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segunda-feira, 17 de maio de 2010

Escolha a TV para ver a Copa do Mundo

Revista Casa Claudia Edição de Maio de 2010

MÓVEIS E ACESSÓRIOS

Escolha a TV para ver a Copa do Mundo

A cada quatro anos, quando se realiza a Copa do Mundo de Futebol, a venda de TVs aumenta consideravelmente. Este ano, os aparelhos lançados estão aptos a transmitir os jogos com o sinal digital na TV aberta, o que significa assistir a imagens em alta definição e não perder nenhum lance das partidas. Se as novas tecnologias confundem você na hora da escolha do modelo, veja nosso guia para realizar a compra certa e consulte os modelos oferecidos pelos fabricantes na galeria de fotos logo abaixo. E nada melhor do que reunir os amigos para torcer juntos em dia de jogo. Por isso, confira também nossas dicas para preparar lanches apetitosos e dar um toque verde e amarelo à decoração.

Reportagem Visual Mayra Navarro
Texto Maria Helena Pugliesi
Foto Evelyn Müller (ambiente) e Divulgação (produtos)
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A sigla significa Liquid Crystal Display, ou Tela de Cristal Líquido. Nessas TVs, a programação é gerada através de pequenas lâmpadas situadas na parte traseira do aparelho e o cristal líquido tem a função de controlar essas luzes, transformando-as em imagens. Por terem um brilho intenso, são mais indicadas para ambientes com maior claridade. “Em locais muito escuros, ocorre o vazamento de luz da tela, tornando as imagens mais opacas”, fala Fernanda Summa, gerente de produto da LG. Filmes gravados no padrão de cinema costumam apresentar trepidação na imagem. Atualmente, é a tecnologia mais vendida, muito apreciada pela tela no formato widescreen 16:9 (retangular, semelhante às telas de cinema).

Consumo de energia: baixo em relação às TVs de plasma. Alto, se comparada com as TVs de LED. Vida útil: 60 mil horas, ou 20 anos, com oito horas de uso diário. Espessura: finas e leves, são ideais para serem fixadas na parede. Começam com 2,9 cm e podem chegar até 10 cm de espessura.
A concepção dessas TVs é a mesma das de LCD, com a diferença que, no lugar das lâmpadas fluorescentes de sua antecessora, elas trabalham com LEDs – diodo emissor de luz. A tecnologia garante excelente contraste, uma vez que, quando transmitem cenas escuras, a intensidade das lâmpadas diminui, propiciando imagens mais reais. Comporta-se melhor em ambientes claros. Em imagens de ação rápida, como partidas de futebol, as TVs de LED podem apresentar o efeito fantasma, prejudicando, por exemplo, a visualização do número na camisa do jogador. “Isso acontece por que seu tempo de resposta (período que os pontos de luz levam para acender e apagar) é relativamente lento, cerca de 3 milissegundos”, diz Daniel Kawano, analista de produto da Panasonic.

Consumo de energia: devido ao tipo de lâmpada, são as TVs de menor consumo – gastam até 40% menos que uma TV LCD. Vida útil: 60 mil horas, iguais às TVs de LCD. Espessura: também por causa dos LEDs, são as mais finas do mercado, podendo variar de 0,9 mm a 26,5 mm.
Pioneira entre as TVs de telas grandes, a plasma funciona com milhares de lâmpadas fosforescentes em miniatura. Ionizadas, elas emitem gazes de luz ultravioleta, que, em contato com o fósforo, geram a imagem. “A plasma era criticada por marcar a tela. Porém, nos últimos dois anos, a tecnologia foi aprimorada e ela é cada vez mais procurada pelo consumidor que prefere telas acima de 50”. Nesse caso, ela apresenta o melhor custo/benefício”, diz Alberto Nairo, diretor comercial da AOC. São recomendadas para locais com controle de luminosidade, isso porque sua tela reflete a luz externa e prejudica a imagem, tornando-a mais opaca. Modelos com frequência de 600 Hz são excelentes para assistir a cenas de ação e movimento, como partidas de futebol.

