Os professores das escolas municipais de São Vicente farão um dia de paralisação. A greve está prevista para esta quinta-feira (14), às 8h e às 13h, em frente à Prefeitura.
Em nota para A Tribuna, o Sindicato dos Trabalhadores no Magistério e na Educação Municipal (Sintramem), contou que o motivo da paralisação é que a proposta de ajuste salarial foi reduzida ao índice inflacionário para contemplar a antecipação do pagamento do Prêmio Educação, que seria pago em 2025.
Em comunicado, a Prefeitura de São Vicente informou que é obrigatório que 70% dos profissionais do magistério e da educação municipal devem permanecer em atividade em cada unidade educacional, e que caso isso não aconteça, a falta do servidor, ocasionada pela greve, deverá ser vista como injustificada.
Com isso, os professores passaram a questionar o sindicato, pedindo por soluções contra esta medida. Após o comunicado da Prefeitura, muitos profissionais pensaram em não participar, com medo de possíveis consequências.
Uma professora, que trabalha na rede municipal há mais de 20 anos e prefere não ser identificada, contou que já participou de outras paralisações, mas o resultado não foi positivo, e que não concorda com o comunicado emitido pelo município. "Não é bem assim, todos sabem que a falta do trabalhador não pode ser dada como injustificada", disse.
Posicionamento
Em nota, a Prefeitura de São Vicente disse que foi notificada pelo sindicato após a categoria não aceitar a proposta de reajuste salarial, e ressaltou uma decisão judicial sobre ter pelo menos 70% de colaboradores trabalhando, sob pena de multa diária. Confira a resposta na íntegra.
A Prefeitura de São Vicente através da Secretaria de Gestão informa que foi notificada pelo Sintramem, Sindicato dos Trabalhadores no Magistério e na educação municipal de São Vicente, sobre a possível paralisação, visto que a categoria não aceitou a proposta de reajuste salarial de 4,62% e o abono no valor de R$ 1500 para os profissionais da educação.
É importante ressaltar que o reajuste foi aceito por todos os outros servidores da administração, com exceção, apenas, dos professores. O reajuste salarial, o maior dos últimos anos, também foi aprovado pelos vereadores.
A Prefeitura de São Vicente informa, ainda, que nos 4 anos da atual gestão os professores tiveram os maiores reajustes da história. Um exemplo desse fato é que professores de educação básica 1 somaram reajustes de 48% na hora-aula.
Na gestão anterior esse reajuste atingiu a marca de apenas 12% hora-aula. Em resumo, a gestão atual reajustou quatro vezes mais que a gestão anterior, mesmo em um momento de diminuição de repasses federais como o FUNDEB, frutos da baixa do ICMS que assolou o cenário nacional, bem como, a perda de aproximadamente R$ 23 milhões de salário educação, fato que prejudicou demais os municípios do Estado de São Paulo.
Mesmo diante desse cenário desafiador a administração municipal não atrasa salários, e trata como prioridade todas as melhorias da educação. Além de propor um reajuste que nos garante o pagamento de todos os proventos sem insegurança para os educadores e demais profissionais da área, que em anos de antigas gestões ficaram sem receber no dia correto.
Embora seja um direito legítimo, é importante considerar o impacto da paralisação na educação das crianças e na impossibilidade dos pais de trabalharem enquanto cuidam de seus filhos nesse periodo. Assim, em virtude da essencialidade deste serviço, o Tribunal de Justiça determinou que todas as unidades mantenham pelo menos 70% de seus colaboradores trabalhando, sob pena de multa diária ao sindicato da categoria.
A Prefeitura de São Vicente seguirá à disposição para esclarecer qualquer dúvida e garantir os direitos de seus servidores, além do compromisso de que os serviços públicos não sejam comprometidos e os mais de 40 mil alunos não sejam prejudicados.
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