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terça-feira, 22 de abril de 2008

Dinâmica de Grupo.


Dinâmica De Grupo


Por Erynat FERNANDES

Gestalt.
DINÂMICA DE GRUPOS

As ciências sociais oferecem hoje aos indivíduos diversos meios que permitem incentivar os educandos a participarem ativamente do processo de aprendizagem, trabalhando em grupos.

Esses recursos diferem, de certo modo, dos processos habituais do ensino formal e acadêmico e são os resultado de uma evolução natural e progressiva das doutrinas pedagógicas os séculos, a partir do século XVII, com RATKE (1612) que começou a preocupar-se com os princípios e regras do ensino e com BACON (1620) que salientava a importância da observação, seleção de dados, formulação de hipóteses e generalização para a conquista do conhecimento, caracterizando assim o método indutivo.

Em 1637, Descartes, complementando as idéias de Bacon, apresentou quatro princípios " para guiarem o espírito em busca da verdade'':

1º) não admitir nada como verdadeiro, se não se oferece como evidente (evidência);

2º) dividir cada uma das dificuldades em tantas partes quantas forem necessárias para resolvê-las melhor (análise);

3º) ir do mais fácil e simples ao mais complexo (síntese)

4º) fazer enumeração completa e geral para ter a segurança de não haver omitido nada (comparação).

A preocupação de Bacon e Descartes era buscar normas, imprimindo uma ordem nas idéias até então apresentadas, procurando, assim, metodizar o processo de aprendizagem.

Em 1657, Comenius lançou as bases para obter-se maior rapidez no ensino, com economia de tempo e energia, tornando conhecido o termo Didática. Comenius valorizava o educando, enfatizando que '' somente fazendo é que se aprende''. Em 1762, Rousseau proclamou a importância do conhecimento da natureza psíquica do educando, chegando, assim ao conceito de educação paidocêntrica: ''O educando é o objeto e o guia da educação.''

Ao estudarmos a dinâmica do trabalho em grupo contatamos algumas etapas necessárias para uma boa aprendizagem são elas:

1º)o aluno só aprende bem quando o faz pessoalmente por observação, reflexão e experimentação (auto-ensino).

2º) o ensino deve ser adaptado à natureza peculiar de cada aluno (ensino diferenciado)

3º) deve-se desenvolver, junto à formação intelectual, as aptidões manuais, e, em geral toda a energia criadora (ensino integral).

4º) a matéria de ensino deve ser organizada de tal modo que chegue a ter efeito global na formação do educando (ensino globalizado)

5º) torna-se necessário socializar o ensino, por meio de trabalhos em grupos, respeitando e fortalecendo ao mesmo tempo a individualidade dos educandos, pois educação é vida, educar é preparar para a vida (ensino socializado). Pode-se observar que a Dinâmica de Grupos surgiu comoresultadoda evolução natural de diferentes correntes pedagógicas, que progressivamente tentavam soluções tendentes a dar ao ensino um caráter mais socializante e ativo.

Daí o surgimento da Dinâmica de Grupos: primeiro, como réplica ao ensino livresco, formal e acadêmico;segundo pela necessidade atual de ministrar conhecimentos que superam os programas escolares, exigindo do professor preocupações constante em desenvolver habilidades paraque o educando venha conquistar de modo próprio esses novos conhecimentos.

O QUE É DINÂMICA DE GRUPO

Como se vê a dinâmica de Grupos, fundou-se originariamente na teoria da forma ou Gestalt. Seguindo esta concepção estruturalista, a Dinâmica de Grupos estuda as torças que afetam a conduta do grupo, começando por analisar a situação grupal como um todo com força própria (Gestalt). A partir desse estudo, surge o conhecimento de cada um dos seus componentes (o todo dá sentido às partes).

Podemos dizer, pois, que Dinâmica de Grupos é adisciplinamoderna dentro do campo da Psicologia Social que se ocupado estudo da condutados grupos como um todoe das variações da conduta individualde seus membros, das relações entre os grupos, da formulação de leis e técnicasque aumentam a eficácia dos grupos.

A Dinâmica de Grupos é sempre orientada para produzir aprendizagens, de diversas índoles, entre os seus membros.

