sexta-feira, 1 de agosto de 2014

A destruição da inteligência


Poucas coisas são tão grotescas quanto a coexistência pacífica, insensível, inconsciente e satisfeita de si, da afetação de inconformismo com a subserviência completa à autoridade de um corpo docente.

Aprender, imitar e introjetar o vocabulário, os tiques e trejeitos mentais e verbais da escola de pensamento dominante na sua faculdade é, para o jovem estudante, um desafio colossal e o cartão de ingresso na comunidade dos seus maiores, os tão admirados professores.
A aquisição dessa linguagem é tão dificultosa, apelando aos recursos mais sutis da memória, da imaginação, da habilidade cênica e da autopersuasão, que seria tolo concebê-la como uma simples conquista intelectual. Ela é, na verdade, um rito de passagem, uma transformação psicológica, a criação de um novo “personagem”, apoiado no qual o estudante se despirá dos últimos resíduos da sentimentalidade doméstica e ingressará no mundo adulto da participação social ativa.
É quase impossível que essa identificação profunda com o personagem aprendido não seja interpretada subjetivamente como uma concordância intelectual, ao ponto de que, no instante mesmo em que repete fielmente o discurso decorado, ou no máximo faz variações em torno dele, o neófito jure estar “pensando com a própria cabeça” e “exercendo o pensamento crítico”.
A imitação é, com certeza, o começo de todo aprendizado, mas ela só funciona porque você imita uma coisa, depois outra, depois uma infinidade delas, e com a soma dos truques imitados compõe no fim a sua própria maneira de sentir, pensar e dizer.
No aprendizado da arte literária isso é mais do que patente. O simples esforço de assimilar auditivamente a maneira, o tom, o ritmo, o estilo de um grande escritor já é uma imitação mental, uma reprodução interior daquilo que você está lendo. A imitação torna-se ainda mais visível quando você decora e declama poemas, discursos, sermões ou capítulos de uma narrativa. Porém nas suas primeiras investidas na arte da escrita é impossível que você não copie, adaptando-os às suas necessidades expressivas, os giros de linguagem que aprendeu em Machado de Assis, Eça de Queiroz, Camilo Castelo Branco, Balzac, Stendhal e não sei mais quantos. Esse exercício, se você é um escritor sério, continua pela vida a fora. Quando conheci Herberto Sales – que Otto Maria Carpeaux julgava o escritor dotado de mais consciência artística já nascido neste país --, ele estava sentado no saguão do Hotel Glória com um volume de Proust e um caderninho onde anotava cada solução expressiva encontrada pelo romancista, para usá-la a seu modo quando precisasse. Já era um homem de setenta e tantos anos, e ainda estava praticando as lições do velho Antoine Albalat.[1] É assim, por acumulação e diversificação dos recursos aprendidos, que se forma, pari passu com a evolução natural da personalidade, o estilo pessoal que singulariza um escritor entre todos. T. S. Eliot ensinava que um escritor só é verdadeiramente grande quando nos seus escritos transparece, como em filigrana, toda a história da arte literária.
Em outros tipos de aprendizado, a imitação é ainda mais decisiva. Nas artes marciais e na ginástica, quantas vezes você não tem de repetir o gesto do seu instrutor até aprender a produzi-lo por si próprio! Na música, quantas performances magistrais o pianista não aprende de cor até produzir a sua própria!
Nas ciências e na tecnologia, o manejo de equipamentos complexos nunca se aprende só em manuais de instrução: o aluno tem de ver e imitar o técnico mais experiente, num processo de assimilação sutil que engloba, em doses consideráveis, a transmissão não-verbal. [2]
Por que seria diferente na filosofia? Compreender uma filosofia não se resume nunca em ler as obras de um filósofo e julgá-las segundo uma reação imediata ou as opiniões de um professor. É impregnar-se de um modo de ver e pensar como se ele fosse o seu próprio, é olhar o mundo com os olhos do filósofo, com ampla simpatia e sem medo de contaminar-se dos seus possíveis erros. Se desde o início você já lê com olhos críticos, buscando erros e limitações, o que você está fazendo é reduzir o filósofo à escala das suas próprias impressões, em vez de ampliar-se até abranger o “universo” dele. Erros e limitações não devem ser buscados, devem surgir naturalmente à medida que você assimila novos e novos autores, novos e novos estilos de pensar, pesando cada um na balança da tradição filosófica e não da sua incultura de principiante. Não seria errado dizer que, entre outros critérios, um professor de filosofia deve ser julgado, sobretudo, pelo número e variedade dos autores, das escolas de pensamento, das vias de conhecimento que abriu em leque para que seus estudantes as percorressem.[3]
Não é preciso mais exemplos. Em todos esses casos, a imitação é o gatilho que põe em movimento o aprendizado, e em todos esses casos ela não se congela em repetição servil porque o aprendiz passa de modelo a modelo, incorporando uma diversidade de percepções e estilos que acabarão espontaneamente se condensando numa fórmula pessoal, irredutível a qualquer dos seus componentes aprendidos.
Mas o que acontece se, em vez disso, o aluno é submetido, por anos a fio, à influência monopolística de um estilo de pensamento dominante, aliás muito limitado no seu escopo e na sua esfera de interesses, e adestrado para desinteressar-se de tudo o mais sob a desculpa de que “não é referência universitária”?
Se durante quatro, cinco ou seis anos você é obrigado a imitar sempre a mesma coisa, e ainda temendo que o fracasso em adaptar-se a ela marque o fim da sua carreira universitária, a imitação deixa de ser um exercício temporário e se torna o seu modo permanente de ser – um “hábito”, no sentido aristotélico.
