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domingo, 16 de março de 2008

Pedagogia de Projetos, Relatório de Estágio, Plano de Aula, Observações e Avaliações.

Apresentando uma fábula com o avental didático-pedagógico no estágio.


Trabalho apresentado ao Curso Pedagogia da UNOPARVIRTUAL - Universidade Norte do Paraná, para a disciplina Estágio Supervisionado II. Aluno: João Carlos Maria
Orientador: Prof. Sandra Rampazzo
Tutor Eletrônico: Thalita Janaina de Oliveira Serrano
Tutor de Sala: Clarisvaldo da Silva Britto.
Campinas
2007
PLANO DE AULA GERAL
TEMA: NO SÍTIO DO SEU LOBATO ( natureza)
Era, uma vez um homem simples, que amava a natureza, os animais e as plantas. Chamava-se “Seu” Lobato e vivia num sítio, numa casinha e confortável, com sua mulher e seus animais de estimação. Todos os animais eram felizes porque recebiam muito carinho e atenção dos seus donos.

A primeira coisa que Seu Lobato e sua esposa faziam ao acordar era tratar dos bichinhos, dando a cada um sua comida predileta.

Havia um porquinho comilão, um pato e um ganso muito amigos uma ovelha muito carinhosa e um sapinho que adorava pular na frente de quem passava para dar um “sustinho”.

Um dia, o porquinho sumiu. Seu Lobato e sua esposa ficaram muito tristes e até choraram. Todos os outros animais estavam sentindo muita falta do amigo porquinho e cada um tratou de ajudar a procurar nos lugares que mais conheciam do sítio. Combinaram de ir cada um de um lado.

Até que o sapinho, que pulava rapidamente por todos os lugares, encontrou o porquinho deitado embaixo de uma árvore carregadinha de frutas maduras e ele já havia comido todas que caíram da árvore. Ficou tão pesado e barrigudo que nem conseguia sair de lá e voltar para casa.

Foi necessário o “Seu” Lobato ir buscá-lo. O sapinho foi pulando avisar e “Seu” Lobato logo compreendeu que ele queria que o seguisse. Assim conseguiu encontrar seu porquinho comilão.
O porquinho teve até que tomar remédio para dor de barriga, de tanto que comeu, mas aprendeu a lição, agora já sabe que não pode comer tanto de uma só vez. Essa foi a história elaborada pela professora com a minha ajuda e a ajuda dos pequeninos.

JUSTIFICATIVA: Após observar as crianças, e sua faixas etárias verificamos que elas sempre perguntavam sobre a fazenda, sítio e animais foi onde através da professora Rosane e dos próprios alunos , escolhemos este tema. Pra inserir elas no contexto do campo, ou eixo natureza e sociedade.(por que escolheu essa aula, qual sua importância)

OBJETIVOS GERAIS: Mostrar para as crianças, que existe outro tipo de moradia de lugares, onde as pessoas vivem com os animais e a natureza e comparar com a vida d na cidade ex (de onde vem o leite do mercado ou da vaca). E com isso transportar de um jeito lúdico e didático esses conceitos de uma maneira natural.

METODOLOGIA: A metodologia que utilizamos foi a de método de projetos ou pedagogia de projetos. Usamos um avental de pano bordado com um cenário trabalhado com rendas e flanela. No cenário, tem, uma lagoa o céu o pomar. E foram feitos bonecos de panos tipo dedoches, do porquinho, da ovelha, do sapo, do cisne, do pato e do Seu Lobato e esposa todos avulsos com velcro atrás deles. Com isso em mãos começasse a contar a história do sítio etc.


PROCEDIMENTO: Primeiro o professor se apropria bem do tema, se quiser pode até usar um espelho para narrar a historia para si mesmo e ao mesmo tempo se olhar no espelho. Depois a professora encaixa na rotina em que se conta historias e encaixa essa abordagem. É necessário que se prepare às crianças antes de se começar a contar. Logo, depois ela a medida em que vai contando, vai adicionando ao avental com o cenário os personagens avulsos que fazem partes da história. Tudo isso com muito sentimento e expressão e falando uma pouco sobre cada personagem etc. Uma observação importante no primeiro dia contamos a história e trabalhamos os nomes as cores, no segundo dia trabalhamos a seqüência dos personagens respeitando a idade deles que era de 3 anos,, no segundo dia matemática quantos personagens tem no cenário e assim por diante.

