segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Linguagem artística na educação infantil: proposta para promover arte a partir do imaginário da criança



INTRODUÇÃO
            O estágio supervisionado em Educação Infantil, proposto pela matriz curricular do curso de Pedagogia, mais precisamente no sexto período, propõe aos graduandos do referido curso, uma experiência que evidencia o papel do pedagogo diante do primeiro nível da educação básica. O ponto mais relevante desse estágio refere-se à observação e principalmente o desejo de realizar na instituição conveniada, um projeto de intervenção que estabelecesse vínculos significativos entre a teoria e a prática escolar.
            Inicialmente foi realizada a observação geral da instituição para que os estagiários tivessem conhecimento total dos ambientes disponíveis. Foram realizadas ainda entrevistas com o corpo docente e também a caracterização da turma específica de crianças que seriam contempladas com o projeto. Essas etapas foram de extrema importância para então compreender a dinâmica e o cotidiano da instituição, estabelecendo assim, a elaboração de um projeto que viabilizasse totalmente a prática pedagógica, bem como a aprendizagem das crianças.
            A etapa seguinte consistiu na elaboração de um projeto de intervenção no intuito de estimular, de maneira concomitante, a produção de artes visuais a partir do imaginário da criança. Durante a observação da turma, foi percebido que a prática pedagógica voltada para o desenvolvimento da linguagem artística estava aliada à reprodução simplesmente. Assim, houve a proposta de inovação quanto ao uso desta linguagem, enfatizando os valores artísticos e individuais de cada criança.
            A turma contemplada com o projeto era composta de 17 (dezessete) crianças, compreendendo a idade de cinco anos, não havia crianças especiais, porém cinco delas eram acompanhadas semanalmente pela psicopedagoga da própria instituição pelo fato de demonstrarem dificuldades na aprendizagem. Apenas uma professora era a responsável pela turma. Sua ação pedagógica correspondia ao planejamento semanal das atividades propostas para as crianças. As linguagens eram então trabalhadas de maneira interdisciplinar.
            A elaboração do projeto de intervenção associou-se às práticas educativas, demandas da instituição como um todo e também o desejo dos estagiários em promover ações satisfatórias à aprendizagem das crianças. Nesse sentido, o projeto teve o objetivo de possibilitar às crianças do jardim II, produções artísticas através da imaginação fazendo uso do ateliê mágico como espaço ideal para as produções. Como as crianças demonstravam gostar muito da sala de artes, porque naquele ambiente havia muitos brinquedos (bonecas, ursos de pelúcia, carrinhos, bola, entre outros) e materiais para desenvolver a linguagem artística (pinceis, lápis de cor, tinta guache, papel), houve a preocupação de revitalizar esta sala para que as crianças pudessem ter ainda mais, momentos prazerosos, com materiais concretos e/ou carregados de muita imaginação.
            As sessões eram iniciadas sempre com rodas de conversa no intuito de compartilhar os conhecimentos prévios das crianças, em seguida havia a apresentação de uma literatura infantil associada à linguagem em questão, dinâmicas de grupo e ao final as crianças realizavam produções artísticas com reflexão e fruição.
A LINGUAGEM ARTÍSTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
          A linguagem artística na educação infantil desenvolve nas crianças, significativas capacidades que serão essenciais para a formação de um caráter sensível e reflexivo. Uma vez oportunizada esta linguagem, "Ainda é uma realidade, numa grande parcela das escolas em geral, a pequena importância que é dada ás atividades artísticas." (NICOLAU, 2003, p. 144) as crianças serão conduzidas a realizar, por exemplo, agrupamentos de cores, formas, utilidade.
A exploração do objeto e a definição do seu uso permitem relacionar a maneira própria de produção da arte, levando em consideração principalmente as interações que ocorrem nesses momentos de escolha. Promover um trabalho de artes visuais deve-se pensar inicialmente em promover ludicidade, apreciação e principalmente muita diversão.
Observar um desenho feito por uma criança torna-se tarefa um tanto difícil quando o mesmo não está totalmente expresso conforme é estabelecido pelos estereótipos, mas ao perguntar para a criança de que se trata tal produção, a mesma, sem duvida, irá definir passo a passo cada detalhe de sua obra, isso é o que realmente se torna significativo diante do processo de ensino-aprendizagem especialmente na educação infantil.
Métodos arcaicos de ensino infelizmente ainda se fazem presentes nas ações de muitos educadores que indiferentemente, definem todas as ações, formas, cores, limitando assim, a criação/recriação da arte infantil e porque não dizer da própria cultura/identidade?
As crianças em contado com a arte expressam muitas sensações é o que explica (FERREIRA, 2009, p 30 - 31):
As oficinas de construção para as crianças são espaços lúdicos na perspectiva de um fazer criativo. Envolvem a construção de objetos úteis, lúdicos e estéticos (brinquedos, construções e assemblages). Nesta ação as crianças transformam materiais certamente, mas também ideias, sentimentos, significados simbólicos das brincadeiras.
Entendemos assim que, a criança, em oficinas que exploram a capacidade de criação da própria arte, é capaz de expressar seus pensamentos atraídos pela ludicidade e a linguagem artística em si. Por isso, a arte deve transferir a ideia de satisfação e descobertas da própria imaginação. "O corpo se põe em movimento ao tempo que a imaginação também o faz." (p. 52).
A linguagem artística deve acompanhar cada processo de aprendizagem das crianças. Os momentos destinados às produções dessa linguagem evidenciam nas crianças, a capacidade de imaginar e criar, não num mundo limitado de cores e formas, mas, permitir que as crianças explorem o que for disponibilizado e sejam capazes de ampliar os conhecimentos de mundo, meio social e cultura. (ANTÔNIO E GONÇALVES, 2007).
O projeto viabilizou para a comunidade escolar, a valorização do fazer da criança como processo que auxilia a aprendizagem, dando-lhes um olhar mais apreciador para as produções da arte. (Ostrower, 1996, p. 134) afirma ainda que:
(...) o processo de criar significa um processo vivencial que abrange uma ampliação da consciência; tanto enriquece espiritualmente o individuo que cria como também o individuo que recebe a criação e a recria para si.
 Os educadores da referida instituição puderam dar continuidade na medida em que entenderam a proposta do projeto e desde então desejaram explorar as capacidades artísticas das crianças, propiciando variabilidade de expressão e espontaneidade das ações que fazem parte do processo.
O "Ateliê Mágico" é o lugar ideal para desvendar os segredos da imaginação (GIANNOTTI, 2008, p.141): ..."Um ateliê que se coloca a serviço da nutrição da imaginação e encontra o seu papel principal na abertura de espaço para a liberdade expressiva." Assim, entende-se que o ateliê deve alimentar os processos naturais de expressão artística das crianças, o planejamento referente a linguagem deve estar aberto às inovações para conduzir a satisfação das crianças diante de suas produções.
A arte, assim, é a linguagem que revela a natureza dos sujeitos, suas emoções, suas intenções e principalmente a capacidade de estabelecer o contato com o mundo da imaginação.
DESENVOLVIMENTO DO PROJETO "LINGUAGEM ARTÍSTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL: PROPOSTA PARA PROMOVER ARTE A PARTIR DO IMAGINÁRO DA CRIANÇA"
           
