domingo, 7 de abril de 2013

Caminho do Meio (Madhyama Pratipad, em sânscrito) BHUDA


O CAMINHO DO MEIO



Rogério Malaquias
Boa Esperança de Cima, 1992

Caminho do Meio (Madhyama Pratipad, em sânscrito) é uma tradicional expressão budista que procura, de um modo sucinto, apontar o rumo àqueles que se propõem a dar seus primeiros passos em direção à sabedoria ou, pelo menos, ao alívio de seus conflitos.
É uma das imagens que brotam espontaneamente na alma sempre que ela é atormentada pelo Conflito dos Opostos, vale dizer, conflito de desejos ou necessidades que aparecem como absolutamente excludentes. É uma metáfora, uma das imagens recorrentes em todas as épocas e culturas sob as mais diversas formas e denominações, pois que representa um poderoso determinante da alma humana: o arquétipo da União (Conjunctio) especificamente a União de Opostos (Conjunctio Oppositorum, como diziam os alquimistas, em latim), a mais radical das uniões.
Digo a mais radical porque os opostos não se justapõem ou se mesclam simplesmente, como bananas num cacho ou tintas numa palheta de pintor, nem se deixam reduzir um ao outro por submissão violenta ou a golpes de raciocínios bem intencionados. Os opostos são o que são: opostos. Mas quando somos pegos pelo calor do embate que eles travam em nossa alma, imediatamente o arquétipo de União é ativado (tenhamos ou não consciência dele) lançando-nos à estranha aventura de reconciliar o irreconciliável. Tal aventura é inescapável pois que significa, se não a cura, ao menos alívio para um intenso sofrimento.



O arquétipo ativado traz esperança de calma, ordem no caos, inspira nobres ideais, mostra agora um pouco de felicidade ou a promete para um futuro próximo, alimenta utopias, fascina, alenta, convida a alma a não desesperar-se, encoraja-a a prosseguir entre as dificuldades. No entanto, ele também se manifesta por dúvidas, inseguranças, culpas, remorsos, depressões, ansiedades, estresses, e que tais.
E, também, por uma estranha teimosia que parece realimentar o processo de sofrimento. Mas não. É aquela aventura, também estranha, que exige as teimosias, obsessões, persistências, certezas, paranóias, manias, indiferenças, preconceitos, e outras coisas mais, para que nos mantenhamos no caminho e não percamos o rumo.
Assim, talvez, possamos perceber algum sentido em meio a tanto sofrimento e... talvez, vislumbrar o alívio.

As margens de um caminho não são opostas por si mesmas, tornam-se opostas em função do ponto de vista do caminhante. O lado direito e o esquerdo são os do caminhante, não os do caminho. Vale dizer, os da alma do caminhante, que facilmente projeta neles suas tensões em conflito. E é bom que o faça, pois a metáfora do caminho traz consigo diagnósticos e esperanças de transformação.
Senão, vejamos: o lado direito e o esquerdo fazem às vezes de lados bom e mau, certo e errado, reto e torto, claro e escuro, consciente e inconsciente, esposa e amante, etc. No caminho se vai para frente ou para trás, se progride ou regride, há futuro e passado, se tem rumo ou se está perdido, ele está impedido ou desimpedido, os obstáculos são fáceis de serem transpostos ou muito difíceis, ele é perigoso ou nem tanto, se estamos só ou acompanhados, se nos ajudam ou não, se aguardamos a próxima curva, a próxima vila, ou se voltamos já. E será ainda possível o retorno? E a bifurcação? E a decisão numa encruzilhada? Muitas estórias... Espelhos onde a alma se reflita, se veja, reflita e se retoque.
Os opostos só existem na alma. Quando os lados direito e esquerdo de um caminho voltarem a ser apenas os lados direito e esquerdo de um caminho, então o caminhante estará em paz. E o arquétipo de União terá cumprido o seu desígnio.

Caminho do Meio é uma expressão que sugere evitar os caminhos extremos, cuidado, consideração aos dois lados da questão, atenção. Isso lembra os gregos.
Os gregos antigos ensinavam a temperança, a prudência, o bom senso, a moderação, a modéstia como um estado de espírito calmo e são (Sophrosyne). Esta era uma virtude que se contrapunha à Hybris que significava o contrário: desmedida, excesso, orgulho, insolência, impetuosidade, desenfreio, ultraje, insulto, desespero... violência! Nada em excesso, recomendavam seus mestres, contando maravilhosas estórias de homens e heróis castigados pelos deuses por conta de seus excessos.

Observa-se um benefício simples e ancestral da arte de unir opostos (é uma arte!) contemplando, por exemplo, a tensão de um arco retesado prestes a lançar a sua flecha (criada pela aproximação das duas extremidades “opostas” da haste de madeira unidas por um cordel) e a perícia do atirador em acertar o seu alvo (nem para cima demais ou para baixo, nem demais para a direita ou a esquerda).
Outro exemplo ainda mais simples e mais ancestral ainda: o homem, a mulher, e seus filhos.
Observemos também os cuidados de afinação das cordas de um instrumento musical: não podem ser frouxas ou tensas demais. Esta foi exatamente a imagem que Buda usou ao tentar mostrar aos seus cinco ex-companheiros de rígido ascetismo que o corpo (e a mente) não deve ser agradado ou desagradado em excesso. É preciso encontrar o Caminho do Meio.


.O caminho budista por excelência (Marga). Uma visão tântrica.

O caminho do Meio é conhecido na tradição budista como a Quarta Nobre Verdade, vejamos rapidamente as outras três:
A Primeira -- duhkha aryasatya (nobre verdade sobre a dor) -- anuncia que todos os seres vivos sofrem. Sofrem quando nascem, sofrem quando envelhecem, sofrem quando adoecem, sofrem quando morrem. Sofrem quando não se unem àqueles que amam ou se unem àqueles que odeiam, e sofrem quando deles se separam. Sofrem quando não conseguem realizar os seus desejos. Sofremos, metidos todos que estamos numa realidade que se transforma incessantemente. Insatisfação sem fim. A impossibilidade do descanso garantido. Só a insegurança não passa: o meu mundo não permanece, o meu corpo não permanece, eu mesmo não permaneço.

