depois da comunhão.
Oração sobre o povo.
Obs: Em muitas cidades históricas, como Paraty (RJ), Ouro Preto (MG), Pirenópolis (GO), Jaraguá (GO), Rio Tinto (Concelho de Gondomar em Portugal) e São Mateus, a Celebração da Paixão e Morte do Senhor é procedida da Procissão do Enterro, também conhecida como Procissão do Senhor Morto, em que são cantados motetos em latim.
Toda a liturgia católica deste dia está em função de Cristo crucificado. Assim, a liturgia da Palavra pretende introduzir os fiéis no mistério do sofrimento e da morte de Jesus, que assim aparece como uma acção livre de Cristo em ordem à salvação de toda a humanidade.
A veneração da cruz, símbolo da salvação, pretende dar expressão concreta à adoração de Cristo crucificado.
A comunhão eucarística é, para a Igreja, a forma mais perfeita de união com o Mistério pascal de Cristo, e por isso é um ponto culminante na união dos fiéis com Cristo crucificado. O facto de se comungar do pão consagrado no dia anterior vem exprimir e reforçar a unidade de todo o Tríduo Pascal.
Além da celebração da Paixão do Senhor, rezam-se as diversas horas litúrgicas da Liturgia das Horas, incluindo um texto de São João Crisóstomo intitulado O Poder do Sangue de Cristo[1]
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Sinais de penitência
A Igreja exorta os fiéis a que neste dia observem alguns sinais de penitência, em respeito e veneração pela morte de Cristo. Assim, convida-os à prática do jejum e da abstinência da carne e qualquer tipo de ato que se refira a Prazer.
Exercícios piedosos, como a Via Sacra e o Rosário, são também recomendados como forma de assinalar este dia especialmente importante para a fé cristã.
Referências
↑ São João Crisóstomo. O Poder do Sangue de Cristo. Página visitada em Apr 22, 2011. Este artigo sobre religião é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.
[Esconder]
v • e
Semana Santa
Domingo de Ramos • Segunda-Feira Santa • Terça-Feira Santa • Quarta-Feira Santa • Quinta-Feira Santa • Sexta-Feira Santa • Sábado de Aleluia • Domingo de Páscoa • Segunda-feira de Páscoa
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O Cristo crucificado, por Diego Velázquez
A Sexta-Feira Santa, ou 'Sexta-Feira da Paixão', é a Sexta-Feira antes do Domingo de Páscoa. É a data em que os cristãos lembram o julgamento, paixão, crucificação, morte e sepultura de Jesus Cristo, através de diversos ritos religiosos.
Segundo a tradição cristã, a ressurreição de Cristo aconteceu no domingo seguinte ao dia 14 de Nisã, no calendário hebraico. A mesma tradição refere ser esse o terceiro dia desde a morte. Assim, contando a partir do domingo, e sabendo que o costume judaico, tal como o romano, contava o primeiro e o último dia, chega-se à sexta-feira como dia da morte de Cristo.
A Sexta-feira Santa é um feriado móvel que serve de referência para outras datas. É calculado como sendo a primeira Sexta-feira após a primeira lua cheia após o equinócio de outono no hemisfério sul ou o equinócio de primavera no hemisfério norte, podendo ocorrer entre 20 de março e 23 de abril.Índice [esconder]
1 Igreja Católica
1.1 Celebração da Paixão do Senhor
1.2 Sinais de penitência
2 Referências
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Igreja Católica
Na Igreja Católica, este dia pertence ao Tríduo pascal, o mais importante período do ano litúrgico. A Igreja celebra e contempla a paixão e morte de Cristo, pelo que é o único dia em que não se celebra, em absoluto, a Eucaristia.
Por ser um dia em que se contempla de modo especial Cristo crucificado, as regras litúrgicas prescrevem que neste dia e no seguinte (Sábado Santo) se venere o crucifixo com o gesto da genuflexão, ou seja, de joelhos.
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Celebração da Paixão do Senhor
No entanto, mesmo sem a celebração da missa, tem lugar, no rito romano, uma celebração litúrgica própria deste dia. Tal celebração tem alguma semelhança com a celebração da Eucaristia, na sua estrutura, mas difere essencialmente desta pelo facto de não ter Oração eucarística, a mais importante parte da missa católica.
A relembração da morte do Senhor consiste, resumidamente, na adoração de Cristo crucificado, precedida por uma liturgia da Palavra e seguida pela comunhão eucarística dos participantes. Presidida por um presbítero ou bispo, paramentado como para a missa, de cor vermelha, a celebração segue esta estrutura:
Senhor Morto, escultura barroca do século XVIII, Matriz de Pirenópolis
entrada em silêncio do presidente e dos ministros, que se prostram em adoração diante do altar.
oração colecta.