O Projeto "Linguagem artística na educação infantil: proposta para promover arte a partir do imaginário da criança" foi desenvolvido no estágio em Educação Infantil. As sessões ocorriam duas vezes por semana (nos dias de quarta e quinta-feira), nos meses de setembro, outubro e novembro de 2010, totalizando 18 (dezoito) encontros: 3 (três) sessões para a observação, 2 (duas) para a revitalização da sala de artes Ateliê Mágico e 13 (treze) para atividades educativas com a turma contemplada.
O objetivo central do projeto foi possibilitar às crianças produções artísticas através da imaginação fazendo uso do ateliê mágico como espaço ideal para as produções. As ações específicas corresponderam a Revitalizar a sala de artes Ateliê Mágico, promoção da produção artística das crianças a partir da imaginação e a avaliar do grau de satisfação das crianças diante de suas produções.
A ação inicial do projeto correspondeu à revitalização da sala de artes Ateliê mágico e para atingir esse objetivo foi necessária a remoção de toda a mobília em seguida o ambiente foi totalmente reformado (tanto a parte interna quanto a externa da sala). O intuito foi garantir que as crianças explorassem o ambiente com melhores condições, pois foi percebido que a sala infelizmente não tinha manutenção. 
A revitalização da sala de artes Ateliê Mágico foi um momento bastante satisfatório. Acreditamos que esta valiosa contribuição, tanto ao nosso projeto de intervenção, quanto para as crianças da referida instituição, sirva para que a linguagem artística seja vivenciada pelos educadores e crianças com muita fruição.
Após a etapa da revitalização da sala de artes, já na terceira sessão, foi explicado para a turma de crianças o que consistia o projeto: a arte pela imaginação. As crianças foram desde o inicio muito receptivas e demonstraram bastante interesse pela proposta que iria ser desenvolvida com a total participação delas. Através de uma roda de conversa, perguntamos as crianças o que era arte. As respostas dadas foram as mais diversificadas: "arte é cor"; "pincel"; "tinta"; "pintura". Neste momento realizamos uma dinâmica de apresentação.
Todas as crianças ficaram sentadas no chão em circulo. Explicamos a dinâmica e uma criança iniciou dizendo o seu nome e fazendo um gesto ao mesmo tempo (ex.: Amanda e batia palmas) a segunda criança imitou o que fez a primeira criança em seguida disse o seu nome e fazia outro gesto (ex.: Amanda + palmas; Leticia + abrir os braços) e assim sucessivamente. Todas as crianças estavam tão concentradas para memorizar os nomes dos coleguinhas, foi um momento onde houve a total participação.
Em seguida, fizemos a leitura de uma literatura infantil intitulada "Cores das cores" de Arthur Nestrovski. As crianças eram questionadas por nós para identificar as cores e as situações apresentadas na obra. De maneira bem recíproca, as crianças identificaram as cores fazendo relação com as frutas, comidas e imagens que já conheciam. Ao final, propomos a construção de um mosaico, explicamos como era feita a técnica. Utilizando lápis de cor e papel ofício as crianças escolheram as cores e produziram seu próprio mosaico.
Nos demais encontros, usávamos essencialmente a literatura infantil com temas voltados para as artes visuais, explorávamos as capacidades seletivas das cores que estavam disponíveis tanto com lápis de cor (madeira e cera), quanto com as tintas guache. Cada criança produzia a sua arte utilizando as cores que consideravam mais agradáveis, produziam com muita sensibilidade, imaginação e fruição. Nos momentos de finalização das sessões, conduzíamos as crianças para apreciar a obra de seus colegas, expondo o material no ateliê mágico.
Na nona sessão mostramos para as crianças através de figuras as cores quentes e cores frias. "As cores quentes são psicologicamente dinâmicas e estimulantes como a luz do sol e o fogo. Sugerem vitalidade, alegria, excitação e movimento. As cores frias são calmantes, tranquilizantes, suaves e estáticas, como o gelo e a distância." (Wundt). Após a explicação fizemos com as crianças um painel com as cores quentes e cores frias. Utilizamos papel 40kg, cartolina, revistas, tesourinha sem ponta, plaquinhas coloridas e cola.
No encontro seguinte, confeccionamos com as crianças um livrinho sem palavras utilizando as cores quentes e cores frias que foram apresentadas na sessão anterior. As crianças puderam pintar as páginas do livrinho com as cores que desejaram. Como cada cor representa uma situação (dia quente – amarelo; comida, corrida - vermelho; azul – o céu), conforme explicamos, todas as crianças puderam inventar histórias. No final, cada criança compartilhou de uma história (como livro sem palavras) que foi fruto autêntico da imaginação, os objetivos do projeto estavam sendo alcançados.
A partir de então, a ludicidade, a brincadeira de misturar cores, pintar com pincel e tinta guache, montar paineis com variabilidade de cores e desenhos próprios de cada uma passou a ser natural nas produções das criançasornamentamos ainda seus caderninhos de desenhos. Decoramos a capa utilizando material emborrachado (nomes das crianças com alfabeto móvel, bolas, flores, e muitas cores.)
No encerramento do projeto, as crianças puderam compartilhar de uma canção bastante ligada à temática: "Aquarela de Toquinho". Pedimos para que apreciassem a música e identificassem os objetos que estavam citados na canção e depois os desenhassem livremente. Ex. "numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo e com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo...". As crianças produziram sua arte ao som da música e em todo o tempo, comparavam com os colegas os objetos que haviam desenhado.
Na culminância do projeto fizemos a exposição na sala de atividades dos trabalhinhos produzidos ao longo das sessões. As crianças demonstraram muita satisfação durante a aplicação do projeto, pois, puderam utilizar materiais diversos para a produção da sua arte e principalmente fazer uso da imaginação. A professora da turma também percebeu um impacto positivo com o projeto pela possibilidade de trabalhar a linguagem artística, através do imaginário da criança.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este projeto foi realizado com o principal objetivo de favorecer as crianças da referida instituição, o aproveitamento mais significativo da sala de artes Ateliê Mágico e principalmente favorecer a uma das turmas do jardim II, do turno matutino, a produção de artes partindo da própria imaginação.
            A proposta foi pensada a partir da observação de como era produzida a arte das crianças como um todo, pois, as atividades que expressavam a linguagem artística, eram mimeografadas, pintadas pelas crianças com as mesmas cores e utilizando apenas giz de cera.
            A instituição demonstrou muita receptividade, para que nós estagiárias, pudéssemos realizar o nosso projeto de intervenção, isso sem dúvida foi um dos pontos mais significativos para o desenvolvimento e conclusão do projeto.
            As sessões com as crianças nos ajudaram a ter um olhar bem direcionado ao trabalho pedagógico da Educação Infantil no que se refere à linguagem artística, nos fazendo lembrar (FERREIRA, 2009, p.30), quando afirma que "As oficinas de construção para as crianças são espaços lúdicos na perspectiva de um fazer criativo." E o nosso projeto pretendeu exatamente isso: a possibilidade de um fazer criativo pensado, concretizado e apreciado pela própria criança.
            Reconhecemos ainda o quanto é importante desenvolver ações que explorem todas as linguagens, permitindo principalmente que as crianças realizem reflexões acerca das atividades propostas pelo professor. Evitar as "atividades prontas", como é o caso das pinturas observadas nas salas de atividades da instituição, que não oferecem espaço para as interpretações e que limitam as aprendizagens significativas das crianças.
             O projeto teve um impacto bastante positivo, principalmente nas sessões finais quando as crianças, em contato com o livro sem palavras construído coletivamente, começaram a imaginar, criar, compartilhar histórias que refletiam as experiências do cotidiano, experiências que estavam guardadas e que gostariam de expressar naquele momento tão prazeroso para todos os envolvidos no projeto. 
            Enfim, consideramos que um projeto capaz de adentrar no mundo imaginário da criança, traz contribuições importantíssimas para a formação dos profissionais da Educação infantil, pois, o que está sendo expresso nas produções das crianças não são apenas riscos e rabiscos, mas há principalmente a expressão de suas ideias, seus desejos, seus pensamentos e sentimentos (FERREIRA, 2009).
REFERÊNCIAS
FERREIRA, Paulo Nin. O espírito das coisas: um estudo sobre assemblage infantil.Dissertação de mestrado. São Paulo. FE/USP, 2009.
GIANNOTTI, Sirlene. Dar forma é formar-se: processos criativos na arte e na infância. Dissertação de mestrado. São Paulo, FE/USP, 2008
GONÇALVES, Cristiane Januário; ANTÔNIO, Débora Andrade. As múltiplas linguagens no cotidiano das crianças. Revista Zero a Seis, Florianópolis – UFSC, nº 16, jul/dez, 2007.
NICOLAU, Machado (org). Oficinas de sonho e realidade na formação do educador da infância, Campinas: Papirus, 2003. – (Coleção Papirus Educação)
OSTROWER, Fayga. Acasos e Criação artística. 2° ed. Rio de Janeiro: Campus, 1995.
Leticia - Perfil do Autor:
PEDAGOGA PELA UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
PÓS GRADUANDA EM PSICOPEGAGOGA PELA CEAP-UNOPAR