A Segunda – duhkha samudaya aryasatya (nobre verdade sobre a origem da dor) -- denuncia o desejo, a sede (trishna) de existir, de viver, sede de prazer, sede de poder, como a causa de todo o sofrimento. Desejamos a permanência do nosso mundo, do nosso corpo e de nós mesmos. Desejamos não só a permanência como ampliá-la, protegê-la. Estamos apegados a umas tantas coisas que temos por essenciais ou agradáveis que lutamos todo o tempo para que elas não se vão. Mas elas se vão. Mais cedo ou mais tarde, e não se deixam conservar. O desejo se reproduz, vai de um a outro, e nos lança numa interminável corrente de dor: desejo de ser isto e de não ser aquilo, desejo de prazer e de não sofrer, de permanecer, não morrer. O desejo é a fonte de toda a ilusão, que por sua vez reforça o desejo, num ciclo vicioso infernal. O desejo alimenta a noção ilusória de um “eu” permanente e substancial que é “quem” sofre. É o suporte da dor, e a ela dá continuidade.
O desejo se acende e arde nas duas paixões que se opõem: o amor e o ódio, e se alucina com a própria ilusão que produz! -- O amor, desejo ardente de união (raga), representado no imaginário budista por um galo, ou uma pomba -- O ódio, desejo ardente de repulsão (dvesha), representado por uma serpente. -- A ilusão, desejo ardente de não saber (avidya), ignorância, indiferença, preguiça, indiferenciação, inconsciência, indiscriminação, loucura, confusão (moha), representada por um porco, é o desejo de dissipação, que de tão dissipado já, pode nem mais aparecer como desejo. Atração, Repulsão e Indiferença – dois caminhos opostos e um pseudo caminho do meio -- são os chamados Três Venenos, Os Três Males.
A sede de existir, de viver, que começa e continua em ilusão, engano e dor, recomeça incessantemente a sua sina através dos sucessivos ciclos de renascimentos.

A Terceira – duhkha nirodha aryasatya (nobre verdade sobre a cessação da dor) -- prenuncia a libertação do sofrimento, o alívio da dor: se não nos apegarmos ao mundo, ao corpo e a nós mesmos, então não sofreremos jamais! Extinguindo o desejo faremos cessar a dor. Extinção do desejo, do apego, da sede de existir, do “eu”, do ciclo de renascimentos, da ilusão, enfim. Quando a chama se extingue, quando se foi o último alento, quando já não houver mais o sopro, ex- (nir) soprado, (vana) -- apagado de um sopro -- expirado (nirvana) estará o prazo da chama, do pavio, da vela. Extinguiu-se o incenso. Não há mais ações (karma) que exijam ter continuidade ou desejo de as ter.
Elimine-se a causa que desaparecerá o efeito. Lógico e simples, não é mesmo? Lógico e simples demais... Na prática, porém, muito provavelmente porque não somos Budas, seja talvez impossível andarmos assim tão desapegados pela existência a ponto de não sofrermos nem ao menos um tiquinho. Mas também não precisamos e nem devemos nos exigir tanto, pois seria um excesso, e paradoxalmente estaríamos alimentando um desejo, ficaríamos apegados a uma mera idéia, mesmo que ela seja uma idéia tão nobre. A vida concreta e cotidiana é, muitas vezes, mais generosa que a mente abstrata dos filósofos e sacerdotes em sua demanda das coisas absolutas. Se conseguirmos sofrer bem menos e esse sofrimento não nos afastar do caminho, já está muito bom.


 Resumindo:





Primeira Nobre Verdade – Todos os seres sofrem.
Segunda Nobre Verdade – A causa do sofrimento é o desejo
Terceira Nobre Verdade – A cessação do desejo faz cessar o sofrimento.
Quarta Nobre Verdade – O Caminho do Meio faz cessar o desejo.


Ao contrário da nossa compulsão de viver, de ser, de ter, do nosso medo e pânico a respeito da morte, o budismo propõe a extinção, não a teme, almeja-a. Mas essa extinção não é, simplesmente, a morte do corpo, que é uma das formas materiais (rupa) e que é muito fácil de acontecer, mas também a morte da alma, como podemos entender a palavra sânscrita para nome (naman), o que, para os budistas, é muito mais difícil de acontecer. s significa o conjunto das cinco sensações (vedana), provenientes dos cinco órgãos voltados para fora, ou instrumentos do exterior (bahir-karana) – olho, nariz, ouvido, língua, pele; as representações mentais dessas sensações, ou percepções (samjna); as conscientizações dessas percepções (vijnana); e a assim chamada mente, considerada um sexto órgão de conscientização, voltado para dentro, ou instrumento do interior (antar-karanam), formada pela atenção seletiva ou “intelecto” (manas), a atividade do ego (ahankara), o discernimento (buddhi). Em suma, características que configuram o que conhecemos por psique, alma.
A extinção do conjunto de nomes-e-formas (namarupa), a unidade psicossomática, alma-e-corpo, se dá ao longo de um caminho que pode durar muitas vidas, tantas quantas forem necessárias até que o não-saber (avidya), a ignorância, a escuridão, o sono, o sonho, a ilusão, cesse e ceda lugar à sabedoria (vidya), deixe surgir a iluminação (boddhi) .
Caminhar pelo Meio é, pois, a arte de ir-se eliminando apegos pela vida a fora, e vida a dentro. É procurar não sofrer e não fazer sofrer. É procurar não estar enlaçado a uma coisa nem a seu oposto. É escorrer, fluir como água entre uma margem e a outra. Mesmo que as águas fluam com excessiva rapidez e esbarranquem as margens que a contêm, observe, sofra, mas tenha calma, não se desespere, espere, não há pressa.

