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quarta-feira, 28 de abril de 2010

A importância da Educação Física nos Anos Iniciais

 o livro acima é sugestão.

Por: Carla Vasconcelos de Menezes

A totalidade do ser humano se diferencia no transcurso da evolução humana. A medida que se desenvolve o homem acentua suas predisposições e as influência do mundo circundante na estrutura holística do ser, e a Educação Física como participante deste processo tem como objetivo desenvolver e estimular o lado biológico do homem, suas aptidões corporais e sensoriais, concomitante com o lado emocional, oferecendo-lhe estímulos ao desenvolvimento em seu campo de ação (Padrão Referencial de Currículo, 1996).
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais de 1997 (PCNs), o trabalho de Educação Física nas séries iniciais do Ensino Fundamental é importante, pois possibilita aos alunos terem
desde cedo, a oportunidade de desenvolver habilidades corporais e de participar de atividades culturais, como jogos, esportes, lutas, ginásticas e danças, com a finalidade de lazer, expressão de sentimentos, afetos e emoções.
A área de Educação Física fundamenta-se nas concepções de corpo e movimento. Isto é, a natureza do trabalho desenvolvido nesta área tem íntima relação com a compreensão que se tem desses dois conceitos.
A Educação Física nos anos iniciais, segundo a Legislação, tem recebido sempre uma acentuação global do desenvolvimento integral da criança. De acordo com Rosamilha (1979) no Edital nº20 de 04/04/61, da cidade do Rio de Janeiro, tomamos o conhecimento de que:
“A Educação Física nas escolas primárias terá por fim [ ...] promover, por meio de atividades físicas adequadas, o desenvolvimento integral da criança, permitindo que cada uma atinja o máximo de sua capacidade física e mental, contribuindo na formação de sua personalidade e integração no meio social, [...]” (p.74).
Assim, percebe-se que a Educação Física desde décadas atrás tem como objetivo possibilitar prazer funcional, com base fundamental no movimento. Ela deve oportunizar ao educando a multiplicidade de suas possibilidades cinéticas, ampliando seu mundo disponível. Entretanto, algo mais que todos os exercícios físicos, ela é educação, pois através da seleção e ordenamento das atividades o educador busca cumprir seus objetivos educacionais.
Esta afirmação continua tão atual que os PCNs de 1997 nos colocam também, que a prática da Educação física na escola poderá favorecer a autonomia dos alunos para monitorar as próprias atividades, regulando o esforço, traçando metas, conhecendo as potencialidades e limitações, sabendo distinguir situações de trabalho corporal que podem ser prejudiciais a sua saúde. A iniciação precoce, a performance e o imediatismo desconsideram a individualidade de cada aluno, único em suas potencialidades e limitações. Os movimentos são estereotipados, gerando conformismo pela ausência do exercício da crítica e do espaço da criação.
“Em oposição a uma Educação Física mantenedora do “status quo” propõe-se uma ação onde o homem seja o agente ativo da construção de sua história pela sua ação consciente” (Padrão Referencial de Currículo, p.67)
Fazendo-se necessário que os profissionais de Educação Física conheçam o corpo teórico que sustenta a visão da Ciência, a conceituação específica do seu campo de conhecimento e valorizem o saber popular como parte do pensar e do fazer da Ciência, visto que
“(...) as respostas que o homem dá aos problemas do mundo da vida, ou do mundo e suas práticas, são, ao menos, tão racionais e são teóricas, como as suas indignações sobre a natureza do mundo físico.”(Padrão Referencial de Currículo, p. 102)
Propor ao aluno uma participação ativa no próprio aprendizado, a pesquisa em grupo, a experimentação e atividades que estimulem o questionamento e o raciocínio, contribuindo assim, no processo de resgate de uma Educação Física inserida no contexto escolar, como uma prática social, alicerçada na participação coletiva, que promova autonomia, criatividade e socialização, e não apenas como um componente, que desenvolve sua atividade fora da sala de aula.
A Educação Física permite que se vivencie diferentes práticas corporais advindas das mais diversas manifestações culturais que seja vista como uma variada combinação de influências onde é presente na vida cotidiana. A partir das danças, dos esportes, dos jogos que compõem um vasto patrimônio cultural que deve ser valorizado, conhecido e desfrutado.

Cristiane da Costa Oliveira
Profª da Educação Infantil e Séries Iniciais do Ensino Fundamental.

Carla Vasconcelos de Menezes
Profª Orientadora. Especialista em Educação Física Escolar/ Mestranda em Educação.

Referências

Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs). Educação Física. V.7. Brasília:1997.

Padrão Referencial de Currículo:1995-1998. Departamento Pedagógico/Divisão de Ensino Fundamental. Porto Alegre:1996.

Rosamilha, N. Psicologia do Jogo e Aprendizagem Infantil. São Paulo:Livraria Pioneira, 1979.


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