quinta-feira, 23 de julho de 2009

GRIPE SUÍNA PERGUNTAS E RESPOSTAS:




















GRIPE SUÍNA

PERGUNTAS E RESPOSTAS:


PERGUNTA

RESPOSTA

1.-

Quanto tempo dura vivo o vírus em maçaneta ou superfície lisa?

Até 10 horas.

2. -

Quão útil é o álcool em gel para limpar-se as mãos?

Torna o vírus inativo e o mata.

3.-

Qual é a forma de contágio mais eficiente deste vírus?

A via aérea não é a mais efetiva para a transmissão do vírus, o fator mais importante para que se instale o vírus é a umidade, (mucosa do nariz, boca e olhos) o vírus não voa e não alcança mais de um metro de distância.

4.-

É fácil contagiar-se em aviões?

Não, é um meio pouco propício para ser contagiado.

5.-

Como posso evitar contágio?

Não passar as mãos no rosto, olhos, nariz e boca. Não estar com gente doente. Lavar as mãos mais de 10 vezes por dia.

6.-

Qual é o período de incubação do vírus?

Em média de 5 a 7 dias e os sintomas aparecem quase imediatamente.

7.-

Quando se deve começar a tomar o remédio?

Dentro das 72 horas os prognósticos são muito bons, a melhora é de 100%

8.-

De que forma o vírus entra no corpo?

Por contato ao dar a mão ou beijar-se no rosto e pelo nariz, boca e olhos.

9.-

O vírus é mortal?

Não, o que ocasiona a morte é a complicação da doença causada pelo vírus, que é a pneumonia.

10.-

Que riscos têm os familiares de pessoas que faleceram?

Podem ser portadores e formar uma rede de transmissão.

11.-

A água de tanques ou caixas de água transmite o vírus?

Não, porque contém químicos e está clorada

12.-

O que faz o vírus quando provoca a morte?

Uma série de reações como deficiência respiratória, a pneumonia severa é o que ocasiona a morte.

13.-

Quando se inicia o contágio, antes dos sintomas ou até que se apresentem?

Desde que se tem o vírus, antes dos sintomas.

14.-

Qual é a probabilidade de recair com a mesma doença?

De 0%, porque fica-se imune ao vírus suíno.

15.-

Onde encontra-se o vírus no ambiente?

Quando uma pessoa portadora espirra ou tosse, o virus pode ficar nas superfícies lisas como maçanetas, dinheiro, papel, documentos, sempre que houver umidade. Já que não será esterilizado o ambiente se recomenda extremar a higiene das mãos.

17.-

O vírus ataca mais às pessoas asmáticas?

Sim, são pacientes mais suscetíveis, mas ao tratar-se de um novo germe todos somos igualmente suscetíveis.

18.-

Qual é a população este vírus mais ataca?

De 20 a 50 anos de idade.

19.-

É útil a máscara para cobrir a boca?

Existem algumas de maior qualidade que outros, mas se você não está doente é pior, porque os vírus pelo seu tamanho o atravessam como se este não existisse e ao usar a máscara, cria-se na zona entre o nariz e a boca um microclima úmido próprio ao desenvolvimento viral: mas se você já está infectado use-o para não infectar aos demais, apesar de que é relativamente eficaz.

20.-

Posso fazer exercício ao ar livre?

Sim, o vírus não anda no ar nem tem asas.

21.-

Serve p/algo tomar Vitamina C?

Não serve para nada para prevenir o contagio deste vírus, mas ajuda a resistir seu ataque.

22.-

Quem está a salvo desta doença ou quem é menos suscetível?

A salvo não esta ninguém, o que ajuda é a higiene dentro de lar, escritórios, utensílios e não ir a lugares públicos.

23.-

O virus se move?

Não, o vírus não tem nem patas nem asas, a pessoa é quem o coloca dentro do organismo.

24.-

Mascotes contagiam o vírus?

Este vírus não, provavelmente contagiem outro tipo de vírus.

25.-

Posso me contagiar em velórios de pessoas contagiadas pelo vírus?

Não.

26.-

Qual é o risco das mulheres grávidas com este vírus?

As mulheres grávidas têm o mesmo risco mas por dois, podem tomar os antivirais mas em caso de de contágio e com estrito controle médico.