Liturgia da Palavra: leitura do livro de Isaías (quarto cântico do servo de Javé, Is 52,13-53,12), salmo 31 (30), leitura da Epístola aos Hebreus (Hebr 4, 14-16; 5, 7-9), narração ao Evangelho e leitura do Evangelho da Paixão segundo João (Jo 18,1-19,42, geralmente em forma dialogada).
Homilia e silêncio de reflexão.
Oração Universal, mais longa e solene do que a da missa, seguindo o esquema intenção – silêncio – oração do presidente.
Adoração de Cristo na Cruz: a cruz é apresentada aos fiéis e venerada ao som de cânticos.
Pai Nosso
Comunhão dos fiéis presentes. Usa-se pão que foi consagrado no dia anterior, Quinta-Feira Santa.
Oração depois da comunhão.
Oração sobre o povo.
Obs: Em muitas cidades históricas, como Paraty (RJ), Ouro Preto (MG), Pirenópolis (GO), Jaraguá (GO), Rio Tinto (Concelho de Gondomar em Portugal) e São Mateus, a Celebração da Paixão e Morte do Senhor é procedida da Procissão do Enterro, também conhecida como Procissão do Senhor Morto, em que são cantados motetos em latim.
Toda a liturgia católica deste dia está em função de Cristo crucificado. Assim, a liturgia da Palavra pretende introduzir os fiéis no mistério do sofrimento e da morte de Jesus, que assim aparece como uma acção livre de Cristo em ordem à salvação de toda a humanidade.
A veneração da cruz, símbolo da salvação, pretende dar expressão concreta à adoração de Cristo crucificado.
A comunhão eucarística é, para a Igreja, a forma mais perfeita de união com o Mistério pascal de Cristo, e por isso é um ponto culminante na união dos fiéis com Cristo crucificado. O facto de se comungar do pão consagrado no dia anterior vem exprimir e reforçar a unidade de todo o Tríduo Pascal.
Além da celebração da Paixão do Senhor, rezam-se as diversas horas litúrgicas da Liturgia das Horas, incluindo um texto de São João Crisóstomo intitulado O Poder do Sangue de Cristo[1]
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Sinais de penitência
A Igreja exorta os fiéis a que neste dia observem alguns sinais de penitência, em respeito e veneração pela morte de Cristo. Assim, convida-os à prática do jejum e da abstinência da carne e qualquer tipo de ato que se refira a Prazer.
Exercícios piedosos, como a Via Sacra e o Rosário, são também recomendados como forma de assinalar este dia especialmente importante para a fé cristã.
Referências
↑ São João Crisóstomo. O Poder do Sangue de Cristo. Página visitada em Apr 22, 2011. Este artigo sobre religião é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.
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v • e
Semana Santa
Domingo de Ramos • Segunda-Feira Santa • Terça-Feira Santa • Quarta-Feira Santa • Quinta-Feira Santa • Sexta-Feira Santa • Sábado de Aleluia • Domingo de Páscoa • Segunda-feira de Páscoa
quinta-feira, 5 de abril de 2012
quarta-feira, 4 de abril de 2012
Por: ROBERTO GIANCATERINO
“O melhor método de ensino é aquele que o professor oportuniza o fluir do saber empírico e instiga a dádiva da criação e recriação de seus educandos”.
Roberto Giancaterino
RESUMO
A criança ao se relacionar com o meio ambiente sente vontades, sentimentos e necessidades que são somadas à medida que o adulto lhe proporciona condições de explorar tudo o que a cerca, agindo de acordo com seu interesse. Essa conquista de espaço por parte da criança lhe dará suporte para um melhor conhecimento de seu corpo, de suas habilidades de movimento. Toda essa estimulação além de possibilitar uma adaptação motora favorece também o trabalho de um real desenvolvimento psicomotor. Dada a importância da ação psicomotora sobre a organização da personalidade da criança, é indispensável ao trabalho educativo que venha promover um melhor desenvolvimento de suas potencialidades, levando-se em conta os objetivos propostos e as atividades relativas à idade que melhor convir com suas características. O presente ensaio apresenta uma breve abordagem sobre a psicomotricidade e educação psicomotora como aliada do processo de alfabetização.
Palavras-chave: Educação, Psicomotricidade, Alfabetização, Criança.
O movimento é o meio pelo qual o indivíduo comunica-se e transforma o mundo que o rodeia. É nesta linha de expressão onde o corpo fala, que trataremos da psicomotricidade no presente trabalho. O corpo, a mente, o outro, o eu, a ação, o pensamento, a percepção, o real, o imaginário, a expressão, o afeto, estão estritamente ligados na criança desde a primeira idade e com o passar do tempo irão diferenciando-se e cada qual tomando sua função no desenvolvimento do indivíduo.
Lembrando das palavras de Wallon (1995) em que o movimento não é puramente um deslocamento no espaço, nem uma simples contração muscular, e sim, um significado de relação afetiva com o mundo, assim, para o autor, o movimento é a única expressão e o primeiro instrumento do psiquismo. Neste contexto, pode-se dizer que o desenvolvimento motor é precursor de todas as demais áreas.
