Mostrando postagens com marcador Curso: Redação em português. (parte 2 de 12).. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Curso: Redação em português. (parte 2 de 12).. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Curso: Redação em português. (parte 2 de 12).


2. Pensar, ler e escrever
Capítulo anterior: 1 - IntroduçaoCapítulo siguiente: 3 - Planejamento do texto

Quando se escreve ou quando se fala, é com o fim de comunicar algo; portanto na construção de textos na sala de aula é necessário primeiro que os alunos aprendam a pensar.
Para iniciar nossa pesquisa, apresentaremos as definições de: - texto, redação, contexto, coerência, coesão, estrutura e a importância de saber gramática. Para ensinar tudo isso, é bom incentivar o aluno começando com esta frase Escrever é como jogar xadrez. Por quê? A pessoa que sabe jogar visualiza o tabuleiro para ganhar o adversário. Ela pensará cada peça movida. Portanto, o jogo de xadrez pode ajudar os alunos a desenvolver a lógica, do raciocínio e do problema; habilidade de memória, da concentração e da visualização; a confiança; a paciência; a determinação; o equilíbrio; a expressão de si mesmo, a atenção; a criatividade; a capacidade para aprender as intenções do outro.
Porém, qual é a relação de xadrez com o ato de escrever? Para escrever, precisa-se muito treinamento da memória para organizar as idéias.
Para ordená-las, precisa-se pensar. Como disse Bernardo (2000, p, 20), "enfrentar inclui pensar. Pensar que escrever certamente não será uma questão de dom". No pensamento do autor, para pôr palavras no papel é necessário antes pensar, e depois transpirar. Na citação de Bernardo (2000, p, 54), "[...] Escrever para aprender significa descobrir relações entre idéias, selecionar e ordenar idéias e dados, ou ainda dar forma a experiências pelas quais passamos a fim de que possamos compreendê-las com mais clareza". Para saber escrever, é necessário ordenar os pensamentos e pôr as palavras certas. Se isso acontecer, o texto ficará claro e o aluno acompanhará a leitura do autor, portanto saberá as idéias principais dos parágrafos, ou seja, se tem unidade global é porque a pré-escrita está bem elaborada e o aluno não se perderá na seqüência de idéias.
Quando se pensa no tema, deve-se planejar o texto, pois surgirão muitas idéias desorganizadas que depois serão hierarquizadas e assim o escrito será compreensivo. As idéias e o pensamento são abstratos e só irão materializar-se com a linguagem escrita.
É importante que o aluno saiba o que é uma redação. Isso o ajudará o a ter consciência para desenvolver qualquer assunto. O professor deve estar consciente disso e colaborar com o educando até que ele consiga escrever qualquer tema. O educador deve incentivar o aluno a produzir sobre si mesmo antes de começar por outros escritos. Se não sabe como iniciar uma redação efetivamente não vai saber fazer o meio e o final. Como escreve Bernardo (2000, p, 20), "o ato de escrever é, primeiro e ante de tudo, a questão do desejo". Desejo de se expressar, de dizer algo sobre o que pensa a respeito dos mais diversos assuntos.
Para que esse desejo de escrever possa aflorar, o professor precisa incentivar o aluno a escrever todos os dias e organizar as idéias, ter uma seqüência do raciocínio lógico para não se perder do assunto. Dentro de tudo isso é importante escolher palavras-chave e idéias principais de cada parágrafo.
Enquanto o educando não sabe redigir, o professor tem a responsabilidade de motivá-lo para a produção das idéias e temas que o levem a querer escrever.
O educador dá primeiro o exemplo de como escrever ou ler. Nesse estágio, a motivação é importante. Portanto, não é adequado falar para o aluno que é difícil o ato de escrever. Para isso, o docente deve deixá-lo à vontade para eleger leituras que vai ser seu primeiro espelho para poder produzir. De acordo com Bernardo (2000, p, 28), "[...] a idéia de que uma pessoa que leia muito necessariamente escreve bem é falsa". Então quem lê muito não significa que vai redigir bem. Quando o aluno tem muita leitura, é importante analisar a leitura de como o autor planejou o texto. O educador precisa falar para turma qual é o objetivo de ler e escrever, pois ler e escrever são dois conceitos diferentes, visto que ler é vida e informação entendimento do significado das palavras escritas. A seguinte citação demonstra isso:
