Mostrando postagens com marcador GESTÃO ESCOLAR. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador GESTÃO ESCOLAR. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Novas Alternativas De Gestão Escolar Nos Tempos Modernos.



GESTÃO ESCOLAR

Novas Alternativas De Gestão Escolar Nos Tempos Modernos: Gestão Escolar E Qualidade De Ensino

O Diretor na Instituição

Hierarquicamente, o diretor ocupa uma posição peculiar uma vez que pode legitimar para os pais muitas das medidas da instituição, assim como legitima para as instâncias superiores institucionais as iniciativas e ações do professorado (ou do professorado em ação conjunta com a comunidade). Por outro lado, tal posição também o coloca na função de mediador das relações entre o professorado e os órgãos normativos e fiscalizadores do sistema educacional.

Do ponto de vista do microssistema, ou seja, da Unidade Escolar, o diretor pode criar, permitir ou tolerar a abertura de novos espaços necessários à transformação do cotidiano escolar.

A ação do diretor mostra-se fundamental, igualmente, na constituição da rede de relações e ações que constitui o tecido socioinstitucional no qual o aluno se insere. Embora pouco considerada nos estudos de cunho psicológico sobre o desenvolvimento cognitivo do indivíduo na instituição, esta rede tem implicações significativas no processo de construção do conhecimento, conforme revelam os estudos de orientação sociológica e antropológica, notadamente os estudos etnográficos.

São exatamente estes últimos (etnográficos) que mostram, também, como, de certa forma, o diretor imprime um estilo de funcionamento, ou pelo menos o afeta grandemente, determinando, muitas vezes, os limites e a flexibilidade (possível) das normas que regulam o comportamento das pessoas na instituição.

Guardadas as especificidades de cada cultura e de cada realidade social, temos, então, a presença na Escola de uma figura com definição funcional semelhante: o diretor está na Escola para dirigir a Unidade.

Podemos dizer, correndo o risco da imprecisão devido a generalização grosseira, que o papel do diretor foi-se definindo cada vez mais como o de responsável pela burocracia institucional da Unidade Escolar inserida em um complexo mais amplo, que é a Rede Pública de Educação.

Os resultados pouco animadores do ensino da Escola Pública, todavia, trouxeram de volta a questão pedagógica, sugerindo a necessidade de mudanças profundas para que o objetivo final da instituição (qual seja, o de instruir o corpo discente) se concretize.

É a partir desta necessidade de compreender a instituição escolar como um local de ensino e aprendizagem, no qual todos os indivíduos que nele adentram possam efetivamente aprender, que apresentaremos aqui alguns aspectos da função da direção.

O Diretor Deve Ser Um Líder Pedagógico

Por líder pedagógico entende-se, principalmente, que o diretor deve levar o professor a desenvolver-se profissionalmente. Para tanto, o diretor precisa estar bem informado e motivado a socializar seu conhecimento. Evidentemente, isto implica estar atualizado em relação aos novos programas e metodologias existentes, o que só poderá ser feito em cursos ou treinamentos de curta, média ou longa duração.

Alguns diretores entrevistados são unânimes em reconhecer que eles próprios também necessitam de respaldo teórico e técnico.

Segundo eles, enfatiza-se muito a reciclagem de professores, cobra-se a atuação dos diretores neste sentido, mas não há suporte institucional para tanto. A reciclagem de diretores depende muito da iniciativa de cada um.

Do ponto de vista organizacional e burocrático, o suporte institucional existe e se evidencia por reuniões periódicas com o supervisor. Estas reuniões podem ser individuais ou com um grupo de diretores de um município e nelas geralmente são tratadas questões de gerenciamento, elaboração de calendários e demais atribuições, e também são discutidos problemas técnicos, aquisições etc.

Burocracia se aprende até sozinho - relata um diretor - mas um líder pedagógico precisa de trabalho (coletivo) e colaboração para ser formado.

Na realidade, o supervisor se reúne com o diretor antes do início do ano escolar para definir e estabelecer as metas para o referido ano, inclusive as da área pedagógica.

Todavia, não são previstas atividades que dêem subsídio para a ação nesta área.

Não podemos dizer que esta seja uma tendência nacional, nem temos dados para tanto. Todavia, este tema tem surgido reiteradamente no discurso educacional, ao nível de órgãos do governo, sindicatos, organização de profissionais de Educação, pais e outras instâncias da sociedade ligadas, de uma forma ou de outra, à Educação.

No final do ano o supervisor deverá fazer uma análise da atuação do diretor e verifica o cumprimento ou não das metas. A avaliação do diretor é feita diretamente pelo supervisor.