Atenção para uma importantíssima diferença:
Caminho do Meio não é o mesmo que caminho medíocre.
Não é cinzento, sombrio ou morno. Ele cheira e fede. Vão nele as Marias-sem-as-outras.
Não é atalho para hipócritas, nem o refúgio de ambíguos. Estes, e os confusos, perdem-se nele logo à vista da primeira encruzilhada.
Passar entre dois extremos não é o mesmo que evitar os extremos. As águas de um rio não evitam as suas margens, ao contrário, apoiam-se nelas! Um trem não evita os trilhos que lhe dão o rumo.
Pelo Caminho do Meio sobe-se às mais altas montanhas e se desce aos vales mais profundos. Por ele se vai ao céu e ao inferno.
É a coluna central, flexível como a da serpente, que se comunica com todas os aspectos da tragédia humana.
É o fio da meada.
Nele, há calor e frio. Macho e fêmea. Há fraqueza e força. Espírito e matéria. Tudo e nada. Há vida e há morte.
Nele, somos tolos e sábios, inteiramente luz e inteiramente treva. Não há meio-a-meio, é isto tudo e mais tudo aquilo. É inteiro e completo como a natureza é.
O Caminho do Meio tem os extremos.
O caminho medíocre teme os extremos.
Não há como confundi-los: a virtude da temperança inclui temperos, temperaturas, não é insensível nem insípida, é plena de sabores, comporta mil saberes. Provar, conhecer o sabor, é saber. Saborear é o ofício do sábio.

Uma outra distinção merece ser feita:
Caminho do Meio não é o mesmo que meio do caminho.
Ele não nos leva a lugar algum. Na verdade, não é um caminho por onde se passe para chegar a um outro lugar mais distante, é um caminho onde se chega. Estar nele, caminhando, é já ter chegado.
Estamos sempre no meio do caminho quando estamos sempre evitando alguma situação e ansiando por alguma outra. Um lugar lá atrás, um outro mais lá na frente. Sempre alguma coisa no passado e sempre alguma outra no futuro. Assim, estamos sempre no meio...

Observem, agora, esta passagem sutil: ESTAMOS SEMPRE NO MEIO.
Perceber que sempre estamos no meio do caminho, que sempre estivemos e estaremos sempre, é entrar no Caminho do Meio. Um caminho que, se podemos dizer conduza a algum lugar, conduz a ele próprio. Algo assim como caminhar tranqüilo na intimidade da própria casa.
Um caminho o mais reto possível que nos leve o mais rapidamente possível a algum lugar distante e exótico, para fora ou para dentro de nós, e ainda para mais além dos nossos mesquinhos problemas e insatisfações, não é o Caminho do Meio, embora seja exatamente assim que uma quantidade enorme de budófilos (os apegados ao Buda) o compreenda.
Qualquer caminho leva a todos os outros caminhos, o que vale dizer que levam todos a si mesmos, a diferença está no jeito com que se caminha.
O viajante estará perdido se tentar encontrar algo diferente de si mesmo, já que na verdade, é só o que ele encontra constantemente.
Um budista senta-se à sombra de uma árvore e descansa. Descansa de si mesmo, em si mesmo. Ao reiniciar sua caminhada caminhará sentado, sabendo que por mais longe ele chegue, por mais que ande, estará sempre ali, chegado. Tornará sempre a si mesmo, àquele mesmo descanso, à sombra mesma daquela árvore.
Ora, um caminho que nos traz de volta sempre ao mesmo ponto, certamente não é um caminho reto, mas de natureza curva, circular.
Caminhar em círculos, eternamente, sem chegar a parte alguma, parece coisa de louco, ou pelo menos de alguém completamente perdido. E é mesmo. Mas é isso o que fazemos normalmente, sem o saber, agarrando-nos a objetivos provisórios aos quais conferimos valor perene: uma profissão, um cargo público, um casamento, um filho, uma conta no banco, uma religião, um amor, um ideal político... Nos enganamos assim, e sofremos muito quando o que parecia eterno se esvai impiedosamente diante dos nossos olhos incrédulos.
Quando sabemos disso, quando sentimos seu gosto, seu estranho sabor, então já não é mais possível crer em metas ilusórias tendo-as por verdadeiras. Imediatamente já não estamos mais na periferia de nós mesmos, mas chegados a uma espécie de Centro surgido inesperadamente do nada (ou do tudo) que nós somos.
Caminho do Meio é o caminho do Centro.
Nele encontram-se todos os extremos. Nele todos os extremos se apoiam. Dele jorram todas as diferenças. Aqui já não há (ou ainda não há) a terrível luta entre os opostos. Estes, no Centro, de alguma forma, se ajeitam por si mesmos.
Um bicho acuado entre dois monstrengos pode, no máximo, escapar com alguma habilidade, fazer algum tipo de malabarismo, algum equilibrismo, ser hábil, esperto -- o que é bom -- mas não propriamente um sábio, um Desperto (Buddha). Não escapará de si mesmo, e tornará a encontrar os monstrengos, até cansar ( e descansar) no Centro...

O Caminho do Meio é representado no budismo por uma roda de carroça com oito raios e um centro vazio. Os oito raios, que se “opõem” entre si, representam os oito caminhos principais (é infinito o número de oposições possíveis) que ligam a periferia da roda ao seu centro. Por isso o Caminho do Meio é também chamado de O Nobre Caminho Óctuplo (aryastangamarga).
Imaginemos que estamos todos amarrados a uma enorme roda de carroça em movimento; que tentamos faze-la parar quando chegamos no alto, aliviados da dor, e sentindo prazer mesmo que saibamos que outros de nós, lá embaixo, no extremo oposto, estraçalham-se em sofrimentos e desejam com ardor que a roda se mova.
Imaginemos que essa roda não pára nunca e, em breve, voltará a nossa vez de suportarmos o alívio dos outros, e o peso dessa lei inexorável.
Se não tentamos nos enganar, e aos outros, veremos cruamente que é mesmo aí onde estamos metidos e daí não se sai fácil, não se sai falso.
Ser verdadeiro é muito difícil pois embora sendo esta uma grande virtude, o que ela expõe aos olhos da consciência costuma ser muito assustador, mormente aquela dança macabra que é o drama oculto no majestoso girar da Roda da Existência, Roda da Vida, ou Roda do Vir-a-Ser (Bhavachakra).

