sábado, 13 de setembro de 2014

Qual a diferença entre socialismo e comunismo?




ESCRITO POR ALBERTO MANSUETI | 08 SETEMBRO 2014 
ARTIGOS - MOVIMENTO REVOLUCIONÁRIO

Socialismo é o processo de coletivização, estatização e centralização de um país, e, por conseguinte, de supressão da vida social independente nas esferas da economia, cultura, educação, imprensa, etc., enquanto todas as empresas e instituições se tornam estatais ou dependentes do Estado, sendo tudo isso justificado e legitimado com alguma variante da ideologia marxista. “Comunismo” é quando o processo chega a um ponto alto, ou seja, é socialismo ao extremo. “Socialismo” é, portanto, a antessala do comunismo.
O avanço do socialismo pode levar vários anos; e uma a uma as esferas e instituições vão caindo. Em seu livro “Liberdade de escolher”, de 1980, Rose e Milton Friedman examinam os 14 Pontos do Programa do Partido Socialista dos Estados Unidos, de 1928. E ao lado de cada um deles, anotam o ano em que foi aprovado, começando com a criação do Banco Central, em 1913. Esse partido socialista nunca se tornou governo nos Estados Unidos, nem teve maioria no Congresso, porém teve enorme influência ideológica no partido Democrata, e até no Republicano. Seus 14 Pontos estão todos em voga. E se isso aconteceu nos Estados Unidos, o que podemos esperar na América Latina?
A tática é simples: primeiro decretam uma série de medidas socialistas, com as quais criam desordem, desajuste, e conflito. Então jogam a culpa no “capitalismo selvagem, explorador e desumano”. E como “remédio” ditam outras tantas medidas socialistas! Assim se produz mais desordem, desajuste e conflito. E assim vai. Três grandes “ondas” de políticas e medidas socialistas se sucederam, praticamente em todo o mundo, mais ou menos coincidentes com cada um dos três terços em que podemos dividir o século 20.
1 – Na primeira onda se abandona o padrão ouro e é fundado o Banco Central, com moeda de papel e banco de reserva fracionária. Isso gera o típico “ciclo” econômico de auge fictício com inflação, e queda da economia em bruscas crises recessivas. As pessoas começam a empobrecer. E os socialistas aproveitam para ditar suas leis trabalhistas e primeiras “medidas sociais”. Com isso a situação piora, e com um agravante: o Estado descuida de suas funções próprias, e passa a faltar segurança, justiça e obras de infraestrutura.
2 – Pretendendo auxiliar aos pobres, na segunda onda o Estado oferece “educação e saúde grátis”, para o que decreta altas nos impostos, que aumentam a deterioração da economia. Com um agravante: o ensino deteriora muito, e a “educação” não passa de doutrinação no coletivismo. Assim, as pessoas mais “educadas” pelo estatismo são as que têm menos possibilidade de entender a realidade.
3 – Na terceira onda, o socialismo já entra de cheio e com confiança em todas as frentes da economia produtiva: reformas agrárias, “nacionalizações”, leis trabalhistas que geram desemprego, criação de ineficientes empresas estatais — e altos impostos e muito crédito para financiá-las — com regulamentação asfixiante para as empresas privadas. Resultado: criminalidade sem limites, corrupção judicial e falta de obras públicas, impostos excessivos, regulamentações absurdas, poupança inexistente ou negativa, desinvestimento privado com inatividade econômica generalizada e desemprego involuntário, cidades capitais superpovoadas, êxodo de empresas, de cérebros, de mão de obra, e um extenso et cetera aqui.  Além do óbvio: crises políticas crônicas.
Com o século 21 houve uma mudança importante: o marxismo passou de econômico a cultural. De Lênin, Martov e Bernstein, a Gramsci, Lukacs e às Escolas de Frankfurt e de Birmingham. Como isso se deu? Se você ler o Manifesto Comunista de 1848, vai ver que seus autores estão contra o matrimônio e a família, porque são instituições muito ligadas à propriedade privada e ao capitalismo. Porém não há medidas concretas contra o matrimônio e a família, nem contra as igrejas ou a religião. Há só um programa “mínimo” de dez pontos, todos relativos à economia exceto por um ponto: educação pública. É que primeiro era necessário aplicar o marxismo econômico para empobrecer as pessoas; então vem a catequese “educativa” para idiotizá-las. Marx e Engels deixaram para o futuro a investida contra o matrimônio e a família; e contra a religião, em especial o cristianismo.
E esse futuro acabou de chegar! O marxismo econômico já não pode ir mais longe, porque aí o parasita mataria o hospedeiro por asfixia ou anemia. Por isso agora é a hora das demandas do marxismo cultural: a ofensiva em favor da legalização do aborto e da eutanásia; da desnaturalização do matrimônio e até mesmo da sexualidade, através da promoção ativa do divórcio e do homossexualismo pelo Estado. Da “guerra às drogas” se passa à estatização da oferta de narcóticos e imbecilizantes. E o Estado entende agora o laicismo como antirreligião, declarando guerra à Religião, ditando suas próprias e novas normas a todas as igrejas e ministros religiosos, e a todas as famílias e escolas cristãs.
Tudo isso é o “marxismo cultural” que Mao Tsé Tung e Pol Pot começaram a aplicar na China e Camboja. E Herbert Marcuse em Berkeley, Califórnia. Agora ele chegou completo nos Estados Unidos com Obama. E na América Latina também, com o Foro de São Paulo. Com um agravante: em estreita aliança com o islamismo. Porém, isso já é outro assunto. Até a próxima.

