terça-feira, 26 de março de 2024

MP faz operação contra policiais civis e guardas municipais em Indaiatuba; delegado foi preso - Jornal Mais Expressão - Indaiatuba Titular do 1º Distrito Policial do município foi preso durante a operação, segundo o Gaeco


 Publicado em  26/03/2024 às 09h25  Indaiatuba  Polícia

Foto: Divulgação

Por G1 Campinas

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público (MP), realiza, na manhã desta terça-feira (26), uma operação contra policiais civis e guardas municipais em Indaiatuba (SP). O delegado titular do 1º Distrito Policial, José Clésio Silva de Oliveira Filho, foi preso, segundo o Ministério Público.

De acordo com o Gaeco, os crimes investigados são extorsão, corrupção e organização criminosa. No total, são cumpridos, em Indaiatuba e Itu (SP), 17 mandados e busca e apreensão, além de 13 de prisão temporária.

Os endereços são ligados a policiais civis, guarda municipais e também advogados. Veja quem são os presos:

  • Delegado titular do 1º DP de Indaiatuba
  • Dois investigadores
  • Um escrivão
  • Dois guardas municipais
  • Três advogados

O Ministério Público ainda afirmou que a residência do delegado e também a sede do 1º Distrito Policial de Indaiatuba são alvos de busca e apreensão.

Os policiais civis presos serão levados para a corregedoria da Polícia Civil em Campinas (SP) e os demais para o 1º DP de Indaiatuba. O g1 tenta encontrar a defesa do delegado para solicitar um posicionamento.

Quais eram os crimes?

Segundo o Gaeco, a organização criminosa, formada pelos policiais civis, guardas e advogados, invadia estabelecimentos comerciais e extorquia empresários.

O grupo forjava boletins de ocorrência, inquéritos e relatórios de investigação para sustentar exigência de pagamentos como preço de "resgate" de eventuais prisões decretadas ou garantias de não investigação.

Ainda de acordo com o MP, mais de uma dezena de empresários foram vitimas de extorsão no período de um ano. Pelo menos 15 promotores de Justiça, 10 servidores do Ministério Público, 94 policiais militares e 19 policiais civis participaram da operação.

A operação recebeu o nome de "Chicago", que remete à cidade americana dos anos 20 e 30, quando gangsters governavam a cidade "à base de violência, desprezando a lei e criando fortunas com os crimes".

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