domingo, 24 de março de 2024

Documentos vazados no Reino Unido: pesquisadora comenta Epoch Times Brasil


Recentemente foram divulgados documentos vazados da organização WPATH que é a Associação mundial de saúde para transgêneros. Nesses documentos, os médicos da organização faziam sérias revelações, como por exemplo, admitir que muitos de seus pacientes não tinham compreensão sobre as implicações da transição de gênero e sobre complicações que surgiram por conta dos procedimentos realizados. Para entendermos melhor, falamos com Nine Borges. Nine Borges é Doutora em Educação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, especialista em metodologia e design de pesquisa, e trabalha como pesquisadora e consultora científica na Inglaterra. E ela é conhecida por sua crítica às ideias que, segundo ela, são anticientíficas, promovidas pelo pensamento WOKE, em especial, aqueles associados à ideologia de gênero. Epoch Times Brasil: Site: https://www.epochtimes.com.br/ Instagram: www.instagram.com/epochtimesbrasil Telegram: https://t.me/epochtimesportugues Twitter: www.twitter.com/epochtimesbr

Obrigado pela visita, volte sempre. Se você observar que a postagem, vídeo ou slidshre está com erro entre em contato.

sábado, 23 de março de 2024

ISRAEL SIMÕES | The Chosen, Brasil Paralelo e o bife angus do Ronald McDonald





Não tenho problema com produto de massa. Gosto de brigadeiro, de self-service, do batidão que toca na academia, da camiseta branca da Hering, do brasileirão nas tardes de domingo, enfim, do que todo mundo consome sorridente e distraído. Frequentemente meu criticismo entra em suspensão e até o meu bom gosto, parece que acaba a pilha. É cansativo ser exigente demais e a complexidade da vida moderna, por si só, já nos demanda escolhas e juízos para além da nossa plasticidade cerebral.

Ocorre que alguns amigos e colegas pelos quais tenho grande apreço passaram a semana defenestrando o último documentário da Brasil Paralelo, História do Comunismo, justamente pela sua tentativa de agradar a todos. Nada vi nem consumi deste produto, mas tendo a dar razão aos meus companheiros quando vejo, no site da BP, o anúncio de que o “épico” (segundo eles) prestigia “Posições de simpatizantes e não simpatizantes de diferentes correntes ideológicas”.

Ora, se nem a Netflix tem esta presunção de neutralidade, me pergunto o que leva uma plataforma de vocação essencialmente conservadora a adotar esse discursinho de William Bonner em tempos de eleição presidencial. Só me vem à cabeça aquela pretensão do empresário brasileiro de migrar de projeto familiar para franquia, na ânsia por garantir a viabilidade do negócio (o que comumente leva ao fracasso, diga-se de passagem).

Enquanto meu Whatsapp era abarrotado de análises minuciosas do primeiro capítulo do documentário, minha esposa seguia sua rotina de amamentar meu segundo filho no sofá, todos os dias pela manhã, assistindo a série americana The Chosen. De temperamento melancólico, é natural que ela necessite contrastar as agruras do aleitamento, com suas mastites e fissuras, a algum tipo de experiência estética que abranja as dores daquele momento.

Novamente, minha impressão é de que ocorre uma suspensão do senso crítico mais aguçado. Não consigo imaginar alguém derramando lágrimas com aquelas cenas (combinando diversos recursos cinematográficos justamente para produzir lágrimas) senão por uma transposição imaginária do que está na tela da TV para a situação real, registrada na narrativa bíblica, porém a nós carente do testemunho ocular.

No lugar de representar o mistério, o paradoxo, a agonia e o dilema vividos naquele período de inflexão histórica (coisa que Mel Gibson atingiu com maestria em A Paixão de Cristo), opta-se pela encenação simples e literal dos momentos marcantes do Ministério de Jesus, entrecortados por situações leves ou sentimentalóides. É uma série formatada no estilo soft de novela das seis com a obviedade textual de um teatro de adolescentes.

Nos comentários de internet não faltam emocionados relatando um novo modo de frequentar o culto e a missa: trazendo à mente o rosto de Jonathan Roumie, intérprete de Jesus Cristo em The Chosen, bem como os cenários e trilhas sonoras que dão o tom teatral da série americana. Em outras palavras: se a liturgia está monótona, pense em The Chosen e você evocará algumas emoções que o levarão mais próximo de um êxtase.

Como comecei o texto dizendo que não tenho problema com produto de massa, não serei ranzinza: assistam o drama cristão. Usem-no para sensibilizar seus familiares desviados do Reino, para entreter seus filhos viciados em telas. E quanto à nova série da Brasil Paralelo, vão lá, popularizem-na! De preferência nas universidades públicas, pois é certo que ela promove debates mais qualificados que os atuais seminários dos cursos de humanas.

