Kamada jejum de Ekadasi 10
Srila Suta Goswami disse: "ó sábios, permitam que eu ofereça minhas humildes e respeitosas reverências ao Supremo Senhor Hari, Bhagavan Sri Krishna, o filho de Devaki e Vasudeva, por cuja misericórdia posso descrever o dia de jejum que remove todos tipos de pecados. Foi para o devotado Yudhishthira que o Senhor Krishna glorificou os vinte e quatro jejuns [Ekadashis] primários, que destroem os pecados, e agora vou recontar uma dessas narrativas para vós. Grandes sábios eruditos selecionaram estas vinte e quatro narrativas dos dezoito Puranas, pois são realmente sublimes.
Yudhishthira Maharaja disse: "ó Senhor Krishna, ó Vasudeva, por favor aceite minhas humildes reverências. Por favor descreva para mim o jejum [Ekadashi] que ocorre durante a parte iluminada do mês de Chaitra (mar/abr). Qual é seu nome e quais são suas glórias?"
O Senhor Sri Krishna respondeu: "ó Yudhishthira, por favor ouça-Me atentamente enquanto relato a antiga história deste sagrado jejum [Ekadashi], uma história que Vasishtha Muni certa vez relatou para o Rei Dilipa, o bisavô do Senhor Ramachandra.
O Rei Dilipa perguntou ao grande sábio Vasishtha: "ó sacerdote [brahmana] sábio, desejo ouvir sobre o jejum [Ekadashi] que vem durante a parte iluminada do mês de Caitra. Por favor descreva-o para mim."
Vasishtha Muni respondeu: "ó rei, tua indagação é gloriosa. De bom grado contarei o que desejas saber. O jejum [Ekadashi] que ocorre durante a quinzena clara de Caitra é chamado de jejum Kamada. Ele consome todos pecados, assim como um incêndio florestal consome um suprimento de lenha seca. É muito purificante, e confere o mais alto mérito a quem o observa fielmente. Ó rei, agora ouça uma antiga história, que é tão meritória que remove todos nossos pecados simplesmente por ser ouvida.
Uma vez, há muito tempo atrás, existia uma cidade-estado chamada Ratnapura, que era decorada por ouro e jóias e na qual serpentes de afiadas presas desfrutavam da intoxicação. O Rei Pundarika era o governante deste mais belo reino, que contava com muitos Gandharvas, Kinnaras, e Apsaras entre seus cidadãos.
Entre os Gandharvas havia Lalita e sua esposa Lalitã, que era uma dançarina especialmente maravilhosa. Estes dois tinham intensa atração um pelo outro, e seu lar era cheio de grande riqueza e finos alimentos. Lalitã amava seu marido muito, e por sua vez ele também constantemente pensava nela em seu coração.
Uma vez, na corte do Rei Pundarika, muitos Gandharvas estavam dançando e Lalita estava cantando sozinho, sem sua esposa. Não pode evitar de pensar nela enquanto cantava, e por essa distração perdeu-se na métrica e melodia da canção. De fato, Lalita cantou indevidamente o final de sua canção, e uma das serpentes invejosas que estava presente na corte do rei queixou-se ao rei que Lalita estava absorto em pensar na sua esposa em vez de no seu soberano. O rei ficou furioso ao ouvir isso, e seus olhos ficaram vermelhos de raiva. De repente ele berrou: "ó tolo valete, porque estavas pensando luxuriosamente numa mulher em vez de pensar reverentemente em teu rei enquanto realizavas teus deveres reais, eu te amaldiçôo imediatamente a virares um canibal!"
Ó rei, Lalita imediatamente virou um temível canibal, um grande demônio comedor de gente, cuja aparência aterrorizava todo mundo. Seus braços tinham oito milhas de comprimento, sua boca era grande como uma enorme caverna, seus olhos eram imponentes como o sol e a lua, suas narinas assemelhavam-se a enormes fossos na terra, seu pescoço era uma verdadeira montanha, seus quadris tinham quatro milhas de largura, e seu corpo gigantesco media sessenta e quatro milhas de altura. Assim o pobre Lalita, o amoroso cantor Gandharva, teve que sofrer a reação de sua ofensa contra o Rei Pundarika.