Encontrar um jeito de ser o que se é mesmo. Eis nossa tarefa! Ser autêntico da melhor forma possível. Estar no centro das próprias contradições, revelá-las, deixar que elas tramem alguma arte.
O que há de comum em cada um dos oito caminhos é exatamente a autenticidade. Na verdade, os oito caminhos são um só: ser próprio, não imitar, ser igual a si mesmo, autêntico. Não se trata de obedecer a um código de regras prefixadas em busca do comportamento perfeito.

A palavra sânscrita samiak e a sua equivalente páli samma significa algo como “completo em si mesmo” e pode ser traduzida nas línguas ocidentais por right, richt, proper, perfect, certo, direto, direito, reto, correto, pleno, perfeito, próprio, completo, inteiro, integral, puro, verdadeiro, autêntico, etc. Com exceção dos adjetivos reto, certo, direto, direito (right, richt) – que sintomaticamente revelam a compulsiva impaciência ocidental para tratar das questões da alma – os demais têm uma conotação mais próxima do sentido original, mais rotunda, mais cheia, plena de suas partes.
Eu prefiro autêntico, porque esta palavra, embora seja também muito mal usada e compreendida, pois parece justificar quaisquer ações, palavras ou pensamentos, é a que reclama mais atenção para o que se faça, fale ou pense. Portanto, exige mais responsabilidade. O que fazemos espontaneamente pode ser bom ou muito ruim para nós mesmos e para os outros. Depende do que se tem na alma.
A atenção dilui os impulsos nefastos e... concentra-se (junta suas partes no centro).
Se somos autênticos, por qualquer dos caminhos chega-se ao centro, e de lá a todos os outros, rapidamente.

Abaixo seguem os oito caminhos, em sânscrito, com a tradução que me parece a mais adequada e algumas outras possibilidades; entre aspas o sentido aproximado de algumas palavras sânscritas; e em itálico a tradução para o inglês.

1º- Compreensão autêntica (samyag drishti) – concepção, visão, view.
2º- Decisão autêntica (samyak samkalpa) – determinação, resolução, resolve.
3º- Fala autêntica (samyag vak) – “palavra”, discurso, linguagem, speech.
4º- Conduta autêntica (samyak karmanta) – “ações”, action.
5º- Sustento autêntico (samyak ajiva) – “enquanto se vive”, meio/modo de vida, trabalho, livelihood.
6º- Empenho autêntico (samyag vyayama) – aplicação, esforço, effort.
7º- Atenção autêntica (samyak smirti) – mindfulness.
8º- Contemplação autêntica (samyak samadhi) – “absorção”, fixação, meditação, concentration.

Compreender, decidir, falar, agir, sustentar-se, empenhar-se, prestar atenção (ouvir), contemplar. Autenticamente. Isto é, sem fingir.
Até mesmo o fingir pode ser autêntico, e quando o é, podemos nos perceber artistas.
Tais caminhos por serem autênticos, verdadeiramente não se opõem. Mas não só esses oito, mostrados desde o início pela tradição budista. Se autêntico, podemos acrescentar: caminhar, tomar chá, lutar, comer, plantar, cozinhar, enfeitar, vestir-se, fazer amor, conversar, cantar, dançar, pintar, sofrer, morrer... e tudo o mais.
Nada podemos fazer para sermos autênticos. Imagine uma girafa esforçando-se para ser girafa. Não há normas para o Caminho do Meio, nem mesmo esta. Com as normas podemos apenas criar um personagem qualquer, que possa até ser muito útil e interessante a nós mesmos ou aos outros, mas não seremos necessariamente autênticos.

Podemos tentar apenas não ser falsos.
Mergulhar em nossa mediocridade, profundamente, e chafurdamos nela até o limite do nojo. Podemos também, depois disso, sentarmo-nos sobre a pedra que há no meio do caminho e ali, então, descansar, talvez verdadeiramente.
O Caminho do Meio é um tesouro invisível. Surge à imaginação enquanto ainda não o encontramos, ou quando já o perdemos.
O medíocre meio do caminho tem a peculiaridade de ser bem visível, principalmente nos outros e aos outros.
Não sabemos tanto o que é a verdade quanto sabemos ser a mentira. Nos enganamos mais facilmente quando lidamos com a verdade, mesmo quando tentamos ser honestos. Nossas certezas costumam mostrar-se precárias com o passar do tempo. No entanto, sabemos quando mentimos.
É, pois, mais fácil (?) falar da mediocridade que da sabedoria, já que é possível vê-la. Por aí devemos começar. O Caminho do Meio virá por si mesmo, e por si mesmo irá embora se não soubermos andar por ele.

Por ser assim tão invisível, é também chamado o Não-Caminho.
Estamos acostumados a parar de caminhar apenas quando já chegamos, mas aqui trata-se justamente do oposto: chegamos quando paramos de caminhar!
Quem busca estará sempre no meio do caminho.
Quem encontra estará sempre no Caminho do Meio.
O próprio Caminho do Meio, portanto, não pode ser buscado jamais, apenas encontrado. Tudo o que se encontra nos remete a ele, mesmo as coisas mais desprezíveis.

O caminho que nos leva não entre os opostos, mas através deles; o caminho que nos leva não para longe dos extremos, mas para dentro deles, este é o Caminho do Meio.
No centro da Roda do Vir-a-Ser, no olho mesmo da confusão, aqui, bem no meio do caminho, alucinados pelo desejo, possuídos pela paixão, agarrados às coisas do mundo, sofridos, radicais, imperfeitos, pecadores ... há uma flor.
Há uma flor agora.
Há um belo e puro lótus, desses que crescem nos pântanos mais imundos.
Sobre ele senta-se em paz o Desperto.






malaquias@rubedo.psc.br



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Caçadores de Mentes - Dublado (Filme Completo)


Em uma ilha remota o FBI desenvolve um programa de treinamento para sua divisão de perfis e resgates psicológicos chamada Caçadores de Mentes.Este programa é usado para rastrear serial killers,entretanto o treinamento apresenta problemas quando 7 jovens agentes descobrem que um deles é na verdade um serial killer que está decidido a matar os demais.

quando vi a capa e o trailer desse filme não botei fé achei que seria um filme clichê,exageradamente violento e sem pé nem cabeça tipo Jogos Mortais.

achei esse filme muito foda,recomendo com certeza.

quem gostou dá joinha,quem achou MUITO FODA além do joinha 
dá favorito.