Quanto a isto, os diretores referem-se à importância das universidades, que poderiam atuar no sentido de fornecer estes subsídios. Elas, todavia, deixam muito a desejar quando se trata de colaborar efetivamente com a Rede Pública de Educação.

Com algumas exceções, os cursos de treinamento propostos geralmente são organizados a partir do ponto de vista acadêmico e não das necessidades da Escola e da prática em sala de aula outro aspecto levantado, diretamente relacionado a este, é a necessidade eventual de que professores e diretores participem conjuntamente destes cursos de reciclagem, como uma forma possível para que as motivações, assim como os problemas experimentados por cada categoria, sejam conhecidos mutuamente.

Ainda como líder pedagógico, cabe ao diretor estar atento ao trabalho de cada professor, incentivando qualquer tendência inovadora que eles venham a apresentar. Muito da interação diretor-professor se configura pela fiscalização ou discussão de equívocos ou erros ao nível disciplinar ou pedagógico - relatam alguns diretores. Pouco ocorre em função de discussão crítica de situações inadequadas de ensino, em busca de uma solução coletiva. E menos ainda no que se refere à devida apreciação e mesmo a elogios aos esforços e boas realizações dos professores.

A formação contínua dos professores é atribuição fundamental do diretor. Isto pode incluir o diretor dar aula, vez por outra, substituindo o professor, que permanece em sala de aula observando para posterior discussão com o diretor.

Pode e deve incluir professores "assistindo e observando aulas ministradas por colegas, da mesma série ou de séries próximas, como elemento formador e motivador a mudanças". Pode e deve incluir reuniões com professores para estudo e troca de idéias sobre suas práticas, problemas, propostas inovadoras e modificações curriculares, assim como para planejamento de atividades de caráter mais coletivo para várias séries ou para várias classes de uma mesma série. Caberia, finalmente, ao diretor, enquanto líder pedagógico, facilitar aos professores a participação em seminários e cursos, assistir a conferências e debates e realizar outras formas de atividade que contribuam para o aprimoramento profissional.

A integração com a comunidade é fator de fortalecimento institucional e de promoção da cidadania no entorno escolar. Uma gestão escolar compartilhada no convívio cotidiano é uma forma privilegiada de aprender e socializar saberes, construir valores de uma vida cidadã e de desenvolver atitudes de cooperação, solidária e responsável.

Como gestor público, o Diretor de Escola deve reunir em seu perfil profissional características que lhe possibilitem observar, pesquisar e refletir sobre o cotidiano escolar de forma a aprimorá-lo conscientemente.

É primordial o gestor compreender as necessidades políticas e sociais que interferem no cotidiano escolar para promover a integração com a comunidade, construindo relações de cooperação que favoreçam a formação de redes de apoio e a aprendizagem recíproca propondo e planejando ações voltadas para o contexto sócio-econômico e cultural do entorno escolar, incorporando as demandas e os anseios da comunidade local aos propósitos pedagógicos da escola.

Reconhecer a importância das ações de formação continuada para o aprimoramento dos profissionais que atuam na escola, criando espaços que favoreçam o desenvolvimento dessas ações são medidas que irão valorizar a gestão participativa como forma de fortalecimento institucional e de melhoria dos resultados de aprendizagem dos alunos.

Cabendo, portanto, ao gestor articular e executar as políticas educacionais, na qualidade de líder e mediador entre essas políticas e a proposta pedagógica da escola, construída no coletivo da comunidade escolar, tomando o cuidado para que as ações de formação continuada se traduzam efetivamente em contribuição ao enriquecimento da prática pedagógica em sala de aula, no acompanhamento e avaliação do desenvolvimento da proposta pedagógica e os indicadores de aprendizagem com vistas à melhoria do desempenho escolar, compreender os princípios e diretrizes da administração pública e incorporá-los à prática gestora no cotidiano da administração escolar.

Essas características pressupõem que o gestor tenha conhecimento e domínio de competências e habilidades para compreender a natureza, a organização e o funcionamento da educação escolar, suas relações com o contexto histórico-social e com o desenvolvimento humano, bem como a gestão do sistema escolar, seus níveis e modalidades de ensino é necessário também apropriar-se dos fundamentos e das teorias do processo de ensino e de aprendizagem relacionando a esses princípios, teorias e normas legais a situações reais, interpretando e aplicando a legislação de ensino a favor da população escolar.

Com esses princípios, o gestor terá possibilidades em identificar e avaliar criticamente os impactos de diretrizes e medidas educacionais, objetivando tomada de decisão, com vistas à garantia de uma educação plena a seus alunos.