27.-

O feto pode ter lesões se uma mulher grávida se contagiar?

Não sabemos que estragos possa fazer no processo, já que é um vírus novo.

28.-

Posso tomar acido acetilsalicílico (aspirina)?

Não é recomendável, pode ocasionar outras doenças, a menos que você tenha prescrição por problemas coronários, nesse caso siga tomado.

29.-

Serve para algo tomar antiviraies antes dos síntomas?

Não serve para nada.

30.-

Pessoas c/AIDS, diabetes, câncer etc. podem ter maiores complicações que uma pessoa sadia se se contagiarem?

SIM.

31.-

Uma gripe convencional forte pode se converter em influenza?

NAO.

32.-

O que mata o vírus?

O sol, mais de 5 dias no meio ambiente, sabão, antivirais, álcool em gel.

33.-

O que fazem nos hospitais para evitar contágios a outros doentes que não têm o vírus?

O isolamento.

34.-

O álcool em gel é efetivo?

SIM, muito efetivo.

35.-

Se estou vacinado contra a influenza sazonal sou inócuo a este vírus?

Não serve para nada, ainda não existe vacina para este vírus.

36.-

Este vírus está sob controle?

Não totalmente, mas estão tomando medidas agressivas de contenção.

37.-

O que significa passar de alerta 4 a alerta 5?

A fase 4 não faz as coisas diferentes da fase 5, significa que o vírus se propagou de Pessoa a Pessoa em mais de 2 países; e fase 6 é que se propagou em mais de 3 países.

38.-

Aquele que se infectou deste vírus e se curou fica imune?

SIM.

39.-

As crianças com tosse e gripe têm influenza?

É pouco provável, pois as crianças são pouco afetadas.

40.-

Medidas que as pessoas que trabalham devam tomar?

Lavar-se as mãos muitas vezes ao dia.

41.-

Posso me contagiar ao ar livre?

Se há pessoas infectadas e que tussam ou espirrem perto pode acontecer, mas a via aérea é um meio de pouco contágio.

42.-

Pode-se comer carne de porco?

SIM pode, não há nenhum risco de contágio.

43.-

Qual é o fator determinante para saber que o vírus já está controlado?

Ainda que se controle a epidemia agora, no inverno boreal (hemisfério norte) pode voltar e ainda não haverá uma vacina.

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quarta-feira, 22 de julho de 2009

PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL: ATIVIDADES QUE ATRAEM, EMPOLGAM E ENVOLVEM O ALUNO NO SEU PROCESSO DE APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA


PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL: ATIVIDADES QUE ATRAEM, EMPOLGAM E ENVOLVEM O ALUNO NO SEU PROCESSO DE APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA

Francisca Francineide Cândido

Engenheira Agrônoma e Psicopedagoga

Numa sessão de supervisão do estágio institucional do Curso de Especialização em Psicopedagogia (UVA, 2002) elaboramos uma Proposta de Atividades (1) que promovem a cooperação em grupo, estimulam a reflexão e facilitam a apresentação de idéias para a solução dos problemas apresentados.

Quatro anos depois, revendo esta construção, resovi socializá-la, como subsídio à práxis psico/pedagógica na instituição de ensino, embora reconheça que são inúmeros os recursos e estratégias pedagógicas que o professor dispõe para usar competentemente, além da aula expositiva, com o objetivo de empolgar e envolver o aluno no seu processo de aprendizagem significativa. São atividades que integram a referida Proposta:

  1. Diagnóstico institucional participativo;
  2. Projeto de educação ambiental: minha escola, minha rua, meu bairro, ... ;
  3. Feira cultural/científica e Gincana cultural;
  4. Reflexão temática: Ética, cidadania, educação sexual, o papel da escola no diálogo com a família, Identidade filosófica da escola, práticas pedagógicas diante de novas formas de aprender, resgatando a família no papel educacional;
  5. Concurso literário/produção literária em grupo;
  6. Jogos e brincadeiras intra e interclasses;
  7. Jornal/produção coletiva de comunicação no ambiente institucional;
  8. Descobrindo talentos ( múltiplas inteligências);
  9. O lúdico e as oficinas pedagógicas;
  10. Projeto de coleta seletiva do lixo;
  11. Oficinas/grupos de auto-conhecimento: trabalhando novas formas de aprender;
  12. Reintegração do aluno no processo ensino-aprendizagem;
  13. Análise de conteúdo e reconstrução conceitual;
  14. Resgatando histórias/estórias: heróis, mitos, fantasias, medos, valores, crenças;
  15. O teatro na escola. O cinema na escola. A poesia na escola;
  16. Datas comemorativas - reflexão e resgate: a história do Brasil, do Estado e do Município, os índios brasileiros.

