quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

O Santo Nome Religião Música Política Culinária Vegetariana Vídeos Imagens Cultura e Bem Viver: A sintomatologia histérica

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A sintomatologia histérica



A sintomatologia histérica

A vida moderna convida ao eremitismo porque as pessoas parecem que andam parvas e não se consegue ter uma conversa decente a não ser mediante a repetição de lugares comuns. O problema está na dificuldade que muita gente tem em perceber as coisas mais óbvias, e não me refiro apenas aos estultos que não conseguem acompanhar um raciocínio elementar mas sobretudo àqueles, especialmente os dotados de um intelecto treinado, que não conseguem aceitar os dados brutos da realidade imediatamente acessíveis aos sentidos, incluindo as acções que eles mesmos produzem, ou seja, àqueles que “não conseguem ver um boi à sua frente”. Não se pode dizer que seja uma queda somente devida à moderna educação ou ao excesso de “informação”, porque a mutação deu-se também em pessoas que já não estavam em idade escolar, além de que os sintomas são muito menores em alguns países em que existe a mesma psicose informática.

O sintoma a que me refiro é mais propriamente o da histeria disseminada. O histérico é aquele que, na fórmula compacta do filósofo Olavo de Carvalho, não sente o que ele vê mas vê o que ele sente. Andrew Lobaczewski, no livro Political Ponerology, identificou o fenómeno da disseminação da sintomatologia histérica sob domínio de lideranças psicopáticas. George Orwell já tinha descrito o fenómeno de forma hiperbólica no livro 1984, e certamente que é nos sistemas totalitários que podemos mais facilmente observar o processo decorrendo. Enquanto o psicopata no poder mente sabendo que o faz, o histérico mente para se encaixar na situação constrangedora em que se encontra e depois acaba mesmo por deformar a sua divisão das coisas. O fenómeno também ocorre de forma maciça nas democracias, embora seja mais difícil de identificar, não só porque aqui é usado um conjunto disperso de meios mas porque os psicopatas que efectivamente detém o poder não são facilmente identificáveis, não podendo ser mapeados directamente pelos cargos de governo do país. Contudo, creio que em Portugal o fenómeno é ainda mais insólito, por razões que apresentarei abaixo.

Não é difícil de identificar o fenómeno da liderança psicopática e da disseminação da sintomatologia histérica no caso do governo de José Sócrates. O antigo primeiro-ministro usava a estratégia, aparentemente pueril, de se vitimizar ante qualquer acusação que recebia, ao mesmo tempo que não tinha pudor em usar os meios do Estado para perseguir os seus adversários. A determinada altura uma sondagem (penso que já me referi a ela neste blogue) indiciava um facto assombroso: os portugueses achavam que Sócrates era corrupto mas que podia perfeitamente continuar a governar. Note-se que, neste caso, a visão deformada não se aplica tanto a Sócrates mas mais ao papel do próprio governante. Contudo, José Sócrates não tinha um poder absoluto e só conseguiu obter tanto sucesso em “histerizar” os portugueses porque herdou um processo que já vinha decorrendo há muito tempo. Nesta altura, seria de esperar que fosse culpar a hegemonia socialista mas, neste caso em particular, creio que há um elemento muito mais preponderante e que pouquíssimos considerarão de relevância política: o futebol.

O futebol português tornou-se numa palhaçada indescritível e não há um único resultado desportivo que deva ser considerado credível. Mas o que é relevante para este caso é a permanência de certas lideranças desportivas – não somente ao nível dos clubes – que usam de todo o tipo de esquemas ilegais mas que a justiça oficial nunca pune, mesmo quando a corrupção é evidente, a que se juntam os comentadores desportivos especialistas a justificar o injustificável. As discussões entre os adeptos de clubes adversários passaram das normais picardias, em que ninguém se levava muito a sério, para uma crença total naquilo em que se defendia. Sobretudo, as vitórias desportivas e a impunidade oficial santificaram a corrupção, a mentira, as putarias e a violência. Isto não seria especialmente grave se ficasse confinado aos adeptos mais fanáticos e à própria temática do futebol. Mas gradualmente espalhou-se, por todos os adeptos do futebol e mesmo entre aqueles que nem gostam deste desporto, a lógica de que “se alguém pode fazer algo impunemente então ele deve mesmo fazer aquilo”. Inevitavelmente, esta lógica deturpada acabou por aparecer como válida para outros domínios, desde que aparecesse alguém com a suficiente falta de vergonha na cara para a encarnar, como aconteceu como José Sócrates.

Podemos tentar achar justificações para o estado calamitoso em que Portugal se encontra na Inquisição, no Marquês de Pombal, nas Invasões Francesas, na Revolução Liberal, na queda da monarquia, no Estado Novo, no 25 de Abril e no PREC, na entrada para a CEE, no Euro, mas hoje estou firmemente convicto de que tudo isto se torna irrelevante em comparação com a revolução das consciências que o fenómeno do futebol operou dos últimos 30 anos. Sei que ao dizer isto pareço estar a proferir uma das maiores barbaridades que alguém já disse em língua portuguesa, mas creio que quem queira estudar o fenómeno sem preconceitos chegará, em poucos anos, à conclusão de que o futebol operou uma devastação avassaladora nos padrões éticos e na inteligência (entendida como capacidade de conhecer a realidade) dos portugueses.

fonte: http://puertas-del-infierno.blogspot.com.br/2013/10/a-sintomatologia-histerica.html