Consumo de energia: consome o dobro de energia da TV LCD. Vida útil: 100 mil horas. Isso equivale a 34 anos, utilizando o aparelho oito horas por dia. Espessura: podem ser encontradas a partir de 3,59 cm.
A novidade mais quente do mercado são os modelos 3D. A tecnologia está presente nas TVs LCD, LED e plasma. Para assisti-las, é preciso usar óculos especiais semelhantes aos utilizados nos cinemas para os filmes em 3D. Funcionam assim: um emissor de raios infravermelhos, conectado à TV, envia o sinal estereoscópico para os óculos 3D ativos. Estes, por sua vez, possuem um sistema que alterna a opacidade das lentes na medida em que as imagens mudam no aparelho. O processo é tão dinâmico que a mente não detecta as lentes piscando, que, sincronizadas à ação na tela, causam o efeito tridimensional. São ideais para canais 3D, jogos e conteúdo em blu-ray (versão aprimorada do DVD). No Brasil, alguns canais de TV aberta começaram a captar imagens em terceira dimensão. “A boa notícia é que já existem modelos de TV que adequam as imagens em 2D para 3D. Dessa forma, o usuário se sente fazendo parte da ação. Em época de Copa do Mundo, quem não quer estar lá, dentro do campo com os jogadores?”, exagera Rafael Cintra, gerente sênior da área de TVs da Samsung.
Até o fim da década de 1990, as TVs tinham uma resolução de imagem formada por 480 linhas. A partir daí, surgem as TVs de alta definição – HD (high definition) e as imagens se tornam muito mais reais graças às 720 linhas – e ao 1 milhão de pixels (pontos) presentes na tela. A partir de 2000, a alta qualidade de definição cresce ainda mais com a chegada das TVs Full HD. Estas oferecem resolução de 1 080 linhas e 2 milhões de pixels. Todos os fabricantes de TV oferecem modelos com ambas as tecnologias. “Para consumidores apaixonados por cinema, recomendo as Full HD, que proporcionam a melhor experiência possível”, atesta Alberto Nairo, da AOC.
Ficar muito próximo de uma TV grande ou afastado demais de um aparelho pequeno pode afetar a qualidade da visualização. Por isso, para escolher o aparelho mais apropriado para sua casa, verifique a quantos metros você se localiza da tela e relacione-os com os dados abaixo.
Pixel - É a abreviatura de picture element, ou seja, "elemento da imagem". Corresponde aos pequenos pontos que formam as linhas na tela da TV. Quanto mais pixels a tela tiver, melhor será a definição.

Linhas - A imagem é formada por linhas horizontais e cada linha é formada pela união dos pixels (pontos).

Progressive Scan - É a forma como as linhas são exibidas na tela. Em português, progressive scan pode ser traduzido como "varredura progressiva". No modo progressivo, as linhas surgem na tela sem intervalos. Essa forma de exibição traz maior nitidez às imagens. O sistema é representado pela letra "p" (1.080p, por exemplo).

Tempo de resposta - Durante uma cena, os pixels precisam apagar e acender para reproduzir o movimento da imagem. Tempo de resposta é o período que os pixels levam para realizar essa transição. Então, quanto menor for esse tempo, melhor será a exibição de detalhes nas cenas de ação. Essa função é medida em MS (milessegundos).

DTV - É o Sistema Brasileiro de Transmissão Digital. As TVs com função DTV são capazes de receber, através da conexão de antena, a transmissão digital brasileira em alta definição.

Hd Natural Motion - A trepidação das imagens em movimento, característica comum nas telas de LCD, é amenizada com esse recurso, que analisa as cenas e controla o problema, tornando as imagens mais reais.

Função Time Machine Ready - Permite a gravação do conteúdo da TV digital aberta pela conexão de um HD externo na estrada USB (de no mínimo 40 GB).

HDMI - Tecnologia de conexão capaz de lidar com áudio e vídeo de alta definição ao mesmo tempo, dispensando um cabo separado para cada função.

USB - É a sigla para Universal Serial Bus. Trata-se de um plug que tornou mais simples e rápida a conexão de diversos tipos de aparelho (câmeras digitais, HDs, pendrives, mouses etc.) à TV, evitando assim o uso de um tipo específico de conector para cada dispositivo.



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