Com o propósito de facilitar a aquisição e a incorporação do conhecimento por parte do aluno, de promover a prevenção do fracasso na aprendizagem e a melhoria da qualidade do desempenho escolar, dentro do espaço institucional, esta lista de atividades deve ser ampliada com outras sugestões e estratégias pedagógicas de ensino. Vale a pena tentar num esforço coletivo.

Nesta dimensão, Celso Antunes ( 2005), destaca que “um Jogo de Palavras, um Painel Integrado, um Arquipélago, Cochicho, Projeto de Pesquisa, Círculo de Debates, Jogo do Telefone, são ferramentas admiráveis para um aprender consciente, um crescer significativo”. O mesmo autor ressalta: “é importante que o professor conheça outras estratégias de ensino e saiba alterná-las com a aula expositiva, certamente não menos eficiente”, para despertar interesse no aluno; motivação e envolvimento mais significativo com o sua aprendizagem. Além disto, uma educação integradora e libertadora é essencial

para o despertar das relações interpessoais, algo muito significativo na construção afetiva das relações vinculares e da cidadania.

________________________________________________________

( 1) Maria Aldenora Martins Leite e Francisca Francineide Cândido.


Fonte: http://www.4shared.com/file/27689118/5b5b8f94/2PSICOPEDAGOGIA_INSTITUCIONAL__Atividades_que_atraem__empolgam_o_aluno.html?s=1

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sábado, 18 de julho de 2009

Os novos rumos da avaliação


Os novos rumos da avaliação.

Adoção do Enem como um dos principais instrumentos de ingresso nas universidades federais promete mudar o processo de seleção do ensino superior e os currículos do ensino médio
Marta Avancini

Ilustração: Filipe Rocha
O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) mudou e, a partir deste ano, passa a ser o único ou um dos principais instrumentos de seleção de ingressantes de 45 universidades federais. Nesse contexto, há quem defenda que a avaliação vai se tornar uma referência central, sinalizando para uma nova configuração do ensino médio, ao mesmo tempo que aponta para mudanças no ensino superior.

Este cenário alimenta a expectativa de que o Enem impulsione um movimento de renovação e (suposta) melhoria da qualidade da educação de nível secundário, uma vez que propõe uma abordagem interdisciplinar do conhecimento e que vincula mais fortemente teoria e prática. A avaliação funcionaria, então, como um instrumento capaz de induzir a renovação do ensino médio, tida como necessária por grande parte dos educadores.

No entanto, da promessa à mudança efetiva, há um caminho um tanto quanto tortuoso a ser percorrido. A própria história do Enem é evidência disso, ao se constatar que, desde que foi criado em 1998, seu impacto sobre os currículos acabou sendo limitado, influindo isoladamente nos conteúdos e nas metodologias de ensino de algumas escolas, mas não no sistema de ensino como um todo.

Nem mesmo o fato de ser aceito, ao longo da última década, como parte do processo seletivo de centenas de instituições públicas e privadas de ensino superior gerou uma mudança significativa sobre os conteúdos ou sobre a maneira como se ensina e se aprende nas escolas brasileiras. E isso se deve, justamente, à força do vestibular sobre o ensino médio.

"O Enem surgiu como um exame voluntário, por isso não se prestou muita atenção nele até agora. A partir do momento em que ele passa a ter um caráter de obrigatoriedade para o ingresso nas federais, ganha um novo significado", analisa a educadora Guiomar Namo de Mello, ex-secretaria municipal de Educação de São Paulo (gestão Mario Covas) e atual da Escola Brasileira de Professores (Ebrap), empresa de projetos e formação continuada.

Ou seja, a percepção de alguns analistas é a de que o Enem acabou perdendo a concorrência para o vestibular convencional, fortemente embasado na divisão disciplinar dos conteúdos e, segundo educadores (a maioria das quais da área de humanas), mais centrado na memorização de informações e fórmulas do que na capacidade de aplicar o aprendido ou de refletir sobre ele. Com isso, uma parcela significativa das escolas teria continuado a se espelhar nesses exames, tratando a aprendizagem como sinônima da capacidade de acumular informações.

