O Centro de Ensino Médio 414 em Samambaia (DF) chamou atenção ao inovar na implementação de um sistema eletrônico de controle da presença de alunos. Porém, a escola apresenta os mesmos problemas de muitas escolas públicas pelo Brasil: falta de estrutura e de professores.
Há duas semanas, professores e alunos organizaram um protesto para reivindicar uma quadra de esportes coberta. No horário de educação física, a maioria dos alunos nem vai para quadra de concreto. Improvisam uma mesa de pebolim à sombra de uma árvore no estacionamento. Na opinião de alunos, ter um local para se proteger do calor de mais de 30º é uma prioridade maior do que ter um sistema eletrônico para vigiar os faltosos.
Nas salas de aula também há problemas. Alunos reclamam do método de ensino. “Falta muito professor. A grade não acaba nos preparando para o PAS [forma de entrada no vestibular da UnB] e nem para o Enem”, diz uma aluna do 3º ano que não se identificou. De acordo com a adolescente, a turma não tem professores de física, português e sociologia.
A diretora Remísia Tavares admite que a escola sofre com falta de
professores: “Conseguimos uma substituta de português essa semana. Mas,
realmente, estamos sem professores de sociologia”. Ela conclui dizendo
que o problema acontece na maioria das escolas: “Se você ver a rede
pública do Distrito Federal, acho que todas escolas têm falta de
professores”.
Remísia diz que, infelizmente, ter um sistema de controle por chip é algo mais simples do que conseguir todos os professores e a quadra de esportes. “O sistema está sendo testado gratuitamente e conseguimos de forma autônoma. Já conseguir professores e reforma é algo que passa pela secretaria de educação. Não é tão simples”.
A psicopedagoga Quézia Bombonatto afirma que o problema de evasão de alunos no meio das aulas não será resolvido com a tecnologia se os estudantes não contarem com uma estrutura adequada de ensino. “Não adianta tentar controlar a hora que o aluno entra e sai se ele não se sentir motivado a estudar. Há uma dicotomia de prioridades”, diz.
Há duas semanas, professores e alunos organizaram um protesto para reivindicar uma quadra de esportes coberta. No horário de educação física, a maioria dos alunos nem vai para quadra de concreto. Improvisam uma mesa de pebolim à sombra de uma árvore no estacionamento. Na opinião de alunos, ter um local para se proteger do calor de mais de 30º é uma prioridade maior do que ter um sistema eletrônico para vigiar os faltosos.
Nas salas de aula também há problemas. Alunos reclamam do método de ensino. “Falta muito professor. A grade não acaba nos preparando para o PAS [forma de entrada no vestibular da UnB] e nem para o Enem”, diz uma aluna do 3º ano que não se identificou. De acordo com a adolescente, a turma não tem professores de física, português e sociologia.
Escola do DF testa sistema de chip em uniformes
Foto 1 de 13 - A
turma do 1º B do do Centro de Ensino Médio 414, em Samambaia (DF), se
tornou o centro das atenções na escola ao participar dos testes de um
sistema de controle eletrônico de frequência que avisa professores,
direção e pais sobre atrasos e tentativas dos alunos escaparem das aulas
Mais Edgard Matsuki/UOL
Remísia diz que, infelizmente, ter um sistema de controle por chip é algo mais simples do que conseguir todos os professores e a quadra de esportes. “O sistema está sendo testado gratuitamente e conseguimos de forma autônoma. Já conseguir professores e reforma é algo que passa pela secretaria de educação. Não é tão simples”.
A psicopedagoga Quézia Bombonatto afirma que o problema de evasão de alunos no meio das aulas não será resolvido com a tecnologia se os estudantes não contarem com uma estrutura adequada de ensino. “Não adianta tentar controlar a hora que o aluno entra e sai se ele não se sentir motivado a estudar. Há uma dicotomia de prioridades”, diz.
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