Texto originalmente publicado no jornal boliviano El Día.

Alberto Mansueti é advogado e cientista político.

Tradução: Márcio Santana Sobrinho

http://www.midiasemmascara.org/artigos/movimento-revolucionario/15427-2014-09-08-16-53-53.html

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Marina ou Dilma: neocomunismo com Pai Nosso ou sem Pai Nosso? ESCRITO POR PERCIVAL PUGGINA




Atribui-se ao jornalista Cândido Norberto a frase segundo a qual, em política, pode acontecer tudo, inclusive nada. Por exemplo: pode explodir um avião sobre o cenário eleitoral; pode acontecer algo enigmático, tipo vir à superfície mais um escândalo e o governo melhorar sua posição. E também pode acontecer nada, pelo simples motivo de que parcela imensa da população, em flagrante desânimo, joga a toalha no ringue. As pesquisas desta semana indicam que nação está agendando um encontro de boi com matadouro. E vai abanando o rabo na direção de um entre dois neocomunismos: o sem Pai Nosso de Dilma ou o com Pai Nosso de Marina.

É possível que o leitor destas linhas pense que estou paranóico. Não, meu caro. Pergunto-lhe: você leu o documento final do 20º Encontro do Foro de São Paulo (aquela organização que a grande mídia nacional diz que, se existe, não fede nem cheira?). Quem lê o referido documento não só fica sabendo que o bicho existe, mas que é poderoso e bate no peito mostrando poder.


O texto exalta o fato de que, em 1990, no grupo de partidos alinhados sob essa grife, apenas o PC Cubano governava um Estado nacional. Hoje, estão sob manto do FSP, entre outros, Brasil, Uruguai, Argentina, Bolívia, Chile, Equador, Venezuela, El Salvador e Nicarágua. Se observar bem, verá que a lista contém a nata dos comunismos e socialismos bolivariano, cocaleiro, maconheiro, bananeiro e por aí vai. E se escrutinar caso a caso vai encontrar dirigindo esses países, em seus vários escalões, aos cachos, ex-guerrilheiros comunistas que, em momento algum, extravasaram arrependimento ou deserção das antigas fileiras. Uma parceria e tanto, essa que o Brasil integra na condição de grande benemérito e tendo o PT como sócio fundador.


O Foro de São Paulo, como bem mostra Olavo de Carvalho, é a chave de leitura para o que acontece, não apenas na política nacional, mas nas nossas universidades, na nossa economia, nos negócios externos e na tal geopolítica "multipolar" que nada mais é do que um passo adiantado na direção de um projeto de hegemonia e totalitarismo sobre a região. E é para lá que vamos se, confirmando-se o dito com que abri este texto, já aconteceu tudo e nada mais há para acontecer.