Considerando a complexidade do ser humano, considera-se relevante conhecer caminhos que o educador possa explorar habilidades motoras, não deixando de lado a conquista da individualidade de cada criança no que diz respeito ao conhecimento de seu Eu. É neste sentido da aprendizagem construtiva, significativa e global, que a psicomotricidade trabalha fazendo da transmissão de conhecimento com um leque de “descobertas”, pois se é a prática que nos ensina, vamos fazê-la voltada para uma realidade de mutações constantes.
A psicomotricidade deixou de ser estudada isoladamente: hoje, se encontra enriquecida com os estudos da via institivo-emocional, com os da linguagem, com os da imagem do corpo, com os aspectos perceptivo-gnósicos e práxicos e toda uma rede interdisciplinar que veio dar ao estudo do movimento humano uma dimensão mais científica e menos mecanicista.
Vale salientar que, hoje, vemos que o movimento é uma significação expressiva e intencional, é uma manifestação vital da pessoal humana, pois é pelo movimento que o envolvimento atinge o pensamento. É esta intenção que dá ao movimento um conteúdo de consciência. A psicomotricidade na fase de alfabetização aqui estudada traz no seu bojo o domínio da dependência entre pensamento e ação produzindo desenvolvimento, e ainda, suas contribuições na educação.
De Meur & Staes (1984) assinalam que: o intelecto se constrói a partir da atividade física. As funções motoras (movimento) não podem ser separadas do desenvolvimento intelectual (memória, atenção, raciocínio) nem da afetividade (emoções e sentimentos). Para que o ato de ler e escrever se processe adequadamente, é indispensável o domínio de habilidades a ele relacionado, considerando que essas habilidades são fundamentais manifestações psicomotoras.
Oliveira (1997) postula que é pela motricidade e pela visão que a criança descobre o mundo dos objetos, e é manipulando-os que ela redescobre o mundo; porém, esta descoberta a partir dos objetos só será verdadeiramente frutífera quando a criança for capaz de segurar e de largar, quando ela tiver adquirindo a noção de distância entre ela e o objeto que ela manipula, quando o objeto não fizer mais parte de sua simples atividade corporal indiferenciada.
Molinari e Sens (2002) afirmam que: a educação psicomotora nas séries iniciais do ensino fundamental atua como prevenção. Com ela podem ser evitados vários problemas como a má concentração, confusão no reconhecimento de palavras, confusão com letras e sílabas e outras dificuldades relacionadas à alfabetização. Uma criança cujo esquema corporal é mal formado não coordena bem os movimentos. Suas habilidades manuais tornam-se limitadas, a leitura perde a harmonia, o gesto vem após a palavra e o ritmo de leitura não é mantido, ou então, é paralisado no meio de uma palavra.
A educação psicomotora deve ser considerada como uma educação de base na escola primária. Ela condiciona o processo de alfabetização; leva a criança a tomar consciência de seu corpo, da lateralidade, a situar-se no espaço, a dominar seu tempo, a adquirir habitualmente a coordenação de seus gestos e movimentos.
Para Fonseca (1996:142) a primeira necessidade seria, portanto:
(...) alfabetizar a linguagem do corpo e só então caminhar para as aprendizagens triviais que mais não são que investimentos perceptivo-motor ligados por coordenadas espaços-temporais e correlacionados por melodias rítmicas de integração e resposta.
É através do movimento que a criança integra os dados sensitivo-sensoriais que lhe permite adquirir a noção do seu corpo e a determinação de sua lateralidade. O desenvolvimento psicomotor da criança gira em torno de componentes fundamentais ao seu desenvolvimento como: esquema corporal, equilíbrio, coordenação, estruturação especial, temporal e lateralidade.
O esquema corporal diz respeito à consciência do próprio corpo, incorporando suas partes posturais e de atitudes tanto em repouso como em movimento. É preciso que a criança conheça e compreenda seu corpo para controlar melhores seus movimentos. Nessa conscientização de seu próprio corpo em diferentes posições, o domínio corporal é o primeiro elemento do comportamento, é através do movimento dinâmico que se consegue o controle do corpo e a percepção especial.
Fonseca (1996) destaca o caráter preventivo da psicomotricidade, afirmando ser a exploração do corpo, em termos de seus potenciais uma "propedêutica das aprendizagens escolares", especialmente, a alfabetização. Para o autor as atividades desenvolvidas na escola como a escrita, a leitura, o ditado, a redação, a cópia, o cálculo, o grafismo, e enfim, os movimentos estão ligados à evolução das possibilidades motoras e as dificuldades escolares estão, portanto, diretamente relacionadas aos aspectos psicomotores. Todavia, a Psicomotricidade, não pode ser analisada fora do comportamento e da aprendizagem, e este, para além de ser uma relação inteligível entre estímulos e respostas, é antes do mais, uma seqüência de ações, ou seja, uma seqüência espaço-temporal intencional.