Vendo seu marido sofrendo como um horrível canibal, Lalitã foi tomada de tristeza. Pensava: "Agora que meu querido marido está sofrendo os efeitos da maldição do rei, que será de mim? Que devo fazer? Para onde devo ir? Desse modo Lalitã lamentava dia e noite. Em vez de gozar da vida como uma esposa de Gandharva, ela tinha que vagar por toda selva densa com seu monstruoso marido, que caíra completamente sob o encanto da maldição do rei e estava inteiramente ocupado em terríveis atividades pecaminosas. Ele perambulava vacilante pelas regiöes inóspitas, um ex-semideus Gandharva belo, agora reduzido a um comportamento fantasmagórico de comedor de gente. Totalmente transtornada ao ver seu querido marido sofrer tanto em sua horrorosa condição, Lalitã começou a chorar enquanto seguia sua louca jornada.
Por boa fortuna, entretanto, Lalitã em certo dia encontrou o sábio Shringi. Estava sentado num pico da famosa Colina Vindhyacala. Aproximando-se dele, imediatamente ela ofereceu ao asceta suas respeitosas reverências. O sábio notou-a curvando-se diante dele e disse: "ó mais bela, quem és? De quem és filha, e porque vieste até aqui? Por favor conta-me tudo de verdade."
Lalitã respondeu: "ó grande sábio, sou filha do grande Gandharva Viradhanva, e meu nome é Lalitã. Vago pelas florestas e planícies com meu querido marido, que o Rei Pundarika amaldiçôou a se tornar um demônio comedor de gente. ó sacerdote [brahmana], estou grandemente aflita por ver sua forma feroz e atividades terrívelmente pecaminosas. Ó mestre, por favor conta-me como poderei realizar algum ato de expiação em prol de meu marido. Que ato piedoso poderei fazer para libertá-lo de sua forma demoníaca, ó melhor dos sacerdotes [brahmanas]?"
O sábio respondeu: "ó donzela celestial, existe um jejum [Ekadashi] chamado Kamada que ocorre na quinzena luminosa do mês de Caitra. Está chegando em breve. Se observares este jejum de Ekadashi de acordo com suas regras e regulações e deres o mérito que assim acumulares a teu marido, ele será liberto da maldição de imediato." Lalitã ficou muito contente ao ouvir estas palavras do sábio.
Lalitã observou fielmente o jejum de Kamada Ekadashi segundo as instruções do sábio Shringi, e no Dvadashi el lo cantor celestial adornado com muitos ornamentos lindos. Agora, com sua esposa Lalitã, ele podia desfrutar de mais opulência que antes. Tudo isso se dera pelo poder e glória do jejum Kamada Ekadashi. Afinal o casal Gandharva embarcou num aeroplano celestial e ascendeu ao céu."
O Senhor Sri Krishna continuou: "ó Yudhishthira, melhor dos reis, quem quer que ouça esta maravilhosa narrativa deve certamente observar o sagrado jejum Kamada Ekadashi ao melhor de sua capacidade, por conceder mérito tão grande ao devoto fiel. Portanto descrevi suas glórias para ti em benefício de toda humanidade. Não há jejum [Ekadashi] melhor que o Kamada Ekadashi. Ele pode erradicar até mesmo o pecado de matar um sacerdote [brahmana], e também nulifica maldições demoníacas e limpa a consciência. Em todos três mundos, entre as entidades móveis e imóveis, não existe dia melhor."
Assim termina a narrativa das glórias de Caitra-sukla Ekadasi, ou Kamada Ekadasi, conforme aparece no Varaha Purana.