É como um ator que, forçado a representar sempre um só personagem, não só no palco mas na vida diária, acabasse incapaz de se distinguir dele e de representar qualquer outro personagem, inclusive o seu próprio. Pirandello explorou magistralmente essa situação absurda na peça Henrique IV, onde um milionário louco, imaginando ser o rei, obriga os empregados a comportar-se como funcionários da côrte, até que eles acabam se convencendo de que são mesmo isso.
Toda imitação depende de uma abertura da alma, de uma impregnação empática, de uma suspension of disbelief em que o outro deixa de ser o outro e se torna uma parte de nós mesmos, sentindo com o nosso coração e falando com a nossa voz. Se praticamos isso com muitos modelos diversos, sem medo das contradições e perplexidades, nossa mente se enriquece ao ponto do nihil humanum a me alienum, daquela universalidade de perspectivas que nos liberta do ambiente mental imediato e nos torna juízes melhores de tudo quanto chega ao nosso conhecimento. Não é errado dizer que o julgamento honesto e objetivo depende inteiramente da variedade dos pontos de vista, contraditórios inclusive, que podemos adotar como “nossos” no trato de qualquer questão.
Em contrapartida, o enrijecimento da alma num papel fixo abusa da capacidade de imitação até corrompê-la e extingui-la por completo, bloqueando toda possibilidade de abertura empática a novos personagens, a novos estilos, a novos sentimentos e modos de ver.
Habituado a tomar como referência única o conjunto de livros e autores que compõe o universo mental da esquerda militante, e a olhar com temerosa desconfiança tudo o mais, o estudante não só se fecha num provincianismo que se imagina o centro do mundo, mas perde realmente a capacidade de aprendizado, tornando-se um repetidor de tiques e chavões, caquético antes do tempo.
Quem não sabe que, no meio acadêmico brasileiro, a receita uniforme, há mais de meio século, é Marx-Nietzsche-Sartre-Foucault-Lacan-Derrida, não se admitindo outros acréscimos senão os que pareçam estender de algum modo essa tradição, como Slavoj Zizek, Istvan Meszaros ou os arremedos de pensamento que levam, nos EUA, o nome de “estudos culturais”?
Daí a reação de horror sacrossanto, de ódio irracional, não raro de repugnância física, com que tantos estudantes das nossas universidades reagem a toda opinião ou atitude que lhes pareça antagônica ao que aprenderam de seus professores. Não que estejam realmente persuadidos, intelectualmente, daquilo que estes lhes ensinaram. Se o estivessem, reagiriam com o intelecto, não com o estômago. O que os move não é uma convicção profunda, séria, refletida: é apenas a impossibilidade psicológica de desligar-se, mesmo por um momento, do “eu” artificial aprendido, cuja construção lhes custou tanto esforço, tanto investimento emocional.
Justamente, a convicção intelectual genuína só pode nascer da experiência, do longo demorado com os aspectos contraditórios de uma questão, o que é impossível sem uma longa resignação ao estado de dúvida e perplexidade. A intensidade passional que se expressa em gritos de horror, em insultos, em afetações de superioridade ilusória, marca, na verdade, a fragilidade ou ausência completa de uma convicção intelectual. A construção em bloco de um personagem amoldado às exigências sociais e psicológicas de um ambiente ideologicamente carregado e intelectualmente pobre fecha o caminho da experiência, portanto de todo aprendizado subseqüente.
A irracionalidade da situação é ainda mais enfatizada porque o discurso desse personagem o adorna com o prestígio de um rebelde, de um espírito independente em luta contra todos os conformismos. Poucas coisas são tão grotescas quanto a coexistência pacífica, insensível, inconsciente e satisfeita de si, da afetação de inconformismo com a subserviência completa à autoridade de um corpo docente.
No auge da alienação, o garoto que passou cinco anos intoxicando-se de retórica marxista-feminista-multiculturalista-gayzista nas salas de aula, que reage com quatro pedras na mão ante qualquer palavra que antagonize a opinião de seus professores esquerdistas, jura, depois de ler uns parágrafos de Bourdieu para a prova, que a universidade é o “aparato de reprodução da ideologia burguesa”. Aí já não se trata nem mesmo de “paralaxe cognitiva”, mas de um completo e definitivo divórcio entre a mente e a realidade, entre a máquina de falar e a experiência viva.
Se, conforme se observou em pesquisa recente, cinqüenta por cento dos nossos estudantes universitários são analfabetos funcionais[4] – não havendo razão plausível para supor que a quota seja menor entre seus professores mais jovens --,  isso não se deve somente a uma genérica e abstrata “má qualidade do ensino”, mas a um fechamento de perspectivas que é buscado e imposto como um objetivo desejável. 
Não que a presente geração de professores que dá o tom nas universidades brasileiras tenha buscado, de maneira consciente e deliberada, a estupidificação de seus alunos. Apenas, iludidos pelo slogan que os qualificava desde os anos 60 do século XX como “a parcela mais esclarecida da população”, tomaram-se a si próprios como modelos de toda vida intelectual superior e acharam que, impondo esses modelos a seus alunos, estavam criando uma plêiade de gênios. Medindo-se na escala de uma grandeza ilusória, incapazes de enxergar acima de suas próprias cabeças, tornaram-se portadores endêmicos da síndrome de Dunning-Kruger[5] e a transmitiram às novas gerações. Os cinqüenta por cento de analfabetos funcionais que eles produziram são a imagem exata da sua síntese de incompetência e presunção.
        