Todo Mundo Quase Morto:http://www.youtube.com/watch?v=KxP_DB...

Prenda-me Se For Capaz:http://www.youtube.com/watch?v=BN4lS7...

O Dia do Terror:http://www.youtube.com/watch?v=Itxw8c... 

Gamer:http://www.youtube.com/watch?v=rY9rfp...

Dvd Jeito Moleque 5 Elementos:http://www.youtube.com/watch?v=yK5Piv...

Elenco

Eion Bailey - Bobby Whitman
Patricia Velasquez - Nicole Willis
Clifton Collins Jr - Vince Sherman
Will Kemp - Rafe Perry
Val Kilmer - Jake Harris
Jonny Lee Miller - Lucas Harper
Kathryn Morris - Sara Moore
Christian Slater - J.D. Reston

Dados da produção

Inicialmente Caçadores de Mentes seria lançado nos Estados Unidos pela 20th Century Fox, tendo seus direitos de distribuição posteriormente adquiridos pela Dimension Films.

Caçadores de Mentes inicialmente seria lançado nos cinemas norte-americanos em 2003, mas devido à boa recepção que teve em exibições teste teve seu lançamento adiado para o verão norte-americano de 2004.Entretanto o rompimento dos irmãos Weinstein com a Disney fez com que vários filmes da Miramax e da Dimension Films tivessem seu lançamento adiado, o que fez com que o filme apenas chegasse aos cinemas em maio de 2005.

Inicialmente seria Peter Howitt o diretor de Caçadores de Mentes.
Renny Harlin estava comprometido a dirigir O Som do Trovão, mas desistiu do filme para poder dirigir Caçadores de Mentes.

O diretor Renny Harlin conversou com vários agentes do FBI antes das filmagens, como forma de preparação.

Foram oferecidos personagens a Ryan Phillippe, Reese Whiterspoon, Christopher Walken, Martin Sheen e Gary Busey.

Inicialmente seria Gerard Butler o intérprete de Lucas Harper, mas ele desistiu do personagem para poder atuar em Linha do Tempo.

Como parte de sua preparação, LL Cool J perdeu 18 quilos e passou algum tempo com detetives do setor de homicídios da Filadélfia.

O personagem de Christian Slater chama-se J.D., o mesmo nome do personagem interpretado pelo ator em Atração Mortal.

Os dominós usados nos close-ups vistos no filme eram na verdade dez vezes maiores do que o tamanho normal das peças.

As filmagens foram inteiramente realizadas na Holanda.

Para maximizar o desconto em impostos e manter o orçamento o mais baixo possível, a pós-produção de Caçadores de Mentes foi realizada na Inglaterra.

David Julyan era o compositor original de Caçadores de Mentes, sendo substituído poucos dias antes da trilha sonora do filme ser gravada.

Paul Martin Smith foi contratado como editor de Caçadores de Mentes devido ao estúdio ter se impressionado com seu trabalho em Star Wars: Episódio 1 - A Ameaça-Fantasma (1999).

Vários finais foram rodados para Caçadores de Mentes, com o final exibido no filme sendo decidido após várias exibições-teste.

Lançado diretamente em vídeo no Brasil.

O orçamento de Caçadores de Mentes foi de 27 milhões de dólares.

Donte deste vídeo. http://www.youtube.com/user/luisidalgo2011?feature=watch


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sábado, 6 de abril de 2013

A PSICOLOGIA DA GESTALT: APLICABILIDADE ‘A PRÁTICA PEDAGÓGICA DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS




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Educação na América 2 (Estados Unidos)



Educação na América 2
Autor: Juacy da Silva 
Existem duas correntes de interpretação de qualquer realidade, uma pessimista e outra otimista. Geralmente os críticos do sistema tendem a apontar as falhas do mesmo e os que estão no poder, ao interpretar a realidade, tentam demonstrar que tudo está as mil maravilhas. Isto acontece em todos os países. A realidade, independente da sua interpretação, é algo real concreto. O que muda é o enfoque tendo como referência um quadro ideal, ou seja, como gostaríamos que as coisas estivessem. Os que interpretam a realidade como ótima, mesmo que o povo perceba que nem tudo esta como deveria ser, procuram analisá-la pelo prisma temporal, ou seja, como a mesma está na atualidade em comparação com o que existia há duas, três ou mais décadas. Já os que ostentam uma visão mais crítica tendem a comparar a realidade de um país em um contexto relacional, comparando-a com outros países ou regiões.

É neste contexto que podemos identificar as interpretações sobre a realidade econômica, social, política, militar e geoestratégica dos EUA. Existem pensadores e analistas, tanto nos EUA quanto em vários outros países, que enfatizam a "decadência" do império, a perda de hegemonia em vários setores e, em conseqüência, o surgimento de novas potências, a mudança do eixo da política mundial, pendendo para a região asiática e assim por diante.
Como soe acontecer, a educação é o eixo fundamental e estratégico para o desenvolvimento de qualquer país e assim também aconteceu e continua acontecendo nos EUA, por mais que os problemas e desafios possam dificultar a manutenção do status de superpotência que o país tem ostentado e continua ostentando na atualidade.
Para entender melhor a realidade educacional dos EUA, além da organização, do número de alunos matriculados, de professores, a articulação entre educação pública e particular e a gestão educacional, é fundamental também que saibamos quanto o país investe nesta área e de onde vêm tais recursos.

No ano escolar de 1999 o orçamento público (União, Estados e condados) destinado a educação pública foi de 374,8 bilhões de dólares, chegando a 608,8 bilhões em 2009. Além do aumento nominal e também real quando os valores são deflacionados, o gasto/investimento por aluno aumentou consideravelmente de 6.891 dólares por aluno/ano em 1999 para 10.506 dólares em 2009.