Uma boa comunicação também facilita ao gestor a expressar-se com clareza, em diferentes situações, com diferentes interlocutores, utilizando-se das linguagens e tecnologias próprias, socializando informações e conhecimentos na busca do diálogo permanente com a comunidade, sempre em função do envolvimento e da participação efetiva de todos.

Compreender, valorizar e implementar o trabalho coletivo é essencial. Essa compreensão facilita a prática de valores, atitudes, sentimento de justiça, convívio social, solidário e ético e conseqüentemente conduzirá ao aprimoramento pessoal e à valorização da vida. Sempre reconhecendo e respeitando as diferenças individuais.

A sala do diretor não deve ser o lugar regulador da disciplina. Ela precisa ser um local aberto em que as pessoas possam entrar livremente para mostrar as coisas boas que foram bem-feitas, e as não tão boas também. Pois nem tudo pode ser perfeito, ainda se tratando de um trabalho coletivo onde muitas pessoas estão envolvidas.

Por outro lado, a Escola se abre cada vez mais à participação de membros da família, os quais podem vir espontaneamente para a sala de aula ou para discorrer sobre algum tópico de sua escolha (profissão, hobby, país de origem etc.) ou para ler histórias, relatar uma viagem, ou ainda para ensinar alguma habilidade que possuam (desenho, pintura, dobradura etc.). Muitas vezes, os próprios diretores convidam familiares para estas e outras atividades.

Há uma nítida tendência por parte destes diretores de caminhar no sentido de modificar a representação que se tem da função de direção.

O diretor tem, realmente, uma tradição de fiscal e executante da ordem disciplinar institucional. Com as sucessivas mudanças na constituição do corpo discente, a configuração do tecido sociocultural na escola se modificou significativamente. Várias culturas e línguas convivem hoje em uma mesma escola em muitas das regiões do país, com formas de comportamento e valores muito distintos.

Diferem, também, conceitos tais como disciplina, relação com autoridade, ensino, e existem variações até no próprio conceito de escola e educação. A escola modifica-se pressionada, também, por esta diversidade. Da mesma forma, o empenho recente destes diretores em modificar a maneira como se percebem e como são percebidos pelos professores, alunos e comunidade é resultante da combinação de vários fatores.

A noção da "sala do diretor aberta" implica, na verdade, o reconhecimento de que somente o exercício de funções burocráticas não corresponde mais às necessidades que a comunidade escolar (professores, funcionários e alunos) e extra-escolar (pais, responsáveis e comunidade).

Significa, também, que para redefinir seu papel o diretor depende das relações que estabelece com ambas as comunidades. Ou seja, a redefinição só pode surgir de um processo interativo de trocas contínuas, que irá modificar, inclusive, as relações de poder e as negociações dentro da Escola.

O diretor precisa ser visível, ser uma pessoa real e atuante, mesmo que isto o torne mais vulnerável.

Há um consenso em que decisões impostas de cima para baixo têm, em geral, resultados negativos, quando não catastróficos. Os professores resistem, de várias formas e por diferentes razões, às interferências em seu cotidiano em sala de aula.

Transformações necessárias, reconhecidas como tal tanto pelo professor como pelo diretor, só podem ocorrer através de um trabalho preliminar de discussão, que deve envolver o maior número possível de profissionais de educação da unidade.

Os diretores preferem não impor mudanças ou implantação de novos programas (ver, como exemplo, o caso da proposta para alfabetização apresentado mais adiante).

Mudanças ao nível de sala de aula mostram-se, com o correr do tempo, impraticáveis sem o apoio institucional da direção. Este é um problema que se verifica, também, ao nível da relação com a família.

Os pais parecem resistir muito às inovações pedagógicas que dão ênfase ao processo e não ao produto da ação educacional. Sem compreenderem o que ocorre, eles exercem pressão e cobrança sobre os professores. Estes, sem o respaldo institucional, geralmente representado pela figura do diretor, são fragilizados em sua atuação.

É neste sentido que se esboça uma outra tendência na função do diretor: legitimar, perante a família, as reformulações metodológicas e pedagógicas que ocorrem no interior da escola. Procedimentos diversos estão sendo utilizados atualmente, como envio semanal de cartas (tipo jornalzinho) aos pais e reuniões para apresentar as novas propostas e para definir, programar e realizar atividades das mais variadas naturezas.

Utilizar Recursos Tecnológicos Nas Atividades De Gestão Escolar;

O gestor democrático deverá promover ações de formação continuada, garantindo espaços de partilha de experiência e reflexão, especialmente no HTPC, que possibilitem seu desenvolvimento pessoal e aprimoramento profissional, bem como do grupo que lidera elaborar de forma participativa os planos de aplicação dos recursos físicos e financeiros, vinculados à proposta pedagógica da escola.