Notas:
[1] V. Antoine Albalat, La Formation du Style par l'Assimilation des Auteurs (Paris, Alcan, 1901).
[2] V. sobre isso as considerações de Theodore M. Porter em Trust in Numbers. The Pursuit of Objectivity in Science and Public Life,  Princeton University Press, 1995, pp. 12-17.
[3] Digo isso com a consciência tranqüila de haver cumprido esse dever. Ao longo dos anos, introduzi no espaço mental brasileiro mais livros e autores essenciais  do que todos os corpos docentes de faculdades de filosofia neste país, somados aos “formadores de opinião” da mídia popular. Em vez de me agradecer, ou de pelo menos ter a sua curiosidade despertada pela súbita abertura de perspectivas, estudantes e professores, com freqüência, me acusaram de “citar autores desconhecidos” – dando por pressuposto que tudo o que é ignorado no seu ambiente imediato é desconhecido do resto do mundo e não tem a mais mínima importância.
[5] Efeito Dunning-Kruger: incapacidade de comparar objetivamente as próprias habilidades com as dos outros. “Quanto menos você sabe sobre um assunto, menos coisas acredita que há para saber.” V. David McRaney, You Are Not So Smart, London, Oneworld Publications, 2012, pp. 78-81.

Publicado no Digesto Econômico.

http://olavodecarvalho.org



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A alegria de ser mulher e a armadilha feminista


caravaggio“Mulher virtuosa, quem a achará? O seu valor excede o de rubis. O coração de seu marido confia nela, e a ele não falta riquezas.”
Pv 31:10-11
A mulher segundo o coração de Deus era dedicada a família e submissa ao seu marido. E isso não significa que fosse "escrava", pois esta mulher do capítulo 31 do livro de Provérbios dava ordens às suas servas. No versículo 11 diz que “a ele não falta riquezas”.
E o coração de seu marido confia nela, porque ela é submissa a ele. E ser submissa a um homem, não significa ser inferior a ele, nem ser sua empregada ou capacho. E sim ser o suporte para a missão dele. Basta pensar no sentido literal da palavra – “sub-missão”. Por confiar nela, sabendo que ela está cuidando com esmero da casa e dos filhos, o marido tem segurança e tranquilidade para passar o tempo necessário fora, e produzir riquezas. Se as feministas entendessem isso, o que é de fato ser submissa ao homem, seria para elas uma grande alegria e plena realização.
Então estaria eu dizendo que uma mulher de verdade, feliz e realizada, é aquela que fica em casa cuidando dos filhos, enquanto o marido sai para ganhar dinheiro? Sim, é exatamente isso que eu estou dizendo.
Já imagino a reação das feministas, ou, se preferirem, das mulheres “modernas”, “inteligentes”, e bem sucedidas que ganham mais que seus maridos, e por isso os tratam como idiotas. E claro que não posso esquecer daquelas que dizem que não querem se casar, porque são muito focadas em suas carreiras. O que eu duvido.
A esta altura já devem também estar me chamando de antiquada. Que seja, eu não negocio valores para receber elogios de ninguém. Prefiro ser útil do que ser simpática.
A verdade é que mulher feliz, mulher realizada é sim, aquela que tem uma casa para cuidar, filhos para educar e marido para obedecer e amar.
Sendo assim, e em defesa das mulheres que ainda tem valores e princípios conservadores, não posso deixar de expressar aqui a minha indignação com a campanha pela destruição da família que vem sendo promovida por este governo socialista que se apoderou do nosso país.
Para destruir a família vale tudo: incentivar o homossexualismo, patrocinando paradas gays por todo país, distribuir “kit gay” nas escolas; descriminalizar e patrocinar o aborto. Como se isso tudo não bastasse, eles conseguem jogar ainda mais sujo, com uma emenda constitucional proposta pela senadora (licenciada) Marta Suplicy, com a qual se pretende tirar o nome da mãe e do pai dos documentos dos recém nascidos (daqueles que conseguirem sobreviver ao aborto, é claro). Me surpreende que Marta Suplicy, apesar de ter nascido mulher, ter se casado e ter sido mãe, hoje tem como um de seus objetivos destruir a família de outras mulheres. Obviamente, não devemos esperar outra coisa de uma petista.
Se esta emenda for aprovada, não existirão mais, juridicamente, as figuras do pai e da mãe. Mas e os filhos então? Seriam filhos de quem? Filhos da... meretriz? Por que essa “mulher” não começa tirando seu próprio nome e o de seu ex-marido, o senador Eduardo Suplicy, dos documentos daquele seu filho, o Supla?
Então fica a questão: se Marta é contra a família, por que ela tem uma? Eis uma bela resposta:
"Em últimas contas, se o patriarcalismo fosse coisa ruim os ricos não o guardariam ciumentamente para si mesmos, mas o distribuiriam aos pobres, preferindo, por seu lado, esfarelar-se em pequenas famílias nucleares. Se fazem precisamente o oposto, é porque sabem o que estão fazendo." É o que afirma Olavo de Carvalho observando a conduta da família Rockefeller no artigo 'A família em busca da extinção'.
Que as mulheres de bem deste país, aquelas que tem alguma reserva do que é verdadeiro e bom guardado em suas almas, tenham seus olhos abertos a tempo, e não se deixem enganar pela manipulação feminista promovida pelos partidos de esquerda e reverberada pela mídia.
Que consigam tocar suas vidas com sabedoria e princípios ensinados por Deus, valorizando a família e o privilégio de ter nascido mulher.

(Ilustração: “Marta e Maria Madalena” — Caravaggio, 1598)



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O Soldadinho de Chumbo (Andersen) - Pedro Paulo



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Cidadãos de Gaza criticam o Hamas


“Israel nos dá comida e nós lhes devolvemos foguetes."
“Aqui todos odeiam o Hamas, porém têm medo de dizê-lo publicamente.”
 
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Caminhões de suprimento em sua entrada em Gaza. Crédito: Flash90
A Faixa de Gaza converteu-se em um lugar estranho nos últimos dias. A recente escalada de violência afetou a população, mas há os que apóiam os ataques e foguetes do Hamas. Estes que apóiam, saem às ruas para celebrar cada vez que o Hamas ataca algum ponto importante em Israel e, em repetidas ocasiões, seguem as instruções do Hamás para servir como escudos humanos. Entretanto, existe em Gaza um segundo grupo, que atua de forma mais silenciosa por medo, que se opõe por completo às políticas do Hamás na Faixa de Gaza.
Um chofer que trabalha em Gaza, Abu Eli (nome fictício), conta a jornalistas de AP sobre a realidade social na Faixa de Gaza: “Aqui todos odeiam o Hamas, porém têm medo de dizê-lo publicamente”. Abu Eli não quis dar sua verdadeira identidade por medo de represálias do Hamas, mas assegura que a maioria de sua vizinhança critica o Hamas embora às vezes seja só de forma silenciosa, pelo medo que sentem. “Nossa comida chega desde Israel, porém o que nós lhes devolvemos são foguetes - foguetes que nem sequer fazem pequenos buracos na terra”
Enquanto o Hamas se esforça em lançar foguetes para Israel, governa uma população que vive em crise constante pela escalada da violência. O Hamas fez com que as pessoas não possam trabalhar e que seu estado econômico e social se veja afetado gravemente pela situação atual.
Através da operação, Israel permitiu a passagem de centenas de caminhões com insumos básicos e médicos para a população civil em Gaza. Israel facilitou a passagem de mais de 5.000 toneladas de alimentos, 500 unidade de sangue doado, 1.000 toneladas de combustível, mais de 600.000 litros de gasolina e mais de 900.000 litros de combustível diesel.
Além de tudo isto, também existem muitas críticas à liderança do Hamas por sua corrupção e o alto nível de vida que levam em comparação com o povo palestino. Muitos jornalistas do mundo árabe e bloggers, estiveram nos últimos dias criticando líderes como Ismail Hanniyeh e Kaled Meshaal por sua desconexão com a realidade social palestina. No exemplo que vemos aqui, podemos ver Ismail Hanniyeh em um avião de luxo e desde uma conta de Twitter comentam: “Viajam em aviões privados e arrecadam dinheiro para seus próprios bolsos”.
O Hamas recebe a cada ano centenas de milhões de dólares em ajuda humanitária dos quais, em grande parte, acabam chegando aos bolsos de seus líderes e ao pagamento de soldos para os “empregados” do Hamas na Faixa de Gaza.

