ECONOMIA DA EDUCAÇÃO[1]
Disciplina surgida em meados dos anos 1950, nos Estados Unidos, quando um grupo de estudiosos do desenvolvimento econômico, inspirados na teoria econômica neoclássica, estava ocupado em explicar os ganhos de produtividade gerados pelo fator humano na produção, preocupação especialmente forte no período de expansão do capitalismo após a Segunda Guerra Mundial. Basicamente, buscava-se entender e explicar o valor econômico da educação, bem como a possibilidade de mensurá-lo. O pressuposto era o de que acréscimos marginais de instrução, treinamento ou educação do trabalhador, correspondiam a um acréscimo marginal na capacidade de produção. A conclusão necessária dessa premissa era a de que os investimentos em educação seriam muito rentáveis para a produção (para o capital), o que levou à sistematização e disseminação da Teoria do capital humano. Dentre seus formuladores destaca-se Theodore W. Schultz, professor do departamento de economia da Universidade de Chicago. No Brasil, o impacto da economia da educação se fez efetivo durante a Ditadura Militar (1964-1985), especialmente no período do chamado “milagre econômico”. Nesse período, a influência dos pressupostos dessa disciplina foi decisiva para a política educacional brasileira, e levou, dentre outras conseqüências, a uma grande expansão das atividades privadas no ensino. Alguns dos principais representantes desse pensamento no país foram os economistas Mário Henrique Simonsen e Cláudio de Moura Castro.
Para o seu estudo, é fundamental consultar as obras de Theodore Schultz, O valor econômico da educação (1963) e O capital humano – investimentos em educação e pesquisa (1971); Frederick H. Harbison e Charles A. Myers, Educação, mão-de-obra e crescimento econômico (1965); Cláudio de Moura Castro, Investimento em educação no Brasil: comparação de três estudos (1971) e Educação, educabilidade e desenvolvimento econômico (1976); Mário Henrique Simonsen, Brasil 2001 (1969).
Sobre as influências dessa disciplina no pensamento educacional brasileiro, é fundamental consultar as obras de: José Oliveira Arapiraca, A USAID e a educação brasileira (1982); Gaudêncio Frigotto, Educação e crise do capitalismo real (1995); José Willington Germano, Estado militar e educação no Brasil (2000); Wagner Rossi, Capitalismo e educação: contribuição ao estudo crítico da economia da educação capitalista (1978);
Fonte; http://www.histedbr.fae.unicamp.br/navegando/glossario/verb_c_economia_da_educacao.htm
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