DESENVOLVIMENTO

Mexer com o imaginário das crianças, o mundo do faz de conta. Escolhendo história que correspondam com a idade e desenvolvimento. Por este motivo escolhemos ao método de projetos criado por Kilpatrick em cuja finalidade era englobar o ensino mediante atividades manuais. Esse método visou, sobretudo a participação de todos na confecção dos projetos. Ele dizia, “não podemos ensinar coerência, se não conhecemos o objetivo exato a ser alcançado. Qual é esse objetivo? Como a personalidade humana deve ser considerada?” (COTRIM; PARASI, p 287, 1985).
Assim, adequamos o método de projetos coma a criação de uma história, com o auxilio de um avental temático elaborado coma professora e as crianças. A ansiedade das crianças e da professora para ver o avental pronto foi muito interessante fui chamado de professor meu maior premio. Um dos principais objetivos de se contar histórias é o da recreação. Mas a importância de contar histórias vai muito além. Por meio delas podemos enriquecer as experiências infantis, desenvolvendo diversas formas de linguagem, ampliando o vocabulário, formando o caráter, desenvolvendo a confiança na força do bem, proporcionando a ela viver o imaginário.
Além disso, as histórias estimulam o desenvolvimento de funções cognitivas importantes para o pensamento, tais como a comparação (entre as figuras e o texto lido ou narrado) o pensamento hipotético, o raciocínio lógico, pensamento divergente ou convergente, as relações espaciais e temporais (toda história tem princípio, meio e fim ). Os enredos geralmente são organizados de forma que um conteúdo moral possa ser inferido das ações dos personagens e isso colabora para a construção da ética e da cidadania em nossas crianças.

AULA 1 EIXO MATEMÁTICA

Objetivos: Construir de maneira lúdica o raciocínio lógico matemático, e desenvolver a seqüência da historinha.
Série: crianças do agrupamento 3 ( 3 anos de idade).
Número de participantes: Toda a sala.
Procedimento: Os procedimentos usados para esta atividade são iguais à mencionada acima, no plano de aula geral. A única diferença é que ao apresentar os personagens do avental o educador/a, pergunta as crianças quais os personagens apareceram primeiro.
Depois se começa a contar todos os personagens contidos na história, o personagem não devem passar de dez. A participação dos pequeninos foi espantosa eles realmente prestam atenção.
Tempo: 4 horas.

AULA 2 EIXO NATUREZA E SOCIEDADE

Objetivos: Inserir a criança no mundo, da natureza de maneira alegre e com emoção mostrando a elas que existe outros lugares, onde pessoas vivem de maneira diferente da nossa. E também mostrar que muita coisa que compramos no mercado vem desses lugares.
Série: crianças do agrupamento 3.(idem acima).
Número de participantes: Todas as crianças, da sala.
Procedimento: O mesmo utilizado no plano de aula geral. Com uma diferença ao se contar a história o educador/a vai mostrando que muitos daqueles objetos e seres ouvidos e vistos, podem ser vistos onde eles moram ou no mercado ex. o sol, o porco a pato, o leite da vaca.
Tempo: 4 horas.



AULA 3 EIXO LINGUAGEM ORAL

Objetivos: Incorporar, linguagens, novas para que os pequeninos possam enriquecer sua linguagem oral.
Série: crianças do agrupamento 3.(idem acima).
Número de participantes: Todas as crianças, da sala.
Procedimento: Seguir o mesmo do anterior só que com, uma mudança ao se contar a historinha com o avental o educador/a deve nomear os objetos dando nomes. E explicando para as crianças que elas também tem um nome e que seus amiguinhos também. Na verdade eles vão começar a perceber que quando damos nomes às coisas ficam mais fáceis se expressar etc.
Tempo: 4 horas.

