Mnemónica
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Uma mnemónica é um auxiliar de memória. São, tipicamente, verbais, e utilizados para memorizar listas ou fórmulas, e baseiam-se em formas simples de memorizar maiores construções, baseados no princípio de que a mente humana tem mais facilidade de memorizar dados quando estes são associados a informação pessoal, espacial ou de carácter relativamente importante, do que dados organizados de forma não sugestiva (para o indivíduo) ou sem significado aparente. Porém, estas sequências têm que fazer algum sentido, ou serão igualmente difíceis de memorizar.
Note-se, além disso, que na linguagem de programação Assembly, são designadas como mnemónicas as palavras reservadas da linguagem, que constituem e especificam uma determinada sintaxe. Porém, a aplicação da definição anterior verifica-se, já que elas são pequenas (e incompletas) palavras para designar instruções de operação entre os registos do CPU. Exemplos: MOV (mover), ADD (adicionar, soma), MUL (multiplicação), JMP (jump, salto), etc. Podemos ver, também, em outras linguagens o uso das mnemônicas. Na linguagem Java, por exemplo, usa-se para adicionar uma espécie de memória para um botão ou aba i.e., um atalho que faz com que possuia mais agilidade ou facilidade para usar certas ferramentas de um programa arbitrário. Note que podemos identificar facilmente as mnemônicas pela marca que fica em baixo da letra (char). Um exemplo é a primeira guia da maior parte dos browsers que aparece: Arquivo. Percebe-se que essa palavra possui uma marcação em baixo de uma das letras (normalmente na letra 'A'). Esta é a sua mnemônica aplicada para ser usada como um atalho.
A palavra mnemónica partilha a etimologia de Mnemosine, o nome da deusa[1] que personificava a Memória na mitologia grega. A primeira referência a mnemónicas ocorre no método de loci, na obra De Oratore de Cícero.
Dias dos meses
Por exemplo, uma mnemónica amplamente difundida é aquela utilizada para averiguar quantos dias tem um mês utilizando os nós superiores dos dedos e os seus intervalos. A cada nó, intercalado com o intervalo com o próximo nó, é atribuído sequencialmente um mês, iniciando-se sempre no nó do indicador, em sequência até ao nó do dedo mínimo e continuando para a outra mão da mesma forma. Por serem doze meses, a contagem deverá terminar no nó do dedo anelar da segunda mão.
mão esquerda | mão direita | |||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Dedos | m | - | A | - | M | - | I | I | - | M | - | A |
Meses | Jan | Fev | Mar | Abr | Mai | Jun | Jul | Ago | Set | Out | Nov | Dez |
A seguinte tabela indica como deverá ser feita a contagem: para a linha dos dedos, vemos representados os nós dos dedos indicador (I), médio (M), anelar (A), e mínimo (m), bem como os seus intervalos, o hífen (-). Para os meses, iniciados em Janeiro (J), Fevereiro (F), Março (M), e assim sucessivamente.
O número de dias nos é dado da seguinte forma:
- Se o mês em análise calha num nó do dedo, então terá 31 dias.
- Se o mês em análise calha num intervalo, então terá 30 dias, à excepção de Fevereiro, que poderá ter 29 ou 28 dias, consoante seja ano bissexto ou não, respectivamente.
Repare-se, por exemplo, em Agosto: Por coincidir com o nó do dedo indicador da segunda mão, terá obrigatoriamente 31 dias.
Na física
Na física, uma mnemónica bastante utilizada para a Lei de Ohm, consiste em memorizar a sigla RVI' (que se assemelha ao nome Rui), num triângulo equilátero dividido da forma ilustrada à direita. A Lei de Ohm pode ser aplicada para cada uma das grandezas, seleccionando uma dessas grandezas e construindo a equação na forma em que aparecem as outras duas. Por exemplo, para determinar:
- a resistência R, (note-se que o a queda de tensão V está no numerador, acima do I, que está no denominador.
- a queda de tensão V,
- a corrente eléctrica I,
Na química
Na química, uma mnemónica bastante utilizada para dizer que um sulfato sob determinadas circunstâncias passava a ácido sulfúrico era "bico de pato" - bICO termina da mesma forma que sulfúrICO e pATO da mesma forma que SulfATO. Na sequência da anterior, "Frederico no espeto", ajuda a memorizar que o cloreto passa a ácido clorídrico. E para terminar, "Osso de cabrito", um sulfito passa a ácido sulfuroso.
Alteração -> terminação do anião (para melhor decorar)
ico <- ato (bico de pato) oso <- ito (osso de cabrito) ídrico <- eto (Frederíco no espeto)
No Sistema Solar
Pode-se usar a frase que é usada em escolas para fazer as crianças memorizar os nomes planetas do Sistema Solar: Mercúrio, Vénus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Úrano, Neptuno e Plutão*:
Minha velha(ou vó) traga meu jantar: sopa, uva, nozes e pão.
Ou ainda:
- Minha Velha Tia Mandou Jogar Sal Úmido Nas Plantas.
- Minha Vó Tem Matado Jacarés Sem Usar Nenhuma Pistola.
- Minha Vó tem Muitas Jóias, Só Usa No Pescoço.
Meu Vestido Todo Molhado, Já Secou Um Novo Pedaço.
Meu Velho Tio Mandou Júnior Saborear Umas Nove Pizzas.
- Considere que Plutão não é mais considerado um planeta.
Novas Frases
Meu Velho Tio Me Jurou Ser Um Netuniano
Referências
Veja também
Ligações externas
- Faculdade de Motricidade Humana-UTL Psicologia cognitiva - Mnemónicas
04 - Falta de Tempo de Estudo (4 de 13)
05 - Aliado I (5 de 13)
06 - Aliado II (6 de 13)
07 - Aliado III (7 de 13)
08 - Prazo pra ser aprovado (8 de 13)
09 - Inteligência (9 de 13)
10 - Memória (10 de 13)
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