Apenas peço que não chamem margarina de manteiga, ou massa pronta assada de bolo, nem o bife do McDonald’s de angus, pelo amor ao senso das proporções.

Mantenha a dose mínima da criteriosidade necessária à preservação da inteligência, antes que você se torne irremediavelmente viciado nos prazeres imediatos das coisas michas.


Esmeril Editora e Cultura. Todos os direitos reservados. 2024
Israel Simões
ISRAEL SIMÕES
Terapeuta, filósofo clínico e curioso observador da vida cotidiana.





Obrigado pela visita, volte sempre. Se você observar que a postagem, vídeo ou Slideshare está com erro entre em contato.

ISRAEL SIMÕES | Como falar mal do Bolsonaro sem perder a razão.



10 de março de 2024

214
Terapeuta, filósofo clínico e curioso observador da vida cotidiana.

Jamais julgue a vida de um homem por uma atitude particular. Se quer emitir opinião sobre quem quer que seja, julgue a vida inteira, ainda que em vislumbre, pela vocação que o sujeito revela almejar no conjunto dos seus atos e na unidade subjacente. Foi assim que, outro dia, vim nesta coluna limpar a barra do Ítalo Marsili (https://revistaesmeril.com.br/israel-simoes-italo-marsili-no-banco-dos-reus/). Defenestrado por um grupo de conservadores que caiu de queixo ao vê-lo apertar, sorridente, a mão do ministro Fux, em meio aos arroubos de poder supremo das instâncias superiores do judiciário, tive que lembrá-los de que o psiquiatra não parece inclinado a obter uma personalidade intelectual que transcenda sua esfera pessoal, contentando-se em ser um exímio homem de negócios. O estudiosos produzem, Ítalo sintetiza e vende. E como diriam os jovens desta geração: é sobre isso e está tudo bem.

Neste mesmo espírito de abertura ao amplo repertório das vidas possíveis, o que podemos dizer de Jair Bolsonaro? Mais de 12 meses após deixar a presidência, o capitão mostra que ainda tem o poder de mobilizar a população e alterar o jogo de cartas marcadas da política brasileira. No último domingo de fevereiro (25), o ex-presidente reuniu milhares de manifestantes na Avenida Paulista vestidos de verde-amarelo, bradando uma única mensagem: o fim do inquérito que investiga uma tentativa de golpe no dia 08 de janeiro de 2023. A motivação é mais do que justa, visto que centenas de pessoas presas pela suposta tentativa de implodir Brasília (com hastes de bandeira e garrafinhas de água…) ainda aguardam julgamento. Além disso, as imagens da multidão na Paulista reforçam a atuação da bancada de direita no Congresso Nacional e a legitimidade da agenda conservadora no debate público em geral. Os jornalistas terão um pezinho atrás antes de resumir suas ideias à “extremismo”.

E bem, é só isso. Não espere que Bolsonaro use do movimento popular como um meio para desarticular a aliança Supremo-PT. A multidão é o objetivo final, suficiente para provar que o ex-presidente detém poder, mesmo sem cargo. Não é este o anseio de todo político? Poder nas mãos, nem que seja apenas para salvar a própria pele.

Foi exatamente este destino de Bolsonaro, o de terminar sua escalada no animal político, membro da família e da cidade, bom e virtuoso, coerente com a natureza humana, de sabedoria prática e discernimento justo, que diagnostiquei no artigo A jornada do herói (https://revistaesmeril.com.br/israel-simoes-a-jornada-do-heroi/). Atribuí ao capitão uma personalidade de camada 8, o que nem é grande coisa, exceto no Brasil. O homem de inclinações domadas é o mínimo que a maturidade exige, mas equivocadamente alguns leitores interpretaram minhas palavras, à época, como um louvor exagerado.

Dizia eu ali:

Se os nossos supremos ministros permitirem a volta do guerreiro ao campo de batalha, provavelmente veremos, nas eleições de 2026, um novo Bolsonaro, capaz de conquistar um papel definitivo dentro da história brasileira e da hierarquia da humanidade. Um homem camada 10, desde que aproveite o longo período de férias para transitar pela vida intelectual, lendo uns bons livros de filosofia política, literatura clássica e, quem sabe, os artigos da Revista Esmeril.