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

Rotina estrutura básica, e tão preciosa nas atividades do dia. A rotina diária é o desenvolvimento prático do planejamento. É também a seqüência de diferentes atividades que acontecem no dia-a-dia da escola de educação infantil e é esta seqüência que vai possibilitar que a criança se oriente na relação tempo-espaço e se desenvolva. Uma rotina adequada é um instrumento construtivo para a criança, pois permite que ela estruture sua independência e autonomia, além de estimular a sua socialização.
Podemos observar que na escola Hilário Magro Jr. onde realizamos o nosso estágio a importância do planejamento da rotina. O acolhimento de boas vindas, as atividades dirigidas, o espaço pra brincar, as atividades especiais dos dias das mães, dos pais, dia da arvore, dia sete de setembro etc. Maria Carmen Barbosa e Maria da Graça Horn, afirma em Organização do Espaço e do Tempo na Escola Infantil.

O cotidiano de uma Escola Infantil tem de prever momentos diferenciados que certamente não se organizarão da mesma forma para crianças maiores e menores. Diversos tipos de atividades envolverão a jornada diária das crianças e dos adultos: o horário da chegada, a alimentação, a higiene, o repouso, as brincadeiras – os jogos diversificados – como o faz-de-conta, os jogos imitativos e motores, de exploração de materiais gráficos e plásticos – os livros de histórias, as atividades coordenadas pelo adulto e outras.( BARBOSA; HORN, Artmed, 2001).

Assim, para se organizar estas atividades de rotina é fundamental que a organização do tempo leve em consideração as necessidades de higiene, alimentação, cuidados.

OBSERVAÇÕES FEITAS COM CRIANÇAS DE 3- 4 E 5 ANOS DE IDADE

Crianças de 3 anos: As crianças dessa faixa etária recebem a nomenclatura de , agrupamento 3. A rotina e o planejamento são feitos de acordo com a idades delas. O dia a dia das crianças são de acolhimento, a professora recolhe os cadernos, vê recados cola recados. Estas atividades foram executadas por mim no período de estágio. As crianças são muito curiosas e também egocêntricas nessa fase e os conflitos são resolvidos de uma maneira adequada levando em conta cada criança afinal o Joãozinho não é igual ao Luizinho. O professor tem que ter um bom manejo de classe para não se perder e se estressar, e estressar os pequeninos. Afinal os adultos têm livros que abordam a temática criança já a criança não dispõe desse recurso. Os pequeninos são muito diferentes de outros tempos obrigando o professor uma constante evolução.
A primeira coisa feita pela professora logo após recolher os cadernos é contar uma história, eles adoram, também se ensinam canções e parlendas.
Tem também atividades dirigidas, de festividades onde são feitos trabalhos de pintura colagens etc.

Crianças de 4 anos: Ou agrupamento 4, as atividades de rotinas são basicamente as mesmas das crianças de 3 anos. O que diferencia o enfoque do professor é que as crianças dessa faixa etária vão um desenvolvimento psico-emocional e motor já conseguem colar sem ajuda, os desenhos vão ganhando um contorno mais firme já não é mais a garatuja. Observamos que à medida que os pequeninos vão crescendo vão se sentindo mais autônomos exigindo do educador/a um maior esforço em ajudá-los a superar seus próprios conflitos internos e externos.

Crianças de 5 anos: Agrupamento 5, a rotina dessa fase é basicamente igual das anteriores. Mas o impressionante é que as crianças conseguem escrever seus nomes sozinhas, o dia ou a data doa dia. O educar conta uma história e eles conseguem fazer desenhos das mesmas o que não ocorria nas outras fases. A coordenação motora está melhor, e estão quase saindo do estágio pré-operatório. Mas cabe ressaltar que o conhecimento das crianças não é linear mais sim descontinuo, ou seja, muitas vezes ela se apropria de um ensinamento, mas pode esquecê-lo.

