sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

A Importância da Educação Infantil na Formação do Cidadão Crítico/Reflexivo

Educação Infantil

A Importância da Educação Infantil na Formação do Cidadão Crítico/Reflexivo
Registro de Comemoração Dia da Criança 2010
E.M.Prof. Domingos José de Souza - Campo Mourão - Pr


As primeiras experiências são as que marcam mais profundamente a pessoa, e quando positivas, tendem a reforçar, ao longo da vida, as atitudes de autoconfiança, de cooperação, solidariedade, responsabilidade. A Educação Infantil é algo mágico, único e essencial na vida do homem; que "canta e encanta" a quem a ela tem acesso; sendo rico e engrandecedor acompanhar o desenvolvimento desses pequenos seres durante essa etapa de suas vidas. É incrível a percepção da capacidade de aprendizado das crianças, sua receptividade, carinho e pureza, e o que uma educação de qualidade e devidamente adequada ao desenvolvimento cognitivo, motor, social e emocional, vivenciado por elas, pode fazer em suas histórias.
Para Antunes (2006) se a ciência mostra que o período que vai da gestação até o sexto ano de vida é o mais importante na organização das bases para as competências e habilidades desenvolvidas ao longo da existência humana, prova-se que a etapa educacional referente a essa faixa etária é imprescindível para o seu desenvolvimento. Todavia, surge à seguinte reflexão: a Educação Infantil pode realmente contribuir na formação de um cidadão crítico e reflexivo, cognitiva e socialmente?
É preciso destacar algumas experiências proporcionadas pela Educação Infantil, que concretizam seu trabalho e que interferem positiva e significativamente no desenvolvimento humano e na formação do cidadão crítico /reflexivo, devido às conseqüentes transformações que partem dessas ações:

- Brincadeira: O brincar exige participação e engajamento, com ou sem o brinquedo, sendo uma forma de desenvolver a capacidade de manter-se ativo e participante. Tem a vantagem de proporcionar alegria e divertimento, sendo impulso no desenvolvimento da criatividade, na competência intelectual, na força e na estabilidade emocional. Lidando diretamente com sentimentos de alegria e prazer.
Assim, a criança cria e/ou reproduz situações cotidianas, o que colabora na construção da sua identidade, da imagem de si mesmo e do mundo que a cerca. Todos que brincam tendem a ter uma infância mais feliz e a se tornar um adulto mais equilibrado física e emocionalmente, superando com maior facilidade os problemas cotidianos.

- Autonomia: A obtenção da autonomia é um dos objetivos primordiais da Educação Infantil, em um processo contínuo, se incentiva a criança aos cuidados com o corpo, a organização de seus materiais, a colaboração na organização da sala, a alimentação, a adesão de hábitos saudáveis, a responsabilidade, a construção autônoma das atividades, exposição de idéias e pensamentos, dentre outros. Desenvolvimento o senso crítico/reflexivo e a autoconfiança.
A autonomia é essencial à vida, pois o homem enquanto cidadão e sujeito ativo da comunidade precisa ser capaz de governar a si mesmo, visando seu bem estar e o do outro, podendo agir com segurança e eficácia, na busca por seus sonhos e sua realização pessoal.

- Psicomotricidade: O movimento é a forma que as crianças utilizam para conhecer a si e ao mundo, e então, encontrar competências para atuar no meio em que vivem, desenvolver o toque, a segurança, o traçado, a ação motriz, controle sobre os braços, pernas e movimentos em gerais, a direção, etc. Através de atividades como: correr, pular, dançar, desenhar, utilizar a massinha de modelar, entre outros que geralmente ocorrem diariamente na Educação Infantil.

- Arte: As experiências com música e artes plásticas têm papel primordial na formação do pensamento simbólico, pois, ambas exercem forte influência no desenvolvimento da criatividade e da imaginação.

- Leitura e Escrita: Introduzir o universo maravilhoso da leitura e da escrita é favorecer para a formação de um adulto adepto da leitura, que sinta facilidade na comunicação, na compreensão de textos e na escrita, ampliando conhecimentos, vocabulário, dentre outros.

- Relações Sociais/Afetivas: A Educação Infantil assume entre suas responsabilidades a de estimular e proporcionar relações sociais e desenvolvimento afetivo em parceria com a família.
O apego é a mais profunda emoção, a primeira e a mais duradoura, pois se trata do vínculo estabelecido com outras pessoas, tornando-se mais significativas as advindas daquelas que proporcionem segurança, satisfação e alegria. Portanto, a biografia humana é definida, pelas sucessões de vínculos emocionais estabelecidos ou perdidos.
Muitas emoções como: ciúme, medo, tristeza, tédio, ansiedade e surpresa, apresentam-se desde a primeira infância, podendo levar a criança a reagir de maneira agressiva, apática ou exibicionista, cabendo então aos educadores da Educação Infantil interferir nesses conflitos, através de trabalho em grupo, estabelecimento de regras, respeito ao próximo, imposição limites; proporcionando momentos onde as crianças aprendam a esperar sua vez, a dividir e a lidar com as diferenças, percebendo-se membro de uma sociedade onde nem sempre ela será considerada o centro das atenções.
Na Educação Infantil é também trabalhado o autoconceito (quem sou, como me chamo, onde vivo, o que faço, do que gosto, etc.) e a autoestima (o que penso de mim, como me valorizo, o quanto acha que as pessoas me valorizam,etc.). Devido a importância desses aspectos na determinação do adulto em que a criança se tornará, é evidente a necessidade de fazer com que ela desenvolva um autoconceito uma autoestima positiva.

- Desenho: Assume papel primordial no conhecimento e acompanhamento da criança, favorecendo, também, no desenvolvimento de sua psicomotricidade, criatividade, visualização, noção de espaço, etc.
O desenho representa, em parte, a mente consciente e faz referência ao inconsciente, podendo ser essencial no entendimento do sentimento, desejo e/ou frustração, demonstrado pelas crianças, desta forma, seu simbolismo e mensagem podem ter muito a dizer sobre quem o fez.
Quando a criança recebe estímulo, carinho e atenção, seu desenvolvimento é extraordinário e de destaque em meio à sociedade.

Robert Fulghum (2004) resume a importância da educação formalizada já na primeira infância, de 0 a 6 anos, da seguinte forma:

Tudo que eu precisava, mesmo, saber sobre como viver, o que fazer e como ser aprendi no jardim de infância. A sabedoria não estava no topo da montanha mais alta, no último ano de um curso superior, mas sim no tanque de areia do pátio da escolinha maternal. (p. 16).

O cotidiano na Educação Infantil baseia-se em uma rotina pré-estabelecida visando o desenvolvimento da criança. Criança essa que, num futuro próximo, saberá a importância dos valores morais, da partilha, da ajuda, da responsabilidade, dos direitos e deveres; isso devido ao fato de que nas pequenas atitudes se formam grandes cidadãos.

Fulghum (2004) traz o significado que construiu sobre a Educação Infantil, criando o Credo do Jardim de Infância:

O que aprendi: Dividir tudo com os companheiros; jogar conforme as regras do jogo; não bater em ninguém; guardar as coisas onde as tivesse encontrado; arrumar a 'bagunça' feita por mim; não tocar no que não é meu; pedir desculpas quando machucasse alguém; lavar as mãos antes de comer; apertar a descarga da privada; biscoito quente e leite frio fazem bem à saúde; fazer de tudo um pouco; estudar, pensar, desenhar e pintar, cantar e dançar, brincar e trabalhar, de tudo um pouco, todos os dias; tirar uma soneca todas as tardes; ao sair pelo mundo, ter cuidado com o trânsito, saber dar a mão e ter amigos; peixinhos dourados, porquinhos da índia, esquilos, hamsters e até a sementinha no copinho de plástico, tudo isso morre, nós também; lembrar dos livros de histórias infantis e de uma das primeiras palavras aprendidas, a mais importante de todas. Olhe! (p. 16).