Como o sistema educacional é descentralizado e bastante autônomo tanto os orçamentos quanto os gastos/investimentos por aluno variam muito. Estados como NY, Massachusetts, D.C., Maryland e Virginia, por exemplo, em 2008 investiam entre 13,7 mil dólares por aluno/ano e 18,1 mil dólares, enquanto Nevada e Mississipi investiam praticamente a metade por aluno/ano entre 7,8 mil e 9,1 mil dólares. A participação do Governo Federal no orçamento do sistema publico de ensino tem sido em torno de 10,2%, dos Estados 45,6% e dos condados e cidades de 44,2%, confirmando o que escrevemos em artigo anterior. Aqui cabe um parêntese, a distribuição do bolo tributário nacional, aos governos locais cabem praticamente 40% de tudo o que é arrecadado, aos estados em torno de 30% e a União 30%. Tanto estados quanto governos locais têm uma grande autonomia em criar ou extinguir impostos e taxas e estabelecer seus percentuais, com uma ênfase muito grande em ter sempre uma carga tributaria reduzida. Os EUA têm uma das menores cargas tributárias entre os países desenvolvidos, algo em torno de 22% do PIB.

Tanto alunos quanto professores têm jornada em tempo integral, com raras excussões no ensino superior, onde alguns acumulam as funções de docência com atividade profissional na mesma área. A questão salarial também varia de estado para estado e também entre condados em um mesmo estado. Os contratos são anuais ou por um período mais longo, mas isto não impede que professores permaneçam vários anos ou décadas em um mesmo estabelecimento. Tanto a rede pública quanto a particular oferece alguns benefícios complementares como planos de saúde, aposentadorias especiais, estímulos a realização de cursos mais avançados, já que a grande maioria de professores, mesmo no nível fundamental e médio, possui mestrado ou doutorado.

O salário de um professor com alta qualificação e com 20 anos de atividade, por exemplo, no ensino fundamental e médio varia de 47 mil a 120 mil dólares anuais e no ensino superior entre 55 mil e 130 mil dólares por ano. No caso de docentes que dirigem projetos de pesquisa às vezes esses valores podem ser até 80 % maiores, o que explica em parte a alta produtividade científica em várias universidades americanas. A máxima neste meio de alta competitividade é "publish or perish" (produza ou morra).

Juacy da Silva, professor universitário, fundador, titular e aposentado UFMT, Ex-Diretor da ADUFMAT, Ex- Ouvidor Geral de Cuiaba, mestre em sociologia, colaborador de Só Notícias
Blog www.justicaesolidariedade.zip.net
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Líder desarmamentista da favela da rocinha premiado pela Viva Rio era traficante de armas




William de Oliveira, lider comunitario na favela da rocinha, considerado lider na luta pelo desarmamento premiado pela ONG Viva Rio, era traficante de armas.
Fotografia exibida no vídeo, mostra esse individuo sendo premiado pelo dr. Denis Misney da outra ONG desarmamentista Instituto Sou da Paz.

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Escola e Formação para a cidadania: qual o papel da Educação Física?




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Educação é obrigatória a partir dos 4 anos


Educação é obrigatória a partir dos 4 anos

Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC

Entrou em vigor ontem a Lei Federal 12.796, que obriga pais ou responsáveis a matricular as crianças na escola a partir dos 4 anos. Estados e municípios têm o dever de garantir o atendimento da demanda, com prazo para se adequar até 2016.

Hoje, 1.422 crianças de 4 e 5 anos estão fora da escola por falta de vagas na região. Diadema é o município com o maior deficit para esta faixa etária, com fila de espera de 929 pequenos. Em São Bernardo, são 333, e em Ribeirão Pires,160. Santo André, São Caetano e Mauá afirmaram que atendem 100% dos interessados. Rio Grande da Serra não respondeu.
Conforme explica a presidente da Undime (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação) e secretária de Educação de São Bernardo, Cleuza Repulho, há expectativa de que aumente a demanda por vagas. Isso devido à obrigatoriedade de os pais matricularem os filhos e ao aumento da população. "É preciso pensar não só na criação de escolas como também de cargos na Educação. Será necessário contratar mais professores", destaca.
De acordo com Cleuza, o ingresso da criança mais cedo na escola traz benefícios a médio e longo prazos. "Vários estudos mostram que há melhor desempenho na vida acadêmica e no mercado de trabalho", justifica.
Na avaliação da coordenadora do curso de Pedagogia da PUC (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), Maria Estela Graciani, a população não teve tempo de fazer discussão aprofundada sobre o tema antes da aprovação da lei. No entanto, a mudança atende à nova tendência de sociedade, na qual crianças estão adaptadas às novas tecnologias cada vez mais cedo.
Segundo Maria Estela, a sociedade moderna proporcionou uma "adultização precoce nas crianças" e a educação formal precisa acompanhar. "O atendimento especializado mais cedo ajuda desde o desenvolvimento motor, de criatividade, até da maturidade da criança", observa.
Nesta fase do aprendizado, o ensino deve atender exigências físicas das crianças e, por isso, ser feito de maneira lúdica, na visão da especialista. "Todas as atividades nesta etapa são encaradas como brincadeiras", esclarece Maria Estela.
Outras mudanças
A Lei 12.796 incorpora à LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) emenda constitucional aprovada em 2009, que tornou obrigatório ao governo oferecer Educação Básica e gratuita dos 4 aos 17 anos de idade, assegurada inclusive para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria.
A nova lei ainda estabelece que a Educação Infantil - assim como os ensinos Fundamental e Médio - tenha carga horária mínima anual de 800 horas, distribuídas por no mínimo 200 dias letivos. O atendimento à criança deve ser, no mínimo, de quatro horas por dia para o turno parcial e de sete para o integral. Além disso, a pré-escola também deve fazer controle de presença dos alunos, exigindo a frequência mínima de 60% do total de horas.
A lei em vigor desde ontem também torna mais específico o atendimento que os governos devem prestar aos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação. Eles devem, preferencialmente, ser matriculados na rede regular de ensino, "independentemente do apoio às instituições privadas sem fins lucrativos, especializadas e com atuação exclusiva em educação especial."
O texto ainda explicita que o conteúdo exposto em sala de aula deve considerar e valorizar diversidade étnico-racial.
Pais podem ser responsabilizados por não buscarem vagas
O presidente da Comissão da Infância e Juventude da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de São Bernardo, Ariel de Castro Alves, explica que a nova legislação aponta o dever dos pais de matricular filhos a partir dos 4 anos na escola. "Caso não o façam, podem ser responsabilizados."
Se não houver vagas na rede, os municípios devem justificar por escrito o motivo e qual o prazo para que isso ocorra, incluindo a criança em lista de espera. "Como a Emenda Constitucional trata da implementação progressiva, é possível que as prefeituras sejam questionadas pelos conselhos tutelares e pelas promotorias da Infância e Juventude e terão que provar que estão ampliando as vagas e a rede de ensino", diz Alves.
Na visão do advogado, outras mudanças na legislação, como a garantia de acesso a pessoas com deficiência e o respeito à diversidade étnico-racial, também serão desafios para o poder público. (Camila Galvez)