CONSIDERAÇÕES FINAIS SOBRE O ESTÁGIO E A INTERVENÇÃO

A satisfação com que as crianças admiram o que para elas é novidade, é impressionante. Depois da intervenção elas querendo recortar revistas, e montar sua própria história. Agora elas não vêem as revistas como antes, mas sim como possibilidades de construir-se como sujeito que tem seus direitos e potencialidades. No começo para elas parece que não vai dar, mas quando conseguem é maravilhoso. Infelizmente a figura paterna está muito ausente hoje em dia. Percebemos no nosso estágio quantas coisas simples como, falar seus nomes (das crianças) ou prestar, atenção faz uma diferença enorme. Vimos também à importância de se anotar registrar, planejar enfim a rotina na organização do tempo. Quando lemos num livro técnico algo a respeito das crianças é uma coisa, mas ver aquelas palavras em ação é outra coisa. Conhecimento prático.

INTERVENÇÃO E MOSTRA DE ESTÁGIO

A intervenção foi muito proveitosa, as professoras na escola gostaram muito e principalmente as crianças e os pais. No mundo do imaginário um papel se transforma num brinquedo. E uma história numa fantasia esse mundo da criança é surpreendente. A capacidade de atenção aos detalhes.
No eixo matemático vimos às crianças prestarem atenção na seqüência dos personagens e seus nomes (agora eles dão mais atenção a esse detalhe). Professor como eles me chamavam carinhosamente, foi o maior presente (Gustavo 3 anos , eu já sei segurar o lápis e vou desenhar o seu Lobato). Uma mãe me disse; a Júlia está que rendo recortar uma revista e montar uma história.
No eixo natureza, a classe toda em dias variados vinha me dizer, Tio eu fui ao mercado e disse para meu pai que o leite vinha do sítio do Seu Lobato. Outros me diziam que viu um sapo e que ele morava numa lagoa perto de sua casa etc. Como é gratificante ver os pequeninos em ação.
No eixo língua oral eles mostrando uns para os outros, que sabiam palavras novas foi uma competição interessante, bem que Vygotsky, diz que a linguagem estrutura o pensamento. Vimos isto na prática e também lemos nos livros a somatória dos dois deu a práxis pedagógica. Como também a emoção é um chamamento para a ação. (VYGOTSKY, 1991).
Na mostra de estágio trocamos experiências, contamos nossas intervenções, tinha um trabalho mais lindo do que o outro. Essa interação me fez amadurecer e fixar conhecimentos, não só teóricos mais também práticos.


REFERÊNCIAS

BARBOSA, Maria Carmen; HORN, Maria. Organização do espaço e do tempo na Escola Infantil: Pra que te quero? Porto Alegre: Artemed, 2001.

COTRIM, Gilberto Vieira; PARASI, Mário. Fundamentos da educação: história e filosofia da educação. 10 ed. São Paulo: Saraiva, 1985.

VYGOTSKY, Lev S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1991.


Resumo do Livro Jogos ,Projetos e Oficinas para Educação Infantil




SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
PEDAGOGIA
ARTICULAÇÃO DOS EIXOS TEMÁTICOS:
Estudo e Análise do Livro -
“Jogos, Projetos e Oficinas Para a Educação Infantil”

Campinas/ 2007
Trabalho apresentado ao Curso de Pedagogia da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para a disciplina de Articulação dos Eixos Temáticos – Módulo 4.

Orientador: Profª. Sandra Rampazzo
Tutor eletrônico: Thalita Janaina de Oliveira Serrano
Tutor de sala: Clarisvaldo da Sliva Britto
Unidade: Campinas
Turma: módulo 4 noturno.

Campinas/2007
1. INTRUDUÇÃO.