Se olharmos pela janela, veremos que a economia brasileira está parando. A cartola de sortilégios do ministro Mantega está tão vazia quanto os cérebros que nos governam. O que houve? Nada que não possa ser explicado pela sujeição nacional a um governo com estratégias erradas. A Venezuela já não está com polícia nos supermercados? Não se contam cinco décadas de escassez e filas em Cuba? A outrora próspera Argentina, não se encontra em plena decadência?


As parcerias do FSP adotam exitosas técnicas de sedução eleitoral. Mas exercem o poder de modo desastroso. E Marina vem na mesma toada. Ela nasceu para a política como líder comunista. Revoltada com a vida e com o mundo, como costumam ser os líderes comunistas. Marina não entendia o motivo pelo qual abrir trilha na floresta e riscar casca de seringueira não transformava o cidadão acreano num próspero suíço. Saiu da floresta, estudou, ganhou mundo, quer presidir o Brasil. Mas se não esconjurar as ideias que tinha quando ministra, ela é um apagão eminente.


www.puggina.org

http://www.midiasemmascara.org/mediawatch/noticiasfaltantes/foro-de-sao-paulo/15434-marina-ou-dilma-neocomunismo-com-pai-nosso-ou-sem-pai-nosso.html

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sexta-feira, 12 de setembro de 2014

A verdade sobre Tiradentes (curso intensivo com Marco Antonio Villa)



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O professor universitário precisa de pós-graduação? por Otavio Lino e Nicolas Gunkel



O professor universitário precisa de pós-graduação? por Otavio Lino e Nicolas Gunkel

Nova lei que entrou em vigor em março impede que universidades federais exijam titulações de mestrado e doutorado em concursos para docentes. A medida, que deve ser revista pelo governo, reascende o debate sobre o perfil ideal do professor no ensino superior

Uma lei de iniciativa do Governo Federal, que entrou em vigor em março deste ano, reascendeu a discussão sobre a importância da pós-graduação para que um docente lecione no ensino superior. O texto do Ministério da Educação proíbe que as universidades federais exijam como requisito para a inscrição em seus concursos as titulações de mestrado e doutorado. Na prática, quem tiver apenas o diploma de graduação pode disputar agora todas as novas vagas para professores. Questionado por dirigentes de universidades sobre a nova regra, o governo afirmou que deve voltar atrás, permitindo que as universidades exijam as titulações.

Apesar do impasse jurídico, a medida trouxe rápidos resultados práticos pelo país – de aceitação e de protesto. Aderindo à nova legislação, a Federal de Santa Catarina abriu no fim de março 200 vagas para candidatos que tivessem, no mínimo, diploma de graduação. Já a Federal de Pernambuco suspendeu todos seus processos de contratação e emitiu uma nota de repúdio à nova regra. Se, para alguns, a lei serviu para abrir portas a profissionais qualificados, para outros, ela ameaça a qualidade do ensino universitário.
Por ser estadual, a USP não se enquadra no novo regulamento. Mesmo assim, sua aprovação voltou a alimentar o debate sobre o perfil ideal de um professor de universidade pública. O profissional sem pós-graduação tem formação e conhecimento teórico suficientes para lecionar no ensino superior? Ele tem algo para oferecer ao estudante universitário que mestres e doutores não possam oferecer com mais qualidade?

Aperfeiçoamento Com a implantação da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), no começo da década de 1950, foram concedidas as primeiras 79 bolsas de estudo de pós-graduação no país. Para a médica, pesquisadora e pró-reitora de Graduação Telma Maria Zorn, “a criação da pós-graduação deu um impulso extraordinário e foi o que fez o Brasil crescer tanto quanto cresceu”. Atualmente, segundo dados da GeoCapes, o número de estudantes de pós-graduação no Brasil chega perto dos 200 mil, entre alunos de mestrado e doutorado.