O gestor é responsável pela administração de pessoal, de recursos materiais e financeiros e do patrimônio escolar.

Precisa agir com transparência nos procedimentos administrativos, garantindo a legalidade, a publicidade e a autenticidade das ações e dos documentos escolares, é primordial fortalecer o vínculo com a comunidade local, buscando estabelecer, com outras instituições e lideranças comunitárias, parcerias que promovam o enriquecimento do trabalho da escola e da comunidade em que ela se insere.

Assim sendo a gestão democrática do ensino público é um princípio constitucional fortalecido pela LDB e distingue-se pela prática dos seus gestores associada a uma visão de educação emancipadora, que a função social da escola, as demandas da sociedade do conhecimento e a necessidade de se promover interfaces com a comunidade exigem um gestor capaz de identificar e implementar espaços de aprendizagem compatíveis com uma educação participativa que assegure a construção de uma escola solidária, democrática, competente, capaz de responder satisfatoriamente as demandas e expectativas da comunidade.

Uso Dos Recursos Tecnológicos.

Ao utilizar-se dos recursos tecnológicos nas atividades escolares o gestor deverá promover ações de formação continuada, garantindo espaços de partilha de experiência e reflexão, especialmente no HTPC, que possibilitem seu desenvolvimento pessoal e aprimoramento profissional, bem como do grupo que lidera.

Para isso é necessário elaborar de forma participativa os planos de aplicação dos recursos físicos e financeiros, vinculados à proposta pedagógica e necessidades da escola.

Ao gestor cabe a responsabilidade da administração de pessoal, de recursos materiais e financeiros e do patrimônio escolar com transparência nos procedimentos administrativos, garantindo a legalidade, a publicidade e a autenticidade das ações e dos documentos escolares.

A transparência fortalece o vínculo com a comunidade, e através dela, surgirão parcerias com outras instituições e lideranças comunitárias, que facilitarão o enriquecimento do trabalho da escola e da comunidade em que ela se insere.

A utilização das tecnologias de informação e comunicação na gestão escolar, também deverá ser gerenciada pelo gestor, bem como o processo de avaliação do desempenho escolar como instrumento de acompanhamento do trabalho do professor e dos avanços da aprendizagem do aluno.

BIBLIOGRAFIA

CHIAVENATO, Idalberto. Teoria geral da administração: abordagens prescritivas e normativas da administração. São Paulo: McGraw-Hill, 1987. HAMPTON,

David R. Administração contemporânea: teoria, prática e casos. 3ª ed. - São Paulo: McGraw-Hill, 1983.1992 HORA,

Dinair Leal da. Gestão democrática na escola: artes e ofícios da participação coletiva. 2ª ed. Campinas, SP: Papirus, 1997.

LUCK, Heloísa. Gestão educacional: estratégia para a ação global e coletiva no ensino. Texto originalmente publicado no livro Educação: caminhos e perspectivas., Editora Champagnat, Curitiba, Paraná . In Gestão em rede, 1997.

MARTINS, José do Prado. Administração escolar: uma abordagem crítica do processo administrativo em educação. São Paulo: Atlas, 1991

MELLO, Guiomar Namo. Cidadania e competitividade: desafios educacionais para o terceiro milênio. 5ª ed. São Paulo: Cortez, 1996.

RIBEIRO, Anália K. A reformulação do curso de pedagogia: a experiência do Centro de Educação da UFPE na perspectiva dos professores. Pernambuco: UFPE, 1995 (tese de mestrado)

ROCHA, Luís Osvaldo Leal da. Organização e Métodos: uma abordagem prática. São Paulo: Atlas, 1987.

SANTOS, Normélia Pereira dos. O Afeto como Base de Uma “Aprendizagem

Verdadeira”. Um estudo de Caso. Tese de Mestrado 2003, UNIFIEO Osasco

São Paulo.

___________________ Direitos da Criança e do Adolescente Conhecimento e

Prática. Pós Graduação em Psicopedagogia 1999, UNIFIEO Osasco, S.Paulo.


Fonte : http://www.iecarapicuiba.com.br/


Obrigado por sua visita, volte sempre.


pegue a sua no TemplatesdaLua.com

Numerologia Védica Indiana Segundo O Tantra , o Ayurveda e a Astrologia. Mapa de Alexandre de Moraes.

A  numerologia  indiana é mais uma das muitas ferramentas existentes para o auto-conhecimento. Como tal, ela traz informações sobre a per...