segunda-feira, 14 de março de 2011

O que evitar no trabalho pedagógico coletivo

 

Gestão Escolar

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O que evitar no trabalho pedagógico coletivo

Como tornar produtivo o horário de trabalho pedagógico coletivo, conhecido como HTPC em diversos estados

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Pergunte a qualquer diretor ou coordenador pedagógico: "A sua escola tem um horário reservado para a formação de professores?" Dificilmente a resposta será negativa. Contudo, se esse assunto for investigado com um pouco mais de critério, é possível perceber que esses momentos de interação entre o coordenador pedagógico e o corpo docente - tão importantes para a melhoria da prática em sala de aula e, consequentemente, o processo de ensino e aprendizagem - não se realizam como deveriam. Em 2009, o estudo Práticas Comuns à Gestão Escolar Eficaz, realizado pela Fundação Victor Civita (FVC), acompanhou o horário de trabalho pedagógico coletivo (HTPC) em 15 escolas estaduais e municipais do Estado de São Paulo. Em 11 delas, os assuntos tratados estavam longe de ser pedagógicos. A frequência desse erro faz muita gente apelidar o tempo das reuniões, debochadamente, de "horário de trabalho perdido coletivo".

As equipes de NOVA ESCOLA GESTÃO ESCOLAR, NOVA ESCOLA e do site foram conferir esse dado entre maio e julho do ano passado, ao investigar como eram organizados os encontros chamados de formação em escolas de 17 cidades das cinco regiões brasileiras. O resultado mostra que muitos gestores até acreditam fazer um bom trabalho. Contudo, alguns deslizes na organização - ou na falta dela - comprometem até mesmo as melhores intenções. Listamos, aqui, os sete pecados capitais: 




- Participação facultativa
- Ausência de regularidade das reuniões
- Falta de plano anual de formação
- Indefinição de pautas
- Inadequação do espaço
- Uso de atividades de motivação
- Dispensa de alunos


"A importância que a escola dá ao trabalho pedagógico coletivo revela a concepção que o grupo tem sobre o papel docente: o professor deve entrar e sair da sala de aula sem planejar as aulas nem avaliar o trabalho com os pares? Ou é imprescindível que ele reflita e troque experiências com os colegas sobre as práticas docentes?", questiona Regina Scarpa, coordenadora pedagógica da FVC.


Para que a formação na escola aconteça de verdade, é preciso acabar com todos os equívocos listados acima e investir na formação permanente do coordenador pedagógico, o responsável direto por essa função. "Quem ocupa esse cargo também precisa de capacitação constante, acompanhamento e apoio", afirma Telma Weisz, educadora e doutora em Psicologia pela Universidade de São Paulo
(leia entrevista na página seguinte).

Para tanto, é válido buscar ajuda na Secretaria de Educação e em instituições parceiras que atuem na cidade. O único cuidado a tomar, nesse caso, é não deixar que formadores externos substituam o interno. "O especialista pode ajudar trazendo informações sobre pesquisas recentes. Contudo, é o coordenador pedagógico que deve ser o par mais experiente do grupo, o interlocutor que leva à reflexão sobre a prática e o corresponsável pela aprendizagem dos alunos", aponta Beatriz Gouveia, coordenadora de projetos do Instituto Avisa Lá, em São Paulo.

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