Pela leitura você ganha experiências, você observa como um escritor tratou habilmente uma situação difícil, como usou as palavras e as expressões, como descreveu, como gerou expectativa, como arrancou emoções. Leia e aprenda, leia observando, como quem observa a natureza. (BAÇAN, 1999, p.22)
Quem lê se informa do "mundo" e adquire experiências. Toda produção escrita deve ser analisada pelo aluno: por que o autor usou tais expressões? Por que escolheu essas palavras para dar emoção ao escrito? O educando tem que observar tudo sobre o texto para aprender cada vez mais.
É importante dar preferência a autores de qualidade. Então para escrever o aluno deve ter o hábito de ler constante. Segundo Baçan (1999, p. 23):
Comece lendo bons autores modernos, no gênero que você mais aprecia. Se gosta de histórias em quadrinhos, comece com elas. Leia os cronistas de jornal, os comentários e editoriais, que são pequenos e rápidos. Observe sempre como eles estruturam o texto, como usam as palavras e como constróem as imagens.
Ler um fragmento de um jornal por dia para analisar o conteúdo, uma revista por semana, um livro por mês. Isso ajudará a escrever melhor.
Quem escreve, tem a intenção de revelar-se para os outros e traçar um destino, ser lembrado como escritor, e colocar-se no campo de batalha de trabalho com outros escritores.
Cada escritor tem um estilo de produzir um texto, porque cada redator é único, e cada um quer conhecer outras maneiras de pensar. Quem escreve claro, expõe as idéias de tal modo a não permitir dúvidas quanto à interpretação.
Quando o discente aprende a escrever há duas alternativas: - uma de desejo e outra de medo - ou seja, aquela vontade de redigir ou aquele medo de errar. Quando o educando tem medo de pôr suas idéias no papel, por conseguinte o texto fica escuro. Para que não fique obscuro Bernardo orienta (2000, p, 37), "no ato da redação, acho que a luta se faz no rasgo". Ou seja, na imitação. Como fazer isso? Lendo e pondo as idéias do autor como estavam no texto; com o tempo, o aprendiz constrói seu próprio texto, sendo a paráfrase, seu exercício mais eficiente, até superar a escrita do outro e chegar na escrita pessoal.
Paráfrase é uma redação escrita pelo autor, a partir de pensamentos de outra redação, sem sair de seu conteúdo, mas usando outras palavras. Para conseguir uma paráfrase é preciso entender todas as idéias que o autor do texto original quis transmitir, em todos seus detalhes. Na visão de Bernardo (2000, p. 71.) "[...] antes de fazer com que alunos redijam paráfrases é necessário fazê-los perceber a diferença entre aqueles que plagiam o original, aquelas que o alternam e aquelas bem redigidas".
O professor tem muita responsabilidade com seus discentes de explicar o que é uma paráfrase. E o que é uma paráfrase, se não pôr com outras palavras o que se leu? Assim é mais produtivo para o aluno aprender a redigir.
Quando o estudante começa a escrever sem pensar, sem ler, isso o leva a uma redação sem rumo e não chega a nada, a algo concreto. Escrever é um trabalho árduo, enquanto um texto em desordem é um sintoma de um pensamento confuso. Ou seja, quem não pensa bem, não escreve bem. Agora quem planeja as idéias com um propósito chegará a um pensamento organizado.
Todo texto a ser redigido passa por uma fase de planejamento. Esse planejamento é pessoal: há pessoas que se dão um tempo, organizam o texto mentalmente e começam a redigi-lo; quem observa, acha que as idéias escorrem do cérebro pela ponta da caneta". ( BERNARDO, 2000, p.71).
O estudante que nunca escreveu ou que está tentando redigir pensa que o escritor fez sem planejar. Mas não é assim. Quem planeja vai construir um texto claro.
http://www.mailxmail.com/curso/idiomas/redaportugues/capitulo2.htm
Obrigado por sua visita, volte sempre.

Conversas sobre Didática,