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MISTÉRIOS DAS CAIXAS-PRETAS E AS FORÇAS OCULTAS NA AVIAÇÃO DA ERA PT - D...



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22 de setembro: Dia do Rio Tietê

Os resultados já alcançados do Projeto Tietê mostram a seriedade, o profissionalismo e o comprometimento de todos para que o rio volte a ser um orgulho de São Paulo

O Rio Tietê, que na língua tupi quer dizer rio verdadeiro, é o maior e mais respeitável rio paulista. Ao longo de seus quase 1.100 quilômetros de extensão, corta o Estado de São Paulo de leste a oeste: nasce no município de Salesópolis, na Serra do Mar em São Paulo, e deságua no Rio Paraná, na divisa com o estado de Mato Grosso do Sul.

Ao contrário de outros cursos d'água, o rio se volta para o interior e não corre para o mar, característica que o tornou um importante instrumento na colonização do país.

Devido à sua grande importância, o Tietê também se tornou um grande símbolo de mobilização. O Projeto Tietê foi criado pela Sabesp em 1992 devido a uma manifestação popular que resultou em um documento com 1,2 milhão de assinaturas a favor da despoluição do rio.

Seu objetivo é ampliar permanentemente a capacidade de coleta, interceptação e tratamento de esgotos em toda a Região Metropolitana de São Paulo, em etapas sucessivas.

Os benefícios do projeto contemplam aspectos de saúde pública, meio ambiente e reuso planejado de água.

O projeto foi dividido em duas fases:

A 1a Etapa (1992 ? 1998): os índices de coleta passaram de 70% em 92, para 80% em 98, e o tratamento, no mesmo período, saltou de 24% para 62%. A mancha de poluição no Interior do Estado recuou 120 quilômetros.