A educação infantil é considerada a primeira etapa da educação básica, e tem a finalidade de desenvolver integralmente a criança dos 0 aos 6 anos de idade. Ao pensarmos na função pedagógica da educação infantil, temos como pressuposto um trabalho que toma a vivência e os conhecimentos prévios da criança como ponto de partida e os aumenta, com a finalidade de levá-la à construção de novos conhecimentos valorizando suas descobertas e respectivas manifestações, incentivando sua forma de comunicar-se, sua criatividade e espontaneidade, num ambiente que propicie experiências prazerosas como propostas no (RCNEIs).
Segundo o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, a prática deve ser organizada de propiciar aos alunos condições de: Desenvolver uma imagem positiva de si, atuando de fôrma cada vez mais independente, com confiança em suas capacidades e percepção de suas limitações. Descobrir e conhecer progressivamente seu próprio corpo, suas potencialidades e seus limites, desenvolvendo e valorizando hábitos de cuidado com a própria saúde e bem estar. Estabelecer vínculos afetivos e de troca com adultos e crianças, fortalecendo sua auto-estima e ampliando gradativamente suas possibilidades de comunicação e interação social; (...). As crianças também sentem e pensam o mundo de um jeito muito próprio. E a compreensão disso é um grande desafio para nós educadores. Assim a educação infantil deve cumprir um papel socializador, permitindo a elas aprendizagens diversificadas, para que possam desenvolver uma identidade própria. Para que elas possam criar, é imprescindível que lhes sejam oferecidas experiências ricas, sejam elas voltadas às brincadeiras ou às aprendizagens em situações orientadas. Depois desta breve introdução vamos dar continuidade ao resumo falando sobre cada capítulo, começando coma à matemática e progredindo assim sucessivamente. E finalizaremos com as considerações finais.

2.1. MATEMÁTICA.

E através de jogar, brincar, cantar ouvir histórias, que a criança estabelece conexões entre o seu cotidiano e a Matemática, entre a Matemática e as demais áreas do conhecimento. Diversas ações intervêm na construção dos conhecimentos matemáticos, como recitar a seu modo a seqüência numérica, fazer comparações entre quantidades e entre notações numéricas e localizar-se espacialmente. Essas ações ocorrem fundamentalmente no convívio social e no contato das crianças com histórias, contos, músicas, jogos e brincadeiras etc.
Às noções matemáticas abordadas na educação infantil corresponde uma variedade de brincadeiras e jogos que possam interessar à criança pequena constituem-se rico contexto em idéias matemáticas podem ser evidenciadas pelo adulto, por meio de perguntas, observações e formulação de propostas. . São exemplos disso cantigas, brincadeiras das cadeiras, quebra –cabeças, dominós, dados de diferentes tipos e jogos de cartas etc.. Nesse sentido no livro todos os subsídios para se trabalhar os conteúdos, jogos, e avaliação na matemática na educação infantil são amplamente trabalhados neste capítulo do livro.

2.2. LINGUA PORTUGUESA.

O trabalho com a linguagem constitui um dos eixos básicos na educação infantil, dada a sua importância para a formação do sujeito, para a interação com outras pessoas, na orientação das crianças, na construção de muitos conhecimentos e no desenvolvimento do pensamento.
A aquisição da linguagem inicia nas conversas com os bebês. É muito importante que os pais ou pessoas encarregadas de cuidar de bebês conversem com eles durante as atividades de troca de fraldas, banho, amamentação etc., pois, além de estreitar os laços de afetividade, esse dialogo representa modelos lingüísticos dos quais a criança se apropria, construindo, assim, a capacidade de compreender e fazer-se compreender. Cabe também à família e também à escola privilegiar o dialogo com as crianças. Uma sugestão para a escola é promover, sempre, rodas de conversa com os alunos.
As rodas de conversa estimulam os alunos a trocar idéias, contar casos ocorridos com eles, comentar fatos, apresentar poesias, parlendas ou, mesmo, conversar sobre um passeio que tenham feito ou discutir os resultados de um trabalho que tenham acabado de realizar em grupo. O intuito é desenvolver a comunicação oral e ampliar o universo discursivo dos alunos. Assim o livro aborda também, outras formas de se trabalhar com a língua portuguesa, tais com o ritmo das canções trava-línguas, ditados populares, adivinhas, seqüências de cenas dentre outros.