Os Grupos são autênticos instrumentos utilizados dinamicamentepelo docente, como o fim de promever o desenvolvimento individualdos seusintegrantes.

Naturalmente que será muito mais fácil para o professor recorrer a um livro e ditá-lo em classe do que organizar um meio ambiente e um conjunto de atividades que possibilitem ao educando crescer e alcançar os estados de conduta desejados. Porém, está comprovado que o uso da Dinâmica de Grupos veio facilitar o trabalho do ''novo professor'' para a sociedade atual. com o auxílio das técnicas grupais, épossívelao docente desenvolver no educando outras habilidades de caráter formativo, à medida que são ministradosos conhecimentos pretendidos.

Estes passam a ser meios que o docente utiliza, com a ajuda da Dinâmica de Grupos, para conduzir o educando a fazer uso de suas potencialidade, não somente para atender a seus próprios interessespessoais, mas sobretudo para atender aos interesses da comunidade.

O QUE É GRUPO

Existem vários conceitos de grupo um deles poderíamos citar como exemplo seria o de HOMANS que conceitua Grupo como sendo uma quantidade de pessoas que se comunicam amuíde entre si, durante certo tempo, com o fim de estudar um problema e que são suficientemente poucas como para que cada uma delas possa comunica-se com todas as demais de maneira dinâmica e direta.

Devemos salientar também, para melhor compreensão desse conceito, que para constituir um Grupo não basta reunir um número reduzido de pessoas, nem haver um interesse comum; é necessário, ainda que haja interação entre seus componentes, o que representa o núcleo essencial do Grupo.

Compreende-se por interação ação recíproca em que cada indivíduo, em sua relação com os demais, respeita e procurar se colocar frente aos problemas surgidos respeitando a individualidade de cada um mais buscando um ponto comum.

A partir do momento que o grupo se torna mais numeroso a interação se torna mais complexa, em tal caso, as reações que se suscitam no grupo transforma-se em fenômenos de massas, assim dificultando o trabalho em grupo.

Ao lermos KNOWLES ele coloca que a Dinâmica de Grupos se caracteriza-se em:

-uma associação defensível (identificação entre as pessoas)

-consciência de grupo (percepção coletiva de unidade)

-participação com os mesmo propósitos (objetivos comuns)

-dependências recíproca para a satisfação de necessidades (ajudamútua)

-ação recíproca (grande comunicabilidade)

-existência de uma estrutura interna (distribuição dos papeis sociais)

-habilidades para atuar em forma unitária (o grupo pode comportar-se como um organismo unitário).

Podemos concluir que o verdadeiro sentimento de grupo somente existe quando há um forte laço de simpatia uma união dentro do grupo e um sentimento do ''nós'', que costuma manifestar-se nos seus integrantes ao usarem a 1ª pessoa do plural.

ELEMENTOS BÁSICOS PARA AÇÃO EM GRUPO

Os elementos básicos para um bom comportamento grupal, com fins educativos:

-o grupo; os objetivos; as técnicas grupais; o docente.

-O GRUPO-

Para HOMANS"a capacidade para a vida em grupo se aprende por sua vez, nos grupos", se estes não são sadios, a aprendizagem será prejudicada.

Entre as formas mais comuns dos indivíduos se manifestarem com relação à insatisfação aos trabalhos em grupos existem:

- a agressão- que se manifesta em palavras ou gestos, quando as suas idéias são aceitas;

- a compensação- quando o indivíduo procura a compensação em outros interesses fora o administrado pelo grupo;

- a projeção-o indivíduo transfere a outro sentimento de sua própria inadequação

- a conversão-é a transformação da energia física em um sintoma ou queixa de doença, após a sua frustração perante o trabalho.

- negativismo- o indivíduo frustrado responde negativamente a todas as alternativas.

O que se observa é que a toda uma necessidade de ajuste frente aos muitos obstáculos que surgem durante e depois da organização do trabalho em grupo.

A necessidade da ação permanente da busca pela igualização de idéias, objetivos e conquistas. Somente com a interação total do grupo a um efetivo consenso no trabalho.

