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sábado, 21 de dezembro de 2013

Acadêmica Nélida Piñon recebe em Washington o Prêmio Cátedra Enrique Iglesias de Cultura e Desenvolvimento

Acadêmica Nélida Piñon recebe em Washington o Prêmio Cátedra Enrique Iglesias de Cultura e Desenvolvimento

A Acadêmica Nélida Piñon, ocupante da Cadeira nº 30 da Academia Brasileira de Letras, recebeu, na quinta-feira, dia 5 de dezembro, em Washington, o Prêmio Cátedra Enrique Iglesias de Cultura e Desenvolvimento, outorgado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e considerado a mais alta distinção da organização no âmbito cultural. Na oportunidade, afirmou que “a fusão étnica ocorrida na América, independentemente de raças, fez florescer os signos de uma cultura oriunda das fundações míticas dos ameríndios, das utopias expansionistas europeias, dos embates ocorridos entre as expressões autóctones e estrangeiras”.
A escritora reconheceu na cultura “a maravilhosa” qualidade de poder impregnar-se, através dela, “de tudo o que é humano”, mas acredita que a sociedade atual está “regida por preconceitos” que limitam a capacidade de observação. Nélida Piñon é o primeiro escritor de língua portuguesa e a primeira mulher a receber o prêmio. A Acadêmica começou seu discurso de agradecimento, elogiando o ecumenismo linguístico do Brasil, refletido na figura do jesuíta José de Anchieta, que chegou ao Brasil em 1549 e se converteu no primeiro escritor brasileiro e autor da primeira gramática guarani. “Lançou as bases do ecumenismo ao anunciar a futura propensão sincrética do povo brasileiro”.
Nélida Piñon afirmou, ainda, que a cultura ibero-americana, herdeira de “dois poderosos idiomas como o português e o espanhol”, ainda guarda muitos enigmas do período do descobrimento, mistérios que, segundo a escritora, não têm motivo para serem revelados, “mas que são, sem dúvida, parte de sua essência e enriquecimento”. No entanto, também advertiu que as influências entre alguns povos e outros nem sempre são detectadas, “e nem sequer admitidas”.
“Porque não convém a quem influencia nem a quem é influenciado. Vivemos regidos pelos preconceitos, por isso não nos permitimos olhar de uma maneira mais próxima o que de verdade impulsionou nossas realidades”, afirmou a escritora, que defende a ambiguidade como “matéria-prima da arte”. Logo depois do discurso de Nélida Piñon, o Presidente do Banco, Luis Alberto Moreno, afirmou que “com este reconhecimento, o BID louva o destacado e notável trabalho da escritora em favor da cultura e da mulher, assim como os brilhantes resultados obtidos por ela na sua trajetória em benefício das artes”.
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