Agora, a aposta é que o desfecho seja outro. "O perfil da prova induz a uma repactuação entre o ensino médio e o superior", diz Reynaldo Fernandes, presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), autarquia do Ministério da Educação responsável pelo exame.

Essa ideia começa a fazer mais sentido quando se leva em conta que, além de funcionar como mecanismo de ingresso nas federais, o MEC está realizando estudos, já avançados, com a finalidade de adotar Enem como marco zero para avaliar o desenvolvimento dos estudantes ao longo do ensino superior. Assim sendo, já a partir de 2010, a prova do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) feita pelos alunos do 1° ano de graduação poderá ser substituída pelo Enem.

A mudança de metodologia, contudo, não significa necessariamente que o Enem será um exame mais adequado para selecionar estudantes para o ensino superior do que os vestibulares tradicionais. Esta é a opinião de Roberto Lobo Leal, ex-reitor da Universidade de São Paulo (USP) e consultor: "A tese é que o Enem será melhor do que os processos seletivos de instituições como a USP e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), mas não temos a certeza de que será assim".

Metodologia mais moderna
O novo Enem é apresentado como uma avaliação moderna, construída segundo uma metodologia que permite identificar os alunos mais capazes não somente pelo volume de informação assimilada, mas por sua capacidade de aplicá-la, graças à utilização da Teoria de Resposta ao Item (TRI).

Além disso, ele se estrutura em uma matriz de referência organizada em quatro macroáreas - matemática, linguagens e códigos, ciências da natureza e ciências humanas - capaz de aferir 120 habilidades, ante as 21 da versão antiga do Enem. "O aumento define melhor cada macroárea em termos de habilidade e possibilita um aprofundamento do conhecimento do sujeito que fará a prova", explica a consultora do Inep Gisele Gama Andrade. Cada habilidade que integra a matriz será aferida pelo menos uma vez, acrescenta Gisele.

O Enem antigo contemplava somente língua portuguesa e matemática e as questões não mantinham necessariamente um vínculo com os conteúdos ministrados nas escolas; agora, a matriz foi construída a partir das Orientações Curriculares do Ensino Médio, publicadas pelo MEC em 2006. Desse modo, busca aferir a capacidade de o aluno aplicar o conhecimento, ao mesmo tempo em que incorpora conteúdos curriculares do ensino médio.

Neste ano, serão realizadas quatro provas (uma por área) contendo 45 questões objetivas de múltipla escolha cada, durante dois dias, 3 e 4 de outubro. Os alunos também farão uma redação. A partir de 2010, deverá ser realizado duas vezes ao ano.

Entre especialistas, prevalece a percepção de que o novo formato do Enem e a adoção de um exame nacional de seleção de estudantes para o ensino superior público representam um avanço. Para o sociólogo Simon Schwartzman, o novo Enem é melhor do que o anterior. "Além de adotar uma metodologia mais moderna, o que permite elaborar melhor o conteúdo, ele cria um padrão de referência nacional."

Guiomar Namo de Mello, educadora: obrigatoriedade do Enem para o ingresso nas federais traz outro significado para a prova
A também socióloga e coordenadora de projetos da organização nãogovernamental Ação Educativa, Ana Paula Corti, considera "interessante" a ampla utilização do Enem nos processos seletivos das universidades federais "na medida em que permite um questionamento dos vestibulares tradicionais e abre possibilidades para um exame mais próximo dos objetivos do ensino médio estabelecidos pela legislação".

Outro aspecto positivo, salientado pela professora da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Maria Márcia Sigrist Malavasi é o fato de o Enem ser organizado por áreas de conhecimento, não por disciplinas.

Uma prova de "transição"
A percepção do avanço não significa, contudo, um consenso em torno do formato proposto e de efeitos que o exame venha a produzir. O próprio presidente do Inep avalia que, no primeiro momento, o impacto deverá ser limitado. "Não haverá uma revolução", admite Fernandes, revelando ter consciência de que será necessário melhorar o exame nas próximas edições.