O OBJETIVO

Para que um grupo exista a necessidade que haja um objetivo definido, muitas vezes os membros do Grupo não percebem as razões da existência deste; entretanto à medida que a ação se faz presente, vai obtendo uma maior coesão grupau e os indivíduos se vão inteirando do em que e para que estão trabalhando em grupo.

Um grupo para produzir, necessita, pois, ter objetivos estabelecidos e definidos com a maior clareza desde o principio. O ideal é que esses objetivos sejam definidos com a participação direta de todos os membros do grupo, pois dessa forma o grupo se sente mais unido e trabalha com maior interesse.

CONCEITO DE LIDERANÇA

O termo liderança tornou-se tão desgastado e confuso que vem sendo usado como qualquer tipo de influência de um indivíduo sobre outro, podendo ir desde a persuasão lógica até a mais brutal dominação física.

Atualmente das pesquisas e estudos realizados, surge uma ''nova interpretação'' de liderança Vários autores procuram evidenciar o problema através de seus conceitos. Assim para Cartwright , é a realização de funções necessárias e a adaptação a situações mutáveis.

De acordo com essa concepção, os grupos são flexíveis na atribuição de funções de liderança a diferentes membros, de acordo com as mudanças de condições.

Os líderes eficientes são sensíveis as transformações de condições de seus grupos e flexíveis na adaptação de seu comportamento às novas exigências.

Pode-se esperar o aperfeiçoamento de liderança não a partir do aperfeiçoamento dos líderes separados dos grupos, mas através da modificação das relações entre os líderes e os outros participantes.

Finalmente concluímos que a liderança se observa pela influência que deixa nos membros do grupo em termos de objetivos e planos de ação que as pessoas descobrem por si, com o auxílio do líder, do senso de responsabilidade e satisfações dominantes em grande parte do grupo.

Há vários tipos de ambientes de grupo exemplos:

- Ambiente paternalista.

Onde o líder é cordial e amável, esse tipo de liderança evita discordâncias e produz uma ação feliz e efetiva.

- Ambiente democrático.

Nesse tipo o líder leva em consideração as opiniões do grupo antes de tomar decisões, a responsabilidade é compartilhada.

- Ambiente participativo

Na estrutura participativa, os membros trabalham em conjunto para chegarem a uma coesão do grupo.

Há também estudos levando-se em consideração a presença de alguns indivíduos dos grupos como, por exemplo:

Indivíduos perguntadores, aquele que quer se exibir, que impor a sua opinião, às vezes esta bem informado mais que colocar suas idéias.

O sabe-tudo. Aquele indivíduo que fala tudo e sem para, exceto o assunto em questão.

O tagarela. Aquele indivíduo que perturba o ambiente, que se coloca em meio às falas e nunca se posiciona com relação a nada, em cima do muro.

O do contra.

Indivíduo que discute e se coloca contra sempre, muitas vezes sem ter fundamento para tais atitudes.

O mudo voluntário.

Indivíduo que nunca se interessa por coisa alguma, acha as questões muito complicas ou simples demais e procura manter calado.

O Tímido

Aquele indivíduo que não tem coragem ou mesmo habilidade para expressar suas idéias. Teme crítica

O obstinado

Indivíduo que ignora totalmente o ponto de vista dos outros, não cede de maneira alguma.

O do as apartes

È o indivíduo distraído, pede apartes para falar do assunto ou de outras coisas.

O interrogativo

Indivíduo que interroga tudo, a questionamento muitas vezes sem fundamento.

CONCLUSÃO

Ao fim desse trabalho podemos deixar bem clara a importância da Dinâmica de Grupos, visto que o indivíduo dentro desse espaço trabalha em conjunto com outras pessoas, assim desenvolvendo o seu potencial como ser agente dentro da sociedade. Observamos a importância do líder que se faz presente, junto a determinado grupo, sua colaboração (influência) se torna importante ao se observar à necessidade da organização e clareza dos objetivos.

A Dinâmica do Grupo se torna bem sucedida através de um bom relacionamento entre os indivíduos, assim as dificuldades encontradas meio a sociedade de tornam mais fácies de se resolver.

BIBLIOGRAFIA:

BERSTUN, Marcos...

Tradução: MARCO, Liana Di





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