PSICOMOTRICIDADE COMO CIÊNCIA DA EDUCAÇÃO
A psicomotricidade como ciência da Educação, trabalha o movimento ao mesmo tempo em que põem em jogo as funções intelectuais. A ciência da motricidade humana teve sua pré-história na Educação Física, mas esta por si não se fundamenta como ciência, não se funda como teoria ou conceito. Assim, tal educação motora é ramo pedagógico da Ciência da Motricidade Humana que inclui a psicomotricidade, a dança, a recreação e reabilitação.
As primeiras evidências de um desenvolvimento mental normal não são mais que manifestações motoras. Durante toda primeira infância até os 3 anos a inteligência é a função a qual é imediata do desenvolvimento neuromuscular. Mais tarde a inteligência e a motricidade se tornam independentes rompendo sua simbiose que só reaparecem nos casos de retardamento mental.
A criança ao nascer é um ser indiferenciado e difuso, não consciente de si e de seu corpo, à medida que começa a se locomover, engatinhar, subir, descer escadas, entrar em contato com os outros, passa a tomar consciência de seu corpo e suas partes nas interligações. A partir desse momento percebe que é um individual independente da pessoa e cria um tipo de complicação vivida ao nível do corpo.
Pela sistematização do estudo do movimento procura-se a compreensão do homem e a vinculação entre a ciência (seu corpo teórico e coerência e a prática profissional) e a técnica (sua operacionalidade e eficiência). Desponta da necessidade de conhecer o ser humano através da sua motricidade a partir dos vínculos de dependência da cultura e da política, estabelecendo cientificamente relações de significação e organização entre o real e o possível (Lagrange, 1977:197).
Portanto, se tratamos do real, tratamos de movimento e movimento é psicomotricidade e esta tem seus objetivos que levam o indivíduo ao desenvolvimento global.
CONHECENDO O SISTEMA PSICOMOTOR HUMANO
Conforme Vayer & Toulouse (1982), o SPMH baseia-se em estruturas simétricas do sistema nervoso, compreendendo o tronco cerebral, o cerebelo, o mesencéfalo e o diencéfalo, que constituí a integração e a organização psicomotora da tonicidade, da equilibração e parte da lateralização e também de estruturas assimétricas compreendendo os dois hemisférios cerebrais, que asseguram a organização psicomotora da noção do corpo, da estruturação espaço-temporal e da praxia global e fina, exclusivas de espécie humana devido à sua complexidade organizativa e sistemática.
A dinâmica sistemática do SPMH requer a participação dinâmica e concatenada das três unidades funcionais do cérebro, a saber: integração, elaboração e expressão do movimento voluntário.
A primeira, compreende as funções psicológicas vitais da integração e da atenção responsável pelos fatores psicomotores da tonicidade e da equilibração.
A segunda, compreende as funções psicológicas de análise, síntese e armazenamento, responsáveis pela noção do corpo e da estruturação espaço-temporal.
E a terceira unidade, compreende a planificação, programação e regulação responsáveis pela praxia global e da praxia fina (Fonseca, 1985).
As três unidades em permanente integração formam uma constelação de trabalho que processa a motricidade, organizando-a antecipadamente antes que se constitua em produto final. Tal constelação de trabalho, verdadeiro sistema harmonioso e autogeneralizado, composto de subsistemas espalhados pelo todo cerebral, preside à organização psicomotora humana, como conjunto de componentes ordenados e integrados.
Le Boulch (1983) esclarece que a educação psicomotora é formadora de uma base indispensável a toda criança, pois objetiva assegurar o desenvolvimento funcional.
Os fatores psicomotores se inter-relacionam e quer em termos de maturação e organização neurológica, quer em termos de planificação motora. Há uma combinação mútua entre a Tonicidade e a Equilibração para assegurar o controle postural, assim como a Lateralização, a Noção de Corpo e a Estrutura Espaço-Temporal se inter-relacionam para elaborar qualquer tipo de Praxias. Por isso, que qualquer disfunção num fator psicomotor produz mudanças em todo o SPMH. Por este e demais fatores é que devemos atribuir cuidados ao desenvolvimento psicomotor humano desde muito cedo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A psicomotricidade não é exclusiva de um novo método, ou escola, ou corrente de pensamento, ou técnica, ela visa fins educativos pelo emprego do movimento humano, já que o movimento é sempre a expressão de uma existência. A preocupação aqui foi conferir a cada movimento executado pela criança uma virtualidade cognitiva e prática A idéia de psicomotricidade, aqui demonstrada, é justificar o movimento com realização intencional, com atividade da totalidade, como expressão de uma personalidade e como um modo de relação particular com o mundo dos objetos e das pessoas.
Sem dúvida uma criança que não conhece a si mesmo e que não descobriu o mundo que a cerca não conseguirá também relacionar a sua educação escolar com a realidade cotidiana, e uma vez desvinculados esses fatores, desvinculada será sua concentração e capacidade de cognição em relação ao aprendizado.