Se esses itens, citados, forem aplicados na vida adulta, no convívio cotidiano, a sociedade se modificará. Em outras palavras, aprender a compartilhar as coisas que se sabe e que se têm é fundamental para as atividades e o convívio em grupo, seja nessa ou em outras fases escolares seja na carreira profissional; jogar com as regras também é imprescindível para viver como cidadão engajado e consciente; arrumar a bagunça e não tocar os pertences dos outros, assim como os cuidados com a higiene de si e dos ambientes coletivos demonstram respeito e pretendem gerar respeito; quanto à soneca da tarde a própria ciência moderna atesta e a indica como um meio de prevenção de doenças e acidentes no trabalho; experimentar as mais diversas atividades intelectuais também aparece em pesquisas médico-científicas como fator considerável para um desenvolvimento mais completo da mente, do corpo e como facilitador das escolhas profissionais; a apresentação de alguns processos complexos do ciclo da vida para as crianças pequenas além de alimentar sua curiosidade e satisfazer a fase dos "porquês" ajuda a explicar-lhes situações alheias à sua vontade e, consequentemente, a lidar com as surpresas e frustrações que com certeza acontecerão.

Desta forma, a Educação Infantil contribui sim, na formação do indivíduo, e, consequentemente, do cidadão ativo e participante da sociedade, pois transmite valores, regras, atitudes, dentre outros que são essenciais e os quais serão lembrados e utilizados por toda a vida, proporcionando experiências e interações com o mundo social e físico de forma ajustada às sucessivas idades que abrange, seguindo princípios pedagógicos de acordo com o desenvolvimento precoce.

Uma vez entendido o verdadeiro sentido dessa etapa e a importância em relação à formação do homem, a educação disporá de novos rumos que engrandeçam a sua ação para as crianças pequenas. Quanto mais rapidamente Planos Educacionais forem implementados na realidade educativa de instituições e profissionais, e assim das crianças, mais eficazmente se reconhecerá a relevância e premência da educação como instrumento de mudança da supra e infraestrutura do país, uma vez que colabora para a formação crítica e reflexiva do cidadão, e, quem sabe, o Brasil deixará de ser apenas o país de um futuro que nunca chega.



MORDENDO PARA CONHECER


Cláudia Maria de Morais Souza

 
Uma coisa muito comum nas turmas de Maternal – mas que costuma provocar muita preocupação dos pais – são as mordidas. Principalmente no período de adaptação, em que, além da maioria das crianças estar vivendo sua primeira experiência social extra-familiar, os grupos estão em fase de formação, de “primeiras impressões” , ou em situações de entrada de crianças novatas, as mordidas quase sempre fazem parte da rotina diária das crianças. Não é fácil lidar com esta situação, tanto para os pais (é muito dolorido receber o filho com marcas de mordida!) , quanto para nós, educadores (que sempre nos sentimos impotentes, incapazes que somos, na maioria das vezes, de impedir que elas aconteçam).
Se nos dedicarmos a pensar esta questão de forma mais ampla, poderemos nos aproximar de uma compreensão deste fenômeno, do ponto de vista do desenvolvimento e da história da criança. Podemos partir de perguntas simples:

Por que as crianças pequenas mordem umas às outras e às vezes até a si mesmas? Expressão de agressividade? Violência? Stress? Sentimento de abandono? 
As crianças pequenas geralmente mordem para conhecer. Para elas, tudo que as cerca é objeto de interesse e alvo de sua curiosidade, inclusive as sensações. O conceito de dor, por exemplo, é algo que vai sendo construído a partir de suas vivências pessoais e principalmente sociais, e não algo dado a priori. Mordendo o outro, a criança experimenta e investiga elementos físicos, como sua textura (as pessoas são duras? São moles? Rasgam? Quebram?), sua consistência, seu gosto, seu cheiro; elementos “sexuais” (no sentido mais amplo da palavra), na medida em que morder proporciona alívio para suas necessidades orais (nelas, a libido está basicamente colocada na boca) e ainda investiga elementos de ordem social, isto é, que efeitos que esta ação provoca no meio (o choro, o medo ou qualquer outra reação do coleguinha, a reprovação do educador, etc). Dessas investigações é que será engendrado o conceito de dor, tanto da dor própria (as crianças pequenas muitas vezes mordem também a si mesmas , numa atitude explícita das ações listadas acima) quanto da dor do outro (sentido moral da dor: a constatação de que não é lícito proporcionar dor ao outro, mesmo que os sentimentos – a raiva - assim o indiquem).

É claro que, vencida esta primeira etapa de investigação, algumas crianças podem persistir mordendo, seja para confirmar suas descobertas ou para “testar” o meio ambiente (disputa de poder, questionamentos de autoridade, etc). Ou ainda, pode ser uma tentativa de defesa: ela facilmente descobre que morder é uma atitude drástica. Raramente a mordida é um ato de agressividade, e muito menos de violência. As crianças raramente querem simplesmente agredir, a não ser que estejam vivendo alguma situação de intenso stress emocional em que todos os demais recursos estejam esgotados. 

Assim, a mordida é uma conduta que pode ser administrada dentro do grupo: tanto em relação às crianças que mordem quanto àquelas que são mordidas com freqüência (o educador pode, por exemplo, oferecer, a estas, recursos variados para impedir as mordidas dos coleguinhas). Uma observação importante a fazer é que, por vezes, encontramos crianças que, por um motivo ou por outro dentro de sua história de vida, não só permitem as mordidas como costumam provocá-las. Estas crianças e suas famílias devem receber orientação especial do educador.

Com o passar do tempo de trabalho em grupo, o educador tem a possibilidade de planejar suas ações e estratégias no sentido de fazer com que as crianças possam refletir, a sua maneira e coletivamente, esta questão. Cabe às famílias compreender este momento do grupo, buscando, se necessário, suporte junto aos profissionais incumbidos de coordenar as vivências grupais.

O QUE SE DEVE FAZER NO CASO DE UMA CRIANÇA QUE MORDE

• Imediatamente diga-lhe: “NÃO”, em tom calmo, mas firme e com desaprovação. 

• Ao bebê que começa a caminhar (1 a 2 anos), pegue-o firmemente e ponha-o no chão. 

• À criança pequena (2 a 3 anos), diga-lhe: “Não é correto morder porque machuca as pessoas”. 

• NÃO MORDA A CRIANÇA para mostrar-lhe como se sente quando ela morde. Isso a ensinará que tenha um comportamento agressivo.

• Se a criança persistir em morder aos outros, não a leve nos braços nem brinque com ela por uns 5 minutos, após ela ter mordido. Assim a ensinará que mordendo não lhe chamará a atenção. 

• Nunca morda a criança mesmo que por carinho ou brincadeira;

• Observe se ela esta mordendo devido à vinda de um novo irmãozinho, para então conversar sobre o assunto, e mostrar-lhe que a ama muito;

• Ensine outras formas de expressar seus sentimentos;

• Não rotule a criança de mordedor, pois assim ele poderá virar um;
 • Não comente com os outros na frente dele sobre esta atitude;

• Nunca faça o que ele pede só por que ameaça a morder, não seda a chantagens;

• Não de risadas quando a criança morder, nem que esta seja fraca e venha acompanhada de sorrisos e caras engraçadas;

• Mostre a criança que a mordida dói, converse com ela sobre isso – quando uma outra criança a morder a probabilidade é que ela aprenda este conceito mais rápido.