A Jornada do Herói, Esmeril

Sim, eu estava otimista, na verdade sugestivo, distribuindo conselhos sem preço, jogando ao léu as últimas esperanças de um milagre que mudasse os rumos do país. Mas não vai acontecer. Primeiro porque Bolsonaro já está inelegível por 8 anos e deve ficar por mais de 30, se condenado no inquérito do golpe. Segundo porque, ao que me consta, ele não anda gastando seu tempo transitando para lugar algum. Permanece o mesmo, o líder da massa, da torcida organizada que faz barulho, mas não entra em campo.

O heroísmo ao qual me referi, há quase um ano, é justamente aquele que se concretizou em sua trajetória pessoal de vida: do menino que caçava passarinhos com chumbinho à presidente da república, chefia suprema das Forças Armadas da União, pelo menos por quatro anos, depois de uma improvável e desacreditada candidatura. E de novo: está tudo bem. Ninguém deveria ousar lhe subtrair os méritos.

Assim como Ítalo, Bolsonaro suscita expectativas de originalidade, como uma espécie de consciência a mais e de um senso de dever que ultrapassa o interesse pessoal e o papel social. Mais uma vez testemunhamos, no entanto, a frustração na cara dos discípulos. A ação do sujeito se limitou às exigências decorrentes do seu papel oficial, às quais atribuiu o máximo sentido e competência, mas sem uma contribuição de fato definitiva para a cultura, a sociedade, a existência humana.

Excelente político, talvez o melhor desde a inauguração da república brasileira. Este é Jair Messias Bolsonaro, com seus milhares de espectadores simultâneos em uma live lá pelas tantas da noite, ofuscando lideranças religiosas, políticas e empresariais em cima do trio elétrico. Quem quiser falar mal do homem deverá ser capaz de indeferir esta biografia, não um hipotético erro lastreado por uma quimera forjada nos devaneios da coletividade.

Aos que esperavam do ex-presidente um papel definitivo na história da humanidade, terão que se contentar com o arremedo tosco de guerra santa do 8 de janeiro, por ele instigado de maneira inconsequente, para não dizer maquiavélica.

Nada que me surpreenda.

Porque dos intelectuais se espera uma integração de personalidade coerente e estável, mas aos políticos é permitido o acerto e o erro, quantas vezes forem necessárias, naquela faixa moral baixa que reduz as pessoas à conformidade do denominado eleitorado.

***

fonte: revistaesmeril.com.br/israel-simoes-como-falar-mal-do-bolsonaro-sem-perder-a-razao/acessadoem23/03/2024às15:19


Direitos de imagem: https://www.flickr.com/photos/palaciodoplanalto/49704290228

Esmeril Editora e Cultura. Todos os direitos reservados. 2024

Israel Simões
ISRAEL SIMÕES
Terapeuta, filósofo clínico e curioso observador da vida cotidiana.



Obrigado pela visita, volte sempre. Se você observar que a postagem, vídeo ou slidshre está com erro entre em contato.

quarta-feira, 20 de março de 2024

Bolsonaro sob a ótica de Max Weber e sua sociologia compreensiva (feito com Spreaker)




As Etapas Do Pensamento Sociológico, Aron Raymond
 

 Obrigado pela visita, volte sempre. Se você observar que a postagem, vídeo ou Slideshare está com erro entre em contato.

.NINGUÉM SEGURA RAMAGEM PRA PREFEITO DO RIO DE JANEIRO ! - SUPER LIVE COM STEH PAPAIANO


Vamos conhecer a pouco mais sobre a Steh Papaiano e saber sobre suas opiniões a cerca de muitas coisas que acontecem no cenário nacional e internacional

Sérgio Tavares ABRE O JOGO sobre PF, EUA e direita no mundo. Epoch Times Brasil


Em entrevista exclusiva ao Epoch Times Brasil, o jornalista Sérgio Tavares falou sobre a delegação de brasileiros que seguiu para Washington a convite do parlamentar americano Chris Smith, onde falaram a respeito da liberdade e democracia no Brasil em tempos recentes. Epoch Times Brasil: Site: https://www.epochtimes.com.br/ Instagram: www.instagram.com/epochtimesbrasil Telegram: https://t.me/epochtimesportugues Twitter: www.twitter.com/epochtimesbr #Brasil #EUA #Notícias

Guten Morgen 120: Anarco-tirania - Senso Incomum

Sobre a Reencarnação Segundo a Tradição Milenar Indiana Dos Vedas de Sua Divina Graça AC Bhaktivedanta Swami Prabhupāda, Fundador-Ācārya da Sociedade Internacional para a Consciência de Krishna.

Obrigado pela visita, volte sempre. Se você observar que a postagem, vídeo ou slidshre está com erro entre em contato.