Tradução: Graça Salgueiro


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Srimad-Bhagavatam [Canto 4, Cap. 24 verso 41] Entoando a canção cantada pelo Senhor Siva

 *Todas as glórias a Sua Divina Graça A.C. Bhaktivedanta Swami Prabhupada!
Fundador-Acarya da Sociedade Internacional da Consciência de Krsna_ISKCON
*Srimad-Bhagavatam [Canto 4, Cap. 24 verso 41]
Entoando a canção cantada pelo Senhor Siva
Tradução
   Meu querido Senhor, Vós sois a testemunha dos resultados das atividades piedosas. Vós sois a inclinação, a indisposição e suas atividades resultantes. Sois a causa das condições miseráveis da vida, ocasionada pela irreligião, e por isso sois a morte. Presto-Vos minhas respeitosas reverências.
Significado
   A Suprema Personalidade de Deus encontra-Se no coração de todos, e dEle surgem as inclinações e indisposições da entidade viva. Confirma-se isto noBhagavad-gita (15.15):
sarvasya caham hrdi sannvisto
mattah smrtir jñnam apohanam ca
“Encontro-Me no coração de todos, e de Mim vêm a lembrança, o conhecimento e o esquecimento.”
   A Suprema Personalidade de Deus faz com que os asuras O esqueçam e os devotos lembrem-se dEle. Nossas indisposições devem-se à Suprema Personalidade de Deus. Segundo o Bhagavad-gita (16.7), pravrttim ca nivrttim ca jana na vidur asurah: os asuras não sabem de que maneira devem seguir a propensão de agir e de que maneira não devem segui-la. Embora os asuras se oponham ao serviço devocional, deve-se entender que eles têm esta inclinação devido à Suprema Personalidade de Deus. Como osasuras não gostam de ocupar-se em serviço devocional ao Senhor, internamente, Ele dá-lhes a inteligência para se esquecerem. Os karmis comuns desejam promoção a Pitrloka, como se confirma no Bhagavad-gita (9.25).Yanti deva-vrata devan pitrn yanti pitr-vratah: “Aqueles que adorarem os semideuses nascerão entre os semideuses, e aqueles que adorarem os ancestrais irão ter com os ancestrais.”
   Neste verso, a palavra dukha-daya também é muito significativa., pois aqueles que não são devotos são forçados a permanecer perpetuamente no ciclo de nascimento e mortes. Esta é uma condição extremamente miserável. Já que todos alcançam suas posições na vida de acordo com suas atividades, os asuras, ou não-devotos, são forçados a aceitar estas condições miseráveis.  22/6/2011

seu servo_ gostha-vihari dasa (PS)
 ISKCON_Nova Gokula
  

Hare Krishna Hare Krishna Krishna Krishna Hare Hare
Hare Rama Hare Rama Rama Rama Hare Hare
Cante Hare Krishna e seja feliz!
 Colabore*
Quem canta Hare Krishna seus males espanta !



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Ensino com a cara do campo


Ensino com a cara do campo

Com uma proposta pedagógica eficaz fez a escola rural se tornar referência em qualidade de ensino

Amanda Polato (gestaoescolar@fvc.org.br), de Araraquara, SP
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CONTEÚDO E CONTEXTO Alunos da Hermínio Pagotto, em Araraquara, aprendem na sala de aula e nas plantações. Foto: Rogério Albuquerque
CONTEÚDO E CONTEXTO Alunos da Hermínio Pagotto, em Araraquara, aprendem na sala de aula e nas plantações. Foto: Rogério Albuquerque
Pés de jaca, goiaba e maracujá estão por toda a parte ao redor da EMEF do Campo Professor Hermínio Pagotto, em Araraquara, a 270 quilômetros de São Paulo. Ela está no assentamento Bela Vista do Chibarro, região dividida em lotes que foram entregues em 1990 a 170 famílias pelo Instituto Nacional de Colonização de Reforma Agrária (Incra). As propriedades que surgiram são hoje mais do que uma fonte de renda para a comunidade: elas se tornaram laboratório e sala de aula para os filhos dos agricultores.

Tudo começou em 2001, quando as pessoas que ali moravam e trabalhavam se reuniram para resolver um problema: a escola era estadual e, para ser municipalizada e receber mais investimentos, os gestores precisavam apresentar um projeto à secretaria de Educação. Mudanças na forma de ensinar - até então baseada em livros didáticos e com conteúdos distantes da realidade local - já estavam nos planos da direção. Para atingir os objetivos, era necessário fazer a escola rural dar certo. E, no trabalho de aprofundar os conhecimentos e abrir as portas para a comunidade, nasceu um projeto vitorioso (leia mais sobre as ações que garantiram o sucesso da escola no quadro abaixo). "Precisávamos fazer com que os alunos percebessem o sentido do ensino e valorizassem o aprendizado", lembra a diretora, Adriana Maria Lopes Morales Caravieri. Os indicadores eram preocupantes: a evasão tinha atingido 15,3%, e a taxa de reprovação, 7,14%.
Pais, alunos, professores, funcionários, lideranças comunitárias, pesquisadores de universidades e representantes da secretaria de Educação da cidade, do Incra e do Instituto de Terras do Estado de São Paulo foram chamados para participar da discussão do projeto pedagógico, batizado de Programa Escola de Campo, foram chamados O que começou como uma solução para apenas uma escola acabou virando uma política pública no município de Araraquara, um modelo tão bem-sucedido que foi adotado pela vizinha Matão (leia mais no quadro da página abaixo).
Ações para uma escola rural dar certo
• Aproximação do ensino com a realidade das crianças.
• Valorização dos saberes do campo.
• Uso de espaços alternativos de ensino, como as plantações locais.
• Aprofundamento dos conhecimentos, relacionando-os com os produzidos fora do contexto rural.
• Abertura da escola para a participação ativa da comunidade.
• Contato com outras escolas rurais para a troca de experiências.
Saberes bem atrás de casa
COMUNIDADE PRESENTE Pais e vizinhos são fontes de informação, com alunos demonstrando respeito pelo saber que vem do campo. Fotos: Rogério Albuquerque
COMUNIDADE PRESENTE  Pais e vizinhos são fontes de informação, com alunos demonstrando respeito pelo saber que vem do campo. Fotos: Rogério Albuquerque
Uma das primeiras decisões foi fazer das propriedades locais uma extensão da sala de aula, permitindo que os saberes circulassem entre a escola e a casa dos alunos. Muito do que as crianças aprendem é útil para quem trabalha com a terra. Stefany Aragão Oliveira, 9 anos, descobriu nas aulas de Ciências que o bichinho da goiaba vem dos ovos de uma espécie de mosca. A professora ensinou a fazer uma armadilha para os insetos, evintando assim que as frutas fossem atingidas. Nas árvores do pomar da família, a menina montou arapucas e eliminou o problema.