A 2a Etapa (2002-2007): com o término das obras da segunda fase, o índice de coleta de esgoto na região Metropolitana saltará de 80% para 84% e o de tratamento, de 62% para 70%. Além disso, cerca de 350 milhões de litros de esgoto deixarão de ser despejados diariamente na bacia do Alto Tietê e haverá redução em mais de 40Km do trecho poluído do rio.

Estão sendo construídos 36 km de interceptores, 110 quilômetros de coletores-tronco, 1,2 mil quilômetros de redes coletoras e 290 mil ligações domiciliares, que permitirão coletar e tratar o esgoto de mais de 1 milhão de pessoas da Região Metropolitana de São Paulo.

Até o momento, 89% do total de obras previstas já foi executado.

Paralelamente, por meio de uma adequação de recursos, estão sendo realizadas também obras complementares, cujo objetivo é dar continuidade aos objetivos inicialmente contratados.

O Rio Tietê ainda não aparece limpo na capital paulista, mas em algumas cidades do interior do Estado a poluição já diminuiu visivelmente depois do início das obras do Projeto Tietê. Há pesca em grande parte do interior como na cidade de Anhembi, próximo à barragem de Barra Bonita, onde diversas famílias obtêm suas rendas a partir desta atividade.

O projeto, que envolve outros órgãos como Cetesb, DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica) e prefeituras, prevê investimentos contínuos e ininterruptos para acompanhar o crescimento populacional da Região Metropolitana de São Paulo.

VALE lembrar que cerca de 35% da poluição acumulada na Bacia do Rio Tietê não vem de redes de esgoto, mas sim do lixo jogado nas ruas. Todos os dias, as águas do Tietê recebem toneladas de sacolas plásticas, garrafas, latas e outros tipos de lixo abandonados por moradores da Região Metropolitana de São Paulo. Se a população não mudar de atitude, a situação permanecerá crítica. Em 2015, esse lixo deverá representar 65% da sujeira despejada diariamente na Bacia.

Portanto, neste dia dia 22 de setembro, é preciso sim comemorar o Dia do Rio Tietê, mas sempre com a consciência de que somos parte integrante desse patrimônio natural.

Assim, a parceria Sabesp e Rio Tietê vem se consolidando em uma união de muito sucesso. O Projeto Tietê continua seu trabalho rumo à despoluição do rio. E a Sabesp se torna cada vez mais referência mundial de qualidade em saneamento básico, modelo de excelência e orgulho dos paulistas, pronta para atuar em todo o mundo.


A saúde do rio depende de todos nós!









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Primavera começa nessa segunda-feira



21 de setembro de 2014 às 09:17 por Alexandre Nascimento





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domingo, 21 de setembro de 2014

Natureza, por Neuza de Souza Maria.

NATUREZA





E Deus criou a Natureza
Bela e muito rica
Deus criou com todo Amor e carinho
Do jeitinho que ele sonhou
E deu a ela o poder de transformar pequeninas sementes em
Relvas, matas e florestas.

Pequenas nascentes em riachos rios e mares que circundam
A Terra.

O Sol com seu fulgor aquece a Terra.
A Lua e as estrelas adornam e ilumina a Negra noite.
Já pensaram se os homens vivessem em Paz com a Natureza,
O mundo seria um imenso e eterno jardim Flores,
Que o próprio Deus semeou.

        Crianças!!!!

Prestem bem atenção.
Respeitem e amem a Natureza ela é o nosso Viver, sem ela não.
 Há Vida.
Quem destrói a Natureza não merece nosso respeito e não
 Merece o nosso Amor.
Neuza de Souza Maria.



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As árvores merecem respeito de todo o mundo As árvores merecem respeito de todo o mundo

As árvores merecem respeito de todo o mundo 
As árvores merecem respeito de todo o mundo

No dia 21 de setembro comemora-se o dia da árvore. Essa data foi escolhida em razão da chegada da primavera. Mas antes da escolha dessa data, acontecia no país, na última semana de março, a festa Anual das Árvores, instituída pelo presidente Castelo Branco, em 1965.
Mais adiante, a árvore ganhou um dia especial em virtude de sua importância para a vida humana e também com a chegada da primavera, onde ganham nova vida e abrem lindas flores que dão origem a novas árvores.
Com a chegada da primavera podemos ver as cidades mais alegres, pois essas se enchem de flores de todas as cores.
Muitos pensam que a árvore que simboliza o Brasil é o pau-brasil, em razão do nome, mas esse título cabe ao ipê-amarelo, uma das cores que representam o nosso país. O pau-brasil encontra-se em extinção, pois foi muito contrabandeado por ser uma madeira de cor avermelhada e de aparência nobre. Além dessa, o jacarandá, o mogno e o pinheiro também se encontram nas mesmas condições de extinção.
As árvores são plantas que possuem um caule lenhoso e são constituídas por raiz, caule, folha, flor, fruto e sementes. São elas que nos fornecem o ar que respiramos, além das frutas e outros tipos de alimentos; a madeira para construção de móveis, casas, objetos decorativos, cercas; também fornecem remédios; e a celulose, matéria-prima para a fabricação de papel.
Em face das necessidades dos homens em construir novas moradias e melhorar suas condições de vida, as árvores acabaram sendo alvo de destruição, pois grandes áreas foram desmatadas para a construção das cidades.
O contrabando de madeiras também fez com que grandes áreas fossem destruídas, principalmente na floresta amazônica, onde o acesso a outros países é mais fácil e próximo. Os prejuízos seriam menores se fossem plantadas novas árvores nos lugares das devastações, mas o tempo que levam para crescer é muito grande.
O homem precisa ter consciência de que as plantas também são seres vivos e que levam tempo para se desenvolverem. Uma árvore leva longos anos para ficar bem desenvolvida e algumas são tão velhas que são tombadas como patrimônio histórico, devendo ser preservadas.
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
 
Veja Mais!
Botânica - O estudo do mundo vegetal.
Ecologia - O estudo das interações entre o homem e o meio ambiente.