 

http://www.psicopedagogia.com.br/artigos/artigo.asp?entrID=428

O papel social da educação infantil - Sonia Kramer


      "Filhos da sensatez, justiça e muito amor Netos de boa herança, frutos da sã loucura Fortes, sadios, lindos, pretos brancos ou índios Os meninos do Brasil pedem para desfilar" "Os meninos do Brasil, têm a cara do Brasil, o jeitinho do Brasil" (Gonzaguinha)


No Brasil, creche e pré-escola são diferenciadas ora pela idade das crianças - (a creche atenderia crianças de 0 a 3 anos e a pré-escola de 4 a 6); ora pelo modo de funcionamento (a creche teria atuação em horário integral e a pré-escola meio período); ora pela instância administrativa a que se vincula (a creche se subordinaria às instituições médicas ou assistenciais, a pré-escola à educação). Hoje, no Brasil, diversas instituições se referem à creche ou pré-escola usando um ou outro critério, de modo que esta é uma denominação ainda pouco uniforme para os que atuam na área e para a população em geral. A partir de meados dos anos 80, os movimentos em defesa das populações infantis com vistas à Constituinte e à nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, vêm usando a expressão "educação da criança de 0 a 6 anos" ou "educação infantil" para designar o trabalho em creches e pré-escolas(3), expressões que se consolidaram em documentos oficiais.(4)
Creches e pré-escolas são modalidades de educação infantil. O trabalho realizado no seu interior tem caráter educativo e visa garantir assistência, alimentação, saúde e segurança com condições materiais e humanas que tragam benefícios sociais e culturais para as crianças. Hoje, apesar da ambigüidade dos nomes, entendemos como creche o espaço para crianças de 0 a 3 anos e pré-escola para crianças de 4 a 6 anos, de meio período ou horário integral, cuja responsabilidade é ou deveria ser assumida pela instância educacional pública. Creches e pré-escolas são instituições de educação infantil a que todas as crianças de 0 a 6 anos têm direito.
importância da educação da criança de 0 a 6 anos - seu papel social

A educação infantil tem papel social importante no desenvolvimento humano e social. A prioridade é a escola fundamental, com acesso e permanência das crianças e aquisição dos conhecimentos, mas a luta pela escola fundamental não contraria a importância da educação infantil – primeira etapa da educação básica – para todos. Em trabalho recente, Campos (1997) sintetizou os principais resultados de pesquisas feitas na Grã-Bretanha, Estados Unidos e América Latina, que avaliaram os efeitos da freqüência a programas de educação infantil sobre o desenvolvimento e a escolaridade posterior de crianças de diversas origens sociais, étnicas e culturais. Concluiu que a freqüência à pré-escola favorece resultados de testes realizados no início da escolaridade formal; as crianças mais pobres parecem se beneficiar mais dessa experiência, sendo a qualidade da pré-escola e da escola essencial. Embora a posição dos países sobre a educação da criança variem com a conjuntura política, para Campos a educação infantil se configura como uma das áreas educacionais que mais retribui à sociedade os recursos nela investidos, contribuindo para o desempenho posterior. Mas os argumentos mais fortes e contundentes sobre a importância da
educação infantil se situam no plano dos direitos sociais da infância, de sua cidadania.

A Constituinte de 1988, as Constituições Estaduais, as Leis Orgânicas dos Municípios, o Estatuto da Criança e do Adolescente e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional asseguram hoje o direito de todas as crianças a creches e pré-escolas. Mas em termos quantitativos esse direito legal está longe de ser realidade, embora haja consenso quanto à sua importância. De uma população de 21 milhões de crianças de 0 a 6 anos (12 milhões de 0 a 3 anos e 9.539.656 de crianças de 4 a 6 anos), apenas 25.07% freqüenta creche ou pré-escola: 47.80% das crianças de 4 a 6 anos, mas apenas 7.57% das crianças de 0 a 3. Esses 25,07% indicam que estamos longe de uma situação democrática, mas avançamos muito, pois em 1975 apenas 3,51% de crianças de 0 a 6 anos recebiam atendimento, inclusive da rede privada.
Mas qualquer educação infantil contribui para o desenvolvimento humano e social? Também em termos qualitativos o trabalho realizado em creches e pré-escolas não é ainda democrático: muitas têm apenas caráter assistencial ou sanitário, que são importantes mas não substituem a dimensão educativa, social e cultural, cruciais para favorecer o desenvolvimento das crianças e seu direito de cidadania. A educação infantil como espaço de socialização e convivência, que assegure cuidado e educação da criança pequena, não é ainda realidade das creches e pré-escolas brasileiras.
infância e cultura - outros espaços de educação infantil

As crianças são seres sociais, têm uma história, pertencem a uma classe social, estabelecem relações segundo seu contexto de origem, têm uma linguagem, ocupam um espaço geográfico e são valorizadas de acordo com os padrões do seu contexto familiar e com a sua própria inserção nesse contexto. Elas são pessoas, enraizadas num todo social que as envolve e que nelas imprime padrões de autoridade, linguagem, costumes. Essa visão de quem são as crianças - cidadãos de pouca idade, sujeitos sociais e históricos, criadores de cultura - é condição para que se atue no sentido de favorecer seu crescimento e constituição, buscando alternativas para a educação infantil que reconhecem o saber das crianças (adquirido no seu meio sócio-cultural de origem) e oferecem atividades significativas, onde adultos e crianças têm experiências culturais diversas, em diferentes espaços de socialização.
Muitos estudos criticam a dominação que ainda está presente na educação infantil; o adultocentrismo marca as produções teóricas e as instituições. Reconhecer na infância sua especificidade - sua capacidade de imaginar, fantasiar e criar - exige que muitas medidas sejam tomadas. Entender que as crianças têm um olhar crítico que vira pelo avesso a ordem das coisas, que subverte o sentido da história, requer que se conheça as crianças, o que fazem, de que brincam, como inventam, de que falam.(5) Nesta concepção de infância, história e linguagem são dimensões importantes de humanização: há uma história a ser contada porque há uma infância do homem. Se compreendermos as crianças, compreenderemos melhor nossa época, nossa cultura, a barbárie e as possibilidades de transformação. Para a educação infantil desempenhar seu papel no desenvolvimento humano e social é preciso que a criança não seja vista como filhote ou semente, mas como cidadã criadora decultura, o que tem implicações profundas para o trabalho em creches, pré-escolas e outros espaços, de caráter científico, artístico ou cultural, já que "as crianças se sentem irresistivelmente atraídas pelos destroços que surgem da construção, do trabalho no jardim ou em casa, da atividade do alfaiate ou do marceneiro. Nestes restos que sobram elas reconhecem o rosto que o mundo das coisas volta exatamente para elas, e só para elas. Nestes restos elas estão menos empenhadas em imitar as obras dos adultos do que em estabelecer entre os mais diferentes materiais, através daquilo que criam em suas brincadeiras, uma nova e incoerente relação. Com isso, as crianças formam seu próprio mundo das coisas, mundo pequeno inserido em um maior" (Benjamin, 1984, p. 77).
As crianças precisam criar, construir e desconstruir, precisam de espaços com areia, água, terra, objetos variados, brinquedos, livros, jornais, revistas, discos, panos, cartazes, e também espaços cujo objetivo é a experiência com a cultura, a arte e a ciência, de que com freqüência as crianças pequenas são alijadas: mesmo nas grandes cidades, a maior parte dos locais está longe de contemplar as necessidades das crianças de 0 a 6 anos. Falta nos nossos municípios valorização de espaços de arte, história e cultura; faltam brinquedos e/em praças e parques; brinquedotecas elocais para crianças pequenas em clubes, museus, bibliotecas, hospitais, postos de saúde, bancos - instituições para onde as levam os adultos por longos períodos de tempo. Mesmo as escolas, creches e pré-escolas precisam de espaços de brincar, garantindo o direito das crianças, e prestando relevante serviço às famílias.