A matriz de referência é um aspecto que deverá ser aprimorado. Já existe um compromisso para que ela seja revista em 2010 e há um Comitê de Governança do exame, composto por representante do MEC, das universidades federais e das secretarias estaduais de educação trabalhando nesse sentido.

Um dos aspectos que precisam ser revistos e em torno do qual existe uma unanimidade, por exemplo, é a inclusão de uma língua estrangeira, o que deverá ocorrer no próximo ano. A previsão é que inglês e espanhol sejam incorporados.

Além disso, como a estrutura do novo Enem se baseou na matriz do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja), apresenta lacunas em relação aos conteúdos ministrados no ensino médio regular, aponta a presidente do Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Educação (Consed), Maria Auxiliadora Seabra Rezende.

"O novo Enem é um híbrido do Encceja e do Enem e as abordagens da Educação de Jovens e Adultos e do ensino médio regular são distintas. Por isso, o novo Enem foi construído numa lógica de transição. É preciso melhorar seu desenho nas próximas edições", diz a presidente do Consed.

A secretária de Educação Básica do MEC, Maria do Pilar Lacerda Almeida e Silva, reforça o caráter de "transição" desta primeira versão do Enem: "A proposta é avançar, mas avançar com equilíbrio", afirmou durante uma audiência pública realizada no Conselho Nacional de Educação (CNE) no início de junho.

O perfil do ingressante
Outro aspecto que desperta curiosidade e discussões é o efeito que o novo Enem terá sobre o perfil do ingressante no ensino médio. Nesse sentido, cabe lembrar que um dos argumentos em defesa da transformação do Enem em um exame de seleção para as universidades federais, em março de 2009, foi a possibilidade de ele impulsionar a democratização do acesso às instituições públicas - já que os candidatos fazem apenas uma prova e podem concorrer a várias universidades, inclusive de diferentes regiões do país.

Isso é possível porque o MEC está construindo um sistema on-line que informará os estudantes sobre as vagas disponíveis, a fim de que possam candidatar-se a elas. No caso das instituições participantes do Sistema de Seleção Unificado - aquelas que adotam o Enem como único mecanismo de ingresso -, o aluno se inscreve no sistema, que fará o cálculo da nota final, permitindo a ele simular a inscrição em até cinco cursos ou instituições. As universidades que adotam o Enem apenas como parte do processo seletivo definirão suas próprias regras.

Toda essa mudança, contudo, poderá ter efeito restrito na mudança do perfil do ingressante, como defende Guiomar Namo de Mello. "Não adianta melhorar o exame, pois os candidatos que estudaram nas melhores escolas continuam tendo mais chances", diz. Ou seja, o que pode fazer a diferença não é a prova em si ou a matriz de referência, mas a capacidade da escola de desenvolver um trabalho que promova a aprendizagem e o desenvolvimento do aluno.

O sociólogo Schwartzman afirma acreditar que, se o Enem persistir enquanto um exame que avalia o candidato a partir do desempenho em todas as áreas, não haverá uma diferença significativa do perfil do aluno que chega ao ensino superior, nem se produzirá um impacto importante sobre o currículo do ensino médio.

"Se continuarmos a exigir que todo mundo saiba tudo, não se elimina a característica enciclopédica da avaliação e do currículo do ensino médio", afirma. "A questão é criar condições para permitir que as pessoas se especializem e esse passo ainda não foi dado", analisa Schwartzman, que também é presidente do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (Iets).

Assim, analisa ele, estamos começando a caminhar na direção da Europa, onde muitos países adotam exames realizados ao final do ensino médio como mecanismo de ingresso no ensino superior. Mas, nesses países, existem mecanismos de filtragem, tais como uma nota mínima para o candidato concorrer a uma vaga na universidade (caso da França) ou a possibilidade de concorrer em uma área específica (Inglaterra e Alemanha).

Quer dizer, não é somente uma prova bem feita que tornará mais democrático o acesso ao ensino superior no Brasil. Outra linha de raciocínio é aquela que defende que a avaliação forneça uma visão de processo, um retrato da evolução do candidato, como já ocorre em seleções como a que é realizada pela Universidade de Brasília (UnB) por meio do Programa de Avaliação Seriada, o PAS.

Nessa linha, a professora Maria Márcia Sigrist Malavasi defende, então, que o Enem se transforme em um exame que o aluno possa fazer várias vezes durante o ensino médio. "Dessa maneira, é possível medir o valor agregado, o quanto o aluno melhorou, o que torna o processo mais democrático."