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terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Sociedade justa Olavo de Carvalho Diário do Comércio, 10 de março de 2011



Sociedade justa
Olavo de Carvalho
Diário do Comércio, 10 de março de 2011 

Outro dia perguntaram qual o meu conceito de uma sociedade justa. A palavra “conceito” entrava aí com um sentido antes americano e pragmatista do que greco-latino. Em vez de designar apenas a fórmula verbal de uma essência ou ente, significava o esquema mental de um plano a ser realizado. Nesse sentido, evidentemente, eu não tinha conceito nenhum de sociedade justa, pois, persuadido de que não cabe a mim trazer ao mundo tão maravilhosa coisa, também não me parecia ocupação proveitosa ficar inventando planos que não tencionava realizar.
O que estava ao meu alcance, em vez disso, era apenas analisar a idéia mesma de “sociedade justa” – o seu conceito no sentido greco-latino do termo – para ver se fazia sentido e se tinha alguma serventia.
Desde logo, os atributos de justiça e injustiça só se aplicam aos entes reais capazes de agir. Um ser humano pode agir, uma empresa pode agir, um grupo político pode agir, mas “a sociedade”, como um todo, não pode. Toda ação subentende a unidade da intenção que a determina, e nenhuma sociedade chega a ter jamais uma unidade de intenções que justifique apontá-la como sujeito concreto de uma ação determinada. A sociedade, como tal, não é um agente: é o terreno, a moldura onde as ações de milhares de agentes, movidos por intenções diversas, produzem resultados que não correspondem integralmente nem mesmo às intenções deles, quanto mais às de um ente genérico chamado “a sociedade”!
“Sociedade justa” não é portanto um conceito descritivo. É uma figura de linguagem, uma metonímia. Por isso mesmo, tem necessariamente uma multiplicidade de sentidos que se superpõem e se mesclam numa confusão indeslindável, que basta para explicar por que os maiores crimes e injustiças do mundo foram praticados, precisamente, em nome da “sociedade justa”. Quando você adota como meta das suas ações uma figura de linguagem imaginando que é um conceito, isto é, quando você se propõe realizar uma coisa que não consegue nem mesmo definir, é fatal que acabe realizando algo de totalmente diverso do que imaginava. Quando isso acontece há choro e ranger de dentes, mas quase sempre o autor da encrenca se esquiva de arcar com suas culpas, apegando-se com tenacidade de caranguejo a uma alegação de boas intenções que, justamente por não corresponderem a nenhuma realidade identificável, são o melhor analgésico para as consciências pouco exigentes.
Se a sociedade, em si, não pode ser justa ou injusta, toda sociedade abrange uma variedade de agentes conscientes que, estes sim, podem praticar ações justas ou injustas. Se algum significado substantivo pode ter a expressão “sociedade justa”, é o de uma sociedade onde os diversos agentes têm meios e disposição para ajudar uns aos outros a evitar atos injustos ou a repará-los quando não puderam ser evitados. Sociedade justa, no fim das contas, significa apenas uma sociedade onde a luta pela justiça é possível. “Meios” quer dizer: poder. Poder legal, decerto, mas não só isso: se você não tem meios econômicos, políticos e culturais de fazer valer a justiça, pouco adianta a lei estar do seu lado. Para haver aquele mínimo de justiça sem o qual a expressão “sociedade justa” seria apenas um belo adorno de crimes nefandos, é preciso que haja uma certa variedade e abundância de meios de poder espalhados pela população em vez de concentrados nas mãos de uma elite iluminada ou sortuda. Porém, se a população mesma não é capaz de criar esses meios e, em vez disso, confia num grupo revolucionário que promete tomá-los de seus atuais detentores e distribuí-los democraticamente, aí é que o reino da injustiça se instala de uma vez por todas. Para distribuir poderes, é preciso primeiro possuí-los: o futuro distribuidor de poderes tem de tornar-se, antes, o detentor monopolístico de todo o poder. E mesmo que depois venha a tentar cumprir sua promessa, a mera condição de distribuidor de poderes continuará fazendo dele, cada vez mais, o senhor absoluto do poder supremo.
Poderes, meios de agir, não podem ser tomados, nem dados, nem emprestados: têm de ser criados. Caso contrário, não são poderes: são símbolos de poder, usados para mascarar a falta de poder efetivo. Quem não tem o poder de criar meios de poder será sempre, na melhor das hipóteses, o escravo do doador ou distribuidor.
Na medida em que a expressão “sociedade justa” pode se transmutar de figura de linguagem em conceito descritivo viável, torna-se claro que uma realidade correspondente a esse conceito só pode existir como obra de um povo dotado de iniciativa e criatividade – um povo cujos atos e empreendimentos sejam variados, inéditos e criativos o bastante para que não possam ser controlados por nenhuma elite, seja de oligarcas acomodados, seja de revolucionários ávidos de poder.
Aquele que deseja sinceramente libertar o seu povo do jugo de uma elite mandante não promete jamais tomar o poder dessa elite para distribuí-lo ao povo: trata, em vez disso, de liberar as forças criativas latentes no espírito do povo, para que este aprenda a gerar seus próprios meios de poder – muitos, variados e imprevisíveis –, minando e diluindo os planos da elite – de qualquer elite – antes que esta possa sequer compreender o que se passou.

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fonte\; http://www.olavodecarvalho.org/semana/110310dc.html

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segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

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