infância e educação: desafios e possibilidades hoje

Muitos são os desafios das políticas sociais para a infância. Questões relativas à situação política e econômica e à pobreza das nossas populações, questões urbanas e sociais, problemas educacionais específicos assumem proporções graves e exige respostas firmes e rápidas, nunca fáceis. Muitas são também as possibilidades de enfrentar a questão. Hoje, vivemos o paradoxo de ter um conhecimento teórico avançado sobre a infância, enquanto assistimos com horror a incapacidade da nossa geração de lidar com as populações infantis e juvenis. De que modo as pessoas percebem as crianças? Qual é o papel social da infância na sociedade moderna? Que valor é atribuído à criança por pessoas de diferentes classes e grupos sociais? O que significa ser criança em diferentes culturas? Como trabalhar com crianças pequenas, considerando seu contexto de origem, seu desenvolvimento e os conhecimentos, direito social de todos? Como assegurar que, diante da diversidade das populações infantis e das contradições da sociedade contemporânea, a educação cumpra seu papel social? Este texto não responde a essas questões, mas se sente comprometido com elas e com uma sociedade fundada no reconhecimento do outro, nas diferenças (de cultura, etnia, religião, gênero, classe, idade) e na superação da desigualdade.
A população brasileira, a partir da progressiva consciência de seus direitos e da participação em movimentos sociais, teve papel central numa das maiores conquistas da educação infantil no Brasil: o reconhecimento, na Constituição de 1988, do direito à educação de todas as crianças de 0 a 6 anos e do dever do Estado de oferecer creches e pré-escolas para tornar fato este direito. Movimentos sociais e instâncias públicas (municipais e estaduais) vêm se esforçando no sentido de expandir com qualidade a educação infantil e enfrentar os desafios que se colocam. Pela primeira vez na história da educação brasileira, 1994, foi formulada uma política nacional de educação infantil, com diretrizes para a formação dos profissionais.
Mas, a fim de que a educação infantil de qualidade seja de fato direito de todos coloca-se como desafio urgente, a formação profissional de todos os professores: formação como direito à educação, de todos (crianças, jovens, adultos e dentre eles os professores); formação nas áreas básicas do conhecimento (língua, matemática, ciências naturais e ciências sociais); e formação cultural, com oportunidade de se discutir valores, preconceitos, experiências e a própria história. Formação entendida como qualificação, na melhoria da qualidade do trabalho pedagógico, e de profissionalização, garantindo avanço na escolaridade, carreira e salário. Formação que implica em constituir identidades, ponto crucial frente à crescente evasão de professores. Formação que – seja continuada (com novas propostas pedagógicas), seja inicial (em escolas de formação de magistério e na universidade) - garanta espaço para a pluralidade e para que professores narrem suas experiências, reflitam sobre práticas e trajetórias vividas, compreendam a sua própria história, redimensionem o passado e o presente, ampliem seu saber e seu saber fazer. Formação
permanente exercida com condições dignas de vida e de trabalho e concebida no interior de uma política cultural sólida e consistente.
No entanto, hoje não há previsão orçamentária ou dotação de recursos financeiros específicos para a educação infantil. E recursos são cruciais, de modo a que não tenhamos apenas uma conquista formal. Se as crianças são cidadãs e a educação infantil é seu direito, não destinar recursos é abrir mão de concretizá-lo; é negar esse direito às populações infantis. E o custo social deste descaso será inestimável. A formação cultural das crianças e seus professores é direito de todos pois todos - crianças e adultos - são sujeitos históricos e sociais, cidadãos produzidos na cultura e criadores de cultura. Cidadãos que têm direitos sociais, entre eles o direito à educação.

 
Bibliografia

BENJAMIN, Walter. Reflexões: a criança, o brinquedo, a educação. São Paulo, Summus, 1984.
CAMPOS, Maria Malta. A constituinte e a educação da criança de 0 a 6 anos. In: Cadernos de Pesquisa, São Paulo: Fundação Carlos Chagas, n. 59, p. 57-65,novembro 1986.
___. "Atendimento à infância na década de 80: as políticas federais de financiamento" In: Cadernos de Pesquisa, São Paulo: Carlos Chagas, n. 82, p. 5-20, agosto 1992.
FREIRE, Paulo. Educação como prática de liberdade, Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1979.
FREIRE, Paulo. Ação cultural para a liberdade, Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1981.
FRIEDMANN, Adriana et alii. O direito de brincar: a brinquedoteca, São Paulo, Scritta/Abrinq, 1992, p. 21-59
JOBIM E SOUZA, Solange. Infância e linguagem: Bakhtin, Vygotsky e Benjamin. Campinas, Papirus, 1994.
KRAMER, Sonia & JOBIM E SOUZA, Solange. Educação ou tutela?: a criança de 0 a 6 anos. São Paulo: Loyola, 1988
KRAMER, Sonia. e LEITE, M. I. Infância: fios e desafios da pesquisa. Campinas, Papirus, 1996.
KRAMER, Sonia. e LEITE, M. I. Infância e Produção Cultural, Campinas, Papirus, 1998.
KRAMER, S, LEITE, M. I., GUIMARÃES, D. NUNES, M. F. Infância e educação infantil Campinas, Papirus, 1999.
KRAMER, Sonia. Por entre as pedras: arma e sonho na escola, São Paulo, Ática, 1993.
MEC/SEF. Por uma política de formação profissional de educação infantil, Brasília, 1994.
MEC/SEF. Educação infantil no Brasil: situação atual. Brasília, 1994b.
___. Política nacional de educação infantil. Brasília, 1994c.
__. Critérios para um atendimento em creches que respeite os direitos fundamentais das crianças. Brasília, 1995b.
___. Propostas pedagógicas e currículo em educação infantil. Brasília, 1996.
01 – Enviado a convite para a Revista Textos do Brasil, Brasília, Ministério das Relações Exteriores, 1999.
02 – Professora do Departamento de Educação da PUC-Rio, onde coordena o Curso de Especialização em Educação Infantil.

03 – A expressão "educação infantil"foi cunhada a partir das discussões em torno da Constituinte de 1988 e da LDB. Ver entre outros, CAMPOS, Maria Malta. A Constituinte e a educação da criança de 0 a 6 anos. In: Cadernos de Pesquisa, São Paulo, Fundação Carlos Chagas, no 59, p. 57-65, nov 1986; KRAMER, Sonia. Criança e legislação: a educação de 0 a 6 anos. Em Aberto, Brasília, ano 7, no 38, p. 33-38, abril-junho 1988; KRAMER, Sonia. Políticas de Educação para crianças de 0 a 6 anos no Brasil: o desafio de construção da cidadania. In: KRAMER, Sonia, A política do pré-escolar no Brasil: a arte do disfarce. São Paulo, Cortez Editora, 1992, 4a edição, p. 119-131.
04 – Entre nós, "educação da 1a infância" não é usada nem nos meios acadêmicos nem nos documentos oficiais.
05 – Ver: JOBIM E SOUZA, 1994; KRAMER e LEITE, 1996; KRAMER, 1993.
* Coordenadora do Departamento de Pesquisas Educacionais da Fundação Carlos Chagas eConselheira do Conselho Estadual de Educação de São Paulo.

http://educartudo-eliandra.blogspot.com.br/p/educacao-infantil.html

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quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Resenha do Livro "A Criança e o Número" de Constance Kamii

Resenha do Livro "A Criança e o Número" de Constance Kamii




 
               Constance defende que, diferentemente do que algumas interpretações indicam, desenvolver e exercitar os aspectos lógicos do número com atividades pré-numéricas (seriação, classificação e correspondência termo a termo) é uma aplicação equivocada da pesquisa de Jean Piaget.     A característica principal do conhecimento, segundo Piaget, “é que sua natureza é preponderantemente arbitrária”. (Kamii, 1990). Arbitrário porque alguns povos o comemoram, enquanto outros não. Portanto, não há qualquer relação de natureza física ou lógico matemático entre o objeto e a sua denominação.    Conhecimentos como estes são passados pela transmissão de uma pessoa para outra ou entre pessoas de diferentes gerações.
 
            Os assuntos abordados na leitura inicial dão conta de como a criança compreende a construção do número. Segundo a autora a internalização do conceito de número depende do nível mental que Jean Piaget (1998) nomeia de reversibilidade. Reversibilidade é a capacidade de fazer, desfazer mentalmente a mesma operação. Para ele a criança não pode conceituar adequadamente o número até que seja capaz de conservar quantidades, tornar reversíveis as operações, classificar e seriar. Assim, o educando constrói, no seu intelecto, a noção de número.
 
Aplicando a teoria de Piaget, o professor pode utilizá-la discutindo sobre quatro aspectos:
 
1º etapa – Igualdade – a pessoa que realiza a experiência pede para que a criança coloque fichas vermelhas na mesma quantidade de fichas azuis (já dispostas à frente da criança);
 
2º – Conservação – a pessoa muda à colocação das fichas (separando ou juntando-as), diante da criança e pergunta se ainda há o mesmo número de fichas e como ela sabe;
 
3º – Contra Argumentação – se a criança acerta a resposta, argumenta-se que uma outra disse que havia mais fichas na fileira mais comprida e pergunta quem está certa, caso a criança dê uma reposta errada, deve lembrá-la que foram colocadas às mesmas quantidades de fichas e nenhuma foi retirada das fileiras;
 
4º – Quantidade – o experimentador pede para que a criança conte as fichas azuis e esconde as vermelhas. Perguntam-se quantas vermelhas a criança acha que existem, se pode adivinhar sem contá-las e como sabe qual é o resultado.
 