2.3. NATUREZA E SOCIEDADE.

A relação da criança pré-escolar com os fenômenos naturais e sociais pode ser sintetizada numa única palavra: curiosidade. É a partir dessa vontade de conhecer que o trabalho escolar deve ser planejado. Muitos são os temas que despertam o interesse nas crianças: bichos de jardim, pequenos animais, dinossauros, tubarões, heróis, castelos bruxas, programas da tv são para as crianças parte de um todo integrado.
O conhecimento do mundo é transmitido à criança desde o seu nascimento: quando se diz o nome e se explica a função dos objetos, está implícita aí uma história acumulada socialmente; quando se leva uma criança a um passeio pela rua, ela está sendo apresentada à construção social dos espaços; o toque do médico que examina é muito diferente das carícias e brincadeiras da mãe, e esse exame já lhe dá parâmetros para conhecer seu próprio corpo.
A todo o momento o saber lhe chega, de forma não sistematizada. À escola cabe propiciar a ampliação e a sistematização desses conhecimentos, convidando a criança a participar de descobertas, abrindo-lhe oportunidades de desenvolver suas capacidades, orientando-a a olhar para um e outro lado, dando-lhe oportunidade de refletir, experimentar e formular hipóteses. Esse não é, no entanto, um caminho solitário. O ambiente escolar é um ambiente coletivo - de convivência, discussão, confronto, competição e colaboração-, o que torna ainda mais enriquecedor o processo de construção do conhecimento, mas também envolve questões ligadas a valores: ética, honestidade, disciplina, companheirismo, solidariedade, persistência e respeito. É esse o enfoque que devemos buscar.
Muitas vezes utilizamos os conteúdos com o pretexto para discutir questões mais importantes. Pouco sentido faz pra a criança dessa faixa etária a divisão do tempo escolar em matérias (Ciências, História, Geografia, Matemática, Língua Portuguesa). O conhecimento, para ela, ainda não é algo compartimentado. A curiosidade é uma só, e em poucos segundos passa da quantidade de estrelas que existem para a cor dos olhos dos gatos. Como “encaixotar” o conhecimento nessa fase?
A organização do conteúdo, nesse sentido, serve como um roteiro básico, nem sempre claramente delimitado a uma única área. Pois dentro de uma disciplina podemos usar conteúdos de outras disciplinas que se complementam e se ampliam. O trabalho com ciências historia e geografia, desse modo, vai além do mero aprendizado de meros conteúdos, embora eles estejam presentes, porque acreditamos na responsabilidade da escola na formação dos cidadãos, do que na transmissão de conhecimentos.

2.4. MÚSICA.

A música é considerada fundamental na formação de futuros cidadãos desde a Grécia antiga, pois, além do poder de encantar e proporcionar distração, pode ser utilizada para transmitir conhecimentos de naturezas diversas.
As canções populares constituem a mais viva expressão lingüística de um povo. As letras das músicas, em sua simplicidade, servem de modelo para as crianças em processo de alfabetização, que, de maneira prazerosa, captam a estrutura das frases e do pensamento do povo do qual fazem parte.
Associadas à música estão a dança, as brincadeiras e os jogos com movimentos e gestos corporais, que devem constituir conteúdos para o trabalho com as crianças.
Ouvir música, aprender uma canção, brincar de roda, realizar brinquedos rítmicos e jogos de mãos são atividades que despertam, estimulam e desenvolvem o gosto pela atividade musical, além de entenderem a necessidade de expressão que passa pela esfera afetiva, estética e cognitiva.
Enfim, a música pode ser trabalhada de diversas maneiras, como por exemplo, através dos sons da natureza, de instrumentos musicais, composições clássicas, canções de ninar, músicas que exploram os direitos das crianças e temas variados.