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Papamocani Ekadasi história do jejum dia 07/04/2013


Papamocani Ekadasi história do jejum 9


Maharaja Yudhisthira disse:

                   -Ó Senhor Supremo, eu ouvi sua descrição sobre o Amalaki Ekadasi, o qual corre durante o quarto crescente do mês Phalguna(fevereiro/março), agora desejo ouvir sobre o Ekadasi que ocorre durante o quarto minguante do mês Caitra (março/abril). Qual é seu nome? Ó Senhor, e quais são os resultados obtidos por observa-lo?  A Suprema Personalidade de Deus, Sri Krishna respondeu:

                   -Ó melhor dentre os reis, para o benefício de todos Eu descreverei com alegria as glórias deste Ekadasi, o qual é conhecido como Papamocani. A história deste Ekadasi foi narrada ao imperador Mandhata por rsi Lomasa. O rei Mandhata dirigiu-se assim ao sábio:

                   -Ó grande sábio, para o benefício de todas as pessoas, por favor descreva o nome do Ekadasi que ocorre durante o quarto minguante do mês Caitra, e por favor explique os benefícios que alguem obtem por observar este Ekadasi.   Lomasa rsi respondeu:

                   -O Ekadasi que ocorre durante o quarto minguante do mês Caitra é conhecido como Papamocani. Para o devoto fiel ele remove as influências dos fantasmas e demônios. Ó leão entre os homens, este Ekadasi tambem concede as oitos perfeições da vida, cumpre todos os tipos de desejos, purifica a vida da pessoa de todas as reações pecaminosas e torna a pessoa perfeitamente virtuosa.

                   Agora por favor ouça o acontecimento histórico relativo a este Ekadasi e Citraratha, o chefe dos Gandharvas (músicos celestiais). Durante a estação da primavera, na companhia de apsaras (dançarinas celestiais), Citraratha certa vez chegou  a uma bela floresta, repleta de muitas variedades de flores. Ali, ele e as apsaras juntaram-se a outros gandhavas e muitos Kinnaras, juntos com o senhor Indra em pessoa, o rei do céu, o qual estava desfrutando da visita àquele local. Todos sentiam que não havia melhor local que aquela floresta. Muitos sábios tambem estavam presentes executando austeridades e penitências. Os semideuses particularmente desfrutavam visitando os jardins celestiais durante os meses de Caitra e Vaisakha (abril/maio).

                   O grande sábio chamado Medhavi residia naquela floresta e as dançarinas mui atrativas, costumavam sempre tentar seduzi-lo. Uma famosa moça em particular, Manjughosa, planejava de muitas maneiras seduzir o muni exaltado, mas devido ao grande respeito pelo sábio, e temor do seu poder, o qual ele tinha obtido após anos e anos de ascetismo, ela não se aproximava muito dele. Em um local, alguns poucos quilometros do sábio, ela armou uma tenda e começou a cantar muito docemente enquanto tocava uma tamboura. O cupido em pessoa tornou-se excitado quando ouviu e viu ela executar a música tão belamente e por ter sentido o aroma do seu unguento de pasta de sândalo. Ele lembrou-se de sua própria experiência desafortunada com o Sr. Siva e decidiu vingar-se através de seduzir Medhavi. (nota 1)

                   Usando as sobrancelhas de Manjughosa como um arco, seus olhares como a corda do arco e seus olhos como flechas, seus seios como alvo, o cupido se aproximou de Medhavi afim de induzi-lo a romper seu tranze e quebrar seus votos. Em outras palavras, o cupido ocupou Manjughosan como sua assistente, e quando ela olhou para aquele poderoso e atrativo jovem sábio, ela tambem tornou-se agitada pela lúxuria. Vendo que ele era altamente inteligente e erudito, usando um cordão de brahmana limpo e branco ao redor dos seus ombros e segurando um bastão de sanyasi, e estando sentado no belo asrama de Cyavana rsiManjughosa foi até ele.

                   Ela começou a cantar sedutoramente e os pequenos sinos em seu cinturão ao redor de seus quadris, juntos com os braceletes em seus punhos, pruduziam uma sinfonia musical muito agradável. O sábio Medhavi ficou encantado. Ele compreendeu que aquela bela mulher, desejava unir-se com ele, e naquele momento o cupido incrementou a sua atração por Manjughosa atirando suas poderosas armas de tato, aroma, visão e do som.

                   Vagarosamente Manjughosa aproximou-se de Medhavi, seus movimentos corpóreos e olhares doces o atrairam. Ela graciosamente colocou sua tamboura no chão e abraçou o sábio com seus dois braços, exatamente como uma trepadeira se enrrosca numa forte árvore. Cativado, Medhavi abandonou sua meditação e decidiu desfrutar com ela, e instantâneamente a pureza do seu coração e mente o abandonaram. Esquecendo até mesmo a diferença entre o dia e a noite, ele saiu do local com ela por muito tempo. (nota 2)

                   Vendo que a santidade do jovem yogi tinha sido seriamente corroidaManjughosa decidiu abandoná-lo e retornar à sua casa. Ela disse:

                   -Ó grande sábio, por favor permita-me retornar para minha casa.   Medhavi respondeu:

                   -Mas você acabou de chegar, ó belíssima, por favor fique comigo até amanhã.
                   Temendo o poder místico do sábio, Manjughosa permaneceu com Medhavi precisamente por cinquenta e sete anos, nove meses e tres dias. Mas para Medhavi todo esse tempo parecia somente um momento. Novamente ela pediu a ele:

                   -Por favor, permita que eu parta.    Medhavi respondeu:

                   -Ó querida, por favor me ouça e fique comigo por mais uma noite, e então você poderá partir amanhã de manhã. Simplesmente fique comigo até eu terminar meus deveres matinais e ter cantado o sagrado mantra gayatriPor favor espere até eu fazer isto.