Ante ao exposto, podemos ressaltar que psicomotricidade se propõe a permitir ao homem “sentir-se bem na sua pele”, permitir que se assuma como realidade corporal, possibilitando-lhe a livre expressão de ser. Não se pretende aqui considerá-la como uma “panacéia” não vá resolver todos os problemas encontrados em sala de aula. Ela é apenas um meio de auxiliar a criança a superar suas dificuldades de aprendizagem e prevenir possíveis inadaptações, auxiliando na alfabetização.
CUNHA, N. H. S. Sistema de estímulo pré-escolar: psicomotricidade e materiais didáticos. São Paulo: Cortez, 1985.
DE MEUR, A. & STAES, L. Psicomotricidade: educação e reeducação. Rio de Janeiro: Manole, 1984.
FONSECA, V. Psicomotricidade. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1985.
___________Psicomotricidade. 4. ed. São Paulo: Martins Fonte, 1996.
LAGRANGE, G. Manual de psicomotricidade. Lisboa: (s.e.), 1977.
LE BOULCH, J. A educação pelo movimento. Porto Alegre: Artes Médicas, 1983.
MOLINARI, Ângela Maria da Paz; SENS, Solange Mari. A educação física e sua relação com a psicomotricidade. Revista PEC, Curitiba, v. 3, n. 1, p. 85-93, jul. 2002-jul. 2003.
OLIVEIRA, G. C. Psicomotricidade, educação e reeducação num enfoque psicopedagógico. Petrópolis, RJ: Vozes, 1997.
VAYER, Pierre & TOULOUSE, Pierre. Linguagem corporal. Porto Alegre: Artes Médicas, 1982.
WALLON, Henry. As origens do caráter na criança. São Paulo: Nova Alexandria, 1995.
SOBRE O AUTOR
Prof. Dr. Roberto Giancaterino, PhD, nasceu em 1964, na cidade de Campinas, estado de São Paulo. Residente em São Bernardo do Campo - SP. É Pós-Doutorado em Educação; Doutor em Filosofia, Tecnologia Educacional e Mestre em Ciências da Educação e Valores Humanos. Especialista em Psicopedagogia Clínica e Institucional; Valores Humanos Transdisciplinares; Docência do Ensino Superior; Administração e Supervisão Educacional. Também é Bacharel e Licenciado em Filosofia, Física, Matemática e Pedagogia. Escritor, Pesquisador, Palestrante, Conferencista e Seminarista na Área Educacional.
É autor de vários trabalhos científicos reconhecidos por acadêmicos, entre eles: O best-seller “Escola, Professor, Aluno - Os Participantes do Processo Educacional” editado pela editora Madras que já é sucesso mundial. Iniciou-se no magistério em 1984 na disciplina de Matemática, posteriormente, ao final da mesma década já lecionava também na disciplina de Física. Atualmente atua como professor universitário em cursos de pós-graduação em disciplinas pedagógicas, e, na rede pública estadual leciona Matemática e Física. Em seu caminhar pela educação, Giancaterino idealiza com uma educação de qualidade e completa para todos, principalmente aos menos favorecidos e que associe todas as dimensões do sujeito como ser humano.
Algumas frases marcante de sua autoria:
“Quando a escola não é importante para os pais, também não é para os filhos”.
“Um país se constrói com bons homens e bons livros”.
“Enquanto a Educação for utópica em sua complexidade, o sonho é necessário para que possamos trilhar um caminho”.
“O trabalho de um homem perpetua quando atravessa os tempos”.
“Às vezes, as coisas mais reais do mundo são aquelas que não podemos ver”.
“Ceder, nem sempre é sinônimo de derrota, é ser mediador do bom senso para o momento”.
“Existe só uma maneira de superar os obstáculos, ultrapassá-los”.
“O trabalho enobrece o homem quando ele é digno do seu suor”.
“Enquanto houver guerras entre os homens à paz será uma espécie em extinção”.
“Um dos maiores atos de covardia do ser humano, não é errar, mas sim, não assumir seu próprio erro”.
“O espírito de luz é aquele que transforma as coisas ruins em virtudes”.
Contato: prof.giancaterino@terra.com.br / giancaterino@terra.com.br
ESCATOLOGÍA Y HUMANISMO CRISTIANO
Enviado por videoconferencias em 25/08/2010
Universidad Técnica Particular de Loja
Carrera: Ciencias Humanas y Religiosas
Materia: Escatología y Humanismo Cristiano
Bimestre: II
Periodo: Oct 08 - Feb 09
Ponente: Lic. Víctor Serrano Cueva
Tema: Escatología
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Ponente: Lic. Víctor Serrano Cueva
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Obrigado pela visita, e volte sempre.
