Livro – A Teoria do Bambu
Há alguns anos, escrevi um texto chamado ‘A lição do bambu chinês’, onde explico sobre a teoria do bambu, que é repetida em diversos ditados chineses, e como descobri que toda essa história do bambu é simples e verdadeira. Seja flexível, mas sem se quebrar, é o resumo de toda a questão.
Não sei porque, mas fazem meses, muitos meses, que esse é o artigo mais lido do blog. Só caiu um pouco em popularidade na época do Ano Novo Chinês (todo mundo gosta de uma superstição, né?), mas sempre retornando ao topo da lista dos mais lidos da semana. Teve uma época em que decidi que todo mês iria republicar o artigo mais visitado. Desisti. Fazem 2 anos que A lição do bambu chinês rouba a cena dessa estatística.
Nesse artigo, sugiro a leitura de um outro livro, A Teoria do Bambu, de Ping Fu, pois li a resenha durante a pesquisa para escrever o tão famoso artigo, e me pareceu muito interessante. Bom, vocês leram naquela época? Nem eu…
Acredito que livro é algo que tem seu momento certo. Ele estava lá, na lista das leituras, mas sempre passava batido. Só que esse inicio de ano, talvez pelo desafio de estar lançando meu próprio livro, olhei para o livro e decidi: chegou sua hora. E assim foi…
A Teoria do Bambu Chinês
A capa do livro já te instiga, principalmente num momento em que estou passando por tantos momentos de dúvida, ansiedade, alegria e, não dá para negar, medo! Um turbilhão de emoções que cercam a história desse meu sonho, mas deixo isso para contar num outro momento.
O subtítulo do livro de Ping Fu é ‘Como a resiliência e a coragem me tornaram CEO de uma grande empresa de tecnologia’.
E aí, eu grifei propositalmente o inicio da frase, pois no meu ponto de vista, não importa qual o complemento depois da palavra ‘tornaram’, mas a resiliência e a coragem são fundamentais para que alcancemos o que for que sonhamos, precisamos, temos que alcançar.
A história é emocionante, e nos faz pensar no quanto, muitas vezes, nos deixamos abater por tão pouco; como fazemos tanta ‘tempestade em copo d’água’, como damos importância exagerada a coisas que podem ser resolvidas com um pouco de atenção, paciência. E, ainda, como criamos problemas onde eles não existem! Quem nunca fez isso, que atire a primeira lasca de bambu!
Além da teoria do bambu, a autora cita várias vezes na sua trajetória de vida, a lenda chinesa dos ‘três amigos do inverno’, que também já escrevi no blog. Vale conferir.
Ping Fu sabe o que significa ser operária de fábrica e presa política num país cuja Revolução Cultural quis eliminar todas as pessoas que tinham instrução. Sabe o que é ser deportada para outro continente, sem dinheiro, família ou amigos, e começar uma nova vida como faxineira e garçonete. Por outro lado, Ping Fu também sabe o que é ser CEO de uma grande empresa de tecnologia, e ser eleita Empresária do Ano.
Essa é a história de Ping Fu, a história de uma vida em dois mundos.
Nascida às vésperas da Revolução Cultural da China, Ping Fu foi separada de sua família aos oito anos e aos 25 anos foi forçada a deixar seu país natal para buscar uma nova vida nos Estados Unidos.
Falando apenas três palavras em inglês e seguindo os ensinamentos taoístas aprendidos na infância, Ping Fu chegou aos Estados Unidos e menos de dez anos depois já era uma empresária bem-sucedida. Aos 38 anos fundou a Geomagic, empresa que é hoje a maior fornecedora de softwares 3D para a criação de modelos digitais de objetos reais.
A teoria do bambu é o relato de uma jornada quase inacreditável. Um verdadeiro tributo à coragem de uma mulher em face da crueldade e uma valiosa lição sobre o poder da resiliência.
O que fica
Ela relata que foi muito difícil escrever sua própria história, relembrar todos os fatos que marcaram sua vida, a dor, o medo, a incerteza voltaram como fantasmas. Imagino o quão dolorido tenha sido todo esse processo.
O livro me encantou e, mais uma vez, mostrou que com determinação, podemos tudo. Sempre vai depender de como decidimos encarar os nossos desafios.
“O bambu é flexível: dobra com o vento, mas nunca quebra, pois é capaz de se adaptar a qualquer circunstância. É um sinal de resiliência. Significa que somos capazes de nos recuperar dos momentos mais difíceis.”
Obrigado pela visita, e volte sempre. @https://www.instagram.com/blogdo
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