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sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Como ser um Bom Profissional



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A DIDÁTICA E METODOLOGIA DO ENSINO

A DIDÁTICA E METODOLOGIA DO  ENSINO

Introdução
A orientação educacional visa a proporcionar ao aluno completa integração com a Escola, tanto no âmbito educacional quanto no social.
Seu objetivo maior é enfatizar o crescimento individual, ajudando o aluno a construir e assumir sua personalidade, encontrando uma forma de expressá-la socialmente, e possibilitar-lhe um clima propício ao seu desenvolvimento. É criar condições para que o aluno assimile profundamente todas as informações – considerando-se a necessidade de receber o ensinamento de forma significativa –, levando-o à especulação, ao confronto.
O que se pretende é dar ao aluno condições para uma formação plena: além da informação, da construção e da troca de conhecimento, o aluno tem oportunidade de participar de atividades culturais e esportivas, descobrindo sua criatividade, suas tendências, seus gostos e desenvolvendo-os plenamente.
Dessa forma, propicia-se ao aluno – levando-se em conta suas dificuldades e seus anseios – um contato profundo e constante com o mundo que o cerca, capacitando-o a estabelecer um vínculo significativo com a realidade e a transpor barreiras, a fim de preparar-se solidamente para a vida futura.
Didática
O papel da Didática na formação de professores foi muito bem tratado por Cipriano Luckesi e alguns conceitos que seguem são um resumo de seu pensamento sobre o tema.
A didática para assumir um papel significativo na formação do educador não poderá reduzir-se e dedicar-se somente ao ensino de meios e mecanismos pelos quais desenvolver um processo de ensino -aprendizagem, e sim, deverá ser um modo crítico de desenvolver uma prática educativa forjadora de um projeto histórico, que não será feito tão somente pelo educador, mas, por ele conjuntamente com o educando e outros membros dos diversos setores da sociedade.
A didática deve servir como mecanismo de tradução prática, no exercício educativo, de decisões filosófico- políticas e epistemológicas de um projeto histórico de desenvolvimento do povo. Ao exercer seu papel específico estará apresentando-se como o mecanismo tradutor de posturas teóricas em práticas educativas.
Existem alguns erros básicos que alguns professores cometem ao dar uma aula. Um deles é explicar o assunto dado enquanto os alunos ainda estão copiando o que está no quadro negro. Esses e outros erros são comuns de acontecer e pioram o rendimento geral da turma. O aluno não consegue assimilar tudo que o professor passa e aí começam os problemas: aulas muito longas, mal dadas e cansativas; cursos que possuem aula no período integral começam a ficar desestimulantes. Professores brilhantes mas, que não conseguem ensinar o conteúdo de uma matéria de maneira clara, rápida e simples; os alunos começam a achar a disciplina difícil e, conseqüentemente, culpam os professores por não conseguirem acompanhar as matérias, tentam estudar por conta própria, deixando de lado o diálogo aberto com o mestre. Isso mostra claramente que um erro leva a outro. O diálogo pessoal entre professor/aluno, às vezes, é mais importante até que o fato do aluno saber de cor uma matéria, pois nada substitui a maior experiência. Idéias e dicas importantes podem surgir até mesmo de uma simples conversa e esta liquida qualquer tipo de antipatia que possa ser criada em virtude de aulas ruins.
Mas isso está mudando, em todos os setores da educação. Os professores estão se qualificando cada vez mais e se você for um mal professor tome cuidado: quando acabar a burocracia para contratação de novos professores no setor público o seu emprego estará por um fio e os alunos pedirão seu afastamento.
Para uma aula ser proveitosa para ambos, eis umas dicas:
· As aulas devem ser curtas e extremamente objetivas.
· Antes de cada aula, dê uma visão geral do que vai ser ensinado, sem medo de adiantar assuntos que os alunos desconhecem.
· Faça analogias com outros assuntos, instigando o aluno a pensar antecipadamente.
· Explique os assuntos numa seqüência lógica e didática.
· Mostre para a turma qual a utilidade e a freqüência de uso de cada item, fórmula, lição… explique a finalidade de cada item na sua vida profissional, para motivá-los.
· Utilize os mais variados recursos computacionais, slides, retroprojetores, laboratórios, Internet…
· Programe o que vai ser ensinado, planejando o que vai ser desenhado, quadro a quadro.
· Evite aulas técnicas demais. Conduza-a de uma maneira que os alunos entendam, pois eles, supostamente, nunca viram o assunto antes.
· Evite muita álgebra, exemplos numéricos são mais didáticos que letras. Evite também o excesso de exemplos e exercícios repetidos. Faça exercícios variados, que estimulem a criatividade e que tenham aplicação na prática.
· Controle o desempenho e a freqüência de cada um, seja amigo, saiba o nome deles. Muitos podem ser parceiros no futuro.
· Revise sempre o que foi dado. Revisões rápidas são importantes porque mostram a evolução da disciplina.
· Procure passar sua experiência prática profissional.
· Encontre seu jeito pessoal de se expressar.
· Procure passar formação humanística.
O aluno no processo educacional é visto como um fator essencial para a construção do conhecimento, e não só como um mero recebedor de conteúdos. A busca pelo saber não está ligado exclusivamente no ato de ouvir, copiar e fazer exercícios, pois neste aspecto metodológico os alunos devem permanecer calados e quietos em suas carteiras, entretanto, é possível realizar vários tipos de propostas que pressupõem a participação ativa do aluno e não se limitar apenas aos aspectos intelectuais ou a memorização de conteúdos julgados como relevantes, segundo Reznike e Ayres (1986 apud CANDAU, 1988, p. 121), “Quando falamos em reavaliação crítica, estamos atendendo não só para o processo em si do ato educativo, mas também para tudo aquilo que os alunos já trazem enquanto vivência, enquanto formação cultural”.
Partindo desse pressuposto podemos dizer que o educando pode despertar a sua criticidade a partir do momento em que se deixa envolver pelas questões políticas, sociais e culturais relevantes que existem no meio em que vive, e leva essas discussões para dentro da sala de aula, interagindo com os demais, formando inúmeras opiniões com relação ao contexto social, político e cultural no qual está inserido.