Para valorizar os saberes do campo e fortalecer a aproximação com a comunidade, os agricultores se tornaram uma fonte de informação. No estudo sobre as propriedades medicinais do maracujá, Adiel Augusto Gonçalves recebeu a turma do 4º ano durante uma manhã para conversar sobre o plantio. Primeiro, a garotada fez pesquisas em livros e depois foi investigar como o cultivo é feito pelos pais e vizinhos. "Eu também estou aprendendo ainda", afirma Adiel às crianças, ao trocar informações sobre as melhores formas de obter as sementes.
DA ESCOLA PARA A CASA Aprendizagem faz sentido quando o que se aprende em sala de aula é levado para as propriedades da família
DA ESCOLA PARA A CASA  Aprendizagem faz sentido quando o que se aprende em sala de aula é levado para as propriedades da família
Outro princípio da Escola do Campo é aproveitar dados da realidade para ensinar os principais conteúdos curriculares. No início dos trabalhos com o 6º ano, ao estudar a origem dos números e os sistemas de numeração, o professor Irineu Marcelo Zocal propôs uma atividade de coleta de dados. As crianças pesquisaram nos lotes os tipos de lavoura que eram cultivados. Em sala, elas construíram gráficos de barras para fazer comparações. "Essa é uma forma de usar informações do contexto das crianças", explica. É também uma maneira de mostrar que o uso do contexto local não significa desprezar os conhecimentos produzidos fora do âmbito rural. "Eu trago o mundo para dentro da escola", completa Odete Botari, que leciona para o 3º ano. A turma dela estuda conteúdos relacionados à alimentação, fazendo pesquisas na horta da escola e nos arredores. Mas não fica nisso. "Quero que todos aprendam a fazer gráficos da distância entre os planetas", exemplifica.

Envolvimento comunitário
AMPLIAÇÃO DO SABER Laboratório completo auxilia os professores a aprofundar os conhecimentos científicos da turma
AMPLIAÇÃO DO SABER Laboratório completo auxilia os professores a aprofundar os conhecimentos científicos da turma
A Hermínio Pagotto usa vários mecanismos de interação com a comunidade. Os tradicionais, como o Conselho Escolar e o Grêmio Estudantil, têm participação ativa em todas as ações da escola. Há ainda reuniões e assembleias comunitárias. Luciana Carla Soares Moço é mãe de aluno e presidente do Conselho há três anos. "Nada acontece sem que todos fiquem sabendo. Participamos das decisões", comenta. A unidade está permanentemente aberta para familiares e vizinhos, que utilizam os espaços disponíveis para promover cursos de qualificação profissional, reunir lideranças rurais e até promover festas. Tudo está à disposição, da quadra ao laboratório, passando por biblioteca, hortas e cozinha experimental.

O projeto ganhou o Prêmio Gestão Pública e Cidadania da Fundação Getúlio Vargas em 2004. Em 2008, a Hermínio Pagotto participou de uma iniciativa do Instituto Embraer e passou por uma avaliação completa, com direito a um trabalho de identificação do que estava funcionando bem e do que poderia melhorar. Agricultores, pais, alunos, professores e funcionários, todos ajudaram a fazer o diagnóstico, que deu origem a projetos de melhoria tão interessantes que receberam o financiamento do instituto. Ainda este ano, as crianças ganharão uma sala de informática com internet, um playground e um viveiro de mudas. Os indicadores atestam o resultado do trabalho cooperativo: a evasão caiu para zero e a taxa de reprovação para 2,7% (um terço do que era em 2000). "É um incentivo à gestão participativa, com as pessoas contribuindo, em vez de só reclamar", explica Mariza Scalabrin, gerente de desenvolvimento social do Instituto Embraer.
Modelo de inovação
TROCA DE EXPERIÊNCIAS  Escolas rurais de Matão adotaram o projeto de Araraquara e formaram uma rede de troca de informações
TROCA DE EXPERIÊNCIAS Escolas rurais de Matão adotaram o projeto de Araraquara e formaram uma rede de troca de informações
As transformações que fizeram da EMEF do Campo Professor Hermínio Pagotto uma referência em escola rural foram fruto de um processo de intenso diálogo com a comunidade e os parceiros envolvidos na realidade do campo. Tudo para que a escola se adequasse às exigências nacionais para o ensino rural e, ao mesmo tempo, refletisse as necessidades e os anseios dos moradores. Consolidadas as diretrizes educacionais, elas foram apresentadas no Fórum Municipal de Educação e aprovadas por unanimidade. "Todo o conhecimento que discutimos e acumulamos foi transformado no nosso projeto pedagógico, que deu origem à escola que vemos hoje, totalmente dedicada à aprendizagem dos alunos e ao desenvolvimento da região", conta a diretora, Adriana Caravieri. Em 2002, o programa se tornou uma referência para todas as escolas rurais de Araraquara. Na época, Alexandre Luiz Martins de Freitas era coordenador da Secretaria de Educação e acompanhou a implantação do projeto em outras duas unidades da rede. Atualmente, ele é o titular do cargo no município de Matão, a apenas 35 quilômetros de distância. E já levou a experiência para três escolas dessa cidade. A EMEF do Campo Professora Helena Borsetti tem 360 alunos e é uma delas. "No início, houve alguma resistência dos professores em relação aos novos métodos de ensino, mas eles logo viram que a contextualização do saber dá resultado", revela a diretora, Milena Ferreira. A escola monta os projetos aproveitando todos os espaços disponíveis, como a horta, que é usada para a medição de perímetro e área. A troca de informações entre as unidades rurais não para no eixo Matão-Araraquara. A Hermínio Pagotto já foi palco de seminários regionais de Educação do campo e os gestores participam de encontros municipais, regionais e nacionais para trocar experiências e criar uma rede de comunicação cada vez mais eficaz.
Quer saber mais?
CONTATOS
EMEF do Campo Professora Helena Borsetti
, R. Angelo Pastori, 741, 15999-000, Matão, SP,
tel. (16) 3389-1020
EMEF do Campo Professor Hermínio Pagotto, R. Dois, s/nº, 14800-990, Araraquara, SP,
tel. (16) 3311-7311

http://revistaescola.abril.com.br/politicas-publicas/modalidades/leitura-toda-escola-448830.shtml

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Padronização da Ficha Clínica em Cirurgia Plástica