Cheb Khaled avec Faudel et Rachid Taha (1, 2, 3 soleil) - Abdel Kader (Concert de 2002)
Enviado por fcgbforever29 em 21/12/2006
Cheb Khaled avec Faudel et Rachid Taha (1, 2, 3 soleil) - Abdel Kader (Concert de 2002)
terça-feira, 3 de abril de 2012
Enviado por vegcomeoque em 26/07/2010
www.vegetarianocomeoque.com.br
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Atenção para o funcionamento do Poupatempo na Semana Santa
Durante a Semana Santa, os Postos do Programa Poupatempo terão o seguinte esquema de funcionamento:
Especificamente em Taubaté, o Poupatempo também não funcionará na segunda-feira, 09 de abril, em função do feriado municipal em comemoração ao Dia de São Benedito, padroeiro da cidade.
A partir da segunda-feira, 09 de abril, os Postos - com exceção de Taubaté - voltam a atender em seus horários habituais, que podem ser consultados em www.poupatempo.sp.gov.br ou pelo Disque Poupatempo - 0800 772 36 33 (ligação gratuita).
Programa Poupatempo O Poupatempo é um Programa do Governo do Estado que, desde a inauguração do primeiro Posto, em 1997, já prestou mais de 312,7 milhões de atendimentos. Atualmente conta com 30 unidades de atendimento instaladas na Capital, Grande São Paulo, Litoral e Interior.
segunda-feira, 2 de abril de 2012
Aula de Yoga 2 - Definições
Enviado por andrenozibielli em 22/11/2008
Aula de Yoga grátis com o professor André Nozibielli
As diferentes práticas: Raja Yoga; Jnani Yoga; Bhakati yoga; Hatha yoga. Qual a melhor? Unidade entre mente e corpo.
Entre em contato pelo facebook: andrenozibielli@hotmail.com
Obrigado pela visita, e volte sempre.
domingo, 1 de abril de 2012
Controle Sua Respiração - Exercícios Para Respirar Melhor
Controle Sua Respiração - Exercícios Para Respirar Melhor - Tema De Monografia E Tcc
Autor: Alessandro Silva
Se o oxigênio é vida, então a importância de aprender a respirar corretamente é absoluta. Os exercícios de respiração podem nos ajudar a ganhar grande vitalidade e vigor.
A falta de oxigênio nos rouba energia e leva à fadiga, perda de sono, e foco mental baixo, de modo que melhorar a sua técnica de respiração é crucial se você tiver problemas respiratórios. Este é um artigo originario de uma monografia elaborada por nossa empresa
Um exercício simples de respiração profunda pode nos ajudar a sentir muito melhor.
Siga estes exercícios de respiração profunda e melhore o seu consumo de oxigênio.
1. Respiração Abdominal.
A maioria das pessoas respira através do seu peito, de uma maneira incompleta e rasa.
Este exercício serve para melhorar a sua inalação abdominal, preenchendo assim as partes inferiores dos pulmões com oxigênio tão necessário. Ao colocar sua mão em seu estômago e deitado de costas, respire profundamente, expandindo sua barriga e, lentamente, solte o ar para fora.
Quando você repetir respirações profundas, notará que sua mão deve subir mais e mais, como um sintoma do aumento da sua capacidade pulmonar. Com mais prática, você deve ser capaz de aumentar o seu consumo de oxigênio com bons resultados.
2. Utilize a técnica de estiramento felino
Esta técnica de alongamento é maravilhosa para o desenvolvimento de respiração poderosa. Ajoelhado de quatro e olhando para a frente, realize uma respiração profunda e, em seguida, ao expirar de uma maneira poderosa e controlada estenda seu corpo para a frente até o queixo estiver a apenas alguns centímetros do chão, mantendo a cabeça virada para a frente em todos os momentos.
Quando você respirar novamente de maneira profunda, deve retornar à posição inicial lentamente e repita o que quiser.
3. Respiração pelos Lábios Franzidos.
De pé, mãos nos quadris, você deve olhar para cima, respirando profundamente de modo abdominal e puxando o ar só através do nariz enquanto você abaixa a cabeça. Uma vez que seus pulmões estão cheios e sua cabeça está para baixo, comprima levemente seus lábios e expire vigorosamente soprando pela boca, enquanto levanta sua cabeça até alto.
Isso pode deixá-lo um pouco tonto, mas este exercício é realmente importante para o fortalecimento dos pulmões e ensinar o hábito de respirar bem.
4. Fogo do Dragão.
Isto trabalha os músculos abdominais, o seu corpo e aumenta a capacidade pulmonar. Permanecendo relaxado, comprima os seus músculos do corpo, exceto os abdominais e respire fortemente, agora relaxe todos os músculos, comprimindo os abdominais e expire como se você estivesse tentando derrubar uma outra pessoa. A respiração Fogo do Dragão é um excelente método para todo o bem-estar.
5. Meditação Respiratória.
Para reduzir o estresse, dobre confortavelmente as mãos sobre os joelhos e inale de forma lenta e controlada. Você deve ser capaz de contar até 8 durante a inalação. Então expire lentamente enquanto faz uma contagem lenta até 8, enquanto os seus olhos permanecem fechados.