2.5. ARTES.

A criança tem, naturalmente, uma grande aproximação com o universo da arte. A estética, para ela, está presente nas situações mais cotidianas: nas formas e cores da natureza, nas histórias que ouve, nos brinquedos, nas representações que faz em suas brincadeiras e nas músicas que aprende a cantar.
Sempre que possível, o educador deve propiciar o contato direto das crianças com as obras de arte. Admirar uma pintura, percebendo suas cores, textura, tela, diferentes efeitos ao afastar-se ou aproximar-se dela, é uma experiência muito mais enriquecedora do que conhecer reproduções em livros. Apreciar uma escultura em todas as suas dimensões é, igualmente, muito mais interessante do que olhar uma fotografia desta escultura. A variedade de trabalhos que podem ser feitos com o tema “artes” é muito grande (dia do Índio, do Trabalho, do Professor, da Criança, dentre outros).Os projetos descritos no livro sobre o referido tema são mais que suficientes para trabalhar o ensino das artes, cabendo ao educador ampliá-los ou restringi-los conforme o caso, levando em conta a faixa etária e o desenvolvimento sócio-psico-emocional de seus alunos.

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS.

Uma coisa interessante me chamou atenção no livro, é que praticamente o eixo movimento permeia desde a matemática, natureza e sociedade linguagem oral e escrita, música, projetos, oficinas e artes. Resumidamente, podemos dizer que o eixo movimento tem uma relação, interdisciplinar com as outras matérias. Mas também o corpo é algo muito mais do que meramente biológico dotado de visão, audição, paladar e tato. Ele se expressa à individualidade do ser, pois, toda a vivência se dá no plano corporal. Os aspectos psicológicos, cognitivos, emocionais e sociais se dão mediante um “corpo organizado”, o qual depende dos aspectos neurofisiológicos e locomotores. Isso quer dizer que o controle do próprio corpo e sua interiorização é fundamental para a criança adquirir equilíbrio e sentir as possibilidades de sua ação no mundo.
Assim, a ação no mundo por meio do movimento,

[...] deveria, em qualquer circunstância, ser entendido como um modo par o homem e a mulher serem mais.[...] A motricidade humana traz consigo toda significação de nossa existência. Há uma extrema coerência entre o que somos, pensamos, acreditamos ou sentimos, e aquilo que expressamos através de pequenos, gestos, atitudes, posturas ou movimentos mais amplos(MEDINA,1992, p. 87,grifo do autor).

A proposta de uma educação de corpo inteiro deve ser incorporada pela escola, valorizando as brincadeiras, os jogos e a imaginação, porque, apesar de algumas habilidades motoras serem desenvolvidas na família, não se pode negar a importância dos primeiros anos de escolaridade, onde ela se desenvolve como um todo. Tanto para o leigo, como para o educador experimentado o livro Jogos, Projetos e Oficinas Para Educação Infantil traz um material que não da para se abrir mão. O livro fala por si só.
4. REFERÊNCIAS.

CENTURIÓN, Marília. (et al). Jogos, projetos e oficinas para educação infantil. São Paulo: FTD, 2004.
MEDINA, João Paulo Subirá. A Educação física cuida do corpo...e“mente”: bases para a renovação e transformação da educação física. 10. ed. Campinas: Papirus, 1992.

sexta-feira, 7 de março de 2008

Educação



Cada um fala uma coisa, que deveria ser assim deveria ser assado. A verdade é do jeito que estamos com nossos lares destroçados, crianças sozinhas em casa pais trabalhando para dar conta de tanta conta.Acho que temos que pensar mais na família que esta se desfazendo e como consequência, pensamos em escola por um destes detalhes.falar em educação é algo amplo que atinge todos. E esse todos significa uma nação.Veja o exemplo da Austrália em que o governo paga para um dos pais ficar em casa dando respaldo para a educação.Não podemos esquecer que educação começa em casa.E como anda nossas casas?Sem termos uma visão global (globalista) sempre esbarremos em conceitos específicos, que quando visto de um outro modo da uma diferença enorme.Uma pessoa quando vê um prédio tem uma visão, uma pessoa dentro do prédio tem outra visão, a que está num avião tem outra e assim por diante.Mas o arquiteto e engenheiros tem outra visão do prédio.As pessoas citadas acima não sabem dizer se aquele prédio tem subsolo ou não, se tem lojas etc.Não é o caso dos profissionais envolvidos na obra.Precisamos dessa visão na educação, senão nada feito, só planos planos para se cobrir um rombo ou um carência

Grupo Uninter investe em super polos para expandir ensino prático

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