Padronização da Ficha Clínica em Cirurgia Plástica
Autores: Lydia Masako FerreiraI, Bernardo HochmanII
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Descritores: Ficha clínica; registros médicos; sistemas automatizados de registros médicos; legislação médica; consentimento esclarecido
RESUMO:
O objetivo deste trabalho é propor uma padronização de ficha clínica para ser utilizada na especialidade de Cirurgia Plástica. O modelo de ficha proposto atenderia a maioria dos cirurgiões plásticos, podendo ser preenchida pelo médico de forma dirigida e automatizada e apresentando a possibilidade de adaptações pessoais conforme a necessidade. Os dados de Identificação, Queixa e Duração, História Pregressa da Moléstia Atual, Interrogatório Sobre os Diversos Aparelhos, Antecedentes Pessoais e Antecedentes Familiares podem também ser preenchidos alternativamente pelo próprio paciente, com a utilização de linguagem e expressões acessíveis ao público leigo, respaldando de forma mais eficaz o médico em eventuais ações legais. Apresenta uma visualização rápida e objetiva pelo uso de figuras e esquemas. Contém um simples sistema de catalogação e arquivamento de documentação fotográfica e os dados registrados são numerados para serem passíveis de informatização, com a finalidade de facilitar pesquisas científicas e minimizar erros na coleta de informações. Esse modelo de ficha pode ser utilizado em hospitais, ambulatórios e consultórios. Também são abordadas as resoluções das entidades médicas que legislam sobre a utilização do Registro Clínico ou Prontuário Médico.
A anamnese na Cirurgia Plástica estética tem uma característica diferente em relação às outras especialidades médicas: em geral, o paciente já traz o próprio diagnóstico e tratamento. Cabe ao especialista confirmar ou não a "hipótese diagnóstica", orientar a melhor conduta, fazer uma avaliação clínica ou contra-indicar a cirurgia. Portanto, o fator psicológico presente nesses pacientes e a relação médico-paciente são muito singulares.

Outra particularidade da especialidade é que um resultado que o cirurgião possa considerar como satisfatório não o será necessariamente para o paciente, e vice-versa.

Também o resultado de uma cirurgia pode depender de fatores que não seriam significativos em outras especialidades. Existem variáveis que podem influenciar na qualidade do resultado, como exposição prévia prolongada aos efeitos solares, obesidade, alterações exageradas e periódicas de peso, desnutrição pós-regime forçado para submeter-se a uma cirurgia plástica, uso de contraceptivos, tabagismo, fatores raciais e etários que interferem na cicatrização e distúrbios psicológicos importantes de personalidade, geralmente em relação à auto-estima e auto-imagem.

A Cirurgia Plástica, e mais especificamente a cirurgia estética, dentro das várias especialidades médicas, é uma das que mais freqüentemente deixa o profissional vulnerável em relação a processos legais. Todas essas peculiaridades da especialidade tornam interessante a existência de uma "Ficha Clínica" ou "Observação Clínica" abrangente e padronizada, que atenda às necessidades da maioria dos cirurgiões plásticos.

A integração de uma ficha clínica com uma documentação fotográfica padronizada beneficiaria o cirurgião plástico com um maior aproveitamento do seu trabalho diário. O Prontuário Médico do paciente da especialidade de Cirurgia Plástica apresenta como particularidade a associação da Ficha Clínica à documentação fotográfica, sendo assim denominado Registro Clínico-Fotográfico ou Conjunto Foto-Documental. "O prontuário deve conter, de forma legível, identificação do paciente; evolução médica diária (no caso de internação); evoluções de enfermagem e de outros profissionais assistentes; exames laboratoriais, radiológicos e outros; raciocínio médico, hipóteses diagnósticas e diagnóstico definitivo; conduta terapêutica, prescrições médicas, descrições cirúrgicas, fichas anestésicas, resumo de alta, fichas de atendimento ambulatorial e/ou atendimento de urgência, folhas de observação médica e boletins médicos."(1)

O Conselho Federal de Medicina decretou em 10 de Julho de 2002 a Resolução nº 1639, aprovando as "Normas Técnicas para o Uso de Sistemas Informatizados para a Guarda e Manuseio do Prontuário Médico"(2). Estabeleceu o prazo mínimo de 20 (vinte) anos, a partir do último registro, para a preservação dos prontuários médicos em suporte de papel. Após esse prazo, o prontuário poderá ser armazenado em qualquer meio eletrônico óptico ou magnético e microfilmado, que possibilite sua reconstituição, conforme normas da Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS), em associação específica com o Conselho Federal de Medicina, previstas pela Legislação Arquivística Brasileira(2).

"Os dados que compõem o prontuário pertencem ao paciente e devem estar permanentemente disponíveis, de modo que, quando solicitado por ele ou seu representante legal, permitam o fornecimento de cópias autênticas das informações a ele pertinentes."(2) O Conselho Regional de Medicina reforça os direitos do paciente: "Ter acesso, a qualquer momento, ao seu prontuário médico, recebendo por escrito o diagnóstico e o tratamento indicado, com a identificação do nome do profissional e o número de registro no órgão de regulamentação e controle da profissão"(1). Ainda, "O médico não poderá revelar o conteúdo de prontuário ou ficha médica sem o consentimento do paciente, a não ser por dever legal. Se o pedido for feito pelos familiares, será necessária a autorização expressa do paciente"(1).

A qualidade do atendimento médico é dependente da qualidade das informações contidas no prontuário(3). Uma Ficha Clínica padrão deve ordenar a parte referente à anamnese, exame físico geral e especial e exames subsidiários. A visualização dos dados registrados deve ser simples, rápida e objetiva. O acompanhamento dessa ficha facilitaria pesquisas científicas, pela possibilidade de informatizá-la em virtude dos campos para o registro dos dados serem numerados(4,5,6). Essa ficha poderia ser adaptada para uso em consultório, ambulatório e hospital. O emprego hospitalar dessa ficha onde existe um fluxo intenso de operações minimizaria a alta probabilidade de erro existente quando da realização de estudos estatísticos(7,8).

O modelo de Ficha Clínica padronizada aqui proposto permite uma uniformidade de uso entre os cirurgiões plásticos, atendendo às necessidades da maioria dos profissionais e apresentando flexibilidade para serem realizadas adaptações pessoais. Os campos foram ordenados visando seguir o andamento do raciocínio clínico e de distribuição de espaço adequado para o conteúdo de cada quesito a ser preenchido. Permite uma visualização rápida e global das informações pelo emprego de figuras ou esquemas, sendo também de preenchimento fácil e dirigido (Figs. 1-6).


Fig. 1 - Ficha clínica (página 1).


Fig. 2 - Ficha clínica (página 2).


Fig. 3 - Ficha clínica (página 3).


Fig. 4 - Ficha clínica (página 4).


Fig. 5 - Ficha clínica (página 5).


Fig. 6 - Ficha clínica (página 6).