Mas a formação de pesquisadores qualificados não representa necessariamente a formação de docentes aptos à prática pedagógica. Segundo Telma, tanto a Capes quanto a USP têm trabalhado de forma a reconhecer a importância na formação do docente universitário, como é o caso do PAE (Programa de Aperfeiçoamento de Ensino), que dá aos pós-graduandos uma aproximação com a função. Mas na prática não é bem assim. A pesquisa científica na pós-graduação, cada vez mais verticalizada e fragmentada, acaba por afastar os pós-graduandos das salas de aula, além de restringirem muitas vezes o ensino às linhas de pesquisa nas quais tornaram-se especialistas.
Para contornar a relação entre ensino e pesquisa, a USP tem discutido a criação de um programa de recepção dos jovens docentes ingressantes na carreira. Segundo Telma, este programa estimularia os departamentos a darem suporte não só na questão de adaptá-los à graduação, começando com uma carga horária menor para o ensino, mas também para orientá-los sobre o funcionamento da universidade. “Teoricamente, esse doutor jovem deveria estar pronto para tudo, mas, na pós-graduação, ele não tem essa oportunidade”, afirma. “Isso é extremamente importante, principalmente nas áreas em que a interdisciplinaridade é mais valiosa para a pesquisa.”
Carreira científica Dados publicados pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), organização ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, mostram que do total de mestres formados entre 1996 e 2009, cerca de 40% estão empregados no setor de educação. Dos doutores, 80% estão no ramo.
Esta busca pela carreira de professor pelos pós-graduandos recém formados, no entanto, é alvo de críticas por parte da pró-reitora de graduação da USP. Segundo ela, “professores contratados que acabaram de concluir a pós-graduação saem, muitas vezes, com pouca experiência para dar aulas”.

O valor da prática Para o ex-professor de Jornalismo da ECA (Escola de Comunicações e Artes) e diretor da Oboré, Sérgio Gomes, a restrição do ensino a professores com titulações acadêmicas acaba impedindo que grandes profisionais dêem aula. “Se traçarmos um ranking dos cem jornalistas mais premiados do país, garanto que mais de 80% não dão ou nunca deram aula. Em parte, porque eles não puderam fazer carreira acadêmica”, afirma. Segundo Gomes, há aí uma grande contradição. “A universidade exige títulos de natureza acadêmica para um tipo de professor que, para ser um grande professor, não poderia ter gastado tanto tempo com carreira acadêmica”.
A ausência de profissionais mais práticos nas salas de aula cria, segundo o jornalista, uma lacuna entre o estudante que se forma e seus concorrentes no mercado. “Quantos professores hoje têm experiência de redação? Quantos não trabalham contra o relógio há mais de cinco anos?”, questiona.
Apesar de ser contra a exigência de pós, Gomes não descarta a importância da formação teórica dos professores. “Não faço defesa do anti-intelectualismo. Muito pelo contrário. Acho extremamente importante ser reflexivo. Mas há grandes profissionais que produzem conhecimento também fora das universidades.”
Telma Maria Zorn concorda que a universidade precisa valorizar mais a prática. Como exemplo, ela cita a Faculdade de Medicina, que tem poucos professores em regime de dedicação integral em pesquisa e docência (RDIPD) em seu quadro. “Os docentes precisam atender pacientes para saber ensinar seus alunos. O profissional que fica só dentro da universidade não tem essa prática”, afirma.
Pesquisa acadêmica Para o ex-professor da Faculdade de Educação, Antônio Joaquim Severino, é na pós-graduação que o docente universitário tem seu mais importante contato com a pesquisa teórica e prática. “Quando se exige a titulação, não se está cobrando uma posição acadêmica, um status, mas uma experiência de construção de conhecimento”, explica. Em seu artigo “Ensino e pesquisa na docência universitária: caminhos para a integração”, Severino considera que a docência universitária não deve ser praticada como uma mera extensão da pesquisa, e sim como um processo contínuo de desenvolvimento do saber. “O mínimo que se exige de um professor é que ele acompanhe o desenvolvimento do saber de sua área, mas, além disso, impõe-se a postura investigativa porque o conhecimento é um processo de construção”.