No primeiro capítulo fala que para Piaget há três tipos de conhecimentos:conhecimento físico: é o conhecimento exterior dos objetos, através da observação; as relações (diferenças, semelhanças) são criadas mentalmente pelas pessoas quando relacionam com dois objetos. Conhecimento lógico-matemático: a origem deste conhecimento é interna ao indivíduo; define-se como a coordenação das relações, onde a criança consegue ver que há mais elementos num todo do que nas partes; a abstração das características dos objetos é diferente da abstração do número; na abstração dos objetos usou-se o termo abstração empírica (focaliza uma característica e ignora a outra, estabelecendo as diferenças entre os objetos para depois relacioná-los), e na abstração do número, utilizou-se o termo abstração reflexiva (construção de relações entre os objetos); o número é uma junção de dois tipos de relações, uma é a ordem e a outra é a inclusão hierárquica (colocam-se todos os tipos de conteúdos, dentro de todos os tipos de relações). Conhecimento social: são as reuniões construídas pelos indivíduos, sua natureza é resultante só da vontade; este conhecimento necessita de uma estrutura lógico-matemática para a organização e assimilação.
 
No início do segundo capítulo, a autora comenta sobre Piaget, onde ele declara que “a finalidade da educação deve ser a de desenvolver a autonomia da criança, que é indissociavelmente social, moral e intelectual” (p.33). Autonomia significa agir por leis próprias, na educação tem o objetivo de não opinar sobre o que não acreditam. Isto porque, os professores mantêm as crianças nas regras, através de sanções, como as estrelinhas, prêmios, notas, etc.
 
No capítulo seguinte, Kamii escreve sobre os princípios de ensino, que são apresentados em três títulos: A criação de todos os tipos de relações – a criança que pensa na sua vida cotidiana, consegue raciocinar sobre muitos outros assuntos ao mesmotempo; a quantificação de objetos – deve-se apoiar a criança a pensar sobre número e quantidade de objetos, quantificando-os com conhecimento lógico, comparando conjuntos móveis e a interação social com os colegas e os professores – apoiar a criança a conversar com seus colegas e imaginar como está desenvolvendo o raciocínio em sua cabeça.
 
Ela apresenta também algumas questões cruciais que desafiam especialistas, professores e pais em relação à aquisição e ao uso do conceito de número pelas crianças de 4 a 7 anos. A criança nessa faixa etária é capaz de desenvolver várias habilidades necessárias a construção da noção de número, como por exemplo: observar, contar, calcular, classificar, seriar. A partir dessas capacidades ela poderá ter condições de construir a inclusão hierárquica, que...
 
No capítulo final, comenta-se sobre as situações que o professor pode aproveitar para ensinar os números. São apresentadas em dois tópicos: vida diária e jogos em grupo. Para se ensinar quantificação, é necessário ligá-la à vivência da criança, distribuindo os materiais, dividindo os objetos em partes iguais, coleta dos objetos, registro de dados e arrumação da sala de aula e votação.



Referências Bibliográficas

A Crianca e o NumeroKamii, Constance
EDITORA PAPIRUS

http://aprendendomatematica-3.blogspot.com.br/2012/10/resenha-do-livro-crianca-e-o-numero-de.html

Obrigado pela visita, volte sempre.

Secr. da Educação/SP - Professor de Educação Básica I - 5.734 Vagas, prova 2014

, e gabarito





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segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Geometria - sugestões de atividades

Geometria - sugestões de atividades


          Atividades com FORMAS GEOMÉTRICAS 








PROJETO: FIGURAS CORES E FORMAS
Turma: ______________________________ 
Turno: ______________________________ 
Professoras:________________________________
OBJETIVOS: 
Desenvolver no aluno:
* O raciocínio lógico; 
* Identificar cores e formas; 
* Nomear cores e formas;
* Ampliar vocabulário; 
* As coordenações motoras, visuais e auditivas; 
* A criatividade através das formas geométricas e cores; 
* A socialização e cooperação entre os grupos; 
* A habilidade do uso do computador; 
* Criar desenhos livres usando as formas geométricas; 
* Produzir trabalhos de arte, utilizando linguagem do desenho, da pintura, da colagem e da construção.
JUSTIFICATIVA:
Este projeto tem o objetivo de fazer com que a criança conheça as cores e formas que estão presentes em todos os ambientes em que vive. Nesta fase, é importante propiciar à criança a visualização, exploração, contato e manuseio de diversos objetos que compõem o universo das cores e formas, possibilitando a criança identificá-las. Participarão deste projeto crianças de três anos de idade, participativas e curiosas em contínuo processo de desenvolvimento e descobrimento do seu mundo.
Através do computador os alunos entram em contato com a informática de uma forma lúdica e prazerosa onde a apreensão de conhecimentos relativos a esse saber como denominação das partes que compõem o computador, sua lógica de funcionamento, linguagem e terminologias referentes ao mesmo, controle de periféricos como mouse, teclado, etc., cuidados com a máquina e todo um primeiro reconhecimento desse instrumento cada vez mais presente em sua vida está se dando naturalmente pelo uso freqüente, desmistificado e ligado à sua prática escolar.
Se nossas crianças já estão nesse mundo permeado de informatização e todos os dias mais enquadradas nos novos paradigmas gerados e nas novas formas de relação com o conhecimento, não podemos ignorar esse fato e limitá-las ao uso de tecnologias obsoletas e pouco instigantes. A mudança passou, antes, pela estrutura escolar como um todo e na prática pedagógica.
METODOLOGIA:
Será trabalhada com os alunos em sala: -Coordenações motoras visuais e auditivas; -Formas geométricas encontradas no seu ambiente; - Trabalhar com figuras de animais, paisagens para que as crianças descrevam oralmente; - Desenhos livres, usando a imaginação; No Laboratório de informática: -Será trabalhado no programa Tux Paint, tendo este programa como auxilio no desenvolvimento das atividades.
Disciplinas: 
•Linguagem oral e escrita
•Artes visuais 
•Natureza e sociedade.
•Matemática
•Movimento
•Música.
Conteúdos: 
- Geometria; 
- Cores e formas; 
- Descrição; 
- Higiene; 
- Cooperação e socialização .
AVALIAÇÃO: 
Será feita avaliação ao longo do projeto observando o cumprimento de etapas, bem como a participação, interesse de construir as figuras a partir do programa Tux Paint, cooperação, socialização e criatividade de cada aluno.


PROJETO CORES E FORMAS GEOMÉTRICAS
1) Tema: Brincando com Cores e Formas
2)Duração 
• Aproximadamente dois meses.
3) Objeto Detonador: Este projeto tem o objetivo de fazer com que a criança 
conheça as cores e formas que estão presentes em todos os ambientes em que 
vive. 
4) Justificativa 
Nesta fase, é importante propiciar à criança a visualização, exploração, 
contato e manuseio de diversos objetos que compõem o universo das cores e 
formas, possibilitando a criança identificá-las. 
5) Perfil do grupo 
Crianças de dois anos de idade, participativas e curiosas em contínuo 
processo de desenvolvimento e descobrimento do seu mundo. 
6) Objetivos 

Conceituais: 
• Identificar cores e formas. 
• Nomear cores e formas. 
• Ampliar vocabulário. 
• Desenvolva percepções visuais, auditivas e táteis. 
• Reconhecer a existência de diferentes formas, (ler) e interpretar. 

Procedimentais: 
• Conhecer e nomear cores e formas. 
• Aprender a usar as cores. 
• Reproduzir cores e formas. 
• Ampliar vocabulário. 
• Reconhecer existência de formas e cores do mundo. 
• Utilizar diversos materiais plásticos para ampliar suas possibilidades de 
expressão. 
• Produzir trabalhos de arte, utilizando linguagem do desenho, da pintura, 
da colagem e da construção. 
• Ampliar o conhecimento do mundo. 
• Desenhar a partir do que foi observado. 

Atitudinais: 
• Interessar-se e demonstrar curiosidade pelo mundo social e natural. 
• Identificar, valorizar e reconhecer as cores e formas. 
• Deleitar-se no momento de desenhar. 
• Apreciar as artes visuais. 
• Possibilitar a integração com pessoas e ambientes. 

7) Áreas
• Linguagem oral e escrita. 
• Artes visuais. 
• Natureza e sociedade. 
• Matemática. 
• Movimento. 
• Música. 