Como o item "Queixa e Duração" (QD) tem como característica ser curto e objetivo para a maior parte dos pacientes de Cirurgia Plástica e com o intuito de otimizar o questionário da ficha, foi dada menos ênfase aos itens "História Pregressa da Moléstia Atual" (HPMA) e "Antecedentes Familiares" (AF) e mais ênfase aos itens "Interrogatório Sobre os Diversos Aparelhos" (ISDA) e "Antecedentes Pessoais" (AP)(9).

Dentro de uma abordagem antroposófica ainda incipiente na Cirurgia Plástica, porém com crescente demanda pela necessidade que esta especialidade requer, foi incluído o questionário psiquiátrico SRQ-20 (Self Report Questionnaire)(10, 11). Trata-se de um instrumento de avaliação de distúrbios psicoemocionais não psicóticos(12). Nessa avaliação, a presença de 8 ou mais quesitos afirmativos ("Sim") indica que o paciente apresenta um perfil significativo de depressão e ansiedade.

Existe uma tendência em automatizar o atendimento em centros de atendimento com grande fluxo de pacientes. O modelo descrito de Ficha Clínica permite, ainda, que ela possa ser preenchida pelo próprio paciente nos campos pertinentes às informações prestadas por ele mesmo, enquanto aguarda ser chamado à consulta. Nesse caso, é entregue ao paciente somente a primeira parte da ficha ["Ficha No _- 1 (Paciente)"], em que o questionário é formatado com termos e expressões ao alcance de sua compreensão.

As informações e antecedentes médicos pessoais devem ser datados e reconhecidos pelo paciente por meio da sua assinatura na própria Ficha Clínica, visto que muitos deles, na ansiedade de ver sua cirurgia plástica concretizada, podem proposital ou despercebidamente distorcer ou ocultar informações importantes. O preenchimento dos campos com a caligrafia do paciente tem a vantagem de poder constituir-se, futuramente, num auxílio ao médico em caso de processo legal. Obviamente, o questionário precisa ser conferido item a item pelo médico, o qual deverá fazer as correções e anotações que julgar necessárias em campos livres opcionais.

O Termo de Consentimento Livre e Esclarecido pode ser considerado atualmente como parte do Prontuário Médico ou Registro Clínico(13). Por isso, são necessários uma Ficha Clínica padronizada e o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para garantir uma boa relação médico-paciente.


BIBLIOGRAFIA

1. Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo. Guia da relação médico-paciente. [on line] 2002 [18 telas]. Disponível em: URL: http://www.cremesp.org.br/revistasermedico/medicopaciente.htm.

2. Resolução do Conselho Federal de Medicina Nº 1639/02. Aprovação das "Normas Técnicas para o Uso de Sistemas Informatizados para a Guarda e Manuseio do Prontuário Médico". [on line] 2002; [citado 2002 Ago 25]; [1 tela]. Disponível em URL:http://www.cremesp.org.br/clippings/legislacao_anteriores.php#35

3. Araújo TBC, Malaspina D Jr., Lisbôa AMJ, Pacheco NC, Campos LG, Córdoba JCM. Prontuário Orientado para o Problema. Jornal Pediatria. 1986;61(4):277-86.

4. Eimerl TS. Curiosidad Organizada: método práctico de resolución del problema del mantenimiento de registros con fines de investigación en el ejercicio general de la Medicina. In: Investigaciones sobre Servicios de Salud: uma antologia. OPS: Oficina Sanitaria Panamericana. Publicación Científica no 534; 1992. p.207-11.

5. Flowers RS, Flowers SS. Precision planning in blepharoplasty. Clin Plast Surg. 1993;20(2):303-10.

6. Souza MSL, Nehmy RMQ, Mendonça, MCLG, Santos AF, Postali VH. Modelo de prontuário ambulatorial pediátrico para informatização - Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais. Rev Méd Minas Gerais. 1992;2(1):11-4.

7. Gibson N, Bridgman SA. A novel method for the assessment of the accuracy of diagnostic codes in general surgery. Ann R Col Surg Engl. 1998;80:293-6.

8. Segarra MM, Solano AC. Registros de Salud y Historia Clínica. In: Registros Médicos y de Salud. Módulos de Aprendizaje - Módulo No 1 Unidad IV Normas generales para la historia clínica. OPS: Oficina Sanitaria Panamericana. Publicación Científica Serie PALTEX no 17; 1991. p.86-90.

9. Sustovich DR, Elias WH, Gebara MS. Observação Clínica. In: Clínica Médica - Propedêutica e Fisiopatologia. 2.ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan; 1979. p. 3-6.

10. Harding TW, Arango MV, Baltazar J, Climent CE, Ibrahim HHA, Ignácio LL, Murthy RS, Wig NN. Mental disorders in primary health care: a study of their frequency and diagnosis in four developing countries. Psychol Med. 1980;10:231-41.

11. Mari JJ, Williams P. A comparison of the validity of two psychiatric screening questionnaires (GHQ-12 and SRQ-20) in Brazil, using relative operating characteristic (ROC) analysis. Psychol Med. 1985;15:615-59.

12. Mari JJ, Williams P. A validity study of a psychiatric screening questionnaire (SRQ-20) in primary care in the city of São Paulo. Br J Psychiatry. 1986;148:23-6.

13. Parecer-Consulta do Conselho Federal de Medicina Nº 24/97. [on line] 1997; [citado 2002 Jan 25]; [1 tela]. Disponível em URL: http://www.cfm.org.br/PareceresInt/1997/24-1997.htm










I. Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e Professora Livre Docente, Titular e Chefe da Disciplina de Cirurgia Plástica do Departamento de Cirurgia da Escola Paulista de Medicina (EPM) da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).
II. Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e Pós-Graduando do Curso de Pós-Graduação em Cirurgia Plástica Reparadora da UNIFESP / EPM.