Mais,

A nova lei desestimula a pós-graduação, as pesquisas universitárias e o interesse de grandes talentos pela profissão
O novo Plano de Carreiras e Cargos de Magistério Federal - aprovado pela presidente Dilma Rousseff "no apagar das luzes" de 2012, em 31 de dezembro - representa um retrocesso para o país. A avaliação é de especialistas e acadêmicos que se mostram surpresos com a velocidade "meteórica" com que a matéria tramitou no Congresso Nacional.
Na prática, o Palácio do Planalto sancionou o Projeto de Lei 4368/12, encaminhado pelo Executivo,  dando origem à Lei nº 12772/12 que alterou dispositivos da Lei nº 7.596, de 10 de abril de 1987. Tradicionalmente, os projetos de interesse político, como esse, não enfrentam resistência em sua tramitação.  O PL foi apresentado em agosto, aprovado pelos deputados em 05 de dezembro e em 21 do mesmo mês pelos senadores.
No entender do cientista Walter Colli, professor titular da Universidade de São Paulo (USP) e membro da Academia Brasileira de Ciências (ABC), a nova lei desestimula a pós-graduação, as pesquisas universitárias e o interesse de grandes talentos pela profissão. Isso porque a promoção para a categoria de professor titular "valoriza em demasia a progressão temporal" em detrimento do mérito acadêmico e científico.
Em meio à tramitação do projeto na Câmara e no Senado Federal,  a SBPC e ABC encaminharam, no fim de 2012, um manifesto aos parlamentares alertando sobre os riscos que o PL acarretaria à carreira dos professores de universidades públicas federais. Mesmo assim, a tramitação da matéria surpreendeu cientistas que depositavam na presidente Dilma a expectativa de vetá-lo.
"Foram detectados aspectos que poderão trazer graves dificuldades, problemas e, por que não dizer, retrocesso, para as Universidades Federais Brasileiras, principalmente no que tange a qualidade da Pesquisa e do Ensino de Graduação e Pós-Graduação", destaca a nota (disponível em http://www.sbpcnet.org.br/site/busca/mostra.php?id=1800) assinada pela presidente da SBPC, Helena Nader, e pelo presidente da ABC, Jacob Palis.
O Ministério da Educação, por intermédio da assessoria de comunicação, informa que o novo Plano tem por objetivo "buscar a valorização da dedicação exclusiva", igualmente a titulação dos docentes, embora acadêmicos e cientistas afirmem o contrário.  
Sem querer entrar nos detalhes da nova lei, a nota do MEC destaca os reajustes salariais assegurados na nova legislação. Nesse caso, cita que o plano prevê aumento mínimo de 25% e máximo de 40%, a ser aplicado em março deste ano 2013. O reajuste será gradual. Isto é, neste ano será concedida metade (50%) do aumento total previsto para 2013. Assim, a média do reajuste salarial previsto para este ano será de 16%.

