sexta-feira, 1 de março de 2024

Os “Muito ocupados”





Neste artigo o Professor Luiz Marins – com base em uma pesquisa publicada na Harvard Business Review: “Beware the Busy Manager” – divide os gestores de acordo com sua capacidade de contribuir efetivamente para o crescimento da empresa.

Comentário Solar

O interessante artigo do Prof. Marins que diz respeito ao mundo corporativo é também aplicável, sob vários aspectos, ao mundo escolar. De fato, professores e equipes de direção precisam de foco e energia para alcançar as metas que têm sob sua responsabilidade.

Parece-nos que o grande foco do professor é ser um professor-educador. Ser um professor-educador é ser consciente que sua disciplina é um meio para que os alunos adquiram conhecimentos e maturidade, desenvolvam ao máximo suas aptidões e se exercitem nas virtudes. A grande tarefa do professor-educador é colaborar com os pais dos alunos na missão de fazer de cada aluno uma pessoa responsável, autônoma e solidária, capaz de influenciar positivamente a sociedade em que viva.

Para manter esse foco o professor-educador deve:

• saber para onde vai: conhecimento profundo do que é a pessoa humana, e o que contribui à sua melhora;

• saber com que meios conta: conhecer muito bem sua disciplina, dominar as estratégias de ensino e aprendizagem, estar alinhado com o ideário do colégio;

• saber onde se pode chegar em cada momento: ter presente os conhecimentos prévios do aluno, de suas possibilidades, limitações, interesses, etc.

• saber quando e como se deve ou se pode atuar: prudência e sensibilidade, tanto para aproveitar, e provocar, ocasiões propícias para novas aprendizagens, como para atender às situações imprevistas.

Uma vez definido o foco, é preciso colocar energia para levar adiante as metas propostas.

Considerando os diversos âmbitos de atuação do professor-educador, entendemos que um ponto onde é necessário aplicar muita energia é na preparação das preceptorias com os alunos e com os pais.

A preceptoria é uma ferramenta valiosa na educação dos alunos e na concretização com os pais do projeto educativo de cada filho e da família como um todo. Uma boa preceptoria, seja ela feita com o aluno ou com seus pais, exige preparação.

Não trataremos aqui da preparação remota do professor-educador, que sempre procurará viver coerentemente o que propõe a seus preceptuandos, nem da necessidade de nutrir um sincero carinho e respeito por cada aluno que assessora. Gostaríamos de ressaltar que a preceptoria com o aluno deve ser preparada conhecendo os dados sobre o seu rendimento acadêmico e sua capacidade de estudo, sobre seu comportamento no colégio e no ambiente familiar, sobre seus interesses e expectativas.

Além disso, o professor-educador deve refletir como ajudar o aluno a crescer de forma concreta nas virtudes. Conhecendo, por meio das entrevistas de preceptoria com o aluno, quais são os pontos fortes e fracos do seu temperamento, o professor-educador dispõe de elementos para ajudar o aluno a desenvolver um caráter positivo, equilibrado e coerente. Nesse processo de construção de uma personalidade madura, a dimensão transcendente não deve ser esquecida. Também nesse aspecto, espera-se que o professor-educador, em harmonia com a família, ajude ao aluno a crescer na vida de relacionamento com Deus.
Tudo isso exige do professor-educador uma ação reflexiva e prudente, serena e imparcial. Atuar assim é demonstrar-se comprometido com a missão de educar. Ter foco e energia altos!

Os “muito ocupados”
Prof. Luiz Marins

Heike Bruch, professor de liderança da Universidade de St. Gallen, na Suíça e Sumantra Ghoshal, professor de estratégia e gerência internacional na London Business School, Londres, estudaram, durante dez anos, o comportamento de gerentes “muito ocupados” em quase doze grandes empresas incluindo Sony, LG Electronics, Lufthansa e outras.

Pasmem! Nada menos que 90% (noventa por cento) dos gerentes gastam seu tempo em toda sorte de atividades com baixo valor ou eficácia. Em outras palavras, somente 10% (dez por cento) dos gerentes ocupam seu tempo em atividades comprometidas, de real valor para a empresa. Assim, os autores alertam para a diferença entre gerentes (chefes, executivos, supervisores) que realmente contribuem para o crescimento e desenvolvimento da empresa e os que “se fazem parecer muito ocupados” e quase nada contribuem efetivamente.