                   Manjughosa ainda tinha medo do poder místico do grande sábio, mas ela forçou um sorriso e disse:

                   -Quanto tempo você vai demorar para terminar seus hinos e deveres matinais? Por favor seja misericordioso e pense em todo tempo que você já perdeu comigo.    O sábio refletiu sobre os anos que ele tinha estado com Manjughosa e então disse com grandesurpresa:

                   -Por que eu gastei mais de cinquenta e sete anos com você?  Seus olhos ficaram vermelhos e emanaram faíscas. Ele agora aceitava Manjughosa como se ela fosse a morte personificada e a destruidora de sua vida espiritual.

                   -Sua mulher tola! Você transformou todos os resultados dificilmente obteníveis das minhas austeridades em cinzas.  Tremendo de ira, ele lançou uma maldição em Manjughosa:

                   -Ó pecaminosa! ó coração de pedra, ó degradada! Você conhece somente o pecado, que toda má fortuna seja para você. Ó mulher tola, eu lhe amaldiçou a se tornar um duende do mal (pisaca)!    Amaldiçoada pelo sábio Medhavi, a belíssima Manjughosahumildemente implorou-lhe:

                   -Ó melhor dentre os brahmanaspor favor seja misericordioso comigo e anule sua maldição!
Ó grandioso, esta dito que a associação com devotos puros dá de imediato resultado, mas que suas maldições só tomam efeito após sete anos. Estive com você durante cinquenta e sete anos, ó mestre, por favor seja bondoso comigo!    Medhavi muni respondeu:

                   -Ó dama gentil, o que eu posso fazer agora? Você destruiu todas as minhas austeridades. Mas muito embora você tenha feito este ato pecaminoso, eu lhe descreverei uma maneira pela qual você poderá livrar-se da minha maldição. No quarto minguante do mês Caitra, existe um Ekadasi muito auspicioso que remove todos os pecados da pessoa, Papamocani é o seu nome. Ó belíssima, quem quer que jejue neste dia sagrado, torna-se completamente livre de ter que nascer em qualquer tipo de vida malévola.     Após proferir estas palavras, o sábio partiu para o asrama de seu pai. Vendo ele entrar no erimitérioCyavana muni disse:

                   -Ó filho, por ter agido ilicitamente você desperdiçou as riquezas de suas austeridades e penitências.    Medhavi respondeu:

                   -Ó pai, revele gentilmente que penitência eu devo executar para remover este pecado detestável que cometi me associando em local privado com a dancarina Manjughosa.    Cyavana muni respondeu:

                   -Querido filho, você deve jejuar no Papamocani Ekadasi, o qual ocorre durante o quarto minguante do mês Caitra. Ele erradica todos os pecados, não importa o quanto grave eles possam ser.

                   Medhavi seguiu o conselho de seu pai e jejuou no Papamocani Ekadasi. Assim todos o seus pecados foram destruidos e ele novamente ficou repleto de bons méritos. De maneira similar, Manjughosa observou o mesmo jejum e livrou-se da maldição de torna-se um duende. Subindo novamente aos planetas celestiais, ela rapidamente retornou a sua posição anterior.   Lomasa rsi continuou:

                   -Assim, Ó rei, o grande beneficio de jejuar no Papamocani Ekadasi é que, quem quer que o faça com fé e devoção, terá todosos seus pecados destruidos.

                   Sri Krishna concluiu:

                   -Ó rei Yudhisthira, quem quer que leia ou ouça sobre o Papamocani Ekadasiobtem o mesmo mérito que alcançaria se doassemil vacas em caridade, e tambem nulifica as reações pecaminosas que possa ter feito por matar um brahmana, matar um embrião atraves do aborto, de ter bebido licor, ou ter feito sexo com a esposa de seu guru. Tal é o benefício incalculável de observar corretamente este dia sagrado de Papamocani Ekadasi, o qual é muito querido para Mim e tão meritório.

                   Assim acaba a narração das glórias do Caitra-krishna Ekadasi, ou  Papamocani Ekadasi do bhavisya-uttara Purana.

NOTAS

1) Após o Senhor Siva ter perdido sua querida esposa Sati na arena sacrificial do prajapati Daksa, o senhor Siva destruiu toda arena. Então ele ressucitou o seu sogro Daksa, colocando nele a cabeça de um bode e finalmente ele sentou-se para meditar por sessenta mil anos. Contudo, o senhor brahma providenciou que Kamadeva (cupido) viesse interromper a meditação do senhor Siva. Usando as flechas do som, tato, sabor, visão e aroma, o cupido atraiu Siva, o qual por fim despertou do transe. Ele ficou muito irado por ter sido pertubado einstantâneamente transformou o cupido em cinzas, com um simples olhar do seu terceiro olho.

2) A associação luxuriosa com mulheres ou homens é tão poderosa que a pessoa até se esquece do tempo, energia, posses e até mesmo sua propria identidade.
De acordo com Yajnavalkya muni, uma pessoa celibatária (homem ou mulher) que deseja a vida espiritual, deve abandonar toda e qualquer associação sexual, incluindo pensar em sexovêr cenas de sexo, falar sobre sexo, se associar com pessoas inclinadas a sexo, aceitar serviços delas ou ter intercurso sexual com elas.
                                                                        
FIM              
                  
                   

Papamocani Ekadasi história do jejum  dia 07/04/2013
Orário de quebra para Campinas   Jundiaí e região.

Quebrar entre 06:19 - 10:12 
(Hora real, nao de verão)


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Hoje é dia de Jahnu Saptami

Jahnu Saptami Neste dia o Ganga é adorado e muitas pessoas fazem oferendas aos antepassados e tomam banho no Ganga. Neste dia, se possível, ...