Professor: sujeito ou objeto da história?
A priori podemos definir o educador como sujeito da história ou objeto da mesma, onde ele se torna sujeito a partir do momento em que participa da história de desenvolvimento do povo, agindo juntamente com os demais, engajado nos movimentos sociais, construindo aparatos de ensino como fonte inovadora na busca pelo conhecimento. Conforme Luckesi (1982 apud CANDAU, 1982, p.27), “[...] compreendo o educador como um sujeito, que, conjuntamente com outros sujeitos, constrói, em seu agir, um projeto histórico de desenvolvimento do povo, que se traduz e se executa em um projeto pedagógico”.
Deixando claro que o educador e a educação não mudam totalmente e nem criam um modelo social, ambos se adequam em busca de melhorias para alguns problemas existentes no meio, até porque nossa sociedade é regida por diretrizes vindas do centro do poder. Já como objeto da história o educador sofre as ações dos movimentos sociais, sem participação efetiva na construção da mesma, para Luckesi (1982) esse tipo de professor não desempenha o seu papel, na sua autenticidade, diríamos que o educador é um ser humano envolvido na prática histórica transformadora. A partir disso podemos dizer que o professor pode ser um formador de opiniões e não somente um transmissor de idéias ou conteúdos.
Relação professor-aluno
Já tratamos das personagens aluno e professor anteriormente. Entretanto, ambos foram mencionados de forma isolada e peculiar. Este subtema surge com o propósito de levantar uma análise crítica em referência à relação professor-aluno em ambiente didático, estabelecendo conexões histórico-sociais que até hoje semeiam e caracterizam a educação brasileira, a maior delas tida como a Pedagogia Tradicional, a qual é encarada por Freire (1983) como uma educação de consciência bancária.
O professor ainda é um ser superior que ensina a ignorantes. Isto forma uma consciência bancária. O educando recebe passivamente os conhecimentos, tornando-se um depósito do educador. Educa-se para arquivar o que se deposita (FREIRE, 1979, p. 38).
Acerca desse questionamento de Freire (1979) está explícita também a relação de submissão dos alunos em relação à autoridade do professor, autoridade esta que muitas vezes é confundida com autoritarismo, e que associada às normas disciplinares rígidas da escola – a qual também possui papel fundamental na formação, uma vez que esta é a instituição que delimita as normas de conduta na educação – implicam na perda de autonomia por parte do aluno no processo ensino-aprendizagem.
Para ilustrar este fato, recorremos ao baú de nossas memórias, pois acreditamos que a maioria já deva ter presenciado esta situação bem característica da Pedagogia Tradicional, que consiste em descrever um ambiente de sala de aula ocupado pelo professor e seus respectivos alunos.
Esta situação é verídica até os dias de hoje em nossas escolas, inclusive, na maior parte delas, já que nessas classes de aula sempre encontramos as carteiras dos alunos dispostas em colunas e bem ao centro da sala fica a mesa do professor, que ocupa o centro para privilegiar o acesso a uma visão ampla de todo o corpo estudantil, impondo a estes sua disciplina e autoridade, uma das razões que leva o aluno a ver o professor como uma figura detentora do conhecimento, conforme argumenta Freire (1983), em suas análises sobre a consciência bancária, expressão já descrita anteriormente no início deste subtema.
É necessário refletir acerca deste cenário real, pois que estamos discutindo a didática no processo de ensino-aprendizagem e para isto torna-se imprescindível a compreensão dos fatos e a disposição da sociedade, principalmente os órgãos de ensino a repensarem seus métodos de parâmetros educacionais, a fim de promover uma educação renovada em aspectos sociais, políticos e culturais concretizados por Freire em seu livro Educação e Mudança, onde ele afirma que o destino do homem deve ser criar e transformar o mundo, sendo o sujeito de sua ação.
O processo de ensino-aprendizagem
Vários são os fatores que afetam o processo de ensino-aprendizagem, e a formação dos educadores é um deles e que tem papel fundamental no que se refere a este processo. Essa formação tem passado por um momento de revisão no que se diz respeito ao papel exercido pela educação na sociedade, pois é percebível a falta de clareza sobre essa função de educador (VEIGA, 2005)
Ainda hoje existem muitos que considerem a educação como um elemento de transformação social, e para que esse quadro modifique-se, faz-se necessário uma reflexão pedagógica, na qual busque questionar essa visão tradicional(FREIRE, 1978).
Deste modo, fica evidente que a formação dos educadores nesse contexto é entendida meramente como conservadora e reprodutora do sistema educacional vigente, ficando notório que esses educadores são tidos apenas como aliados à lei da manutenção da estrutura social, ou seja, um suporte às ideologias da superestrutura e não como um elemento mobilizador de sua transformação.
Destas análises emerge com clareza o papel conservador e reprodutor do sistema educacional, verdadeiro aliado da manutenção da estrutura social, muito mais do que elemento mobilizador de sua transformação (CANDAU, 1981).
Muitos desses educadores sentem uma sensação de angústia e questionamento da própria razão de ser do engajamento profissional na área educativa, segundo Candau (1981).
Relação teoria e prática e a Educação Física
“A teoria e a prática são bastante dissociadas, porque a realidade não permite a aplicação do conteúdo aprendido”.
“Existe uma grande distância entre os conhecimentos adquiridos durante o curso e o que o aluno encontra na prática, sendo necessário uma revisão daquilo que é ensinado”.
“Há uma grande distância entre teoria e a prática e deve ser uma preocupação constante a possível aplicação da teoria”.
(AZEVEDO, 1980, p. 66-67).
A relação teoria e prática na formação do educador são mais uma das problemáticas, que também está evidente nesse processo, e que trata da formação dos profissionais de educação, quando nos referimos ao estabelecimento de uma relação harmoniosa entre teoria e prática.
Convém afirmar que essa relação entre teoria e prática não é objeto de preocupação única e exclusivamente dos educadores, pois é sabido que para que ocorra uma boa aprendizagem é necessário fazer uma reflexão crítica acerca desses fatores no âmbito escolar, essa visão dicotômica está em sua forma mais radical isolados ou até mesmo opostos, já em uma visão mais associativa, teoria e prática são pólos separados, mas diferentemente da visão dicotômica, não são opostos (CANDAU, 2005).