De sua parte, Cândido Gomes, professor do mestrado da Universidade Católica de Brasília, lembra, por exemplo, que uma grande parcela dos alunos do ensino médio sequer cogita a possibilidade de concorrer a uma vaga numa universidade. Ou seja, os excluídos tendem a conti­nuar excluídos, já que o Enem acaba se destinando a um grupo de estudantes que pouco diferem daqueles que concorrem nos vestibulares tradicionais: aqueles que vislumbram um futuro na universidade.

Ou, como argumenta o coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara, o risco é substituir a "cenoura usada para atrair a atenção do cavalo" sem que se efetivem as mudanças necessárias para assegurar uma formação de qualidade e que atenda às necessidades dos jovens.

Ensino médio em foco
O professor Gomes e o ativista Cara tocam em uma questão central em meio ao debate sobre o novo Enem. Afinal, é inegável que o vestibular funciona e continuará a funcionar como um norte para o ensino médio. Mas a questão que fica é: até que ponto a mudança do modelo de ingresso no ensino superior produzirá um impacto no sentido de melhorar as condições de ensino e aprendizagem? Será que ao se colocar tanta ênfase e expectativa numa avaliação não se incorre no risco de desviar do foco central do problema?

Até porque, como alerta Gomes, existe o risco de o Enem promover um "afrouxamento" do conteúdo curricular do ensino médio, se as escolas entenderem que a melhor estratégia para preparar seus alunos é reduzir o que se ensina ao que se pede no exame. Esse risco se acentua quando se leva em conta que, na opinião do professor, o ensino médio deveria ser capaz de acrescentar muito mais ao rendimento dos alunos do que faz em três anos.

Seu argumento se sustenta em teses defendidas na Universidade Católica de Brasília, que demonstram que os exames vestibulares tendem a influir nos programas do ensino médio, mas não na metodologia de ensino. "Nossos estudos demonstram que os professores têm como meta o acerto das questões pelos alunos, mas não há mudança na filosofia da escola. A escola continua a ser a mesma, propedêutica. É como se buscassem o perfume, mas não a flor que o produz", analisa.

Ana Paula Corti defende que o Enem deverá, sim, ser uma influência importante na definição dos conteúdos do ensino médio, até porque o Estado está induzindo a esse processo. Mas os efeitos positivos de tal processo são relativos. "Se o novo Enem vier acompanhado de outras mudanças que permitam às escolas construir um currículo real, mais contextualizado e significativo, pode até ser interessante. Mas sozinho, não acredito que ele vá produzir as mudanças que precisamos efetivar no ensino médio", prevê.

Em meio a esse contexto, a Secretaria de Educação Básica do MEC apresentou, em maio, o programa Ensino Médio Inovador. Concebido como uma proposta para renovar o currículo das escolas secundárias não profissionalizantes, o programa propõe, em linhas gerais, a organização dos conteúdos de acordo com as áreas configuradas nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio de 1998, o aumento da carga horária para 3 mil horas e a criação de um núcleo de disciplinas optativo.

O programa, contudo, deverá atender a um universo pequeno de escolas - a versão preliminar do programa fala em cem escolas, selecionadas entre as que têm pior classificação no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) - e funciona por meio de convênios com estados, que receberão apoio técnico e financeiro para implementar seus projetos.

Embora não exista uma relação de causa e efeito entre o novo Enem e o programa, há uma sintonia entre ambos, já que o MEC entende que o exame consiste em uma oportunidade para estabelecer um referencial nacional capaz de sinalizar para o que se espera do ensino médio em termos de conteúdo e de maneiras de abordá-lo.

"No ensino fundamental, de 1ª a 4ª não existem muitas dúvidas do que se espera da escola: o aluno tem de aprender a ler, a escrever e tem de dominar alguns conceitos matemáticos básicos. Já no ensino médio não é assim. Há um problema de desenho, uma indefinição sobre o que se quer, além das deficiências de qualidade", analisa o presidente do Inep.

Nesse contexto, a expectativa é que o Enem funcione como uma bússola, orientando o caminho a ser seguido. "A avaliação não é o currículo, mas ela sinaliza para o que é importante", sintetiza Fernandes, presidente do Inep.