Já em 2014 o acréscimo será de 30% do total estabelecido, ao passo que em 2015 o reajuste atingirá 20% do total, segundo o ministério. A principal crítica dos cientistas recai, porém, sobre o fato de a carreira de magistério, em qualquer universidade federal, iniciar sempre (sic, Art. 8º, caput) pelo piso da categoria. Ou seja, pela categoria de professor auxiliar, independentemente da titulação.
A lei estabelece cinco etapas na carreira do magistério federal - professor auxiliar, assistente, adjunto, associado e titular - que devem ser conquistadas por concurso público exigindo apenas o diploma de graduação. Hoje para ingressar no magistério da USP (estadual), por exemplo, o professor tem de ser portador do título de doutor. Assim também era para as universidades federais, até a promulgação dessa nova Lei.
"Para exemplificar, no meu caso, cheguei ao cargo de professor titular na USP, mas se quisesse fazer parte do corpo docente regular de uma universidade federal teria de prestar concurso para professor auxiliar, na base do novo sistema e lá ficar por três anos, pelo menos. No entanto, como obtive o título de doutor há mais de 20 anos posso entrar para uma nova categoria denominada com o estranho nome de Cargo Isolado de Professor Titular-Livre do Magistério Superior", analisa o cientista.
Diante do novo modelo, o mesmo resultado não será obtido por um grande cientista que tenha o título de doutor há menos de 20 anos, já que ele terá de recomeçar sua carreira da base.
"Para aspirar subir um pouco mais, ser um professor assistente, ele teria de esperar um intervalo de dois anos", exemplifica Colli, ex-presidente da CTNBio , também atual Segundo Tesoureiro da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Esse tipo de escalonamento, segundo Colli, afasta os melhores talentos das universidades públicas federais.
Com a mesma opinião, a professora associada do Instituto de Bioquímica Médica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Debora Foguel, destaca que, no modelo anterior, a posição de professor titular na universidade pública federal era alcançada por um novo concurso, avaliado por uma banca altamente qualificada.
"Somente os professores com grande mérito acadêmico com destacada contribuição na pesquisa alcançavam tal nível diferenciado", lamenta Debora, pro-reitora de Pós-Graduação e Pesquisa da mesma universidade e membro titular da ABC.
"Certamente quem o redigiu parece desconhecer o ambiente universitário, a pesquisa e a inovação que temos procurado trazer para dentro de nossas universidades", salienta a pesquisadora.
Histórico - O PL havia sido costurado com entidades sindicais em meados do ano passado  em troca  do fim greve dos professores federais. Aparentemente, lutava-se por um aumento salarial que passará a valer a partir de março, inicio do ano letivo. A nova Lei mostra, porém, que um dos motivos da greve era o de mitigar o rigor na admissão e promoção de professores pela análise do mérito na avaliação da qualidade, analisa Colli.
Impacto nas pesquisas - Para Colli, exigir apenas o título de graduação no inicio da carreira de magistério reduz a importância da pós-graduação no Brasil e, por tabela, as pesquisas universitárias que hoje respondem pela maioria das pesquisas científicas nacionais.
Dessa forma, ele vê necessidade de mudanças na Lei, sobretudo no artigo 8º  propondo que o ingresso na carreira do magistério superior seja realizado por concurso público de vários níveis. Isto é, para a categoria de professor auxiliar exigindo diploma de graduação; para a de professor assistente com a exigência de títulos de mestre; e a professores adjunto e associado para pessoas com nível de doutor.
"Assim, seria possível atrair pessoas melhores para os concursos, valorizando a nossa pós-graduação", disse.
Com a nova Lei, Colli acredita que a universidade pública se aproxima das universidades privadas que não exigem, pelo menos a maioria delas, o título de mestre ou de doutor para lecionar, pagando, assim, salários relativamente menores.
Retrocesso no número de doutores -  Na avaliação de Débora, o novo plano de carreira do magistério federal tende a retardar a chegada do Brasil no time dos países que apresentam relação de doutores por número de habitantes mais justa.
No Brasil, o número de portadores de títulos de doutorado proporcionalmente ao número de habitantes é um dos mais baixos do mundo. Conforme consta do Plano Nacional de Pós-Graduação (PNPG) de 2011 a 2020, existem no país 1,4 doutores titulados por cada mil habitantes na faixa etária entre 25 e 64 anos, na frente apenas da Argentina, com 0,2 doutores, na mesma comparação. O número brasileiro fica aquém do observado em países desenvolvidos como Suíça, no topo do ranking, com 23 doutores em um universo de mil habitantes; Alemanha, com 15,4; e Estados Unidos, com 8,4.
Evitando entrar no mérito do novo plano de carreira do magistério, o assessor da Organização das Nações Unidas para a educação, a ciência e a cultura (Unesco ) no Brasil, o professor Célio da Cunha, considera  baixo o número de doutores no Brasil em relação ao de habitantes. O ideal, analisa, seria o Brasil se aproximar dos Estados Unidos, titulando cinco a seis doutores por mil habitantes.
Inconstitucionalidade  - Colli define o novo Plano como "concentrador e paternalista" por atribuir ao Ministério da Educação (MEC) a prerrogativa de avaliar os cursos e os critérios de promoção dos docentes, contrariando o artigo 207 da Constituição Federal que concede autonomia às  universidades do ponto de vista didático e administrativo.
"Se diluem todos os ganhos que tivemos até agora com a pós-graduação e com a experiência das universidades no aperfeiçoamento das avaliações de mérito", lamenta Colli.
(Viviane Monteiro, Jornal da Ciência)