Na verdade a prática deveria ser uma aplicação da teoria. Se considerarmos que a diferença básica entre os seres humanos e os outros seres vivos conhecidos se prende às possibilidades de suas consciências, fica claro que toda atividade será mais ou menos humana na medida em que vincula ou desvincula a AÇÃO À REFLEXÃO (CANDAU, 2005).
Só ao humano é permitida a percepção de si mesmo, dos outros, dos seus próprios atos, do mundo e de toda a realidade que o caracteriza, ao mesmo tempo em que pode ser modificada artificial e intencionalmente por ele.
É neste momento que percebemos a relação Teoria/Prática. É inevitável a separação das duas. O que seria uma sem a outra?
Delimitando nossa área de análise à realidade brasileira, podemos dizer que no caso da Educação Física, esta tem sido incapaz de justificar a si mesma, quer como disciplina formal e predominantemente educativa, quer como atividade que auxilie alguns aspectos do desenvolvimento humano fora da escola e, em especial, no esporte de alta competição ou de rendimento e até mesmo em exercícios físicos relacionados à estética e a saúde.
Estas dúvidas surgem porque muito pouco se têm estudado sobre a cultura corporal que fundamente a Educação Física; a fim de chegarmos a um senso crítico bem apurado que nos dê status profissional e mercado de trabalho, o desejo de todos. Mercado este saturado e ao mesmo tempo carente de verdadeiros profissionais de Educação Física que conseguem colocar em prática os conhecimentos teóricos adquiridos ao longo de suas formações acadêmicas e após a mesma com dedicação e estudos constantes. Esta associação da PRÁXIS (Relação Teoria/Prática), seria o possível sucesso de qualquer profissão sendo que na Educação Física não seja diferente onde podemos visualizar que qualquer prática humana, sem uma teoria que lhe dê suporte, torna-se uma atitude tão estéril, apenas imitativa quanto uma teoria distante de uma prática que a sustente (PEREIRA, 2003).
Estes princípios de teoria e prática são de suma importância no contexto de ensino-aprendizagem, já que foi constatada essa deficiência por parte de nossos educadores, a prática sempre deve ser retificada para melhor adequar-se às exigências teóricas. Nesse sentido, todos os componentes curriculares devem trabalhar a unidade teórico-prática.
A metodologia utilizada pelo educador é de suma importância nessa relação ensino-aprendizagem, sendo notório que existe certa dificuldade por parte tanto de professores quanto alunos em fazer uma correlação entre o conteúdo e a metodologia.
Essa situação torna-se mais agravante, a partir do momento em que, mesmo tendo todas essas referências o educador não consegue detectar que sua ação pedagógica nada mais é que uma proposta ideológica imposta por uma política de educação para a elite social.
Vale ressaltar que existe uma relação de subordinação por parte dos métodos/metodologia em face aos conteúdos, o que deveria ser pelo menos equivalentes, no entanto no contexto vigente o que se percebe é uma ênfase primordial na transmissão de conteúdos culturais universais nas escolas.
No entanto, entende-se que esses conteúdos programáticos deveriam estar atendendo às necessidades concretas de vida dos alunos, fazendo uma relação entre conteúdo e contexto o qual estão inseridos.
Diante dessa problemática, entende-se que a metodologia utilizada assume uma importância fundamental no processo de ensino-aprendizagem.
Aspectos socioculturais e sócio-econômicos da educação
Se analisarmos as transformações ocorridas na humanidade nos últimos tempos, poderemos nos impressionar com tamanha evolução tecnológica, que afeta não somente os setores econômicos como também os socioculturais, e em especial, à ciência, onde esta última concerne em suas origens a educação, e que segundo Chassot (2003), “[...] essas mudanças poderão/deverão, ainda, transformar em um futuro muito próximo o nosso fazer Educação, especialmente a profissão de Professor (a)”.
Desde a tecnologia molecular à robótica, grandes são os feitos dessa nova moeda corrente que está em constante desenvolvimento, possuindo em sua essência não somente benefícios prestados à humanidade, como também, em seu lado mais obscuro, o qual prefere passar ignorado aos olhares sociais, a promoção da exclusão social, que extingue profissões e que aqui será ressaltada com ênfase ao âmbito educacional, o qual está em constante debate.
Chassot (2003) em seu livro Alfabetização Científica: Questões e Desafios para a Educação, aborda de forma clara esse novo entrave do ensino brasileiro ao eleger a internet como elemento da globalização que mais acelera o processo de escoamento de informações, estabelecendo um paradoxo entre a educação de algumas décadas anteriores ao momento atual, traçando todo um contexto histórico-social relativo aos elementos de aprendizagem do estudante brasileiro, principalmente no que se refere às modificações na escrita, indo desde as memoráveis lousas (pedras de ardósia) ao surgimento da caneta esferográfica e até ao que hoje denominamos como mais eficiente meio de trabalho e de normatização do meio educacional, o computador, que, acoplado a uma rede mundial de informações conecta milhões de usuários instantaneamente, tornando-os mais próximos quanto os próprios vizinhos de bairro, fazendo da internet um recurso para ser um facilitador do fornecimento de informações (CHASSOT, 2003)
Agora, com um clicar podemos mandar dezenas de cartas, até com mais de uma centena de páginas, para os mais distintos continentes e quase no mesmo instante elas poderão ser lidas e respondidas pelos destinatários (CHASSOT, 2003, p. 401).
É interessante expor esses questionamentos acerca de nosso ensino-aprendizagem, ao passo que a tecnologia privilegia sim o progresso da educação e da ciência, mas esta também promove a alienação no processo cognitivo e a defasagem de uma das personagens sociais de fundamental importância no contexto social, o professor, o qual, em sua maior parte, não possui condições econômicas de acompanhar este processo acelerado de informatização, encontrando-se cada vez mais desatualizado e restringindo-se às condições de mero transmissor de conteúdos, fugindo à sua competência de formador de opiniões (CHASSOT, 2003).