Mas uma questão que não pode ser relegada a um plano secundário é a utilização da avaliação pelas escolas, a maneira como professores e demais integrantes das equipes se apropriam dos resultados e trabalham com eles no cotidiano. E, para tanto, é necessário uma escola com boa infraestrutura, com professores bem preparados, que contem com condições adequadas de trabalho.

Por isso, o consultor Roberto Leal Lobo chama a atenção para o fato de que a verdadeira questão a ser enfrentada é assegurar que o aluno chegue ao final do ensino médio com uma boa formação. "Esse deveria ser o foco, não a passagem do ensino médio para o superior", afirma. E isso, reitera Ana Paula Corti, perpassa a implantação de políticas que diminuam a distância entre dois universos juvenis que se contrapõem - o do jovem das escolas públicas, isolados e distantes do mundo do ensino superior em virtude de fatores sociais desfavoráveis, e o dos jovens da escola particular, cujo foco é o ingresso na universidade.

Dupla função

O Enem poderá vir a ser mais do que um instrumento de ingresso nas universidades federais. Uma das ideias veiculadas em meio ao debate atual é a possibilidade de transformar o Enem em um exame obrigatório de conclusão do ensino médio a partir de 2010.

A proposta, que já chegou a ser discutida no âmbito do Consed, esbarra em empecilhos de ordem operacional e política. De um lado, há a logística para realizar um exame nacional para todos os concluintes do ensino médio e, de outro, o questionamento sobre a legitimidade dessa proposta - se o Enem se tornar obrigatório para a obtenção do diploma de ensino médio, o governo federal se sobrepõe ao sistema federativo na educação. Assim sendo, o mais provável é que os Estados que desejarem façam a adesão à ideia.

Para alguns, uma das dificuldades inerentes à proposta é a dificuldade de "casar" dois objetivos distintos numa mesma avaliação - diagnóstico do ensino médio e seleção de estudantes para as universidades. O educador Pedro Flexa Ribeiro, diretor do Colégio Andrews, escola particular do Rio de Janeiro, argumenta que a "elasticidade" das avaliações é limitada. "A tentativa de síntese entre diferentes objetivos implicará perda de foco e de precisão", defende.

A consultora do Inep Gisele Gama Andrade discorda desse ponto de vista. Para ela, o correto é que a saída de um aluno da Educação Básica seja o determinante de sua entrada no ensino superior e não o contrário, como vem ocorrendo atualmente. "O perfil do ensino médio tem sido definido pelos editais de ingresso das universidades, o que leva os alunos e as escolas a tentar se adaptar a realidades muitas vezes desconexas". Na opinião dela, o Enem é capaz de cumprir adequadamente essa dupla função.


- Em busca do tempo perdido
- A criança é um ser de cultura
- Caça ao livro
- Como diria Garrincha...

Fonte: http://revistaeducacao.uol.com.br/textos.asp?codigo=12723

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sábado, 11 de julho de 2009

Ead no Globo Universidade. (Unopar)



No programa globo universidade deste sabádo 11/07/09, teve uma matéria especial sobre ead. E aparece a Unopar.
Para ver o vídeo que tem o programa inteiro clique aqui.


Estudar não requer mais a presença e o contato cara a cara de professor e aluno. Impulsionado pelo desenvolvimento das telecomunicações, o ensino à distância registra um crescimento de 600% na quantidade de cursos oferecidos e de 300% no número de estudantes, nos últimos anos, segundo o mais recente Censo da Educação Superior. Essa modalidade, que se operacionaliza por meio da Internet e de aulas transmitidas via satélite, é o tema da edição especial do Globo Universidade que vai ao ar neste sábado, 11 de julho. Nossa equipe visita os estúdios-sala de aula da Universidade do Norte do Paraná (Unopar) e mostra ferramentas para cursos online adotadas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), pela faculdade de Letras da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e pela Universidade Federal Fluminense (UFF), que já tem salas de aula virtuais no Second Life.