Thomas Hobbes - Leviatã



"O consenso é a negação da liderança." Margaret Thatcher


Leviatã


Leviatã é o livro mais famoso de Thomas Hobbes, cujo título mostra a extenção de poder em formar um Estado eclesiástico e civil, tratando sua estrutura como sociedade organizada; a chave para entender Hobbes era o estado da natureza do homem, ele afirmava que não era um selvagem e sua natureza não mudava com o tempo; os homens não eram absolutamente iguais ou bastante parecidos a ponto de uns triunfarem sobre os outros, se isso acontecesse caracterizaria uma guerra, motivo pela qual a atitude racional era guerrear entre eles, a forma como era feito revelava uma logística natural do que o homem realmente é.

A capacidade de atingir tal resultado pertencia a todos, por isso um invasor nada teria a temer senão um único homem, e não subjugando-o como um ANIMAL ignorante, porém essa imperiosidade de um sobre o outro, lhes daria características únicas e isso causaria incômodo aos demais, levando-os a se destruírem mutuamente, esse modo de pensamento destacam-se três causas principais: a competição, a desconfiança e a glória, primeiro os homens atacam seus semelhantes com violência para conquistar o posto desejado e obter lucro, segundo ele se defenderia a sua maneira, seja qual fosse ela e terceiro através da falsidade de se venderia por pouca coisa buscando a fama e a glória.

O governo e o Estado não são um indivíduo ou uma classe, um produto, nessa doutrina não se admite demonstrações, sendo assim o homem no seu estado de natureza tem direito a tudo, pode usar seu poder para proteger-se e garantir sua segurança na vida. O indivíduo para Hobbes almeja honra, e pela violência ele busca a glória, não foi feito para produzir riquezas, mas se tiver honra, neste contesto a riqueza seria aceita. Ele viveria num mundo de imaginação e isto poderia se tornar perigoso, pois na sua alienação ele sempre estaria sendo perseguido e em uma guerra que não existe, numa total paranóia.

Na parte que se refere ao pensamento, ele coloca uma questão de natureza política: na condição social para ele a sociedade só pensa em existir a cria uma formula resultando numa espécie de contrato social, como se ele fosse a própria sociedade, um acordo organizado entre o homem e a sociedade civil, com caráter contratualista em que o contrato retiraria seu poder, abrindo mão de si.

Era um documento que garantiria a liberdade, pois ele passaria agora a ser uma propriedade do Estado, tudo era um processo de luta entre os homens causados pelos interesses individuais, partindo de um pressuposto de que seu conceito de natureza (mutável) se igualaria pela sua força física, por seus princípios ambiciosos, essa natureza produziria um estado bélico, inviabilizando qualquer contato social pelo qual retira o homem da esfera de poder; os soberanos, porém não estariam sujeitos a esses contratos sociais, justamente por ser soberano caberia aos súditos obedecerem tais leis. Hobbes tinha uma visão exacerbada do pensamento burguês e expressava essa necessidade na forma de um poder de manutenção de ordem para garantir estabilidade à economia, o Estado garantiria a essa individualidade um pensamento precursor e liberal a eles. O homem hobbesiano não tem interesse pelo acumulo de riquezas, mas em obter honra. A saída para esse impasse seria o direito, uma lei que regeria a razão, o homem seria proibido de fazer qualquer ato que pudesse prejudicar a si, ou por qualquer outro do meio. O direito se destingira da lei, por ser imparcial a ele e por dizer ou não a totalmente da verdade, a lei obriga que se faça um ou outro, nesse ínterim a diferença se pontua mostrando-se incompatível com o mesmo assunto.