Para saber tudo sobre Jejum ou ekadasi clique nos links abaixo: E E E Para ler mais ou baixar livros gratis sobre este conhecimento clique aqui
Srila Suta Goswami disse: "ó sábios, permitam que eu ofereça minhas humildes e respeitosas reverências ao Supremo Senhor Hari, Bhagavan Sri Krishna, o filho de Devaki e Vasudeva, por cuja misericórdia posso descrever o dia de jejum que remove todos tipos de pecados. Foi para o devotado Yudhishthira que o Senhor Krishna glorificou os vinte e quatro jejuns [Ekadashis] primários, que destroem os pecados, e agora vou recontar uma dessas narrativas para vós. Grandes sábios eruditos selecionaram estas vinte e quatro narrativas dos dezoito Puranas, pois são realmente sublimes.
Yudhishthira Maharaja disse: "ó Senhor Krishna, ó Vasudeva, por favor aceite minhas humildes reverências. Por favor descreva para mim o jejum [Ekadashi] que ocorre durante a parte iluminada do mês de Chaitra (mar/abr). Qual é seu nome e quais são suas glórias?"
O Senhor Sri Krishna respondeu: "ó Yudhishthira, por favor ouça-Me atentamente enquanto relato a antiga história deste sagrado jejum [Ekadashi], uma história que Vasishtha Muni certa vez relatou para o Rei Dilipa, o bisavô do Senhor Ramachandra.
O Rei Dilipa perguntou ao grande sábio Vasishtha: "ó sacerdote [brahmana] sábio, desejo ouvir sobre o jejum [Ekadashi] que vem durante a parte iluminada do mês de Caitra. Por favor descreva-o para mim."
Vasishtha Muni respondeu: "ó rei, tua indagação é gloriosa. De bom grado contarei o que desejas saber. O jejum [Ekadashi] que ocorre durante a quinzena clara de Caitra é chamado de jejum Kamada. Ele consome todos pecados, assim como um incêndio florestal consome um suprimento de lenha seca. É muito purificante, e confere o mais alto mérito a quem o observa fielmente. Ó rei, agora ouça uma antiga história, que é tão meritória que remove todos nossos pecados simplesmente por ser ouvida.
Uma vez, há muito tempo atrás, existia uma cidade-estado chamada Ratnapura, que era decorada por ouro e jóias e na qual serpentes de afiadas presas desfrutavam da intoxicação. O Rei Pundarika era o governante deste mais belo reino, que contava com muitos Gandharvas, Kinnaras, e Apsaras entre seus cidadãos.
Entre os Gandharvas havia Lalita e sua esposa Lalitã, que era uma dançarina especialmente maravilhosa. Estes dois tinham intensa atração um pelo outro, e seu lar era cheio de grande riqueza e finos alimentos. Lalitã amava seu marido muito, e por sua vez ele também constantemente pensava nela em seu coração.
Uma vez, na corte do Rei Pundarika, muitos Gandharvas estavam dançando e Lalita estava cantando sozinho, sem sua esposa. Não pode evitar de pensar nela enquanto cantava, e por essa distração perdeu-se na métrica e melodia da canção. De fato, Lalita cantou indevidamente o final de sua canção, e uma das serpentes invejosas que estava presente na corte do rei queixou-se ao rei que Lalita estava absorto em pensar na sua esposa em vez de no seu soberano. O rei ficou furioso ao ouvir isso, e seus olhos ficaram vermelhos de raiva. De repente ele berrou: "ó tolo valete, porque estavas pensando luxuriosamente numa mulher em vez de pensar reverentemente em teu rei enquanto realizavas teus deveres reais, eu te amaldiçôo imediatamente a virares um canibal!"
Ó rei, Lalita imediatamente virou um temível canibal, um grande demônio comedor de gente, cuja aparência aterrorizava todo mundo. Seus braços tinham oito milhas de comprimento, sua boca era grande como uma enorme caverna, seus olhos eram imponentes como o sol e a lua, suas narinas assemelhavam-se a enormes fossos na terra, seu pescoço era uma verdadeira montanha, seus quadris tinham quatro milhas de largura, e seu corpo gigantesco media sessenta e quatro milhas de altura. Assim o pobre Lalita, o amoroso cantor Gandharva, teve que sofrer a reação de sua ofensa contra o Rei Pundarika.