A Unopar é a maior universidade do país em número de alunos inscritos na modalidade de ensino à distância. Um satélite envia para os cerca de 120 mil estudantes espalhados pelo Brasil as teleaulas transmitidas ao vivo a partir dos sete estúdios sediados em Londrina (PR). Supervisionados por um tutor, eles podem se comunicar com o professor via mensagem de texto ou microfone – é o que se chama de modelo presencial conectado. Em entrevista à repórter Bianca Rothier, a reitora da Unopar, Elisabeth Bueno Laffranchi diz que a “grande vantagem do ensino à distância é a oportunidade que o aluno tem de não sair da sua cidade”. “Há cidades no Brasil em que não existe faculdade nenhuma. Então, ali mesmo ele pode estudar, se organizar, viver com a própria família. Eu acredito que a educação evolui sempre e, com ela, evolui também a tecnologia”, explica a reitora. Nossa repórter visita os estúdios da Unopar, onde conversa com o professor de História Guilherme Bordonal, e uma sala de aula em Guarulhos, onde a aluna de graduação em Pedagogia Beatriz Bonini, que já concluiu uma graduação presencial em Fonoaudiologia, faz uma diferenciação a partir de suas experiências nas duas modalidades de ensino. “A princípio, assistir a aula por meio de um telão é estranho, diferente, mas a gente se acostuma. O ensino à distância é equivalente ao presencial, não há diferenças em termos de qualidade. A vantagem aqui é você poder ser gerente do seu tempo de estudo, mas isso também exige uma disciplina muito grande”, afirma a aluna.

Na UFRJ, mais de 1500 alunos de 26 disciplinas utilizam a plataforma de ensino Constructore, um software que permite troca de informações e mensagens em vídeo, texto e imagem. O repórter André Curvello entrevista a professora Miriam Struchiner, do Laboratório de Tecnologias Cognitivas do Núcleo de Tecnologia Educacional da UFRJ, para conhecer essa ferramenta utilizada em cursos do Centro de Saúde e na pós-graduação em Engenharia Biomédica da universidade. Já na PUC-SP, o Departamento de Letras prepara futuros professores, desde o primeiro semestre da graduação, para dominar e trabalhar com o ensino à distância. “O Brasil é uma país muito grande, muito extenso. Eu e todos os nossos educadores da área acreditamos que essa modalidade de ensino vai ser uma grande saída para os problemas que o país tem na área de educação, mas desde que ela seja sempre atrelada a cursos e iniciativas de educação à distância com qualidade, porque, hoje, a gente vê de tudo. Existe um boom nessa modalidade e o tempo e o mercado vão separar aquilo que é feito com qualidade e seriedade daqueles que só querem se aproveitar dessa onda que está por aí”, ressalta a professora Mercedes Canha Crescitelli, chefe do Departamento de Língua Portuguesa da PUC-SP. Uma ferramenta experimentada pela UFF é a interação entre alunos e professores no mundo virtual conhecido como Second Life. Nele, as pessoas são representadas por avatares, que têm as dimensões de um corpo humano e esboçam reação. A professora de Ciência da Computação Ana Cristina Bicharra explica a Curvello que o Second Life possibilita a comunicação entre pessoas que estão em locais diferentes e incita a colaboração constante a partir dos sinais emitidos pelo avatar dá. Com isso, ela já pensa em produzir filmes na realidade virtual.

Uma experiência da Fundação Getúlio Vargas (FGV) que utiliza a criação colaborativa em ambientes virtuais por meio da tecnologia wiki sobressai no quadro Mérito Acadêmico. No Fora de série, vamos conhecer um sistema de interação e visualização 3D voltado para o ensino, resultado da parceria entre um doutorando em Engenharia de Produção pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e um professor de Ciência da Computação da UFF. No quadro Eu amo meu trabalho, um designer fala sobre seu papel no desenvolvimento de um ambiente colaborativo usado no ensino à distância.

Para mais informações sobre temas e pesquisas de profissionais apresentados no programa do dia 11, clique aqui. Para conhecer o cronograma de exibição das próximas edições do Globo Universidade, clique aqui.

O Globo Universidade, exibido aos sábados, às 7h15, na Rede Globo, leva ao ar reportagens sobre ensino, pesquisa e projetos científicos realizados no meio acadêmico. O programa é reprisado aos sábados na Globo News, às 13h05, e às quartas-feiras no Canal Futura, às 16h30. As edições também estão disponíveis na íntegra aqui, no site do Globo Universidade.

Fonte: http://globouniversidade.globo.com/GloboUniversidade/0,,8748,00.html

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