O homem é um ser feito para a guerra e partindo dessa premissa, faria qualquer coisa para garantir seu êxito, inclusive apoderar-se do que não lhe pertencesse por direito; enquanto esse impasse perdurar a utopia de paz se torna cada vez mais distante, mas nada impederia de buscá-la ou pelo menos tentar; essa é a primeira lei, a segunda se refere a sua auto defesa, seria um “non sense” o homem não buscar essa paz enquanto outros tirariam proveito da situação, seria o mesmo que renunciar a própria liberdade e autorizar que o outro se beneficie dela. Para Hobbes quem faz isso se afasta do caminho deixando a porta aberta para o invasor e se tornaria vulnerável.

Só a lei não era o suficiente para manter esse equilíbrio, se fazendo necessária a presença do Estado e na maioria das vezes armado. O homem em sua maioria não é bom e sim vingativo e mesquinho, não se chega a nenhum acordo com ele; o papel do Estado nesse caso é a imparcialidade perante todo seu poder, mas como soberano teria poder para tomar qualquer ação ou medida que lhe fosse conveniente para resolver tal entrave, assim manteria o controle sobre o cidadão, o poder e a sociedade passariam a ser uma coisa só, por que o soberano governa para o povo que o elegeu, sem isso, não existiria condições de convívio social, porém isso não isentaria o governo de errar. Seria difícil julgar alguém que estivesse acima do bem e do mal, nessa questão não haveria alternativa, ou ele teria poder total sem ser confrontado ou então viraria uma confusão maior ainda, o poder abrangeria todas as esferas de qualquer regime ou instituição e por razões bem clara, no momento da contradição, a figura do soberano seria nula, ficando isento do impasse criado.

A união da sociedade instituiu o Estado por acordo e concordaram sem exceção, mesmo aqueles que eram contra a obedecer tais estatutos. O papel do Estado foi de organizar o indivíduo que conferindo ao soberano a garantia do convívio pacifico, para tal, o governo se isentaria de qualquer punição, se a constituição não fosse respeitada e assim quebrada, o homem teria o direito de recorrer contra o eles, por não comprirem o acordo, porém o contrato não diz que homem pode se rebelar civilmente pela lei em caso de quebra pelo soberano. Hobbes foi precursor do pensamento liberal, a liberdade é a ausência de contestação, é um ato do Estado, mas não do espaço público democrático, o aspecto indivisível do Estado é absoluto, ele cumpre o papel de repressor, justo, administrativo, só não há divisão de poder. Ele não aceita oposição por que os homens afirmaram seu compromisso e sua liberdade para ele ser como é, pela possibilidade de convivência, ele é o substituto da democracia.

O homem segundo Hobbes nunca adquiriu tantos direitos a vida como com esse contrato, porém nunca teve tanto medo com agora, Leviatã foi inspirado em um monstro mitológico da bíblia, é representado por um príncipe empunhando sua espada sob um olhar punidor ou acusador, ele dizia que o regente não governa senão sob a mão de ferro, a relação do Estado com a propriedade privada não existia, era uma concessão feita como se o bem fosse um título, um domínio, embora livre, o senhor tinha obrigações, já que a propriedade seria dele.

Hobbes coloca a religião subordinada a política e ao Estado e considerava a propriedade como direito natural e não divino, dizia que o homem tem que ter o tempo todo compaixão e viver em paz, mesmo que para isso sua liberdade seja recenseada. A guerra civil generalizada que a Inglaterra passava naquela época serviu de inspiração para ele, assim como a crise italiana para Maquiavel; ao surgir à centralização do poder, a fragmentação política do poder se regeneraria esse tipo de comportamento.


REFERÊNCIAS

HOBBES, Thomas. Leviatã ou matéria, Forma e poder de um Estado eclesiástico e civil. São Paulo, 1984. 419 páginas. Editora Abril Cultural. Coleção Os Pensadores.



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Palestra Marco Antônio Villa



Publicado em 01/09/2014
Seminário: Momento Político Brasileiro, Proteção Internacional de Ativos e Leis de Imigração Brasileira.
Realização: Westchester Financial Group
Patrocínio: Airtrade Aviation, Bernstein Osberg-Braun e Faccin Investments.
São Paulo - agosto/2014
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