Endereço para correspondência:
Lydia Masako Ferreira
R. Napoleão de Barros, 715 - 4º andar
São Paulo - SP - 04024-900
Fone: (11) 5576-4118
e-mail: lydia.dcir@epm.br

Trabalho realizado na Disciplina de Cirurgia Plástica do Departamento de Cirurgia da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP / EPM)


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quarta-feira, 30 de julho de 2014

O que é economia socialista e fascista. Olavo de Carvalho



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Israel: o maior aliado do povo palestino


Matt Barber
Israel não é manso.
Mas é bom.
Se um caçador atira flechas contra um grupo de leões que estão dormindo, os leões é que têm culpa se despertarem e se defenderem?
O que dizer de um atirador quando ele, intencionalmente, se esconde atrás das saias de sua própria mulher e filhas, esperando — aliás, rezando — para que essas preciosas almas morram inadvertidamente como consequência?
Alguém diria que se trata de um covarde, um idiota e um monstro.
Tais são os homens do Hamas, do Hezbollah e da Autoridade Palestina — todos terroristas. Eles, propositadamente, sacrificam seus próprios cidadãos.
Existem dois culpados pelas trágicas perdas de vidas tanto em Gaza como em Tel Aviv: o islamismo em geral e o Hamas em particular. Não há equivalência moral nesse furioso conflito de Gaza.
Só existe o bem e o mal.
Israel, embora não seja perfeito, é bom. O Hamas é mau. Israel ama a vida. Hamas ama a morte.
Mas não acredite nisso pela minha palavra. Em 2008, Fathi Hamad, líder político do Hamas, dirigindo-se ao povo judeu, traiu-se revelando o estratagema empiricamente perverso do islamismo quando proclamou: “Nós desejamos a morte mais do que vocês desejam a vida.”
“A morte para o povo palestino,” disse Hamad, “tornou-se uma indústria, na qual as mulheres se destacam, assim como todos os que vivem nesta terra. Os idosos se destacam nisso, os combatentes jihadistas se destacam nisso, e as crianças se destacam nisso.“
“Por isso, eles [a Autoridade Palestina] criaram um escudo humano de mulheres, crianças, idosos e jihadistas para enfrentar a máquina de bombardeio sionista, para dizer ao inimigo sionista: ‘Nós desejamos a morte tanto quanto você deseja a vida.’”
O líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, concorda: “Nós vamos ganhar, porque eles amam a vida e nós amamos a morte.”
E assim homens, mulheres e crianças, tanto israelenses quanto palestinos, tornam-se as vítimas inocentes dessa cultura islâmica de morte.
Essas são as vítimas do Hamas.
Recentemente, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu resumiu de forma concisa esse trágico fenômeno: “Estamos usando defesa antimísseis para proteger nossos civis, e eles estão usando seus civis para proteger os seus mísseis.”
Contudo, ao mesmo tempo, o eixo antissemita de cegos deliberados e bocas cheias de besteiras de hoje — os intelectuais esquerdistas, os “progressistas” do povão e a criatura ilusória: o “muçulmano moderado” — de forma inexplicável, se não inconsciente, apoia a principal causa Islâmica: Morte aos infiéis (Alcorão 9.5).
“Libertem a Palestina ocupada!” Eles gritam, ao mesmo tempo em que ignoram a longa história de agressão mortal árabe na região, ou levam adiante suas atividades debaixo de uma enorme ignorância dessa história.
Por “Palestina ocupada,” é claro, os árabes e os simpatizantes árabes referem-se àquela parte de Israel que foi tomada como despojos de sua defensiva, na Guerra dos Seis Dias. Em junho de 1967, a pequena nação judaica devastou os exércitos das vizinhas Síria, Jordânia e Egito, como as nações em guerra caracteristicamente preparadas para “varrer Israel do mapa.”
Ao tomar a Península do Sinai, a Faixa de Gaza, a parte antiga da cidade de Jerusalém, as Colinas de Golã e amargem ocidental do rio Jordão (Cisjordânia), Israel tinha ganho um reduto defensivo na região, crucial para a sua própria sobrevivência. Ainda assim, muitos desses territórios se mantiveram densamente ocupados, até hoje, por milhares de árabes que agora estão sob o controle do governo israelense.
Aí está a luta.
Então, na verdade, Israel ocupa essa fictícia “Palestina” da mesma forma que os californianos “ocupam” Sacramento, a capital da Califórnia.
No entanto, imagine que o governo mexicano dispare dezenas de foguetes a cada dia, durante anos, em bairros de Los Angeles, intencionalmente dirigidos aos inocentes cidadãos americanos.
Ou visualize um homem-bomba mexicano com toda a autoridade governamental passeando em uma lanchonete lotada no subúrbio de Bakersfield (terceira maior cidade do interior da Califórnia), explodindo e estraçalhando a si mesmo e dezenas de mulheres e crianças.
Imagine, se quiser, uma mulher calma, despretensiosa e habilmente disfarçada como uma mulher grávida embarcando em um bonde de San Francisco e explodindo-o, juntamente com dezenas de passageiros inocentes.
Você não acha que a comunidade internacional iria condenar com veemência tais atos horríveis de terrorismo? Você não acha que os EUA iriam responder com o nível de força necessário para eliminar a ameaça? Será que os EUA não têm um direito absoluto — na verdade, um dever absoluto — de fazê-lo?
É claro que os EUA dariam uma resposta.
Falando perante o Knesset (Parlamento de Israel) em 2006, o primeiro-ministro Netanyahu capturou, em duas frases breves, o que está no coração do conflito árabe-israelense que vem ocorrendo há séculos: “A verdade é que, se Israel abandonasse suas armas, não haveria mais Israel. Se os árabes abandonassem suas armas, não haveria mais guerra.”
Inexplicavelmente, muitos no Ocidente — as pessoas a quem Vladimir Lenin teria chamado de “idiotas úteis” (ou seja, os já mencionados “progressistas,” a mídia em geral e os muçulmanos “moderados”) — voluntariamente negam-se a aceitar a verdade. Eles cooperam diretamente com as mãos encharcadas de sangue desses covardes terroristas.
Com o passar do tempo, ficou demonstrado mais uma vez a disposição deles de sacrificarem seus próprios inocentes (considere as crianças-bomba suicidas), esses monstros de hoje, deliberadamente, tanto atacam bairros israelenses com foguetes como também, intencionalmente, dispõem seus locais de lançamento militares e sedes terroristas ao lado de mesquitas, abrigos, parques infantis, fábricas e locais semelhantes.
Dessa forma, como se pretendia, criou-se o benefício propagandista. Grande parte do mundo acusa a Israel quando esses escudos humanos são tragicamente mortos durante os ataques militares realizado com precisão nos alvos terroristas. Como é que eles sentirão necessidade de defesa de mísseis quando eles têm mulheres e crianças para se esconder por detrás?
Tanto para o povo israelense quanto para as vítimas árabes do islamismo, digo o seguinte: Vocês estão em nossos pensamentos e nossas orações. Nossos corações se partem com vocês. Nossos corações se partem por vocês. Oramos para que Deus venha a cobri-los e protegê-los durante estes dias e noites escuras.
Porque, como disse uma vez a ex-primeira-ministra israelense Golda Meir: “A paz virá para o Oriente Médio, quando os árabes amarem seus filhos mais do que eles nos odeiam.”
Mas, infelizmente, o ódio arde como brasa quente.
E assim a paz diminui.
Leitura recomendada:


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