Vendo seu marido sofrendo como um horrível canibal, Lalitã foi tomada de tristeza. Pensava: "Agora que meu querido marido está sofrendo os efeitos da maldição do rei, que será de mim? Que devo fazer? Para onde devo ir? Desse modo Lalitã lamentava dia e noite. Em vez de gozar da vida como uma esposa de Gandharva, ela tinha que vagar por toda selva densa com seu monstruoso marido, que caíra completamente sob o encanto da maldição do rei e estava inteiramente ocupado em terríveis atividades pecaminosas. Ele perambulava vacilante pelas regiöes inóspitas, um ex-semideus Gandharva belo, agora reduzido a um comportamento fantasmagórico de comedor de gente. Totalmente transtornada ao ver seu querido marido sofrer tanto em sua horrorosa condição, Lalitã começou a chorar enquanto seguia sua louca jornada.
Por boa fortuna, entretanto, Lalitã em certo dia encontrou o sábio Shringi. Estava sentado num pico da famosa Colina Vindhyacala. Aproximando-se dele, imediatamente ela ofereceu ao asceta suas respeitosas reverências. O sábio notou-a curvando-se diante dele e disse: "ó mais bela, quem és? De quem és filha, e porque vieste até aqui? Por favor conta-me tudo de verdade."
Lalitã respondeu: "ó grande sábio, sou filha do grande Gandharva Viradhanva, e meu nome é Lalitã. Vago pelas florestas e planícies com meu querido marido, que o Rei Pundarika amaldiçôou a se tornar um demônio comedor de gente. ó sacerdote [brahmana], estou grandemente aflita por ver sua forma feroz e atividades terrívelmente pecaminosas. Ó mestre, por favor conta-me como poderei realizar algum ato de expiação em prol de meu marido. Que ato piedoso poderei fazer para libertá-lo de sua forma demoníaca, ó melhor dos sacerdotes [brahmanas]?"
O sábio respondeu: "ó donzela celestial, existe um jejum [Ekadashi] chamado Kamada que ocorre na quinzena luminosa do mês de Caitra. Está chegando em breve. Se observares este jejum de Ekadashi de acordo com suas regras e regulações e deres o mérito que assim acumulares a teu marido, ele será liberto da maldição de imediato." Lalitã ficou muito contente ao ouvir estas palavras do sábio.
Lalitã observou fielmente o jejum de Kamada Ekadashi segundo as instruções do sábio Shringi, e no Dvadashi el lo cantor celestial adornado com muitos ornamentos lindos. Agora, com sua esposa Lalitã, ele podia desfrutar de mais opulência que antes. Tudo isso se dera pelo poder e glória do jejum Kamada Ekadashi. Afinal o casal Gandharva embarcou num aeroplano celestial e ascendeu ao céu."
O Senhor Sri Krishna continuou: "ó Yudhishthira, melhor dos reis, quem quer que ouça esta maravilhosa narrativa deve certamente observar o sagrado jejum Kamada Ekadashi ao melhor de sua capacidade, por conceder mérito tão grande ao devoto fiel. Portanto descrevi suas glórias para ti em benefício de toda humanidade. Não há jejum [Ekadashi] melhor que o Kamada Ekadashi. Ele pode erradicar até mesmo o pecado de matar um sacerdote [brahmana], e também nulifica maldições demoníacas e limpa a consciência. Em todos três mundos, entre as entidades móveis e imóveis, não existe dia melhor."
Assim termina a narrativa das glórias de Caitra-sukla Ekadasi, ou Kamada Ekadasi, conforme aparece no Varaha Purana.
Para saber tudo sobre Jejum ou ekadasi clique nos links abaixo:
E
E
E
Para ler mais ou baixar livros gratis sobre este conhecimento clique aqui
Nenhum comentário:
Postar um comentário