8) Etapas 
- Organizar as crianças em rodinha de forma que todas possam olhar-se e
interagir. Conversar sobre as cores primárias e algumas secundárias e sobre 
as formas (quadrado, retângulo, círculo e triângulo). 
- Mostrar fotos coloridas, observando a diversidade de cores e ressaltando 
suas formas. Perguntar a cor preferida de cada um, trabalhando com o lúdico 
(a cor da roupa da criança, etc.). 
- Realizar experiência com anilina nas cores primárias com água em 
recipiente transparente para que observem o resultado. 
- Apresentar os Blocos Lógicos e valorizar suas cores primárias. Permitir
que manuseiem. Propor as seguintes perguntas para despertar sua observação: 
Vocês conhecem os Blocos Lógicos? Quais são essas figuras geométricas? Quais 
suas cores?, Etc. 
- Ouvir a música arco íris (Xuxa), acompanhando o ritmo com o material da 
bandinha; 
- Registrar com guaxe de cores variado o que mais chamou atenção da criança 
na música; 
- Folhar revistas e observar o que mais lhes chama a atenção; 
- Confeccionar mural com figuras escolhidas pelas crianças; 
- Pedir aos pais que mandem uma fruta de casa para fazer uma salada de 
frutas, (explicar aos pais o objetivo da solicitação); 
- Fazer uma salada de frutas junto com as crianças e usar as cores 
trabalhadas. Registrar com colagem de recorte de frutas de revista. 
- Levar as crianças a observarem as cores de tinta que temos. 
- Registrar a cor vermelha: pintar com guaxe o coração. 
- Registrar a cor azul: pintar um céu com buchinha e guaxe e colar estrelas. 
- Registrar a cor amarela: pintar um girassol com cola colorida. 
- Registrar a cor verde: papel crepom molhado e batido. 
- Deixar as crianças misturarem as cores de tinta a seu critério e observar 
as cores novas que descobriu; 
- Falar as crianças, sobre o arco íris, se sabem o que é, quem já viu; 
- Brincar com massinha nas cores do arco íris; 
- Confeccionar um arco íris com as crianças. Registrar o arco íris usando
mistura de cores de tinta guaxe com buchinha. 
- Conversar com as crianças sobre as cores da natureza e seres vivos 
(peixes, mar e conchinhas). Registro com areia e guache misturados, colagem 
de conchinhas e de peixinhos feitos com furador. 
- Organizar um aquário na sala com um peixinho; 
- Escolher um nome para o peixinho; 
- Explicar as crianças quais os cuidados que devemos ter com o peixinho e 
como proceder; 
- Fazer registro de um peixe com colagem de papel celofane. 
- Dividir a tarefa de cuidar do peixinho com as crianças; 
- Explicar aos pais o objetivo da atividade e solicitar autorização para que 
a criança leve o peixinho para passar uma noite em sua casa; 
- Realizar um sorteio em sala e colocar em um cartaz, o roteiro do peixinho 
para que as crianças possam saber quando será sua vez de levar para casa. 
- Ouvir a música "Aquarela". Registrar, usando lápis de cor para aquarela. 
- Explorar os livros da Turma da Mônica chamados: Turma da Mônica e as 
Formas Geométricas e Turma da Mônica e as Cores. Contar a história e 
permitir que as crianças manuseiem os livros. Registro (desenho com 
interferência). 
- Espalhar formas geométricas coloridas pela sala de aula e pedir que as 
crianças as encontrem. Incentivar a dizerem o nome e a cor. Pedir que colem 
esta figura em uma folha e que a partir dela façam um desenho; 
- Fazer uma casinha com formas geométricas, e pedir que montem, 
identificando qual é cada forma. Fazer também um prédio e comparar as formas 
geométricas usadas; 
- Brincar de jogo dos quatro cantos: desenhar um grande quadrado no chão, e 
cada um fica num canto, e tem um pego. Quando a professora fala trocou, os 
colegas tem que trocar de lugar e o pego tem que tentar entrar em um dos 
cantinhos. 
- Esconder em sala algumas formas geométricas. Mostrar uma forma e a turma 
deve encontrar a mesma forma mostrada. Colocar formas geométricas nas 
crianças e pedi-los para achar as mesmas formas; 
- Registro da figura geométrica quadrado: pintar com guaxe o quadrado 
apresentado e ao lado desenhar seu próprio quadrado na cor desejada. 
- Registro da figura geométrica triângulo: utilizar um sorvete na casquinha 
e pedir que coloram apenas o triângulo com giz de cera. 
- Registro da figura geométrica retângulo: a partir do desenho de um 
caminhão, pedir que coloram apenas a parte retangular. 
- Brincar de bolinhas de sabão e enfatizar o formato. Registrar círculos 
coloridos; 
- Trabalho de registro: pintar de azul todos os quadrados. A outra forma 
pinte como quiser. 
- Trabalhar a bandeira brasileira. Fazer o contorno da bandeira brasileira. 
Cortar vários pedacinhos de papel verde em formato de retângulo, vários 
amarelos em formato de losango e vários azuis em formato de círculo. Montar 
um mosaico da bandeira. 
- Colar círculo amarelo numa folha e pedi-los para desenhar um sol. 
- Realizar brincadeira na quadra: usar um grande lençol e várias bolinhas
coloridas (da piscina de bolinha) colocando todas as bolas em cima do lençol 
e fazendo um grande quadrado com todos os alunos segurando-o. Dar um sinal e 
propor que todos sacudam bem o lençol até todas as bolinhas caírem no chão. 
Estas ficarão misturadas, então, propor que corram buscando as bolas por cor 
para guardar. 
- Trabalho de registro montando mosaico com as cores das bolinhas. 
- Colar no chão um quadrado vermelho, um triângulo amarelo e um círculo 
azul. Ir brincando: meninas dentro do círculo azul... Meninos no quadrado 
vermelho... Meninas com cabelo preso no triângulo amarelo... 

Avaliação 
• Será feita avaliação ao longo do projeto observando o cumprimento de
etapas. 

Como apresentar figuras tridimensionais aos pequenos
Desafios práticos que exijam ação e reflexão são o caminho certo para que os alunos aprendam as propriedades e os nomes das figuras
Caixas retangulares, embalagens cilíndricas, objetos tridimensionais variados: sólidos geométricos estão presentes desde cedo na vida das crianças. Apesar disso, é um engano supor que elas vão adquirir conhecimento sobre eles apenas no dia-a-dia. Para desenvolver a habilidade de caracterizar e descrever as propriedades de cada uma dessas representações, é preciso apostar em um trabalho intencional, baseado em desafios práticos que levem a turma a agir (observando, construindo e descrevendo) e a refletir (antecipando e interpretando) sobre figuras e formas. É assim que se aprendem os conteúdos de Espaço e Forma desde a creche.

Na pré-escola, espera-se é que os pequenos compreendam as propriedades dos sólidos, testando seus limites e descobrindo o que podem fazer com cada um deles. Experimente, por exemplo, sugerir à turma que construa a torre mais alta possível com uma quantidade determinada de caixas de diferentes formatos (leia a sequência didática). Passada a ação, leve todos a refletir: quais são as embalagens que dão melhor sustentação? Como devem ser empilhadas: de pé ou deitadas? Por quê? 

Nomear figuras, sim. Mas só para ajudar na comunicação 

É a hora de fazer os pequenos avançarem, aproveitando um diferencial da faixa etária: a partir dos 4 anos, eles já começam a utilizar a linguagem, tanto a gráfica como a verbal, para aprimorar suas ações. Assim, um objeto a que eles antes se refeririam como "coisinha amarela" pode ganhar nomes mais específicos, com a utilização de um vocabulário mais específico: "bloco amarelo" ou, ainda, "caixa retangular amarela". Perceba que saber o nome correto dos sólidos é importante, mas apenas quando há uma necessidade concreta. Para resolver o problema da construção da torre, pode ser importante para uma criança pedir ao colega que pegue a caixa retangular em vez do cubo. Nesse caso, o tipo de pista exige a construção de uma nomenclatura específica para que possa ser mais bem compreendida. 