O Conhecimento neste mundo capitalista é uma propriedade que precisa ser comprada e é caro. A socialização da informação não é feita, como se apregoa, com a internet. Ela ajuda a aumentar os excluídos. Para enriquecer culturalmente, precisamos gastar (CHASSOT, 2003, p. 92).
Devemos atentar que, quando Chassot (2003) declara sobre a exclusão através do acelerado processo de escoamento das informações, não somente o professor torna-se um elemento de transgressão como também os próprios alunos, especialmente aqueles de baixas classes sociais, que em sua maioria não dispõem dos artefatos tecnológicos, o que nos leva a considerar uma revisão da didática que deve ser aplicada em conjunto com estes novos parâmetros educacionais de informação, na busca da construção do conhecimento e formação de consciência crítica de nossos alunos.
De acordo com o exposto, faz-se a seguinte interrogação: Como a didática pode contribuir para que a Escola possa ser geradora e transformadora e não repetidora de conhecimentos?
Eis que surge Chassot (2003) com uma sugestão para este problema, apoiando a prática da “rodinha da novidade”, a qual daria o livre arbítrio aos alunos e alunas para que contassem aquilo que foi significante nas suas descobertas, tais como o comentário dos filmes que assistiram, os livros que leram, os sites que visitam com freqüência e que merecem destaque por seu valor educacional. Dessa forma, professores e professoras tornam-se os mediadores, reforçando as sugestões que parecem ser as mais relevantes, abolindo a ditadura do livro-texto como a fonte do conhecimento quase exclusiva, buscando outros abastecimentos mais atualizados e mais pertinentes de conhecimento para a construção da cidadania crítica, uma vez que, hoje, o que está em jogo é nossa capacidade de transmitir a informação e a seleção desta para com ela fazer formação e transformar a educação num ato político.
Processos avaliativos no contexto educacional
Quando falamos de processos avaliativos no contexto educacional, abre-se um grande leque onde o professor e aluno caminham juntos.
O professor tem que se adaptar ao meio e tentar transmitir sua didática, partindo de um princípio onde o meio em que o aluno vive deve ser levado em conta, assim buscando sua cultura e sua realidade. Daí então o professor começa a apresentar para o aluno o mundo que ele não conhece (CANDAU, 1999).
O processo avaliativo está inteiramente ligado ao sucesso e ao fracasso, devido ser um ato seletivo onde o aluno pode ser aprovado ou reprovado. Até porque esse é um ato em que a tendência observada é a supervalorização (CANDAU, 1999).
Um aluno que, não teve uma base educativa, não pode ser comparado com um aluno que teve uma boa preparação escolar; o que também se atribui a um fracasso na escola são os alunos de classes sociais desfavorecidas, no qual estes por si só já se sentem excluídos e que o resultado inevitável do ano letivo será a reprovação, ocasionando um problema ainda maior, quando é notório que esses educandos somente ocuparão uma carteira na escola (MELLO, 1991).
Isso não quer dizer que a permanência do aluno na escola não seja positiva, pelo contrário, esta permanência é importante, pois, o aluno tem uma chance de aprender com o seu próprio ritmo, afastando o fantasma da reprovação que por pressão do trabalho ou por falta de estímulo o educando abandona a instituição de ensino; o que não é correto é o aluno passar sem aprender.
Visando assim a escola fica apenas com o papel político de garantir um lugar no status quo.
Convém destacar que esse processo avaliativo é importante e necessário à prática de ensino, mas os educadores não podem se ater a um único método de avaliação e sim inovar com criatividade, vendo também as especificidades de cada educando, a partir do princípio da individualidade incluindo também o contexto social.
Considerações finais
A didática para assumir um papel significativo na formação do educador não poderá reduzir-se e dedicar-se somente ao ensino de meios e mecanismos pelos quais desenvolvem um processo de ensino-aprendizagem, e sim, deverá ser um modo crítico de desenvolver uma prática educativa forjadora de um projeto histórico, que não será feito tão somente pelo educador, mas, por ele conjuntamente com o educando e outros membros dos diversos setores da sociedade.
A didática deve servir como mecanismo de tradução prática, no exercício educativo, de decisões filosófico-políticas e epistemológicas de um projeto histórico de desenvolvimento do povo. Ao exercer seu papel específico estará apresentando-se como o mecanismo tradutor de posturas teóricas em práticas educativas. Os métodos avaliativos constituem uma importância do professor no papel de educador, qualificando seus métodos de forma que o educando tenha seus princípios individuais respeitados, já nem sempre a realidade é igual para todos no que diz respeito ao contexto social (OLIVEIRA, 1998).
Portanto, é necessário redesenhar o educador, tornando-o um indivíduo compromissado com um defensor de uma idéia mais igualitária, pois sabe que o estudante na escola pública nada mais é que o povo na escola. Este novo educador seria aquele que encara a educação como uma problematizarão, que propõem aos homens sua própria vida como um desafio a ser encarando, buscando a transformação.
Referências
CANDAU, Vera Maria (org.). A Didática em Questão. 17ª ed. Petrópolis: Vozes, 1999.
CANDAU, Vera Maria (org.). Rumo a uma Nova Didática. 16ª ed. Petrópolis: Vozes, 2005
CHASSOT, Attico. Alfabetização Científica: Questões e Desafios para a Educação. Ijuí: Unijuí, 2003.
DIDÁTICA: banco de dados. Disponível em: http://www.centrorefeducacional.com.br/didat.htm. Acesso em 16 de mar. 2008.
FREIRE, Paulo. Educação e Mudança. 23ª Ed. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1979.
LUCKESI, Cipriano. O educador: quem é ele. ABC Educatio .Outubro,2005.
MELLO, Guiomar Namo de. Políticas públicas de educação. Estud. av.,  São Paulo,  v. 5,  n. 13, Dec.  1991 .
OLIVEIRA, M. Rita Neto Sales. Histórico da Didática. In: ________________ O Conteúdo da Didática: um discurso da neutralidade científica. Belo Horizonte: UFMG, 1988, pg. 33 – 47.
PEREIRA, Otaviano. O que é teoria. São Paulo: Brasiliense, 2003.
SILVERA, Maria Aparecida. O revela da competência no acontecer humano.Universidade Metodista de São Paulo , São Bernardo do Campo,2007.
Autores: Sidneia Rosana Ferreira
Sidnei  Rogério Ferreira

http://pedagogiaaopedaletra.com/a-didatica-e-metodologia-do-ensino/


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