Ortografia.
É necessário que nós professores façamos uma clara distinção entre o processo de alfabetização e o ortografação.
O sistema ortográfico da língua possui bases diferentes do sistema alfabético.
Situações que ocorrem no processo:
para o professor analisar e programar intervenções
para o professor analisar e programar intervenções
Segmentação do texto em palavras
- ainda não segmenta o texto em palavras
- segmenta o texto em palavras mas nem sempre corretamente. Pode manter algumas palavras ligadas, ou criar separações que não existem.
- segmenta corretamente o texto em palavras.
A escrita correta das palavras
- não faz indagações sobre a forma correta das palavras antes de escrevê-las
- questiona a forma correta de escrever as palavras, mas ainda não tem um conjunto significativo de formas corretas estáveis
- escreve ortograficamente as palavras de uso mais freqüente.
Pontuação do texto
- escreve sem segmentar o texto em frases
- usa o ponto e a letra maiúscula ainda de forma incorreta
- usa corretamente a maiúscula e o ponto
- inicia a organização do texto em parágrafos
- usa sinais indicadores de pontuação nas passagens entre discurso indireto e discurso direto
- organiza graficamente os diálogos de forma compreensível.
Papel do Professor
Programar atividades e interferências sobre os fatos da língua, passando informações importantes sobre as convenções, a gramática e a modalidade culta da língua que se escreve. Apresentar aos alunos exemplos sistemáticos que lhes facilitem a adequação de sua escrita às convenções gráficas, bem como, o conhecimento das variações entre as modalidades da fala e aquela que é tomada como padrão da escrita. Pensar que a familiaridade com certas formas específicas de escrita ortográfica dependem de um trabalho contínuo de produção de escrita com as crianças, não só durante o processo de alfabetização, mas ao longo de todo o primeiro grau. Se ficarmos muito preocupados com a ortografia, corremos o risco de nos centrarmos nas correções, perdendo o contato com o conteúdo, e nos tornando os burocratas dos textos das crianças. Demasiada preocupação com a ortografia pode desviar a criança da criatividade. Ela pode optar por trocar uma palavra só por não saber escrevê-la.
Programar atividades e interferências sobre os fatos da língua, passando informações importantes sobre as convenções, a gramática e a modalidade culta da língua que se escreve. Apresentar aos alunos exemplos sistemáticos que lhes facilitem a adequação de sua escrita às convenções gráficas, bem como, o conhecimento das variações entre as modalidades da fala e aquela que é tomada como padrão da escrita. Pensar que a familiaridade com certas formas específicas de escrita ortográfica dependem de um trabalho contínuo de produção de escrita com as crianças, não só durante o processo de alfabetização, mas ao longo de todo o primeiro grau. Se ficarmos muito preocupados com a ortografia, corremos o risco de nos centrarmos nas correções, perdendo o contato com o conteúdo, e nos tornando os burocratas dos textos das crianças. Demasiada preocupação com a ortografia pode desviar a criança da criatividade. Ela pode optar por trocar uma palavra só por não saber escrevê-la.
Não estamos querendo dizer que o professor não deve corrigir, e sim, que o importante é não priorizar a ortografia.
DICAS
corrija sem grandes espalhafatos. Diga que aquela palavra não se escreve assim e mostre a forma correta;
com o tempo, ensine o uso do dicionário, acostumando as crianças a usá-lo para tirar suas dúvidas;
junto com as crianças organize um dicionário com as palavras que elas consideram mais difíceis de escrever, se os alunos tiverem aulas usando o computador, pode-se criar um banco de dados, inclusive ilustrado, sendo que as crianças levam o de classe para o laboratório;
estimular sempre a leitura, pois, com bastante leitura ao longo do tempo a criança vais corrigindo sua ortografia.
corrija sem grandes espalhafatos. Diga que aquela palavra não se escreve assim e mostre a forma correta;
com o tempo, ensine o uso do dicionário, acostumando as crianças a usá-lo para tirar suas dúvidas;
junto com as crianças organize um dicionário com as palavras que elas consideram mais difíceis de escrever, se os alunos tiverem aulas usando o computador, pode-se criar um banco de dados, inclusive ilustrado, sendo que as crianças levam o de classe para o laboratório;
estimular sempre a leitura, pois, com bastante leitura ao longo do tempo a criança vais corrigindo sua ortografia.
Informações sobre o processo de aquisição da escrita de acordo com as concepções de Emilia Ferreiro, neste site, clique aqui.
Bibliografia: Publicações da CENP- Subsídios à proposta curricular de língua portuguesa, 1985; FERREIRO, Emília, PALÁCIO, Margarida: Os processos de leitura e escrita, Porto Alegre, Artes Médicas, 1987.
Vera Lúcia Camara Zacharias é mestre em Educação, Pedagoga, consultora educacional, assessora diversas instituições, profere palestras e cursos, criou e é diretora do CRE.
http://www.centrorefeducacional.pro.br/ortograf.html
http://www.centrorefeducacional.pro.br/ortograf.html
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