Esta calma e controlada forma de respiração relaxa e previne contra a respiração curta e acentuada de que uma leva sob a influência do estresse.
6. Vá para fora e faça exercício.
Para respirar bem nada pode substituir o bom exercício ao ar livre.
Saia para uma caminhada, correr, correr - não importa quanto tempo você começar alguma atividade física e você fazê-lo fora.
Em Conclusão
Respirar bem é uma das facetas mais importantes de uma vida saudável e ainda é, infelizmente, muitas vezes esquecido, seja pró-ativo e tome o controle de sua respiração.
Artigo aportado pela equipe de Monografias de base para dissertacao de mestrado
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Perfil do Autor
Alessandro Silva é professor da equipe de Monografia de base para monografias e TCC Monografia e TCC Monografia pronta TCC - ajuda por monografia
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sábado, 31 de março de 2012
Aula de Yoga 1: Introdução
Enviado por andrenozibielli em 31/10/2008
Aula de Yoga grátis com o professor André Nozibielli
Aula de Yoga. Que devemos esperar dos instrutores de yoga? Que qualificações devemos observar? Como deve ser a prática?
Entre em contato pelo facebook: andrenozibielli@hotmail.com
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Ações afirmativas e políticas públicas de inclusão social
Ações afirmativas e políticas públicas de inclusão social
Por: JOÃO DO NASCIMENTO
Karl Marx, historiador alemão (1818 – 1883), um dos teóricos do socialismo científico, afirmou durante sua vida “a sociedade capitalista é antes de tudo uma sociedade de classes” e a “história do homem é a própria luta de classes”. Sendo assim, o conflito social interclasses gera a apropria dos bens e oportunidades sociais por alguns segmentos; é a partir da análise do pensamento de Marx dos propósitos capitalistas que vigoram no Brasil a mais de 400 anos que se insere a exploração do povo afro-descendente como mera ferramenta de utilidade material, força de trabalho e bem comercializável; sem o devido reconhecimento do desmantelamento de centenas de milhares de etnias que compunham o território o continente africano e que dispersaram por todo o mundo ocidental na constituição do capitalismo em suas múltiplas contradições sociais.
Para tentar superar as mazelas sociais e promover a inclusão e a justiça, a partir dos anos 1990, o Brasil tem sido alvo em potencial dos programas de ações afirmativas que visam reconhecer e corrigir situações de direitos negados socialmente ao longo da história.
As ações afirmativas vêm sofrendo críticas por uma pequena parcela da sociedade brasileira (a elite), que ha muito tempo vem acumulando riquezas e oportunidades. O que o negro e os outros segmentos excluídos da participação e usufruto dos bens, riquezas e oportunidades, querem, é o direito à cidadania, a cultura, educação, trabalho digno e participação das políticas públicas de caráter social. Os programas de ações afirmativas são na verdade políticas de correção de desigualdades sociais e formas de efetivação de direitos. Portanto, defender as ações afirmativas é de fato se posicionar contra o mito da democracia racial e a exclusão social existente no Brasil.
É preciso agir a partir da raiz do problema para erradicar a situação de exclusão social. O programa de cotas para negros e afrodescendentes é uma das ações afirmativas de caráter radical, pois mexe com privilégios estabelecidos por determinados segmentos da sociedade brasileira.
"Ações afirmativas são medidas especiais e temporárias, tomadas pelo Estado e/ou pela iniciativa privada, espontânea ou compulsoriamente, com o objetivo de eliminar desigualdades historicamente acumuladas, garantindo a igualdade de oportunidade e tratamento, bem como compensar perdas provocadas pela discriminação e marginalização, por motivos raciais, étnicos, religiosos, de gênero e outros". (Ministério da Justiça, 1996, GTI População Negra).
As políticas afirmativas visam reconhecer as diversidades entre a população negra e não-negra, no sentido de direcionar os esforços para minimizar e gradativamente diminuir as distâncias socioeconômicas que permeiam a vida social brasileira.
É necessário neste contexto, o entendimento de conceitos que podem contribuir para o êxito das ações afirmativas e a inclusão social. As ações afirmativas são formas de políticas públicas que objetivam transcender as ações do Estado na promoção do bem-estar e da cidadania para garantir igualdade de oportunidades e tratamento entre as pessoas e a mobilização dos setores culturais com intenção de ampliar as ações de inclusão social.
Diferenciar inclusão social de exclusividade e privilégios sociais. A inclusão social é busca da afirmação de direitos que há muito tempo vem sendo negados; enquanto exclusividade é marca registrada de um grupo ou segmento social que tem amplo acesso aos bens, riquezas e oportunidades produzidas em termos sociais visto que uma ou outra parcela muito grande da população tem restrições ou são barradas por completo da participação sócio-cultural e o exercício da dignidade e da cidadania. É isso que caracteriza a exclusividade.