"A nomeação da forma geométrica deve ocorrer quando ela ajudar a superar uma ineficiência da comunicação", explica Priscila Monteiro, coordenadora da formação em Matemática da prefeitura de São Caetano do Sul, na Grande São Paulo, e formadora do projeto Matemática É D+, da Fundação Victor Civita. Note que essa é uma postura bem diferente da adotada pelo ensino tradicional, que começa a abordar Espaço e Forma justamente pelo nome das figuras - e muitas vezes acaba se restringindo apenas a isso. "Já ouvi muitos professores dizerem que suas classes de pré-escola conheciam o vocabulário específico da geometria, mas que isso não ajudava a resolver problemas. Quando a nomenclatura é uma mera questão de memorização, as crianças não encontram sentido para esse conhecimento", completa Priscila. Desafiando a turma a agir e incentivando-a a explicar o que fez, é possível ir além.

Segue abaixo alguns modelos de atividades que salvei da internet... lembre-se, o ideal é você colocar essas atividades no word e escrever a consigna (título) sempre em caixa alta. Não copiem apenas, coloquem consignas convidativas, para que a criança compreenda o que deve ser feito e a atividade fique realmente significativa para a criança. 
Que tal trabalhar com dobraduras utilizando as formas geométricas??!!









TANGRAM
O que é o Tangram?
O Tangram, um dos enigmas mais populares dos nossos dias, é formado por sete polígonos. O objetivo deste puzzle matemático é organizar todas as peças para formar figuras geométricas.
Este jogo matemático foi, há mais de 100 anos atrás, tão famoso como o cubo de Rubik, ou cubo mágico, sendo jogado por muitos como entretenimento, como ferramenta educativa ou ferramenta matemática. O Tangram facilita o reconhecimento de formas geométricas, resolução de problemas e habilidades de desenho padrão. 
Os sete polígonos que formam o Tangram são designados por "tans", e organizam-se conforme a figura

Objetivo do Tangram 
O objetivo deste jogo matemático é colocar as sete formas geométricas em conjunto para formar um dado desenho. Às vezes, há mais de uma solução. Soluções alternativas são aceitas, desde que as mesmas tenham exatamente o mesmo esquema da figura que se pretende.

Regras base: 
As sete peças devem ser utilizadas;
As peças devem ser planas;
As peças devem se tocar;
As peças não podem se sobrepor;
As peças podem ser giradas e / ou viradas para formar a imagem desejada.
O primeiro desafio que se coloca quando se quer jogar com o Tangram é o próprio Tangram. Desenhá-lo de raiz num material, cor e tamanho por nós escolhidos pode ser uma boa forma de nos apropriarmos deste jogo.
Aqui está um Passo a Passo para montarmos um Tangram
Precisaremos de:
- 1 folha de cartolina, EVA, cartão ou outro material(pode ser madeira para os mais habilidosos)
- Régua,
- Esquadro,
- Lápis,
- Borracha.

Repare no passo a passo da construção do puzzle Tangram. Não é difícil, apenas tem de ser exato.
1º passo: Recorte o EVA ou cartolina em forma de um quadrado:

2º Passo: Trace um seguimento de reta que vai do vértice B ao vértice H, dividindo o quadrado em dois triângulos iguais.

3º Passo: Com a ajuda da régua encontre o ponto médio do seguimento de reta BH

Agora trace um seguimento de reta que vai do vértice A ao ponto D, formando três triângulos.

4º passo: Dobre o vértice J até o ponto D assim formando dois pontos, um no seguimento BJ e outro no seguimento HJ.

Agora trace um seguimento de reta do ponto E ao ponto I.

5º Passo: Trace uma reta perpendicular do ponto D ao seguimento EI (aumente o seguimento de reta AD)

6º Passo: Com a ajuda da régua e do esquadro, trace dois seguimentos de reta paralelos ao seguimento DG e outro ao lado AH.

Para ficar com um Tangram verdadeiramente personalisado pinte-o, ou decore-o como quiser, depois recorte todas as figuras geométricas e terá as sete peças do Tangram.

As imagens abaixo foram retiradas de vários locais na internet e são um apanhado de algumas das muitas imagens que se podem fazer com o Tangram

*Você pode recortar as figuras do tangram no e.v.a (tamanho grande) e depois desenhar algumas figuras que podem ser formadas com o tangram (só a silhueta) e entregar para que a criança tente montar, como se fosse um quebra cabeça.

Veja esse exemplo:


Mais alguns modelos...
*Alfabeto

*Animais

*Figuras variadas

Quero acrescentar ainda que, apesar da forma original do Tangram ser quadrada, existem Tangram em várias formas como a oval e a redonda




BLOCOS LÓGICOS

Descrição do material:
Material criado por Dienes. Constitui-se de 48 peças que combinam quatro atributos em cada uma, sendo estes: 
*tamanho - grande e pequeno
*cor - amarelo,azul e vermelho
*forma - círculo, quadrado, triângulo e retângulo
*espessura - grosso e fino.

Objetivo do material:
Os blocos lógicos são de grande utilidade para os educandos, auxiliando-os na elaboração de raciocínio, passando gradativamente do concreto para o abstrato. Com o auxílio dos "Blocos Lógicos", os alunos organizam seus pensamentos, assimilando conceitos básicos de cor, forma e tamanho, além de realizar atividades mentais de seleção, comparação, classificação e ordenação.

Sugestões de atividades:
- Manipular a vontade por alguns minutos
- Criar um desenho usando as formas geométricas
- Agrupar as figuras de mesma cor
- Agrupar as figuras de mesma forma
- Contar quantas figuras tem ao todo
- Imitar uma seqüência montada pelo professor, utilizando um só atributo;
- Solicitar da criança qual o "segredo da seqüência" (cor,tamanho,etc);
- Ordenar as peças utilizando critério próprio, determinado pela criança;
- Poderemos utilizar dois atributos na realização das mesmas atividades. Além destas, iniciamos com atividades para identificação de conjuntos de elementos mediante os seus atributos comuns;
- Podemos utilizar os quatro atributos aso mesmo tempo, exigindo maior abstração e raciocínio lógico no desenvolvimentos das atividades.
- Proporcionar momentos de construção com as peças (atividade livre)






Espaço e Forma

Observe o desenho, o menino está formando figuras com elásticos no seu geoplano. Ele já fez várias figuras.
Que tal você também inventar figuras utilizando a malha quadriculada? Depois, pinte bem colorido e compare com as de seus colegas. ( Estas atividades podem ser expostas no varal da criatividade para que todos possam ver).



CIRCUITOS
Ensinar noções básicas de matemática e geometria fica muito mais fácil quando se sabe aproveitar a curiosidade natural de crianças em idade pré-escolar. Um dos conteúdos previstos no Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil é o trabalho com forma e espaço, ou seja, mostrar que os objetos têm formatos próprios (círculos, quadrados etc.) e que é possível mostrar lugares (como a sala, a escola e as ruas do bairro) na forma de desenho. Caminhos percorridos de um ponto a outro, como um circuito de obstáculos, e a representação oral e gráfica desses percursos, com mapas artesanais, são bons exemplos de como fazer isso. "Um trabalho intencional com a matemática contribui para elaborar e sistematizar esses novos conhecimentos", diz a consultora Priscila Monteiro. 

Nas Orientações Didáticas do Referencial Curricular, no que diz respeito ao desenvolvimento do conteúdo de espaço e forma, está previsto que as experiências ocorram, prioritariamente, na sua relação com o mundo à nossa volta - e não partindo da geometria propriamente dita. O texto ainda diz que o trabalho na Educação Infantil deve apresentar desafios para a turma. Ações como construir e deslocar-se são tão importantes quanto o registro dessas mesmas ações. O objetivo é levar a garotada a adquirir um controle maior sobre seus atos, de forma a permitir que problemas de natureza espacial possam ser resolvidos, potencializando o desenvolvimento do pensamento geométrico, mesmo que ainda não seja a hora de utilizar essa nomenclatura.
Brincadeira com conteúdo 

A professora Regina Lúcia de Miranda Conceição, de Osasco, na Grande São Paulo, desenvolveu com sua classe de 5 anos algumas atividades de percurso durante dois meses. "Para coordenar as informações que percebem do espaço, as crianças precisam ter oportunidade de observar essas informações, descrever e representá-las." Ela conta que, há alguns anos, fazia essa tarefa sem a preocupação com conteúdos, só como uma brincadeira mesmo. Com o passar do tempo, percebeu que, além da coordenação motora e do esquema corporal necessários para equilibrar-se, rolar, andar agachado, arrastar e pular, é possível levar os pequenos a evoluir para a percepção de deslocamentos de um local para outro, construindo a noção de ponto de referência.
O ponto de partida pode ser uma roda de conversa, para explicar o que é um percurso. Em seguida, o ideal é levar a meninada ao local onde a atividade será realizada (seja o pátio da escola, seja um parque próximo). Nesse momento, cada criança deve ter a chance de apresentar como ela acredita ser possível fazer a trilha, usando os materiais disponíveis: cadeiras, pneus, colchões, mesas, latas, cabos de vassoura e outros objetos do cotidiano. O grande barato é que todos participam da brincadeira e avançam coletivamente na construção do conhecimento. Em seguida, cabe a você mostrar como representar graficamente o trajeto desenvolvido pelo grupo. Todos vão adorar esse exercício de transposição do real para o desenho no papel. 

