CAFONA
Cafona – Durante a colonização da
Itália (séc. III a.C.), os romanos confiscavam as terras dos vencidos e distribuíam-nas
entre os veteranos de guerra mais pobres, a título de compensação pelo serviço
militar. Os nativos não aceitavam de bom grado, evidentemente, a intrusão. Pois
bem, ao tempo de Júlio Cesar um de seus cabos, chamado Caffus, recebeu um pequeno território conquistado, tornando-se,
desde logo, antipático aos naturais. Vestia-se espalhafatosamente, com
uniformes cobertos de plumas e adereços, desfilando uma ridícula arrogância, enquanto
maltratava a população. Assim sendo, a expressão “caffus” não tardou a indicar toda pessoa que, pelo dinheiro ou pela
força, busca demonstrar uma falsa erudição ou polidez. Séculos depois, o idioma
italiano incorporou, com o mesmo sentido, a expressão “cafone”, gostosamente adotada pelos brasileiros – como mais um italianismo
a enriquecer a nossa gíria.
Pessoa inculta e sem etiqueta que,
sob o véu do dinheiro a lhe ocultar tal demérito, acaba por mostrar-se ridícula
e de mal gosto. Em outras palavras, o popular novo rico.
Etimologias e Expressões
Pitorescas: Marcus Cláudio Acquaviva – editora Ícone página, 24 – 1994.
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