Diante de tudo que foi dito podemos notar que a população afro-brasileira, esta com a auto-estima defasada, devido à longevidade da exploração e da marginalidade social desde os tempos da administração colonial portuguesa no Brasil.
As relações sociais no período colonial limitavam ao branco de valores europeus, todo o privilégio, direito e mordomias político-sociais em detrimento ou prejuízo do negro e o índio que eram vistos como feras a ser domadas pela religião e enfraquecidos pelo trabalho exaustivo já que eram também res vocale (coisa que fala) e a escravidão era a justificativa para a salvação dessas etnias. Ao contrário do índio, o negro era mais odiado e perseguido pelo sistema colonial, pois o africano foi trazido para o Brasil exclusivamente para o trabalho escravo e a desagregação de sua existência enquanto ser humano. Para a afirmação e manutenção do regime escravista foi criada uma política de desumanização de todas as maneiras o negro, empreendia ações que o qualificava de ser movente, igualando-o a animais para evitar dessa forma a criação de um vínculo de convívio familiar, desarticulando suas crenças como pagãs, desqualificando seus bens simbólicos e outras formas de manifestações culturais fundamentais a identificação e a constituição como humanos.
No processo de marginalização do negro, talvez o aspecto mais importante seja a tentativa de retirar dele o direito ao saber para fragilizar e dominar sua sociabilidade contemporânea, que se expressa na relação saber e fazer, mas a preocupação não é o saber pelo simples fato que este traduz a discussão crítica, a independência do pensar e a conspiração da ordem; então a preocupação é com o fazer cotidiano das relações de trabalho desqualificadas, ou seja, o fazer o que não precisa pensar (trabalho mecânico e repetitivo), o fazer trabalho pesado e de menor prestigio social assim, o interessante para aqueles que não querem justiça social para o negro e outros excluídos; é o fazer do trabalho uma relação constante de dominação e sonegação de direito e oportunidades.
Nesse contexto, as ações afirmativas surgem para tratar com igualdade pessoas diferentes, pois, o regime escravista proporcionou uma visão negativa do negro, desqualificando-o enquanto pessoa e diante disso, conseqüentemente não necessitaria de educação e direitos tendo em vista a utilidade e a coisificação criadas em torno dele. Dessa forma, o afrodescendente não se torna ator social e sujeito da história; restando-lhe a mera condição de objeto da história.
Portanto, se faz necessárias discussões em torno da problemática do racismo às “avessas” e do acesso à educação através de vias de mobilização nacional em favor das reformas e do fortalecimento da democracia e conseqüentemente da cidadania.
É de fundamental importância que se compreenda que os programas de ações afirmativas não como mecanismo fim e sim, como políticas públicas ou privadas que servem de meios direcionados na redução das desigualdades sociais.
* João do Nascimento é Historiador formado pela Faculdade de Ciências Humanas de Sete Lagoas, Pós-graduado em Docência do Ensino Superior, Pós-graduado em História da Ciência pela UFMG e Pós-graduado em História e Cultura Mineira pela Faculdade de Ciências Humanas de Pedro Leopoldo/MG.
E-mail: jniver@bol.com.br
sexta-feira, 30 de março de 2012
O Santo Nome Religião Música Culinária Vegetariana Vídeos Imagens e Bem Viver: Seu Jorge - 31/03/2012 - Campinas
O Santo Nome Religião Música Culinária Vegetariana Vídeos Imagens e Bem Viver: Seu Jorge - 31/03/2012 - Campinas: O cantor carioca Seu Jorge vai se apresentar gratuitamente, na praça Arautos da Paz, no taquaral, em Campinas, no próximo sábado, a part...
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Seu Jorge - 31/03/2012 - Campinas
O cantor carioca Seu Jorge vai se apresentar gratuitamente, na praça Arautos da Paz, no taquaral, em Campinas, no próximo sábado, a partir das 18h30. A abertura do show será pelo grupo Sem Tempo. Cerca de 10 mil pessoas devem participar do evento.
O evento terá um palco de 360 m² e dois telões de LED de 250 polegadas. A segurança será feita por 150 seguranças particulares e também policiais militares.
Mais informações pelo site do evento: www.gvtfunexperience.com.br
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SBT Repórter - Medicina Alternativa (11/05/2011)
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Enviado por coisasnatv em 13/05/2011
O programa mostra outras formas de curas alternativas.
A origem real das Enfermidades
Enviado por SitaMillen em 31/07/2009
Pesquisas realizadas pelo Departamento de medicina Psicossomática Integral da Trilogia Analítica com o microscópio de campo escuro comprovam que há alterações no sangue diante de problemas emocionais. O Departamento vem comprovando as descobertas de Béchamp - Enderlaine e Claud Bernard, quando ao contrário de Pasteur, diziam que vem do interior do ser humano. No entanto, não viam o fator energético (psíquico), que é o fundamental.
www.stop.org.br
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