Mais complexo e aprofundado é o trabalho com deslocamentos - da escola para casa ou até outro local próximo. No princípio, dificilmente a turma conseguirá planejar esses trajetos (nem os mais simples). É necessário, então, deixar que todos se manifestem oralmente para contar como acreditam que se faz essa "viagem" mais longa. Aos poucos, dá para apresentar três situações distintas para a classe: o microespaço (dentro da própria escola), o mesoespaço (o que está em torno do prédio) e o macroespaço (distâncias maiores, como a que precisa ser feita até a casa das crianças, o que exige a compreensão do conceito de ponto de referência para poder criar um mapa que ajude qualquer outra pessoa a chegar corretamente ao destino). 

Para Priscila Monteiro, o ensino tradicional de noções de geometria na Educação Infantil restringe-se à apresentação do nome das formas (triângulo, retângulo etc.) e suas propriedades, em vez de ajudar a turma a organizar sua relação com o espaço. "Daí a importância de explorar os deslocamentos reais que as crianças fazem e ensinar jeitos de representá-los." 
É justamente aos 4 ou 5 anos que se constroem os conceitos espaciais. Isso se dá de forma progressiva: aprender a desviar de obstáculos, abaixar-se quando é necessário passar por baixo de alguma coisa, descobrir caminhos diferentes para chegar ao mesmo lugar e, finalmente, começar a compreender os trajetos que cada um percorre diariamente. O matemático francês Henri Poincaré (1854-1912) já dizia que "para um sujeito imóvel não há espaço nem geometria", o que ajuda a ressaltar a importância do movimento nessa fase do desenvolvimento infantil.
O tesouro do conhecimento

Conhecer a vizinhança por meio de um mapa do tesouro. Foi assim que a professora Denise Ziviani apresentou os conteúdos de proximidade, posição, lateralidade, deslocamento e representação de espaços para sua turma de 4 e 5 anos da Escola Anjo da Guarda, em Curitiba. O projeto durou um semestre inteiro e o interesse da garotada por histórias de tesouros secretos garantiu a participação de todos. 
A classe foi dividida em dois grupos de 9 crianças. Cada grupo montou um "tesouro": fotos (recortadas de revistas) de jóias e relógios. Tudo foi colocado dentro de uma caixa, que a garotada escondeu antes de desenhar o mapa. "Falamos sobre os pontos principais do trajeto que deveria ser feito desde a sala até o esconderijo e dei algumas pistas de locais de referência", lembra Denise. O desafio era representar o trajeto de forma que o outro grupo encontrasse o tesouro. Em vez de se preocupar com os conceitos envolvidos nos mapas tradicionais, as crianças desenharam o passo-a-passo de olho no trajeto real e nas relações de vizinhança.

Quebra cabeça
(para salvar é só clicar na imagem, salvar no seu computador e imprimir. Em seguida, passe os moldes para o E.V.A para que as crianças possam brincar e montar)










Rimas sobre as Formas Geométricas

Eu sou o Quadrado
Bonito demais
Tenho quatro lados
E todos iguais
E eu sou o Círculo
Sou igual à lua
Sou o mais bonito
Lá da minha rua
Eu sou o Triângulo
Tenho três biquinhos
De chapéu eu sirvo
Para os palhacinhos
Eu sou o Rectângulo
Cresci mais de um lado
Para fazer inveja
Ao senhor quadrado

Estas rimas são para trabalhar as formas geométricas. Podem explorá-las de diferentes formas, nomeadamente fazer um cartaz na sala com estas rimas e o desenho das figuras geométricas feitas pelas crianças. Ou fazer um livrinho, em que cada folha tem a rima de uma forma geométrica e eles desenham a respectiva figura geométrica.

Segue um modelo de livrinho (não foi feito com essa poesia, mas serve como exemplo para a confecção do mesmo)







E que tal trabalhar o alfabeto utilizando algumas dobraduras??!!























E que tal trabalhar com algumas imagens e pinturas fazendo observações e reproduções...
Observações:
* cores
* formas
* quantidades
* texturas
Reproduções:
* recorte
* colagens
* pinturas (livre, a dedo, pincel, esponjado, etc...)
Segue algumas imagens para essa atividade






Lembrem-se: Na Educação Infantil existem diversas formas para explorar os conteúdos sem utilizar só lápis e papel. A maioria das atividades propostas acima são um exemplo disso. Você pode montar uma sequencia de atividades práticas (visual, oral, concretas), para depois fazer o registro em folha. Eu particularmente acho que até aqui já garantimos a aprendizagem do conteúdo de uma forma bem lúdica, principalmente com atividades de observação, reprodução, pinturas, recorte e colagens já seriam uma boa atividade com registro, mas de qualquer forma, cada um sabe das necessidades de sua sala. 
Segue alguns modelos de atividades em folha.






















































Para modificar essas atividades, deixando-as em caixa alta, basta salvá-las e postar no Microsoft Word. Em seguida façam as modificações necessárias e acrescente ou tire o que desejar (no Paint também fica ótimo). Veja só um exemplo. Peguei essa figura da árvore, colei no Paint e apaguei a parte escrita. Abri o Word, coloquei a consigna (título) e colei a árvore complementando a atividade. Uma atividade como essa (de recorte e colagem) deve ser feita em folha A4 inteira. Aqui coloquei a mesma atividade em uma folha só para exemplificar. 


Você também pode fazer um jogo de alinhavo, que além de trabalhar as formas geométricas também ajudará na coordenação motora fina das crianças. Esse modelo abaixo são de figuras feitas no feltro, mas você pode fazer tranquilamente as formas no e.v.a. Nem é necessário colocar o ilhós, basta fazer as formas no e.v.a, furar na borda com o furador comum (de um furo só) e comprar fio de cadarço (que é bem baratinho). Pode ter certeza que as crianças irão amar!!!

E que tal confeccionar um jogo da memória??!!

Construção de figuras no tri dimensional


Mais alguns modelinhos de quebra cabeça (esses foram feitos para trabalhar frações, mas também podem ser adaptados como quebra cabeça)


Separar alguns objetos de acordo com as formas

Confecção de alguns cartazes e exposição dos trabalhos das crianças






Ensinar Geometria é muito mais do que apresentar as diferentes formas geométricas à turma e mostrar seus nomes e características. Para que os alunos desenvolvam o pensamento geométrico, é preciso que entrem no jogo dedutivo. Cabe a você propor atividades desafiadoras, que explorem a capacidade de planejar e antecipar a solução de problemas.
Créditos:
* http://www.fafich.ufmg.br ~educ / graça_edson /teste/index.htm
* http://www.slideshare.net/guest3a9cb/projetofiguras-cores-e-formas-presentation
* http://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil/4-a-6-anos/exploracao-espacos-pre-escola-educacao-infantil-matematica-forma-geometria-541707.shtml?page=1
* Cantinho Lúdico
* http://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil/4-a-6-anos/construcao-solida-427370.shtml
* http://mentesirrequietas.blogspot.com/2011/06/tangram-construcao.html


Retirado do site: http://elisacarla.blogspot.com.br/2011/10/atividades-com-formas-geometricas.html



Eu pesquisei no Google,  selecionei algumas  atividades . Se você for o dono de algumas das atividades postadas, por favor, entre em contato para que eu possa dar os devidos créditos. OBRIGADA!!!

fonte: http://espacoaprendente.blogspot.com.br/2012/05/geometria-sugestoes-de-atividades.html

Obrigado pela visita, volte sempre.

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