Um chefe, gerente, diretor, eficaz, deve ter duas coisas fundamentais, dizem os autores – foco e energia. E a partir dessa premissa, constatam haver quatro tipos de gestores:

(1) Os que deixam tudo para depois. São os que não têm foco nem energia. Sem foco e sem energia tudo fica por conta do tempo e do “Deus dará” como dizemos. São os “procrastinadores”. Os que não assumem, não se comprometem. Segundo o estudo, esse tipo chega a 30% dos pesquisados;

(2) Mais ou menos 20% dos gerentes estudados têm um foco alto e uma energia baixa. São os “desengajados”. Os que não lutam pelos seus propósitos. Eles sabem o qque querem e devem fazer mas falta-lhes a “força para fazer, para implementar”. Não são realmente “engajados” no desenvolvimento da empresa, desistem logo, acomodam-se frente a qualquer desafio maior;

(3) O maior grupo – mais de 40% dos gerentes estudados – são os que têm uma energia alta e foco baixo. São “ativistas”. Fazem, fazem, correm, correm, mas não sabem direito para onde estão correndo nem se o que estão fazendo os está levando a algum lugar. Sentem uma desesperada necessidade de estar “fazendo alguma coisa o tempo todo”. Ocupam-se de tarefas que não lhes é pertinente. Centralizam tudo para sentirem-se ocupados e ativos;

(4) Somente 10% dos pesquisados entraram na categoria ideal – foco alto, bem definido e energia elevada. Esses são aqueles chefes, gerentes, dirigentes que realmente fazem a diferença, pois além de saberem exatamente onde querem chegar, têm a necessária energia para fazer, implementar, acompanhar, motivar pessoas. São os que pensam, questionam, planejam, fazem acontecer, estimulam colaboradores, mostram a direção certa, motivam, lideram. São os realmente “comprometidos”.

Encontramos em todas as empresas estes quatro tipos de executivos. A análise do quadrante Foco/Energia parece ser uma ótima ferramenta para a avaliação do quadro de gestores de uma empresa. Num mundo competitivo como o que estamos vivendo, é fácil um gerente cair na armadilha do “ativismo”. Trabalhar longas horas, exigir relatórios, criar burocracias desnecessárias, centralizar decisões além da necessidade podem dar ao gerente uma sensação de competência e além disso dar a ele a ideia de estar passando para seus superiores uma imagem de comprometido. Desconfiar, pois dos gerentes “muito ocupados” é um desafio que precisa ser enfrentado nas empresas. Dirigentes têm que ter tempo para questionar, pensar, planejar, inovar, liderar, motivar seus subordinados à ação eficaz que realmente leve a empresa ao sucesso.

O “procrastinador”, aquele que deixa tudo para depois, que “empurra com a barriga” é mais fácil de ser detectado. Muitas vezes a sua atitude de indecisão permanente é justificada pelas incertezas do mercado. A procrastinação pode até vir fantasiada de “prudência”, mas ela, certamente é vista hoje como algo negativo.

Também não é uma tarefa fácil na avaliação de dirigentes, a detecção dos “desengajados”. Eles sabem bem o que deve ser feito e até o como fazer. Mas falta-lhes o “pique”, o “drive” para fazer as coisas acontecerem. Falta-lhes a energia para lutar. Esse tipo de dirigente muitas vezes se auto justifica, dizendo-se “cansado de lutar” contra os que não compreendem suas posições. Muitas vezes usam a expressão: “cansei de brigar para trabalhar” e parecem ter realmente desistido. Esse tipo, acomodado é muito perigoso para a empresa porque ele não é mau em si. Quando discursam, falam, expõem seus pontos de vista, são capazes de convencer pela coerência de seus argumentos. Isso ocorre porque eles têm foco. Sabem o que fazer e como fazer. Mas na hora de implementar, são fracos de vontade. Desistem frente a qualquer obstáculo e muitas vezes fazem-se de vítimas.

O que a pesquisa realmente nos traz de assustador é justamente o fato de que somente 10% dos gerentes puderam ser classificados como “comprometidos”, empreendedores, etc. Eis aqui um grande desafio para a empresa. Como competir e vencer com esse quadro? O que fazer para mudar esses 90% dos quadrantes onde estão para o quadrante do comprometimento?

E a nós resta-nos fazer uma autoanálise. Nesse quadrante – foco e energia – onde nos encontramos? Que tipo de dirigentes somos nós? Temos tido foco e energia elevados para fazer a diferença no mundo de hoje?

Pense nisso. Sucesso!

www.anthropos.com.br
fonte\: https://solarcolegios.org.br/os-muito-ocupados/


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